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Sistema Único de Saúde

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Especialistas alertam sobre os perigos do diabetes e a importância do diagnóstico precoce

Nesta quinta-feira (26) é celebrado o Dia Nacional do Diabetes, instituído pelo Ministério da Saúde em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O objetivo é conscientizar sobre fatores de risco, diagnóstico e prevenção contra a doença, que pode acarretar  outros problemas de saúde se não for tratada corretamente. Controle de peso e das taxas de glicose deve ser feito com frequência no tratamento do diabetes | Foto: Divulgação/IgesDF  Gilda de Resende Lopes, 54 anos, moradora do Gama, convive com o diabetes tipo 2 desde 2003. Há cerca de dez anos, passou a fazer acompanhamento regular no ambulatório do Hospital de Base (HBDF), onde é atendida a cada três meses. Atualmente, a doença está sob controle, uma realidade bem diferente de quando ela chegou à unidade. “Cheguei bastante debilitada, mas recebi um excelente atendimento, e até a insulina que eu uso recebo da rede pública”, relata Gilda. “No momento, aguardo o nutricionista para somar ao tratamento que já faço regularmente”. Taxas de açúcar A endocrinologista Alessandra Martins, do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF), lembra que o diabetes é uma doença metabólica causada pela hiperglicemia. “O excesso de glicose no sangue ocorre devido à ausência ou deficiência da ação da insulina, hormônio produzido pelo pâncreas e isso pode provocar diversos efeitos no organismo”, explica. O aumento das taxas de açúcar pode ocasionar complicações no coração, nos rins e na retina. Segundo a médica, a doença é multifatorial e pode decorrer tanto de fatores genéticos quanto de causas externas. “Manter um peso saudável, atividade física frequente, sono adequado e uma boa alimentação, também ajudam a reduzir o risco da doença”, afirma. Existem cinco tipos de diabetes, mas três são mais frequentes. “O tipo 1 é aquele em que o corpo não produz a insulina; o tipo 2, o mais comum, ocorre devido à ação ineficiente da insulina; e o diabetes gestacional, diagnosticado durante a gravidez e que  precisa de cuidados especiais para evitar problemas sérios de saúde tanto na criança quanto na mãe”, esclarece Alessandra. Um desafio mundial O diabetes é hoje um dos maiores desafios de saúde pública no mundo, com números que crescem a cada dia. Em 2020, cerca de 463 milhões de adultos entre 20 e 79 anos viviam com a doença, segundo o Atlas do Diabetes, da Federação Internacional de Diabetes (IDF). O Brasil ocupa a quinta posição no ranking global de incidência da doença, com 16,8 milhões de adultos diagnosticados. A projeção é que, até 2030, esse número salte para 21,5 milhões. No ano passado, o Hospital de Base atendeu 3,5 mil pacientes  portadores de diabetes. Em abril deste ano, houve um aumento: cerca de 400 pessoas por mês. Sintomas e tratamentos Os sintomas mais comuns do diabetes são a necessidade de urinar frequentemente e uma sede incessante. “A vontade de beber água é constante, e há uma fome excessiva”, orienta a endocrinologista. “Outros fatores que aparecem também são a perda de peso e as infecções frequentes”. Alguns pacientes com diabetes podem desenvolver uma complicação conhecida como pé diabético, caracterizada por alterações nos membros inferiores, como úlceras, calosidades e perda de sensibilidade. “A doença compromete a circulação sanguínea e os nervos da  região, provocando a chamada neuropatia periférica, o que torna o paciente mais suscetível a infecções”, explica Alessandra. A prevenção e o tratamento do pé diabético exigem cuidados intensos, principalmente com a higienização. O controle da glicemia também é muito importante para evitar infecções. Cuidado contínuo  O tratamento do diabetes começa, essencialmente, com mudanças no estilo de vida. Além do monitoramento regular da glicemia, é importante manter uma rotina de atividade física, adotar uma alimentação equilibrada e seguir corretamente a prescrição de medicamentos —  tanto os orais quanto os de aplicação subcutânea, como as insulinas. Essas insulinas, que incluem versões de longa duração e ultrarrápidas, estão disponíveis gratuitamente por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) e na Farmácia Popular, para pacientes cadastrados. *Com informações do IgesDF  

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Saúde destaca avanço no cuidado precoce do câncer de mama

“Nós estamos construindo caminhos não só para o tratamento, mas também para o cuidado precoce do câncer de mama”. Assim a secretária de Saúde do Distrito Federal, Lucilene Florêncio, abriu o evento CB Debate nesta quinta-feira (24). Profissionais da área de saúde discutiram o tema “Câncer de mama: uma rede de cuidados” em dois painéis, no auditório do Correio Braziliense, na sede dos Diários Associados, em Brasília (DF). A secretária de Saúde contou que o Distrito Federal é o primeiro pioneiro no País a oferecer pelo Sistema Único de Saúde (SUS) o exame de sequenciamento de nova geração (NGS) para identificar variantes genéticas associadas aos cânceres hereditários de mama e de ovário. O Laboratório de Biologia Molecular do Hospital de Apoio de Brasília (HAB) começou a realizar os testes de mapeamento genético. “Agora, essas pacientes que têm histórico familiar de câncer podem ter a avaliação do seu DNA e, se houver o gene positivo para um tumor, nós poderemos fazer um cuidado singular e individualizado e nos antecipar. Em quatro estados há esse exame, mas só no Distrito Federal é feito gratuitamente”, explicou a secretária. Os dez mamógrafos da rede pública do DF realizam atualmente mais de dois mil exames mensais | Foto: Arquivo/Agência Saúde-DF Segundo Lucilene Florêncio, o câncer ainda é motivo de temor na saúde pública mundial. Há um aumento no número de casos e também no número de mortes. “Temos um caminho que é trabalhar o diagnóstico precoce e é nele que nos ancoramos para termos uma possibilidade de cura de até 95%”. A porta de entrada para a detecção do câncer de mama é a rede de 176 Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Se há uma desconfiança de câncer de mama, a mulher é conduzida para o rastreio. Ou seja, é regulada para a mamografia. “A SES conta com 10 mamógrafos adaptados para pacientes que tenham dificuldade de locomoção e cadeirantes. Nossos mamógrafos são ajustáveis e detectam lesões pequenas. Por isso, é importante que a mulher conheça seu corpo e faça o autoexame”, esclarece Florêncio. Atualmente, 932 mulheres encontram-se reguladas para a realização de mamografia. A fila é dinâmica e o atendimento é realizado de forma célere, não caracterizando demanda reprimido. Isso porque a rede pública do DF realiza mais de 2 mil exames mensais, com o uso de dez mamógrafos. A rede de Unidades Básicas de Saúde é a porta de entrada para os serviços de diagnóstico e tratamento | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Farmácia Oncológica A secretária de Saúde lembrou que, no início deste mês, foi inaugurada a primeira farmácia ambulatorial especializada em oncologia do Distrito Federal (DF). A unidade funciona no Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e está preparada para atender pacientes do SUS de todas as regiões do DF e do Entorno. “A nossa busca é o exercício pleno da assistência na linha de cuidado oncológico”, assegura. O espaço fica junto ao ambulatório, ao lado de uma das saídas do HRT, próximo ao setor de oncologia. A ideia é facilitar o acesso a todos os pacientes, com atendimentos de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 12h e das 13h30 às 17h30. Para receber o medicamento, é necessário apresentar o cartão do SUS, a prescrição médica e a autorização. Dados sobre câncer de mama Em Brasília, para este ano, são esperados mais de mil novos casos de câncer de mama. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima-se que 73,6 mil novos casos da doença sejam registrados até 2025, causando 18 mil óbitos. Embora raro, o câncer de mama também pode acometer homens, representando cerca de 1% das ocorrências. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

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Seminário debate oportunidades e riscos do modelo de Organizações Sociais de Saúde

O Tribunal de Contas da União (TCU) sediou, nesta segunda-feira (27), o seminário “Oportunidades e Riscos do Modelo de Organizações Sociais de Saúde”. O evento teve como objetivo debater as potencialidades e os desafios do modelo de Organizações Sociais de Saúde (OSS) do terceiro setor para o Sistema Único de Saúde (SUS). A secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio, que representou o Conass no evento, enfatizou que o seminário é essencial para trazer conhecimento a todos os secretários de saúde do país | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF O seminário foi promovido pelo TCU em parceria pelo Instituto Rui Barbosa, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e o Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde (Ibross). Na mesa de abertura, a secretária-geral de Controle Externo do TCU, Ana Paula Sampaio, ressaltou a importância do encontro. “O propósito desse evento é criar um espaço para discutirmos esse modelo que comporta muitas críticas e polêmicas. Precisamos compreender os problemas, as oportunidades que esse modelo trouxe e os riscos que ele apresenta para podermos aprimorar e contribuir para que o serviço de saúde seja prestado da melhor forma possível”, afirmou. Representando o Conass, a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio, enfatizou que o seminário é essencial para trazer conhecimento a todos os secretários de saúde do país. “Neste fórum, obteremos segurança jurídica e aprenderemos a consolidar conhecimentos, de modo que os gestores iniciantes não tenham receios. Este modelo pode ser exitoso, desde que haja uma organização com expertise, experiência, transparência, e com o entendimento de que o objetivo maior é fortalecer o SUS. Isso envolve entregar uma saúde de qualidade, ágil, humanizada e que atenda às necessidades da nossa população”, ressaltou. Durante o evento, gestores de Organizações Sociais de Saúde e servidores de órgãos de controle interno e externo das esferas federal e estadual participaram de palestras e mesas de discussão sobre os diferentes aspectos do modelo de OSS. A secretária de Controle Externo de Desenvolvimento Sustentável do TCU, Vanessa Lopes de Lima, abriu os trabalhos com uma palestra sobre a importância de uma gestão eficiente e transparente para o sucesso do modelo. Também foram apresentados os riscos do modelo OSS e os impactos para o poder público ao implementar este formato. O ciclo de palestras seguirá nesta terça-feira (28), no Auditório Ministro Pereira Lira, no TCU. Entre os temas estão as oportunidades de melhoria na transparência do modelo OSS e congêneres e as oportunidades do modelo para o poder público e para as instituições do terceiro setor. Clique aqui e saiba mais sobre o seminário. *Com informações da SES-DF

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Conferência Distrital discute futuro do trabalho e educação na saúde

Com o tema “Democracia, Trabalho e Educação na Saúde para o Desenvolvimento: Gente que faz o SUS acontecer”, a 2ª Conferência Distrital de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (CDFTES) foi promovida nas regiões de saúde Sul e Centro-Sul nesta quinta-feira (23). “Daqui vão sair grandes temas para discussões no âmbito distrital e nacional”, afirma o chefe de Transparência e Controle Social da Secretaria de Saúde, Ab-Diel Andrade | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF Os encontros têm o objetivo de compartilhar experiências, trocar conhecimentos e buscar soluções para os desafios comuns no trabalho e na educação da saúde. Um dos principais objetivos é discutir, de forma aprofundada, a gestão do trabalho no Sistema Único de Saúde (SUS). Na conferência da Região de Saúde Sul, Ab-Diel Andrade, chefe de Transparência e Controle Social da Secretaria de Saúde, destacou que as etapas do DF vão subsidiar a conferência nacional do Ministério da Saúde. “Aqui são construídas as propostas que mudarão o curso da gestão do trabalho e educação em saúde. Esse espaço promove o debate, a integração da sociedade no processo de construção de uma política pública mais eficiente e mais adequada ao controle social, bem como atender as necessidades da população”, afirma. “É uma ação coletiva, na qual as discussões também têm uma grande importância na construção da cidadania, do empoderamento e da autonomia dos usuários do SUS”, afirmou o usuário do Caps II Cleyton Silva | Foto: Alexandre Álvares/Agência Saúde-DF As propostas mais votadas na 2ª CDGTES serão apresentadas na 4ª Conferência Nacional de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde (CNGTES), que será realizada em dezembro deste ano. Participação e integração Usuário do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) II do Riacho Fundo, Cleyton Silva acompanhou a Conferência da Região de Saúde Centro-Sul e acredita que a integração entre os profissionais e a sociedade é fundamental para o fortalecimento das políticas públicas de saúde. “É uma ação coletiva, na qual as discussões também têm uma grande importância na construção da cidadania, do empoderamento e da autonomia dos usuários do SUS”, disse. Ronan Garcia, superintendente da Região Centro-Sul, destacou a importância do encontro para o desenvolvimento do Sistema Único de Saúde (SUS). “É um dos caminhos para dar maior visibilidade aos servidores da Saúde que lutam pelos seus direitos em prol de atender as necessidades da população”, afirmou. Já o Superintendente da Região Sul, Willy Pereira Silva Filho, celebrou a participação dos profissionais e da sociedade nos debates. “O evento é um tempo que a gente tem para olhar para todos os elementos que compõem o SUS. Não é só parede, não são apenas os equipamentos. Mas são pessoas, são os usuários e os servidores”. *Com informações da SES-DF

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Nova dose da vacina bivalente disponível para públicos prioritários

A partir desta sexta (8), a Secretaria de Saúde (SES-DF) disponibiliza a nova dose da vacina bivalente aos públicos prioritários de pessoas com 60 anos ou mais e imunocomprometidos acima de 12 anos. A vacinação, que começa nesta sexta-feira (8), segue orientação do Ministério da Saúde. Pessoas que tomaram a última dose há pelo menos seis meses podem receber o reforço | Foto: Breno Esaki/Arquivo Agência Saúde A recomendação observa a identificação de duas novas sublinhagens de uma variante de covid-19 no Brasil. A rede do DF está abastecida em todos os pontos de vacinação, além de possuir estoque na Rede de Frio. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para receber a vacina, é preciso ter tomado a última dose há pelo menos seis meses. Os usuários devem apresentar documento de identidade com foto, CPF e o cartão de vacina. Os imunizantes disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS) são eficazes contra variantes que circulam no país.  Prevenção necessária “A estratégia do Ministério da Saúde é evitar a propagação das novas variantes, e a vacinação é a melhor estratégia de prevenção”, reforça a gerente da Rede de Frio da SES-DF, Tereza Pereira. “É muito importante que o público-alvo se vacine para que todos estejam protegidos, se as variantes chegarem.” [Olho texto=”Novas variantes de covid-19 já foram detectadas em 47 países, segundo a Organização Mundial da Saúde” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] No DF, até novembro, mais de 7,8 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 foram aplicadas, desde o início da campanha de vacinação, em 2021. Neste ano, mais de 82,1% da população recebeu uma dose e 78,9% completaram o esquema vacinal de duas doses. Porém, 48,5% não retornaram para tomar o reforço, atualmente disponível a todas as faixas etárias a partir dos 5 anos de idade. Segundo o Ministério da Saúde, a variante JN.1 foi detectada no Ceará e, globalmente, tem aumentado a proporção, atingindo 3,2% das detecções no mundo. Já a variante JN.3, também identificada no Nordeste, nos últimos meses está sob investigação em São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás. As novas variantes, informa a Organização Mundial da Saúde (OMS), foram detectadas em 47 países. Confira os pontos de vacinação no DF. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Rede pública é responsável por mais da metade dos transplantes do DF

Dono do maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, o Brasil é também o segundo país que mais realiza os procedimentos, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, segundo dados do Ministério da Saúde. Os números só são possíveis graças ao Sistema Único de Saúde (SUS) que, sozinho, é responsável pelo financiamento de 88% de todas as cirurgias feitas em território nacional. Maria Olindina Araújo ficou 42 dias à espera de um coração. “Pouco tempo depois, fui chamada, fiz o transplante e agora tenho uma vida nova” | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília [Olho texto=”“Estudos mostram que, durante a pandemia, houve uma redução no número de doadores, principalmente por traumatismo cranioencefálico, o que pode se relacionar com a redução, ao menos nos primeiros meses da pandemia no Brasil, de pessoas nas ruas e, consequentemente, do número de alguns tipos de acidentes e traumatismos”” assinatura=”Gabriella Ribeiro Christmann, diretora da CET” esquerda_direita_centro=”direita”] No Distrito Federal, essa realidade não é diferente. Só nos últimos cinco anos, a rede pública de saúde foi responsável pela realização de mais da metade dos transplantes entre pacientes da capital. Foram 3.118 procedimentos realizados desde 2019, sendo 1.633 bancados pelo SUS – um total de 52%. Os dados são da Secretaria de Saúde (SES-DF) e da Central Estadual de Transplantes do DF (CET-DF). Do total de cirurgias, 543 procedimentos haviam sido realizados até 25 de setembro: 213 de córnea, 135 de medula óssea, 93 de rim, 81 de fígado e 21 de coração. Trata-se de uma média, em 2023, de 60 transplantes por mês – uma média superior à dos últimos quatro anos. Esse aumento se dá em função da retomada das cirurgias no período pós-pandemia. “Estudos mostram que, durante a pandemia, houve uma redução no número de doadores, principalmente por traumatismo cranioencefálico, o que pode se relacionar com a redução, ao menos nos primeiros meses da pandemia no Brasil, de pessoas nas ruas e, consequentemente, do número de alguns tipos de acidentes e traumatismos. Além disso, no transplante de córnea, houve um período em que não se pôde captar de doadores de coração parado”, explica a diretora da CET, Gabriella Ribeiro Christmann. Atualmente, a capital está habilitada a realizar transplantes de coração, fígado, rim, córnea, medula óssea e pele. No âmbito da rede pública, quatro unidades são tidas como referência na realização dos procedimentos, entre as quais estão o Instituto de Cardiologia e Transplantes do DF (ICTDF), o Hospital Universitário de Brasília (HUB), o Hospital de Base do DF (HBDF) e o Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB). Esperança “Até cinco anos atrás, apenas 6% dos corações possíveis de serem aproveitados eram transplantados. Esse número já subiu para 9%”, afirma o médico Vitor Salvatore Barzilai Atualmente, há 1.260 pacientes do DF à espera de um órgão. Eles integram a lista nacional de receptores, que já contabiliza 66,2 mil pessoas, segundo dados do Ministério da Saúde. As maiores demandas por transplantes são entre pessoas que precisam da doação de córneas, além de pacientes renais e hepáticos. A diretora da CET explica, porém, que o problema não está no tamanho da lista em si, mas no baixo índice de doadores. As negativas de familiares de possíveis doadores falecidos, muitas vezes por desconhecimento da importância do procedimento, também leva dificuldade a quem precisa de um novo órgão para viver. “Ainda existe a triste realidade de termos muito protocolo para poucos doadores. Na maioria dos casos, só o transplante é capaz de dar uma sobrevida aos pacientes graves”, afirma. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Paciente do ICTDF, Maria Olindina Araújo, 51 anos, viveu na pele a ansiedade de quem aguarda por um transplante. Diagnosticada com insuficiência cardíaca, ela ficou 42 dias à espera de um coração. “Descobri essa doença aos 29 anos e iniciei meu tratamento, que durou cerca de dez anos. Mas meu quadro foi piorando, fiquei muito mal e me colocaram na lista. Pouco tempo depois, fui chamada, fiz o transplante e agora tenho uma vida nova”, relata. Na unidade pública de saúde, Maria Olindina foi atendida por médicos como Vitor Salvatore Barzilai, intensivista do ICTDF, que vê na prática os desafios do transplante de órgãos no Brasil. “Apenas uma baixa porcentagem de pacientes precisará de terapias avançadas, nas quais o transplante se mostra como melhor tratamento. Mesmo assim, existe um gargalo de pessoas para tratar e, por conta de uma série de desafios, não conseguimos assistir essas pessoas”, enfatiza. “Especialmente no caso de transplante de coração: até cinco anos atrás, apenas 6% dos corações possíveis de serem aproveitados eram transplantados. Esse número já subiu para 9% e, se a gente conseguir dobrar esse percentual, consequentemente, conseguimos dobrar a quantidade de transplantes de coração realizados”, detalha o servidor.

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Equipamentos da Saúde do GDF reforçam desfile de 7 de Setembro

O personagem Zé Gotinha terá destaque no desfile de 7 de setembro na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF). Ele estará no Carro da Saúde, uma atração que vai reunir profissionais do Sistema Único de Saúde, incluindo servidores da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). O personagem Zé Gotinha terá destaque no desfile de 7 de setembro na Esplanada dos Ministérios | Foto: Agência Saúde-DF O Carro da Saúde terá a bordo um médico, uma enfermeira, uma farmacêutica, um técnico em enfermagem e um agente comunitário de saúde. “Esses servidores da SES-DF vão representar todos os profissionais envolvidos nas campanhas de vacinação no Distrito Federal e em todo o País”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. A gestora também participa do evento, no setor destinado às autoridades do Governo do Distrito Federal (GDF). Apoio do Samu O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do Distrito Federal terá na Esplanada dos Ministérios um posto de atendimento com cinco tendas para atuar em casos de incidentes locais ou mesmo de múltiplas vítimas. O local de atendimento ficará no estacionamento da Cúria Metropolitana de Brasília, junto à Catedral. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O Samu também contará com doze motolâncias e cinco ambulâncias, sendo uma unidade de suporte avançado, duas de suporte básico e duas de suporte a múltiplas vítimas. Além disso, a Cidade Policial montada pelo GDF contará com um posto médico de regulação. “Todo o planejamento foi organizado na expectativa de 40 mil pessoas, conforme levantamento da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF). Temos previsto a disponibilidade de equipes móveis tanto do Samu quanto do Corpo de Bombeiros, aliado a profissionais escalados no Posto de Atendimento, que terá estrutura capaz de acolher, estabilizar ou remover pacientes”, explica o diretor do Samu-DF, Victor Arimateia. No ano passado, foram registrados 56 atendimentos, incluindo cinco remoções para unidades hospitalares. A maioria envolve casos de baixa complexidade, atendidos nas próprias tendas, geralmente provocados por quedas ou desidratação. A orientação das equipes de saúde é se proteger do sol, garantir a hidratação, usar roupas leves e evitar levar objetos muito volumosos. *Com informações da SES-DF

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Médicos da Emergência do HRT passam por capacitação para uso do ultrassom

Cinco médicos do setor de Emergência do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) participaram, neste domingo (23), de um treinamento para uso de equipamentos de ultrassom para facilitar diagnósticos de pacientes em estado grave. A capacitação foi realizada no âmbito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), em parceria com o hospital Sírio-Libanês. De acordo com os médicos, com o uso do ultrassom em pacientes com politraumatismo causado por acidentes, quedas ou violência, é possível identificar rapidamente hemorragias internas, facilitando a atuação da equipe médica | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Um dos alunos, o cirurgião-geral e urologista Jae de Oliveira destaca a importância do uso do ultrassom para pacientes com politraumatismo causado por acidentes, quedas ou violência. É possível identificar rapidamente, por exemplo, hemorragias internas, facilitando a atuação da equipe médica. “A gente treinando pode agilizar e trazer benefícios aos pacientes”, afirma. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O encontro realizado neste domingo teve oito horas de aula prática, precedidas por dez horas de capacitação teórica, à distância. Encontros semelhantes já foram realizados no Hospital de Base, no Hospital Materno-Infantil de Brasília (Hmib) e nos hospitais regionais de Brazlândia (HRBz), Asa Norte (Hran) e Santa Maria (HRSM), cada um com turmas de até dez alunos, entre servidores da Secretaria de Saúde e residentes. Instrutor do curso, o médico radiologista Diego Nascimento dos Santos, explica que, além de ensinar sobre como é o uso do aparelho, a capacitação é focada nas situações em que o equipamento pode ser utilizado e o diagnóstico correto. É um curso prático. A partir daqui, eles passarão a utilizar o ultrassom no seu dia a dia”, acrescenta. *Com informações da SES-DF

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DF ganha destaque em evento do Programa Brasil Sorridente

Paciente da Unidade Básica de Saúde (UBS) 3 do Recanto das Emas, a auxiliar de cozinha Eunice Pereira dos Santos, de 58 anos, participou hoje (8) de solenidade que sanciona a Lei da Política Nacional de Saúde Bucal no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), no Palácio do Planalto. Com a sanção da Lei nº 8.131 de 2017, nesta segunda-feira no Palácio do Planalto, a odontologia passa oficialmente a ser uma obrigação do Estado. Uma das principais ações será a ampliação do Programa Brasil Sorridente | Fotos: Walterson Rosa/Ministério da Saúde Há oito anos em acompanhamento periódico, ela contou a experiência positiva de ser atendida em uma das unidades da Secretaria de Saúde (SES) do Distrito Federal, onde chegou com perdas dos dentes. “Eu raramente ia ao dentista, como todo mundo de baixa renda. Dentista é caro, então a gente ia numa emergência, em uma dor insuportável”, conta. [Olho texto=”“A SES tem buscado o aumento da cobertura das equipes de saúde bucal. Queremos uma população sem estigmas, sorrindo, e termos no DF 13 centros especializados de odontologia, que fazem trabalho de excelência”” assinatura=”Lucilene Florêncio, secretária de Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] O atendimento da Eunice na UBS 3 do Recanto das Emas é um exemplo de sucesso do Programa Brasil Sorridente, uma iniciativa do governo federal em parceria com estados, municípios e com o DF para ampliar o acesso à saúde bucal. “A SES tem buscado o aumento da cobertura das equipes de saúde bucal”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. “Queremos uma população sem estigmas, sorrindo, e termos no DF 13 centros especializados de odontologia, que fazem trabalho de excelência”, completa. A brasiliense Eunice Pereira dos Santos, auxiliar de cozinha, recebeu um atendimento do Programa Brasil Sorridente A gerente de Serviços de Odontologia da SES, Francielle Gonçalves, destaca que a capital está à frente de muitos estados em termos de atendimento odontológico à população e trabalha para ampliar a habilitação de novas equipes de saúde bucal. “A intenção é começar pelas regiões mais vulneráveis”, explica. Somente em 2023, foram nomeados 132 cirurgiões dentistas aprovados em concurso público, integrando um efetivo de 658 profissionais. Atualmente, já são 345 equipes de saúde bucal em atividade na SES, que também dispõe de 13 Centros de Especialidades Odontológicas, uma unidade móvel e equipes de consultório na rua. A pasta oferece ainda serviços específicos, como a participação da odontologia no Programa Saúde na Escola, e especializados, como periodontia, prótese, atendimento a pessoas com deficiência, estomatologia, cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial, endodontia e pronto-socorro odontológico. Política de Estado A solenidade no Palácio do Planalto teve como foco a sanção da Lei nº 8.131 de 2017, que institui a Política Nacional de Saúde Bucal no âmbito do SUS. Na prática, a odontologia passa oficialmente a ser uma obrigação do Estado, um direito de todos os cidadãos, a ser oferecido em parceria entre governo federal, estados, municípios e o DF. Uma das principais ações será a ampliação do Programa Brasil Sorridente. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] De acordo com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, as iniciativas devem abordar o tratamento odontológico e as ações educativas, inclusive nas escolas. “O Brasil Sorridente é uma coisa extraordinária porque recupera não só o sorriso, mas a dignidade do ser humano”, afirma. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou o investimento nas equipes de saúde bucal, realizado pelo governo federal, estados e municípios. “O SUS precisa oferecer o tratamento completo de saúde bucal, começando pela atenção primária à saúde”, acrescenta. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF

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Distrito Federal tem a quinta maior incidência de diálise do país

[Olho texto=”“Os rins são responsáveis por manter o nosso sangue em equilíbrio, sem acúmulo de toxinas, além de auxiliar na produção de hormônios” – Lizandra Caroline Barbosa Carvalho, médica referência técnica distrital em nefrologia” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O Distrito Federal tem a quinta maior incidência de diálise do país, de acordo com os dados do censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia. A capital registra 737 pacientes por milhão de habitantes, o que totaliza 2.280 pessoas em tratamento. Os hospitais da rede pública daqui são procurados por pacientes de outras unidades da Federação em busca do procedimento. O relatório aponta que, dos 44.037 pacientes em diálise no Brasil, 33.040 são atendidos pelo Sistema Único de Saúde, o SUS. As principais causas de diálise no Brasil são doenças como hipertensão e diabetes, que impactam no funcionamento do rim, traz o documento. No calendário de saúde, março também é lembrado como mês do rim. A médica referência técnica distrital em nefrologia, Lizandra Caroline Barbosa Carvalho, alerta para a importância de fazer o acompanhamento da função renal em pacientes diagnosticados com as duas doenças. Os hipertensos e diabéticos, ou que tenham histórico familiar, devem fazer exames rotineiros ao menos uma vez por ano. Os leitos ambulatoriais para hemodiálise, que também são ocupados por pacientes de outros estados, registram um total de 2.280 pessoas em tratamento no Distrito Federal | Foto: Geovana Albuquerque / Arquivo – Agência Saúde DF A nefrologista explica que “os rins são responsáveis por manter o nosso sangue em equilíbrio, sem acúmulo de toxinas, além de auxiliar na produção de hormônios”. Ela alerta que a complicação renal é uma doença silenciosa, como diabetes ou hipertensão. “Quando se tem algum sintoma de alteração da função, já é significativo.” Sintomas como náusea, vômito, baixo apetite, períodos de confusão mental e cãibras podem ser relacionados ao desequilíbrio da ureia. Além desses, a médica reforça que as pessoas devem prestar atenção na presença de espuma na urina. “Isso acontece porque o órgão, que atua como um filtro, está deixando passar proteína”, esclarece a especialista. A médica ainda reforça a importância de fazer acompanhamento para quem adota uma dieta baseada no consumo excessivo de proteína ou com suplementação. “Os atletas que fazem suplementação e dieta hiperproteica precisam fazer acompanhamento e cuidar para que não tenha repercussão nos rins.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Ela ainda destaca que o uso de anti-inflamatório e o cigarro devem ser evitados. Lizandra lembra da importância da prática de atividade física, do controle da pressão arterial e da diabetes, de manter boa hidratação e alimentação saudável. Os exames de controle podem ser feitos pela rede pública. Para isso, é necessário marcar com um médico na Unidade Básica de Saúde (UBS) para checar pressão, glicemia e a função renal. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF

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