Encontro discute trabalho e educação permanente na assistência social do Centro-Oeste
A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF) promove, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), entre os dias 20 e 22 de agosto, o 1º Encontro Regional de Gestão do Trabalho e Educação Permanente do Sistema Único de Assistência Social (Suas), voltado para a região Centro-Oeste. O evento tem como objetivo promover a troca de experiências entre profissionais da área, fortalecer a educação permanente e qualificar a gestão do trabalho na assistência social. O encontro reunirá um total de 150 servidores da assistência social do Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além de representantes do Ministério do Desenvolvimento Social. A programação inclui debates sobre o novo Bolsa Família e estratégias de combate ao assédio moral em unidades de assistência social, além de oficinas temáticas, apresentações culturais e momentos de integração entre os participantes. Evento tem como objetivo promover a troca de experiências entre profissionais da área, fortalecer a educação permanente e qualificar a gestão do trabalho na assistência social | Fotos: Divulgação/Sedes Na abertura do evento, nesta quarta-feira (20), a secretária de Desenvolvimento Social do DF, Ana Paula Marra, enfatizou a importância desse momento para qualificar o atendimento dos servidores à população em situação de vulnerabilidade: “A educação permanente e a troca de experiências com outros estados são fundamentais, pois cada local possui suas particularidades. No DF, por exemplo, temos uma visão integrada entre estado e município, e ao dialogar com outras regiões, conseguimos compreender diferentes vivências no trabalho da assistência social”. Para o subsecretário de Governança, Inovação e Educação Permanente da Sedes, Rodrigo Freitas, organizar o encontro foi, acima de tudo, um exercício coletivo. “Envolvemos diferentes áreas da secretaria, buscamos parcerias estratégicas com o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome e cuidamos de cada detalhe com carinho — da programação técnica à recepção dos nossos colegas de outros estados — para garantir que este seja um momento de aprendizado, integração, construção conjunta e troca de experiências”, declarou. Na abertura do evento, a secretária de Desenvolvimento Social do DF, Ana Paula Marra, enfatizou a importância desse momento para qualificar o atendimento dos servidores à população em situação de vulnerabilidade Educação permanente [LEIA_TAMBEM]A Secretaria de Desenvolvimento Social promove a educação permanente por meio de cursos de capacitação para os profissionais que atuam na assistência social do DF. O objetivo é garantir que esses trabalhadores estejam sempre atualizados sobre as melhores práticas, legislações e políticas públicas, o que aprimora a qualidade do atendimento à população em situação de vulnerabilidade. Além disso, a secretaria conta com a Escola Virtual, uma plataforma lançada em 2021 que oferece cursos online com certificação reconhecida pelo Governo do Distrito Federal (GDF). Esses cursos abordam diversas temáticas relacionadas à política de assistência social e a outros assuntos importantes. Os conteúdos são exclusivos para os servidores da Sedes e para instituições parceiras. O 1º Encontro Regional de Gestão do Trabalho e Educação Permanente do Suas segue até 22 de agosto, das 8h30 às 18h, no Espaço Sedes Colab, localizado na sede da Secretaria de Desenvolvimento Social, na 515 Norte, com entrada permitida para os profissionais já inscritos. *Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes)
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Seminário conscientiza servidores e trabalhadores da assistência social sobre combate ao racismo
Em alusão ao Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF) promoveu nesta segunda-feira (18) o seminário Caminhos para a Equidade Étnico-racial no Suas – Edição Distrito Federal. Realizado em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), o encontro teve a finalidade de promover a reflexão e o aprofundamento da pauta racial no Sistema Único de Assistência Social (Suas). O seminário reuniu especialistas, servidores e trabalhadores do Suas no DF para levantar questões étnico-raciais enfrentadas no dia a dia e debater a necessidade de oferecer um atendimento qualificado e direcionado para esse público, que é maioria entre as famílias em vulnerabilidade social. Cerca de 130 pessoas participaram do evento ao longo do dia, no Espaço Sedes Colab, na 515 Norte. O seminário reuniu especialistas, servidores e trabalhadores do Suas no DF para levantar questões étnico-raciais enfrentadas no dia a dia | Foto: Flávio Anastácio/Sedes-DF “Esse encontro visa conscientizar os servidores a respeito da existência do racismo. No Brasil, nós ainda vivemos o mito de uma ‘democracia racial’, por isso, precisamos desmistificar as relações sociais no trabalho da assistência social, porque as pessoas não são iguais materialmente. Então, a gente precisa promover essa igualdade, essa equidade a partir do nosso trabalho. E isso é combater o racismo. A construção de uma assistência social antirracista”, explica a educadora social da Sedes, Loyde Cardoso, uma das organizadoras do evento. Assistente social no Cras Recanto das Emas II, Cristiane Delfino avalia que esse será o pontapé inicial para sensibilização dos servidores sobre o tema. “No cotidiano, nós atendemos majoritariamente a população negra, especialmente mulheres negras. Então, trazer esse debate para o servidor da Sedes é importante para pensar o cotidiano dessa população, em como ela é afetada por essa questão racial. Pensando nas especificidades dessa população, poderemos entender qual a demanda que nós temos, objetiva e subjetiva, para orientar sobre como combater a violação de direitos”. O seminário Caminhos para a Equidade Étnico-Racial no Suas é uma versão piloto de um evento que será realizado a nível federal pelo MDS, previsto para o ano de 2025. O Distrito Federal foi escolhido para essa iniciativa inédita pela diversidade do público atendido. “Nós fomos provocados pela Sedes, que tem um grupo de trabalho para tratar dessa questão. E nós já tínhamos esse projeto. A ideia é que, no ano que vem, eventos como esse estejam subsidiando a construção da política de promoção da igualdade étnico-racial no Suas, é uma qualificação da oferta da política pública de assistência social. Então, os debates que ocorrerão, os conceitos que surgirem, as provocações que aparecerem serão todas trabalhadas em relatoria e vão servir como fonte de estudo para trabalhar a política nacional”, explica o coordenador-geral de Programas e Ações de Combate às Discriminações, da Secretaria Nacional de Assistência Social, Bruno Alves Chaves. Entre os temas discutidos no seminário estão os efeitos da escravidão no público, como a pobreza e a violência contra as mulheres negras. “O DF reúne todos os tipos de etnias, raças. É o ponto espelho para todo o país para que nós consigamos implementar políticas públicas. O território é menor, mas nós sabemos que é extremamente desigual. Então, para mim, é um grande desafio. Foi importante ter ampliado esse debate para os trabalhadores da ponta, de entidades, da sociedade civil para levar a importância de combate ao racismo como instituição e qualificar o atendimento à nossa população”, destaca a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. *Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal (Sedes-DF)
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Abertas as inscrições para as conferências regionais de assistência social
Começam nesta segunda-feira (30) as inscrições para as Conferências Regionais de Assistência Social do Distrito Federal. Os encontros, realizados a cada dois anos, são uma oportunidade de usuários e trabalhadores da assistência social participarem da construção da política de assistência social no país e sugerir novas ações para qualificar o serviço. As contribuições serão debatidas em sete Conferências Regionais de Assistência Social do DF, entre os dias 16 de setembro e 7 de outubro. Para participar, basta preencher e enviar o formulário já disponível no site da Sedes, na aba “Saiba Mais”. Arte: Sedes-DF Os encontros (on-line para prevenir a disseminação da covid-19) serão abertos aos usuários residentes nas regiões administrativas abrangidas pela respectiva conferência regional e aos trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social (Suas) que atuam nas unidades da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) e instituições localizadas nessas regiões. Todo o processo é organizado pelo Conselho de Assistência Social (CAS-DF). Segundo a subsecretária de Assistência Social da Sedes e presidente do CAS-DF, Kariny Alves, para facilitar o debate e garantir que todos os temas pertinentes sejam discutidos de forma igualitária, as conferências, incluindo a distrital e nacional, foram divididas em cinco eixos temáticos: 1. Proteção social não contributiva e o princípio da equidade como paradigma para a gestão dos direitos socioassistenciais no enfrentamento das desigualdades; 2. Financiamento e orçamento como instrumento para uma gestão de compromissos e corresponsabilidades dos entes federativos para garantia dos direitos socioassistenciais; 3. Controle social: o lugar da sociedade civil no Suas e a importância da participação dos usuários; 4. Gestão e acesso às seguranças socioassistenciais e articulação entre serviços, benefícios e transferência de renda como garantias de direitos socioassistenciais e proteção social; 5. Atuação do Suas em situações de calamidade e emergências. “Os cinco eixos das conferências regionais foram selecionados e deliberados pela Comissão Nacional de Assistência Social. Ao final, as contribuições dos participantes desses encontros regionais vão servir de base para o debate da XIV Conferência Distrital de Assistência Social e para a Conferência Nacional, que será, logo depois, em dezembro”, explica Kariny Alves. A secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, reitera que cada conferência é um espaço onde a comunidade, usuários, trabalhadores, entidades de assistência social e governo podem avaliar a atual política e elaborar propostas. “Eu convido a você que é trabalhador da Assistência Social, a comunidade, que participem das conferências regionais. Vamos contribuir para construir uma política de assistência social mais ampla, combater as desigualdades, garantir a proteção social e melhores condições de trabalho para o profissional do Suas. Essa política também é para você usuário, que utiliza os serviços e pode orientar a gestão a melhor forma de conduzir isso”, reforça a gestora. Representante dos usuários, a vice-presidente do CAS-DF, Lenice Neres, reforça que a participação do cidadão é fundamental no processo de construção da política para o setor. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Todas as ações são pensadas no atendimento às necessidades do usuário. Então, é importante o Conselho saber quais as demandas, e como o serviço pode ser melhorado, o que o cidadão considera importante. O controle social também faz parte desse processo. O beneficiário tem que monitorar e avaliar a política atual”, pontua. Conferências Regionais Serão realizadas sete Conferências Regionais de Assistência Social do DF, considerando as 33 regiões administrativas, com 80 participantes cada. As reuniões começam às 8h com o credenciamento dos participantes. De acordo com regulamento publicado do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), as conferências têm por objetivo avaliar o estágio de implementação do Suas à luz do III Plano Decenal de Assistência Social; analisar os avanços, as conquistas os desafios e as dificuldades colocados para a construção e consolidação do Suas nas diversas regiões administrativas do DF; indicar propostas para o aperfeiçoamento das ações do Suas no âmbito local e nacional; fortalecer a participação e o controle social, o reordenamento e a qualificação dos serviços socioassistenciais e sua relação com benefícios e programas de transferência de renda; e organizar a participação da sociedade civil e do governo para a XIV Conferência Distrital de Assistência Social. Em cada conferência regional, serão eleitos 42 delegados titulares e suplentes para participar da XIV Conferência Distrital de Assistência Social. Serão eles os responsáveis por levar as propostas da comunidade e trabalhadores do Suas e representar as regiões durante a conferência distrital em 21 de outubro, sob o tema “Assistência Social: Direito do Povo e Dever do Estado, com financiamento público, para enfrentar as desigualdades e garantir proteção social”. No encontro distrital, entre esses delegados credenciados, serão eleitos doze para participar da XII Conferência Nacional de Assistência Social, em dezembro. Confira as datas das Conferências Regionais de Assistência Social do DF: Quem pode participar: *Com informações da Sedes
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Dia do Psicólogo: o anjo no atendimento às famílias em risco social
O psicólogo exerce papel fundamental dentro do Sistema Único de Assistência Social (Suas). É ele que, junto com o assistente social e os demais profissionais que compõem as equipes de referência nas unidades socioassistenciais da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), acolhe e ajuda a identificar as vulnerabilidades das famílias que são atendidas pelos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), além das instituições de acolhimento e dos Centro Pop. “O psicólogo tem um olhar diferenciado para questões de vulnerabilidade e violação de direitos. É importante ressaltar que ele trabalha nas unidades com uma perspectiva social e não com uma análise clínica. Mas que compõe, junto com o assistente social nas unidades socioassistenciais, um trabalho essencial para o desenvolvimento e atendimento das famílias de forma ampla”, destaca a subsecretária de Assistência Social, Kariny Alves. Esse profissional faz parte das equipes multidisciplinares que organizam a oferta de serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social básica e especial – e sempre levando em consideração o número de famílias e indivíduos referenciados, o tipo de atendimento e as aquisições que devem ser garantidas aos usuários, de acordo com a realidade do território em que atuam. O psicólogo que atua na esfera social deve praticar ações socioeducativas sem usar o método tradicional de atendimento clínico individual. O foco deve estar na proteção social dos indivíduos e na garantia de direitos. Em caso de necessidade de atendimento psicoterapêutico, o psicólogo do Cras/Creas deve encaminhar o usuário à uma unidade da Saúde. “Nosso foco não é o atendimento clínico psicoterapêutico. Tem as questões da família, as questões subjetivas no sofrimento. Mas, na política que nós atuamos, há toda a dimensão do Estado, das violações de direitos que o usuário está sofrendo, que não está necessariamente ligada a uma questão intrapsíquica dele. Tem toda uma conjuntura social mais ampla que precisa ser levada em consideração”, ressalta a psicóloga Olga Jacobina, servidora do Cras do Guará. Para a psicóloga, trabalhar em conjunto com profissionais de outras áreas nas unidades possibilita um suporte mais completo no atendimento ao usuário. “São olhares diferentes. Quando a gente tem a possibilidade de fazer esse trabalho com assistente social, pedagogo e educador social, ganha outras leituras para uma mesma realidade”, conta ela. “A atuação fica muito mais rica”, pontua Olga Jacobina. “Um assistente social, por exemplo, tem mais ferramentas para conseguir fazer uma análise de uma conjuntura social mais ampla da questão social que vai além da situação de vulnerabilidade da família”, destaca. [Olho texto=”Esse é o profissional que tem a expertise de trabalhar isso com as famílias em situação de vulnerabilidade social, no dia a dia com a comunidade” assinatura=”Flaviana Araújo, psicóloga especialista em Assistência Social da Sedes” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Ela lembra que o psicólogo tem mais experiência para identificar a questão dos vínculos, como é a relação dessas pessoas com a comunidade, com um sistema social mais amplo. “Nós temos mais ferramentas para lidar com grupos, por exemplo. Podemos atuar de forma terapêutica, mas não no sentido clínico, clássico, e sim no sentido de transformar, promover mudanças na situação da família”. Especialista em Assistência Social da Sedes, a psicóloga Flaviana Araújo lembra que o psicólogo no âmbito do Suas trabalha especialmente o fortalecimento dos vínculos. “Esse é o profissional que tem a expertise de trabalhar isso com as famílias em situação de vulnerabilidade social, no dia a dia com a comunidade”. Com passagem pelo Cras de Sobradinho e pelo Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua (Centro POP Brasília), Flaviana trabalha, atualmente, na subsecretaria de Assistência Social. “Nos primeiros atendimentos, você tende a atender as demandas mais imediatas, mas sempre buscando o que existe ainda de relação para ser retomada ou construída a partir do vínculo que é possível aquela pessoa ainda ir estabelecendo. Vamos trabalhar recursos com esses usuários para eles irem conquistando sua autonomia para lidar com situações do cotidiano deles”, conta. Fundamentais na pandemia Os psicólogos também têm se destacado no apoio à assistência na rede pública, principalmente em questões de saúde mental. Esse profissional atua com foco na subjetividade humana e em como ela afeta e é afetada pelas relações e pelo ambiente. Dentro do contexto da saúde, são aqueles que ampliam o olhar para o paciente, que contribuem para que a equipe o enxergue para além da doença que ele apresenta naquele momento. Foto: Agência Saúde-DF/Divulgação “Enxergamos doenças que não aparecem em exames físicos. Somos os profissionais que intervém na crise e na violência. No desastre e na catástrofe. Ampliando a escuta sobre a dor e o sofrer auxiliamos o paciente a se enxergar como um sujeito e não um CID”, explica Fernanda Jota, psicóloga nos Centros de Especialidade para Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual, Familiar e Doméstica Caliandra (Adolescentro), Margarida e Jasmim (Hran). Com a pandemia e o isolamento, cada vez mais têm surgido transtornos mentais na população e com isso, o papel do psicólogo tem se destacado positivamente. Fernanda acredita que a profissão está vivendo um período de valorização ímpar, tendo em vista que hoje é consenso em todo o mundo que o isolamento social agravou quadros de transtornos mentais e fez surgir quadros novos. “As pessoas se afastaram de suas redes sociais de apoio. Os laços afetivos, tão fundamentais para uma boa qualidade de vida e saúde mental, foram muito prejudicados. Para os casos de violência nos tornamos mais imprescindíveis. Boa parte dos nossos atendimentos hoje são feitos por tecnologias de comunicação. Uma forma de chegar às vítimas de forma mais rápida e ágil”, destaca. Fernanda conta que tem vivido desafios diários desde a pandemia, pois além de fazer os atendimentos de pessoas em situação de violência, todos os psicólogos lotados no Hospital Regional da Asa Norte passaram a dividir suas cargas horárias com o atendimento de familiares de pacientes internados por Covid. “Em quase todos os meus teleatendimentos a familiares de pacientes internados por Covid-19 no Hran, escuto: eu nunca imaginei que receberia esse nível de atendimento na minha vida”, revela Fernanda. Transtornos A psicóloga Daniela Barros Oliveira, é lotada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Sobradinho (HRS) e acredita que o psicólogo tem sido essencial neste momento de pandemia. “Nos tornamos uma ponte entre família e paciente e, hoje, temos a tecnologia ao nosso favor que chamamos de visita virtual”, conta. As videochamadas entre paciente e família, acompanhadas pelo psicólogo, amenizam a solidão, os medos e angústias. De acordo com Daniela, algumas pessoas sentem mais os reflexos do isolamento, da quebra da rotina e, por sua vez, podem desencadear sintomas depressivos, sinais de ansiedade, de desvalorização e de um futuro incerto. Com isso, algumas pessoas acabam aumentando o consumo de bebidas alcoólicas ou desenvolvendo compulsão alimentar, o que é indicado a busca por um profissional da área de psicologia. A gerente de Serviços de Psicologia da Secretaria de Saúde, Rúbia Marinari, esclarece que, em tempos de Covid-19, são notórias as dificuldades impostas pela doença – como ansiedade, estresse, o medo de se infectar e de transmitir o novo coronavírus aos entes próximos. Além disso, ainda há o impacto para a saúde mental da população devido à necessidade de distanciamento social, perda de emprego e renda, aumento da vulnerabilidade social etc. Assim, os psicólogos, passaram a ser acionados para o manejo e prevenção desses impactos emocionais na vida das pessoas, tanto para os pacientes que já estavam inseridos nos serviços da rede, quanto para novos usuários que buscaram os serviços de saúde na pandemia. “Nos hospitais, por exemplo, devido à proibição das visitas aos pacientes infectados com o novo coronavírus, os pacientes necessitam ficar isolados de suas famílias e de sua rede sócio-afetiva durante o tratamento. Esse distanciamento pode trazer solidão e o desenvolvimento/agravamento de sinais e sintomas de depressão e ansiedade. A atuação do psicólogo junto a esse paciente e seus familiares colabora com sua recuperação física e emocional”, conclui. Dia do Psicólogo É comemorado em 27 de agosto por conta da data de publicação da Lei 4.119/62, que regulamentou a profissão no Brasil. Foi instituído em 2016. * Com informações das secretarias de Desenvolvimento Social e da Saúde
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Capacitação de servidores para atender famílias vulneráveis
Um dos pontos trabalhados com base nas discussões é o momento histórico e social | Foto: Sedes-DF Criar ferramentas teórico-metodológicas e fazer uma reflexão de forma colaborativa para a melhoria da atuação dos servidores do Sistema Único de Assistência Social (Suas). Esse é o objetivo de uma pesquisa desenvolvida pelos pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Brasília, em parceria com servidores da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) e trabalhadores da Assistência Social. O projeto é financiado pela Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP-DF). Com base nas contribuições dos servidores, em especial aqueles que trabalham na ponta atendendo o público nas unidades socioassistenciais, a PesquisAR Suas tem o objetivo de desenvolver e validar instrumentos de identificação de vulnerabilidades e riscos das famílias atendidas pela Política Nacional de Assistência Social. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “O que nós tínhamos muito claro em relação a metodologia é que nós queríamos que fosse um processo de construção colaborativa, com a participação dos trabalhadores e a partir das experiências deles. O que é essencial é essa visão de o trabalhador trazer algo que é genuíno e único dele nessa discussão, que é permeada por um processo de educação permanente”, destaca a especialista em Assistência Social da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) e pesquisadora do grupo PesquisAR SUAS. Daiana Brito participou do webinário Trabalho Social com Famílias: olhares, reflexões e construções colaborativas, transmitido pelo canal da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Brasília no Youtube, que apresentou nesta sexta-feira (21) uma das fases da pesquisa que trata da revisão da literatura sobre trabalho social com famílias. Além da especialista em Assistência Social da Sedes, participaram do webinário a coordenadora do estudo Anna Pontes, que mediou o debate, e a pesquisadora do Núcleo de Pesquisa Interdisciplinar Sociedade, Família e Políticas Sociais, da Universidade Federal de Santa Catarina, Regina Célia Mioto. Segundo Daiana Brito, um dos pontos trabalhados com base nas discussões é o momento histórico e social. “É a compreensão do próprio trabalho social com famílias, de onde ele surgiu, como ele se consolidou, sabendo esse histórico, nos faz ficar atentos e agir de forma a uma leitura crítica. A gente se apropria disso para entender o que foi bom e o que não foi. As questões conceituais tem que ser trazidas para a prática”, reitera. “Ter o cuidado de olhar para essa família sem estigmatiza-la, sem criar um padrão de família que seja meu, a partir da minha experiência. Essa é uma questão que está presente em vários pontos da nossa atuação e serve de reflexão”, pontua. “Se o trabalhador não reconhecer suas próprias vulnerabilidades, a relação de poder estabelecida entre ele e o usuário também pode não ser reconhecida e a desigualdade que existe negada”, complementa a servidora da Sedes. “É uma pesquisa que parte de um revisão bibliográfica grande. O que a gente traz para essa pesquisa é o olhar do trabalhador porque é o trabalhador que está lá com a família fazendo atendimento. O trabalhador do SUAS é o foco, o que a nós queremos é qualificar esse trabalho. Essa é a razão desse webinário. Depois dessa etapa, a pesquisa continua, nós não temos resultados, a gente está mostrando de onde estamos partindo, estamos trocando de fase”, explica a coordenadora da pesquisa, Anna Pontes. Para a pesquisadora Regina Célia Mioto é importante fazer essas reflexões sobre o trabalho para enfrentar os desafios e dificuldades a que os profissionais estão expostos, em especial os que compõem o Sistema Único de Assistência Social. “Essa pesquisa na forma como ela está sendo construída e projetada é muito bem-vinda e nos traz esperanças de dias melhores”, destaca Regina. * Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social
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