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Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)

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Adolescente autista faz visita guiada pelos bastidores do metrô

Marcos Vinícius Estevão dos Santos Dias tem 14 anos e, desde os 6 anos, convive com o diagnóstico de transtorno do espectro do autismo (TEA). Estudante da 8ª série na Fundação Bradesco, ele tem uma rotina de idas e vindas a hospitais e clínicas, onde faz diversos tratamentos médicos. É um usuário frequente do metrô, sempre acompanhado da mãe, Mônica Estevão da Rocha. Eles moram a cinco minutos da Estação Ceilândia Centro. Mas a relação do rapaz com o sistema metroviário sempre foi além do uso convencional do transporte. “Desde pequeno ele tem fascínio pelo metrô. Passa horas vendo cenas de metrôs pelo YouTube e sonhava em conhecer a cabine do piloto”, revela Mônica. A Escola Metroviária entrou em contato com a mãe para entender a condição de Marcos e tomar as providências cabíveis para que a visita fosse tranquila, confortável e proveitosa para ele. O sonho do adolescente se tornou realidade na última sexta-feira (22), quando ele fez uma visita guiada pelos bastidores do metrô, começando pelo trem, passando pela manutenção e pelo Centro de Controle Operacional (CCO). Marcos Vinícius é fascinado pelo metrô desde pequeno | Fotos: Asley Ribeiro/ Metrô-DF Com o pretexto de ir a uma consulta, Marcos seguiu com a mãe para a Estação Ceilândia Centro às 9h. “Para evitar que ele ficasse muito ansioso, eu não contei da visita, deixei que fosse surpresa”, contou Mônica. Já no trem, o piloto escalado para acompanhar a visita abriu a cabine que tem comunicação com o primeiro carro e convidou Marcos para conhecer o espaço. O sorriso veio de imediato. Com os olhos brilhando, Marcos sentou-se na cadeira de piloto, recebeu explicações sobre os equipamentos e seguiu na cabine durante todo o trajeto até a Estação Águas Claras. No percurso, foi ele quem anunciou paradas em estações e orientou passageiros sobre o lado correto para a saída do trem. “É um dia que ele vai guardar para o resto da vida”, afirmou Mônica. Sempre com o sorriso de satisfação no rosto, Marcos ganhou uma plaquinha de piloto das mãos de Júlio César Soares Nicésio, piloto e instrutor que acompanhou toda a visita. “É muito gratificante ver a satisfação dele. Nós sempre ficamos muito felizes quando as pessoas, em especial as crianças, têm interesse pelo nosso sistema e vêm conhecer de perto como tudo funciona e saber mais sobre a nossa profissão”, disse Júlio César. Um dos momentos mais esperados por Marcos foi a visita à cabine do piloto. Agora, o jovem quer seguir a profissão Marcos ganhou também dois trenzinhos feitos de papelão das mãos de Daniele Gomes Prandi, chefe do Núcleo de Desenvolvimento de Recursos Humanos. Foi ela quem entrou em contato com a mãe para organizar a visita. Ela disse que não é raro receber no sistema crianças e adolescentes autistas. “Já recebemos algumas visitas. Eles têm realmente uma grande curiosidade pelo sistema. Sempre que chega um pedido pela Ouvidoria, nós preparamos tudo para que eles se sintam confortáveis e seguros”, avalia. Segundo Daniele, o metrô recebe visita de escolas dentro do projeto Educação nos Trilhos e de alunos de cursos técnicos profissionalizantes e de graduação. Após viver seus momentos como piloto do metrô, Marcos Vinícius conheceu o galpão de manutenção, onde entrou em um trem parado, subindo à cabine mais uma vez. Roberto Audy, que acompanhou a visita na manutenção, mostrou também um motor de trem a Marcos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para finalizar a visita, Marcos conheceu o CCO, a sala de controle, na sede do Metrô-DF. Alexandre Santarem fez as honras da casa, mostrando todos os detalhes do local onde se concentra a inteligência do sistema. O rapaz ficou encantado com a sala com muitas telas e monitores que sinalizam e controlam, em tempo real, o percurso dos trens e todos os outros detalhes do sistema. Marcos registrou tudo com extrema atenção e, ao fim da visita, disse que estava feliz e que tinha gostado muito. À pergunta “agora, vai estudar para ser piloto?”, ele respondeu com um sonoro “sim”. “Para mim, é também um sonho realizado ter conseguido proporcionar momentos assim para ele”, concluiu Mônica. *Com informações do Metrô-DF

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No DF, inclusão se aprende na escola

Um exemplo de instituição inclusiva, acessível e com educação humanizada é o trabalho da Escola Classe 45 (EC 45) de Ceilândia. A unidade lembra a importância do Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, celebrado neste domingo (2), e mostra, por meio de ações desenvolvidas cotidianamente, o que é inclusão. Vitor Sousa: “O que importa é que todo mundo é amigo aqui. Eu gosto de todas as matérias e da escola” | Foto: André Amendoeira/SEE A unidade tem 775 estudantes, entre os quais 37 diagnosticados com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). O local atende alunos da educação infantil e do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental. Nas turmas inclusivas, a equipe pedagógica da EC 45 observa peculiaridades durante o ano letivo. No início das aulas, a escola opta por manter as mesmas turmas ao longo dos anos. As professoras dos anos anteriores também conversam e fazem um trabalho integrado na adaptação com a professora que vai assumir a turma. Turmas inclusivas [Olho texto=”“Os cursos e capacitações são importantes, mas você tem que observar a criança e seus hábitos para começar a relação e evoluir ao longo do ano com processo de aprendizagem” ” assinatura=”Ianê Rodrigues, professora da EC 45″ esquerda_direita_centro=”esquerda”] O estudante Vitor Sousa, 10, cursa o quinto ano e está em uma turma inclusiva. Crianças do ensino regular e alunos diagnosticados com TEA, como ele, estudam juntas. “O que importa é que todo mundo é amigo aqui. Eu gosto de todas as matérias e da escola”, afirma ele.  Ele estuda na EC 45 desde os 4 anos de idade e diz apreciar a integração com as outras crianças, os momentos culturais na escola e a convivência. Recentemente, passou a investir em seu talento artístico. Durante a entrevista, ficou animado, fez uma escultura utilizando fita adesiva de um dos seus personagens preferidos, o Sonic, e mostrou o trabalho no pátio da escola, no meio do recreio, rodeado pelos colegas. A EC 45 também tem acessibilidade física em toda estrutura da escola. O local também atende estudantes com outras necessidades especiais e deficiências, como a síndrome de Down. “A inclusão de todos é importante, em um local que esteja fisicamente acessível ou adequando as atividades pedagógicas do currículo escolar às necessidades de cada estudante”, pontua o diretor da escola, Fernando Tiago. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Cada estudante importa O ensino humanizado é uma missão realizada a cada dia na EC 45 de Ceilândia. Ianê Rodrigues é professora na unidade e vive essa experiência há 26 anos. “Cada aluno é único, especialmente os autistas”, afirma. “Temos que ter esse olhar individualizado nas turmas inclusivas e ter uma observação direta. Os cursos e capacitações são importantes, mas você tem que observar a criança e seus hábitos para começar a relação e evoluir ao longo do ano com processo de aprendizagem.” Carlos Eduardo Soares, 6 anos, está na turma de alfabetização da professora Ianê. O autismo não impede seu processo de aprendizagem. “Eu me sinto integrado com meus amigos e já sei ler; gosto da Turma da Mônica e da Bíblia”, conta ele. A semente da conscientização e inclusão já mostra frutos. Um dos colegas de turma de Carlos, Heitor, diz se sentir à vontade em interagir com estudantes autistas na mesma sala e afirma que todos se dão bem. “Carlos é meu amigo”, diz. “Eu gosto dele. Nós nos ajudamos aqui na escola.”   *Com informações da Secretaria de Educação

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