Resultados da pesquisa

UPA do Paranoá

Thumbnail

UPAs do DF se destacam por acolhimento emocional a pacientes

O atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) vai além dos cuidados médicos. As equipes estão preparadas para oferecer um cuidado integral e permanente, garantindo que cada paciente receba assistência médica, suporte social, emocional e acolhimento. Duas histórias de superação, acolhimento e transformação emocionaram nas UPAs do Riacho Fundo II e do Paranoá. A abordagem da melhoria continuada, com acompanhamento além do momento do atendimento, reforça o compromisso do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IgesDF) em transformar realidades, promovendo um atendimento digno e respeitoso, em que cada paciente é visto em sua totalidade e tem as necessidades e histórias valorizadas. Sem documento José Ailton Miranda de Jesus chegou à UPA do Riacho Fundo II com hipoglicemia e uma lesão ocular | Fotos: Divulgação/IgesDF José Ailton Miranda de Jesus, 42 anos, chegou à UPA do Riacho Fundo II no segundo semestre de 2024 e em condição delicada. Ele foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros sem documentos, com sinais de hipoglicemia e uma lesão no olho direito. “Ele chegou fragilizado, sem nenhuma documentação, relatando que havia vindo a pé da Bahia para Brasília e que estava em situação de rua há dois anos. Aos poucos, fomos traçando um caminho para tentar resgatar seus direitos e proporcionar um acolhimento digno”, relembra a assistente social Michele Lins. O primeiro passo foi tentar localizar a documentação dele. Com base nas informações fornecidas, a equipe do serviço social iniciou uma busca nos cartórios da Bahia e conseguiu encontrar o registro de nascimento do paciente. A segunda via da certidão foi solicitada e, em seguida, providenciou-se a emissão do CPF e da Carteira de Identidade Nacional. Paralelamente, a saúde ocular de José Ailton foi avaliada no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), onde foi constatada a presença de catarata no olho direito e um possível trauma no esquerdo. O caso exigia exames mais detalhados e, posteriormente, uma cirurgia oftalmológica, marcada para janeiro de 2025. Infelizmente, após o procedimento, foi confirmada a cegueira irreversível em ambos os olhos, uma notícia que abalou a equipe. “Foi muito difícil para todos nós. Criamos um vínculo com ele e torcíamos para que recuperasse ao menos parte da visão. Mas, ao mesmo tempo, sabíamos que fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para garantir seu tratamento”, desabafa a gerente da UPA, Carolina Corrêa Gomes. “Nunca imaginei que teria tanta gente lutando por mim. Passei muito tempo esquecido, sem esperança” José Ailton Miranda de Jesus, paciente Com a confirmação da deficiência visual, o serviço social solicitou o Benefício de Prestação Continuada (BPC) para garantir um suporte financeiro ao paciente. Além disso, foi judicializada a entrada dele em uma residência inclusiva, visto que não poderia permanecer em um abrigo comum devido à limitação visual. “Nunca imaginei que teria tanta gente lutando por mim. Passei muito tempo esquecido, sem esperança. Agora sei que não estou sozinho”, emociona-se José Ailton. Extrema vulnerabilidade Já na UPA do Paranoá, uma das histórias de superação é a de Valdomiro Gomes da Silva, 65 anos, conhecido carinhosamente como Vavá. Ele foi levado à unidade de saúde por bombeiros após ser atropelado. Quando Valdomiro Gomes da Silva chegou à UPA do Paranoá, não andava e nem falava “Ele não falava, não andava e estava em uma situação de extrema vulnerabilidade”, relembra a gerente da unidade, Juliete Andrade. Após um trabalho psicossocial, a recuperação dele foi surpreendente. “Pouco tempo depois, ele já andava, falava e até lia”, celebra. A evolução de Vavá não foi fácil. “Ele chegou em condição etílica e sem informações claras, o que dificultou o processo”, lembra a médica Nayane Solnioni. Aos poucos, os profissionais criaram um vínculo especial com Vavá. “A gente se apegou tanto que demos a ele até um crachá fictício para se sentir parte da UPA”, conta Nayane. O serviço social teve papel essencial nessa história. “Quando ele chegou, não tinha documentos, o que impedia a admissão em um abrigo”, explica a assistente social Érika Santos. “Providenciamos identidade, CPF e título de eleitor, garantindo o acesso aos direitos básicos”. Com essa documentação, foi possível encaminhá-lo ao Lar São José, em Sobradinho. A notícia da mudança mobilizou toda a equipe da UPA, que se reuniu para arrecadar itens essenciais, como produtos de higiene, roupas, cadeira de rodas e um andador. Para a técnica de enfermagem Ana Paula Pereira da Silva, a despedida foi emocionante. “O amor que criamos por ele é imenso. Saber que ele terá um lar nos enche de alegria, mas também deixa saudade”. “Encontrei aqui muito mais do que carinho e comida. Encontrei uma nova família” Valdomiro Gomes da Silva, paciente Com olhos brilhando de gratidão, Vavá resume a experiência na UPA do Paranoá: “Encontrei aqui muito mais do que carinho e comida. Encontrei uma nova família”. O maior sonho dele agora é reencontrar a mãe, que acredita estar em São Paulo. “Quero abraçá-la de novo”, diz esperançoso. *Com informações do IgesDF

Ler mais...

Thumbnail

Paranoá ganha UPA com capacidade de atender 4,5 mil pessoas por mês

Depois de ganhar nova Unidade Básica de Saúde (UBS) em agosto, o Paranoá tem agora uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Com capacidade para receber 4,5 mil pessoas por mês e funcionando 24 horas todos os dias, o equipamento é o primeiro do gênero na região e foi inaugurado na manhã desta segunda-feira (18) pelo governador Ibaneis Rocha. A UPA do Paranoá é a segunda de sete novas unidades que serão entregues pelo governador Ibaneis Rocha nos próximos meses; a de Ceilândia foi inaugurada em setembro, e cinco outras estão em construção | Foto: Renato Alves/Agência Brasília Para que a unidade fosse colocada de pé e começasse a atender a população já a partir das 14h desta segunda, o Governo do Distrito Federal (GDF) investiu cerca de R$ 7 milhões, sendo R$ 5,140 milhões em obras estruturantes e R$ 1,778 milhão em equipamentos e móveis. [Olho texto=”“Em nenhum estado do Brasil têm-se inaugurado tantas UPAs, tantas UBSs, e já estamos prevendo a construção de um hospital”” assinatura=”Manoel Pafiadache, secretário de Saúde” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Também foram contratados 146 profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros, técnicos e colaboradores. A unidade ainda conta com internet gratuita, por meio do projeto Wi-Fi Social, da Secretaria de Ciência e Tecnologia (Secti). Durante a solenidade, o governador Ibaneis lembrou ter recebido a gestão em 2019 com a rede hospitalar sucateada. Desde então, seis UPAs foram reformadas, sete novas unidades construídas, duas foram entregues e cinco estão com obras em andamento. “E queremos ainda fazer mais duas, uma no Guará e outra na Cidade Estrutural, que precisam desse reforço de atendimento”, informou Ibaneis. Nas UPAs são atendidos casos de urgência e emergência de clínica médica, como pressão e febre alta, sintomas respiratórios (como falta de ar), desmaio, convulsão, diarreia aguda, infecção do trato urinário, dor abdominal de moderada a aguda e complicações cardiológicas e neurológicas (como infarto e AVC). Os médicos prestam socorro, prescrevem medicamentos e exames e analisam se é necessário encaminhar os pacientes a um hospital, mantê-lo em observação por 24 horas ou dar alta após o atendimento. Por isso, as UPAs são consideradas atenção pré-hospitalar. [Olho texto=”“É um mini-hospital que vai funcionar de domingo a domingo e desafogar a emergência do Hospital da Região Leste”” assinatura=”Sérgio Damasceno, administrador regional do Paranoá” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Em nenhum estado do Brasil têm-se inaugurado tantas UPAs, tantas UBSs, e [estamos] já prevendo [a construção de] um hospital. Portanto, o que o governo tem feito pela saúde do DF é um marco que será deixado para a população”, afirmou o secretário de Saúde, Manoel Pafiadache. A inauguração da unidade foi festejada pela população local, que compareceu à solenidade. “É um mini-hospital que vai funcionar de domingo a domingo e desafogar a emergência do Hospital da Região Leste”, disse o administrador regional do Paranoá, Sérgio Damasceno. Servidor da saúde, o deputado distrital Jorge Viana elogiou o empenho do GDF em oferecer melhores condições de atendimento público. “O Paranoá está completo. Temos equipes de Saúde da Família, uma UPA e um grande hospital. Há aqui todo o serviço de saúde pública estabelecido numa cidade”, afirmou. O GDF investiu cerca de R$ 7 milhões na nova UPA, sendo R$ 5,140 milhões em obras estruturantes e R$ 1,778 milhão em equipamentos e móveis A cerimônia foi prestigiada por autoridades políticas distritais e federais. Estavam presentes o presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente; a ministra-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Flávia Arruda; a deputada federal Celina Leão e o empresário e ex-senador Paulo Octávio, além de secretários de Estado. Localizada no Paranoá Parque, a UPA Paranoá segue o Porte 1 – Opção 3. Isso significa que tem 1,2 mil m2, com dois leitos de atendimento crítico emergencial na Sala Vermelha, seis leitos de observação e um leito de isolamento na Sala Amarela, dez poltronas de medicação/inalação e reidratação na Sala Verde e três consultórios. Pela normatização do Ministério da Saúde, laboratório para exames de urgência, eletrocardiograma e salas de raios-X não são obrigatórios nas UPAs, mas foram acrescentados à unidade para dar maior agilidade aos atendimentos, tanto de atenção primária quanto secundária. [Olho texto=”“A gente não vai precisar mais sair correndo para outros lugares mais distantes, pagando passagem de ônibus e demorando para ser medicado”” assinatura=”Adelmiro Gomes, morador do Paranoá Parque” esquerda_direita_centro=”esquerda”] As novas unidades também foram equipadas com uma sala de ensino onde os profissionais terão treinamentos e cursos de atualização permanentemente. Os médicos da UPA poderão contar com o suporte de especialistas do Hospital de Base (HB), por meio da telemedicina e telediagnóstico, em que os profissionais do HB farão os laudos dos exames de eletrocardiograma. A diarista Jussandra Pereira, 55 anos, mora há seis anos no Paranoá Parque e aguardava com expectativa a abertura da nova unidade médica. “O hospital regional está ficando muito cheio. Agora a gente vai ter chance de ser mais bem-atendido, mais rápido e com mais qualidade”, acredita. O auxiliar de serviços gerais Adelmiro Gomes, 26 anos, também prevê economia – de tempo e de dinheiro. “A gente não vai precisar mais sair correndo para outros lugares mais distantes, pagando passagem de ônibus e demorando para ser medicado”, aposta. Novas UPAs vêm aí A UPA Paranoá é o segundo estabelecimento do gênero concluído pelo Instituto de Gestão Estratégica em Saúde (Iges-DF) em menos de um mês. Em 24 de setembro, o governador Ibaneis Rocha entregou a UPA Ceilândia II. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Ao todo, serão entregues sete UPAs nos próximos meses. Além das duas já inauguradas, seguem em construção, com os seguintes percentuais de execução: Gama, com 92,56% de obra executada; Riacho Fundo II, com 89,09%; Planaltina, com 85,93%; Brazlândia, com 71,09%, e Vicente Pires, com 71,02%. Quando todas as sete UPAs forem entregues, terão capacidade de atender 31,5 mil pessoas por mês. O investimento total é de R$ 38,6 milhões, recurso que é repassado pela Secretaria de Saúde ao Iges-DF.

Ler mais...

Ordenar

Ordenar

Faceta do tipo

Tipo

Filtro personalizado

Faceta da marca

Marcador