HUB abre 10 novos leitos de UTI pediátrica para reforço nos atendimentos infantis
O Hospital Universitário de Brasília (HUB) abriu 10 novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica para receber bebês e crianças na rede pública do Distrito Federal (DF) com indicação de internação. As tratativas para a abertura dos leitos foram finalizadas na quarta-feira (15) e as UTIs já estão disponíveis para acolhimento de pacientes. A viabilização dos leitos atende ao aumento da demanda de atendimentos infantis causados principalmente por doenças respiratórias. Os 10 novos leitos no HUB chegam para dar um reforço nessa demanda e na força-tarefa montada pela SES nos últimos meses. A rede pública já tinha sido ampliada em 15 leitos de UTI pediátrica, passando para 107 unidades nos últimos quatro meses Dados da Secretaria de Saúde (SES) do DF mostram que entre março e julho de 2023 as unidades básicas de saúde (UBSs) registraram 179.450 atendimentos pediátricos. O número é 63,82% maior do que o contabilizado nos outros cinco meses subsequentes, quando foram atendidas 109.541 crianças. A vilã é a chamada sazonalidade, período em que ocorrem mudanças climáticas e, consequentemente, o aumento nos casos de doenças respiratórias. A maior parte dos atendimentos está relacionada a sintomas pelos vírus sincicial respiratório (VSR), rinovírus humano (RVH), Sars Cov 2 e influenza. Entre o início deste ano e março, quando começa a sazonalidade, o número dos atendimentos pediátricos nas portas dos hospitais e nas UPAs dobrou. Saltou de cerca de 19 mil, em janeiro, para aproximadamente 46 mil em março. Mais leitos na UTI pediátrica do HUB reforçam atendimento na rede pública de saúde | Foto: Divulgação/HUB Referência técnica distrital (RTD) de emergências pediátricas da SES, Danielle Sampaio Lima da Cruz afirma que 2024 está sendo um ano atípico. “Tivemos a sobreposição com o surto de dengue, o que aumentou ainda mais a procura dos atendimentos e gravidade com as sobreposições das doenças”, explica. Os 10 novos leitos no HUB chegam para dar um reforço nessa demanda e na força-tarefa montada pela SES nos últimos meses. A rede pública já tinha sido ampliada em 15 leitos de UTI pediátrica, passando para 107 unidades nos últimos quatro meses. Além disso, o número de leitos de enfermaria pediátrica também cresceu 17% em relação ao último ano. Foram abertos 15 leitos para atendimento de pacientes com doenças respiratórias no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), 14 no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), seis no Hospital Regional de Ceilândia (HRC) e sete no Hospital Universitário de Brasília (HUB). O quadro de saúde que indica se a criança precisará ou não de uma UTI pediátrica será determinado pelo médico. O primeiro local que a população deve procurar no caso de sintomas respiratórios é a UBS da sua região. São 176 unidades espalhadas pelo DF. É a equipe da UBS que fará o atendimento da criança e o filtro para o devido encaminhamento. De lá, os pacientes podem ser orientados a procurar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ou uma unidade hospitalar. O DF conta atualmente com três UPAs e nove hospitais capazes de receber esse tipo de paciente. Veja onde tem uma UBS próxima de você. Prevenção Um dos caminhos para prevenir os casos de doenças é o da imunização. A secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, lembra que há disponibilidade de doses de vacina contra a influenza (gripe) e covid-19 em mais de 100 locais do DF, de segunda a sexta-feira, e ações extramuros em parques, supermercados, shoppings, escolas e prédios públicos, além do Carro da Vacina, que percorre ruas de localidades isoladas. “A busca da Secretaria de Saúde é pelo aumento da cobertura vacinal em todas as faixas etárias”, explica. Veja neste link onde se vacinar.
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Ofurô garante mais saúde a bebês no Hospital de Base
A terapia do ofurô permitiu que o bebê Miguel Silva, de três meses, estivesse naturalmente tranquilo para ser operado| Foto: Divulgação/Iges-DF O “banho de balde”, uma técnica desenvolvida em 1997 na Holanda, está sendo utilizada com sucesso no Hospital de Base (HB) para ajudar na recuperação de bebês submetidos a cirurgias ou procedimentos médicos mais agressivos. Recomendada pelo Ministério da Saúde, a técnica vem sendo adotada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica do HB há três anos. Os pediatras do HB agora vêm atuando para que hospitais públicos de outros estados também adotem essa método, inspirada numa tradicional banheira de origem japonesa: o ofurô. [Olho texto=”“Só foi entrar no banho que ele já melhorou, ficou mais calmo e disposto”” assinatura=”Janiffer Silva, mãe do bebê Miguel” esquerda_direita_centro=”direita”] O “banho de balde” é o que o próprio nome diz: o bebê é banhado num balde com água morna. A ideia é simular os estímulos e as sensações que o recém-nascido sentia quando ainda estava no útero da mãe. Alguns minutos na água morna proporcionam relaxamento, tranquilidade e segurança. A terapia permitiu que o bebê Miguel Silva, de três meses, estivesse naturalmente tranquilo para ser operado. Miguel nasceu com insuficiência respiratória. Teve que ser intubado. Ao ser extubado, passou a ter crises de choro, irritação e falta de sono. Foram 20 dias nessa agonia até que o bebê fosse operado para corrigir o volume do diafragma, que comprimia os pulmões. Na véspera da cirurgia, para acalmá-lo, os pediatras recorreram ao “banho de balde”. “Só foi entrar no banho que ele já melhorou, ficou mais calmo e disposto”, conta Janiffer Silva, 23 anos, mãe de Miguel. Logo depois, ao sair do banho, o bebê caiu no sono. “Ele conseguiu dormir por três horas seguidas”, relembra. Com o bebê mais tranquilo, a cirurgia pôde ser feita. “Foi um sucesso total”, comemorou Janiffer. “Agora só estou aguardando o restabelecimento completo dele para irmos pra casa”. E ela garante: vai comprar um balde para Miguel tomar banho. Como funciona a técnica O método é simples: basta um balde (de metal ou de plástico) em formato oval e cheio de água morna, com temperatura entre 36°C e 37°C. O espaço e o conforto térmico fazem com que o bebê se sinta na barriga da mãe. [Olho texto=”“Essa técnica é indicada para bebês com até seis meses de idade, mais de 1,2 quilos e pode ser feita várias vezes em um mesmo dia”” assinatura=”Thais Ferraz, fisioterapeuta” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O recém-nascido deve ficar imerso até o ombro por no máximo 10 minutos (depois disso, a água começa a esfriar). Durante o banho, pode-se fazer leve massagem de relaxamento no bebê. “Essa técnica é indicada para bebês com até seis meses de idade, mais de 1,2 quilos e pode ser feita várias vezes em um mesmo dia”, esclarece a fisioterapeuta Thais Ferraz, uma das responsáveis pela aplicação do banho na UTI Pediátrica do HB. Ela ressalta que não precisa usar sabonete nem xampu. “Se for usá-los, basta uma única vez ao dia”, ensina. No Hospital de Base, a técnica é aplicada somente por profissionais habilitados. “Normalmente o método é desenvolvido por um fisioterapeuta com a ajuda de um técnico de enfermagem”, explica Thais. O banho ocorre na presença dos pais, para que eles aprendam e repitam em casa. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Benefícios Os benefícios do “banho de balde” são diversos. “Além de acalmar, ajuda no aumento do fluxo sanguíneo, na redução de espasmos musculares e no alívio de dores e cólicas intestinais”, enumera a fisioterapeuta. Ela acrescenta que o método interfere diretamente no crescimento e desenvolvimento cognitivo dos bebês, além de melhorar a qualidade de sono e a resposta imunológica. *Com informações do Iges-DF
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