Simpósio discute tecnologias em saúde para aprimorar tomada de decisão
No auditório da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs), foi aberto, nesta quinta-feira (8), o IV Simpósio de Saúde Baseada em Evidências (Sisbe) 2025. A solenidade de abertura contou com a presença de representantes das instituições organizadoras, da Secretaria de Saúde (SES-DF), do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF), além de profissionais, residentes e graduandos da área da saúde, que trabalham ou se interessa com a temática da síntese de evidências. Otimização de recursos e qualificação do cuidado com pacientes estão entre os temas abordados | Foto: Divulgação/Fepecs Promovido pela Escola de Saúde Pública (ESP/DF) em parceria com a Fiocruz Brasília, a Universidade do Distrito Federal Jorge Amaury (UnDF) e a Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn), o evento aborda a importância e as contribuições dos estudos de avaliação de tecnologia em saúde, para uma melhor tomada de decisão na área. Participam palestrantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da Escola Superior em Ciências da Saúde (Escs), UnDF, Universidade de Brasília (UnB) , Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), Universidade de São Paulo (USP), Escola de Saúde Pública do DF (ESPDF/Fepecs), Universidade Federal de São Paulo (USP), Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e Ministério da Saúde. Saúde pública “Para o Sistema Único de Saúde do DF e, consequentemente, para a Secretaria de Saúde, a incorporação da prática da saúde baseada em evidências representa um caminho essencial para otimizar recursos, qualificar o cuidado e, acima de tudo, garantir que a população receba intervenções eficazes e seguras”, destacou a diretora-executiva da Fepecs, Inocência Rocha, na abertura. “Trazendo esse assunto, a gente desmistifica o entendimento que a pesquisa não tem parte na tomada de decisão dos gestores de saúde pública e de profissionais de saúde”, pontuou a diretora da ESP/DF, Fernanda Monteiro. “A prova disso é que muitos desses profissionais estão aqui para nos ajudar a entender quais são as necessidades da saúde pública no DF e como podemos fazer realmente a diferença através da saúde baseada em evidências nas entregas à Secretaria de Saúde.” Temas desta edição Em 2025, o simpósio traz temas que envolvem a equidade na pesquisa científica e letramento em saúde, tradução do conhecimento e implementação de evidências, ciência aberta e ciência cidadã e integridade da pesquisa e o impacto qualitativo das publicações científicas. “O tema começa com os principais tipos de saberes humanos e vai passando por uma série de métodos, com diversos níveis de produção de conhecimento”, resumiu o coordenador de pesquisa e comunicação científica da ESP/DF e simpósio, Sérgio Fernandes. “Temos a construção de estudos primários, divulgação, disseminação e revisão por pares. É uma cadeia complexa e devemos parar e discutir como isso pode ser construído de forma eficiente e ética.” Nesta sexta (9), o evento segue com mesas-redondas e conferências e traz, ainda, um espaço para a apresentação dos trabalhos do 20º Prêmio do Cepen (Centro de Estudos e Pesquisas em Enfermagem). No turno da tarde serão apresentados trabalhos científicos. *Com informações da Fepecs
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Hospital de Base recebe pesquisadores da UFRJ para treinamento sobre técnica de suporte neuromuscular
O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) recebeu uma visita técnica de pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com o objetivo de realizar um treinamento especializado no uso de um sistema de suporte neuromuscular avançado. Este equipamento inovador, que permite, entre outras funções, a avaliação do funcionamento dos nervos frênicos – responsáveis pela respiração –, foi criado ao longo de 15 anos de pesquisa e teve parte de seu desenvolvimento realizado no HBDF, que serviu como cenário para os testes clínicos. O Recare, como é chamado, foi desenvolvido pela Visuri e também nos laboratórios da Universidade de Brasília (UnB), e já está sendo utilizado tanto no Brasil quanto em países como Suíça, Chile e França. Paulo Eugênio Silva (centro), do HBDF, que recebeu a visita técnica de pesquisadores da UFRJ: “Nosso objetivo é demonstrar que a estimulação elétrica periférica pode melhorar a função respiratória e reduzir o tempo de ventilação mecânica nesses pacientes” | Foto: Divulgação/IgesDF O fisioterapeuta, fisiologista e pesquisador do HBDF Paulo Eugênio Silva destaca que a parceria com a UFRJ surgiu após os pesquisadores da universidade tomarem conhecimento das publicações do grupo de pesquisa Fisiologia Clínica Inovação Tecnológica do HBDF durante um simpósio internacional. “Eles se interessaram pelo que estávamos fazendo aqui em Brasília e propuseram a colaboração”, explica. O Recare permite a aplicação de neuromodulação em diversos contextos clínicos, desde a manutenção da força muscular em pacientes sedados até a aceleração da recuperação respiratória de pacientes em ventilação mecânica. “Com este equipamento, podemos, por exemplo, estimular o nervo frênico e ajudar os pacientes a saírem mais rapidamente do respirador, prevenindo complicações como a atrofia muscular e infecções”, detalha Paulo Eugênio. O equipamento tem mostrado ser uma ferramenta valiosa no tratamento de diversas condições, reduzindo a necessidade de opioides para controle da dor e melhorando a microcirculação dos pacientes, o que pode prevenir lesões por pressão e diminuir o tempo de permanência na UTI. “Os benefícios que este equipamento pode trazer são diversos. É como se tivéssemos uma farmácia de manipulação capaz de criar diferentes tratamentos a partir de parâmetros elétricos específicos”, compara o pesquisador. Os próximos passos envolvem a realização de um ensaio clínico para testar a eficácia da neuromodulação do nervo frênico em pacientes com acidente vascular cerebral (AVC). “Nosso objetivo é demonstrar que a estimulação elétrica periférica pode melhorar a função respiratória e reduzir o tempo de ventilação mecânica nesses pacientes”, conclui Paulo Eugênio. O especialista lembra da importância do apoio recebido pela Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa (Diep) do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF) e o apoio da Gerência de Pesquisa para o desenvolvimento no HBDF. “Sem a atuação estratégica da Diep e o apoio contínuo da Gerência de Pesquisa, seria impossível avançarmos em projetos tão inovadores como este. É esse suporte que nos permite transformar pesquisas em soluções concretas, beneficiando diretamente os pacientes”, afirma Paulo Eugênio. *Com informações do IgesDF
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Alunos brasileiros e estrangeiros visitam unidades da Caesb
Estudantes da Escola de Verão Internacional da Universidade de Brasília (UnB) visitaram, no fim de janeiro, quatro unidades operacionais da Caesb para conhecer os processos utilizados nas unidades de tratamento de esgotos (ETEs) e de água (ETAs) no DF. O grupo percorreu as ETAs Brasília e Lago Norte e as ETEs Alagado e Norte. Formado por estudantes da UnB, da UFRJ e da Norwegian University of Life Sciences (Noruega), grupo conheceu de perto operações da companhia brasiliense | Foto: Marco Peixoto/Caesb As visitas fazem parte do projeto internacional educacional e de pesquisa Protecting aquatic ecosystem and human health from micropollutants (Patcher), que tem como instituições participantes a Norwegian University of Life Sciences (NMBU), da Noruega, além da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da UnB. A Escola de Verão é uma das atividades em que a Caesb firmou parceria com as três instituições. [Olho texto=”“No DF, tratamos 100% dos esgotos coletados por nossas redes, contribuindo significativamente com a preservação do meio ambiente e com a melhoria da qualidade de vida da população do DF” ” assinatura=”Ana Maria Mota, superintendente de Operação e Tratamento de Esgotos da Caesb ” esquerda_direita_centro=”esquerda”] De caráter teórico e prático, o curso de verão tem como objetivo apresentar os fundamentos teóricos de qualidade das águas e águas residuárias, das operações e processos unitários aplicados às tecnologias convencionais e avançadas de tratamento de águas e águas residuárias, bem como suas aplicações a diferentes cenários. Também são abordados os desafios do setor de saneamento relacionados à proteção dos ambientes aquáticos e à saúde pública, assim como aspectos relativos à legislação que regulamenta os microcontaminantes orgânicos na água para consumo humano. A Caesb possui 15 ETEs que empregam diferentes tecnologias, podendo, dessa forma, contribuir na transferência de conhecimento para os alunos da Escola de Verão. “No DF, tratamos 100% dos esgotos coletados por nossas redes, contribuindo significativamente com a preservação do meio ambiente e com a melhoria da qualidade de vida da população do DF”, detalhou a superintendente de Operação e Tratamento de Esgotos da Caesb, Ana Maria Mota. Vivência prática [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Nosso objetivo principal é o de oferecer aos futuros profissionais do setor de saneamento do Brasil e da Noruega um curso que combine os fundamentos teóricos com a vivência prática nos sistemas de tratamento”, afirmou a professora Yovanka Pérez Ginoris, do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental (ENC) da UnB, que acompanhou a visita. “Incorporamos também atividades práticas no laboratório, além de estratégias de ensino como os trabalhos em grupo.” O presidente da Caesb, Luís Antônio Reis, reforçou: “A companhia tem investido em estar sempre próxima ao ambiente acadêmico, apoiando as iniciativas de cooperação junto às universidades. Trabalhamos incansavelmente na modernização de nossos processos e sempre buscando soluções que vão melhorar a qualidade de vida da população, assim como ampliar a saúde pública a todos que necessitam da atenção do governo”. *Com informações da Caesb
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