Alunos da rede pública do DF participam de Oficina de Comunicação em Saúde sobre HIV e Aids
Mais de 50 adolescentes da rede pública de ensino do Distrito Federal integraram uma oficina de comunicação em saúde, focada em informações sobre o vírus da imunodeficiência humana (HIV) e a Aids. A atividade reforça o dia mundial da luta contra a doença, lembrada, anualmente, em 1º de dezembro. Realizado na última quinta-feira (28), o encontro ocorreu no Espaço Renato Russo, na Asa Sul. O equipamento público recebe o nome do cantor e compositor brasileiro, morto devido a complicações causadas pelo HIV em 11 de outubro de 1996, na época com 36 anos. “Os adolescentes desconhecem as histórias de pessoas que viveram e morreram com a doença em um contexto muito diferente do de hoje. Principalmente em relação à prevenção, diagnóstico e tratamento”, afirmou a gerente do local, Beatriz Maciel Luz. Além do material para pesquisa e confecção de produtos, os estudantes contaram com o auxílio de profissionais de comunicação | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF A oficina é resultado do trabalho conjunto das Secretarias de Saúde (SES-DF) e de Educação (SEEDF) com o Ministério da Saúde e o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids). Comunicação em saúde Divididos em grupos, os estudantes de nível médio do Centro Educacional (CED) 203 do Recanto das Emas e do Centro de Ensino Médio (CEM) 404 de Samambaia produziram peças comunicativas acerca de um tema específico, em formato de publicação para as redes sociais ou de obra teatral. As maneiras de transmissão do HIV e as diferentes abordagens de prevenção combinada foram algumas das propostas apresentadas ao final. Os jovens elogiaram, principalmente, as informações sobre os serviços ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e o incentivo ao aprendizado em grupo. “Aprendi que existem muitas formas de encontrar assistência. Não precisa ser somente com as pessoas que a gente conhece. Nas unidades de saúde você consegue conversar, contar a sua história e obter métodos de prevenção e testes”, ensinou Jéssica Cristina, 16, aluna do 1º ano do CEM 404 de Samambaia. Além do material para pesquisa e confecção de produtos, os estudantes contaram com o auxílio de profissionais de comunicação. Para a jornalista Kamila Rodrigues, da equipe de instrutores da oficina, o convívio com os adolescentes teve grande valor para o seu trabalho. “A forma lúdica de tratar esse tipo de assunto tem grande eficácia como estratégia de comunicação. A gente precisa aprender a comunicar, com leveza, os temas sérios”, avaliou. Prevenção e diagnóstico precoce As pessoas entre 20 e 39 anos representam mais de 70% dos quase 3,8 mil casos de infecção pelo HIV em residentes do DF, segundo dados de 2019 a 2023 do Informativo Epidemiológico. Nos casos de Aids, essa faixa etária soma três quintos das 1,3 mil notificações. Os testes rápidos para HIV podem ser realizados na rede de 176 Unidades Básicas de Saúde (UBS) do DF ou no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA). Atualmente, também estão disponíveis autotestes, o qual a pessoa pode realizar onde e quando quiser. Além disso, em respeito à intimidade e à privacidade, não é permitido divulgar o diagnóstico de HIV de uma pessoa, sem prévia autorização. A melhor forma de evitar o HIV/Aids é a prevenção combinada, que consiste no uso integrado de diferentes abordagens de prevenção, também disponíveis gratuitamente na rede pública de saúde. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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DF busca certificação em Selo de Boas Práticas rumo à eliminação do HIV
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) e o Ministério da Saúde (MS) debateram, nesta terça-feira (1º), o processo de certificação para eliminar a transmissão vertical (da mãe para a criança, durante o parto) do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Durante a reunião, servidores da Subsecretaria de Atenção Integral à Saúde (Sais) e da Subsecretaria de Vigilância à Saúde (SVS) do DF apresentaram um relatório que avalia e valida os indicadores a serem verificados pelo órgão federal. Desde 2017, o Ministério da Saúde reconhece estados que eliminam a transmissão vertical do HIV em seus territórios. O DF é um dos candidatos à certificação do Selo Prata de Boas Práticas rumo à eliminação do vírus | Foto: Divulgação/Agência Saúde-DF Até 4 de agosto, a pasta recebe a equipe nacional de Validação da Eliminação da Transmissão Vertical do HIV. “A SES-DF tem atuado de forma articulada e comprometida para alcançar a erradicação da transmissão vertical. Acredito que o DF, em breve, se tornará um lugar livre dessa forma de contágio”, esclarece o secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Luciano Agrizzi. Desde 2017, o MS reconhece estados brasileiros que eliminam a transmissão vertical do HIV em seus territórios. O DF é um dos candidatos à certificação do Selo Prata de Boas Práticas rumo à eliminação do vírus. A coordenadora-geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis do MS, Angélica Espinosa, ressalta a importância desse movimento. “O processo tem sido fundamental para reavaliarmos os fluxos de trabalho. É também uma forma de valorizar os profissionais de saúde que estão na ponta, responsáveis por atender diariamente os usuários do SUS [Sistema Único de Saúde], oferecendo uma atenção de qualidade”, avalia. A transmissão vertical ocorre quando a criança é infectada pela gestação, pelo parto, ou, em alguns casos, durante a amamentação | Foto: Divulgação/Agência Saúde-DF Nos dias de visita, a equipe do MS conduzirá entrevistas com gestores e outros servidores da saúde para avaliar a organização e a execução das ações de prevenção da transmissão vertical pela SES-DF. A gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da secretaria, Beatriz Maciel, acredita que receber o selo será um estímulo aos servidores. “Com o reconhecimento, teremos mais força para dar continuidade às melhorias. Esperamos que os profissionais entendam a importância de cada um nessa linha de cuidado da mulher e da gestante que vivem com o HIV, bem como da criança exposta”, afirma. “Quem se beneficia com todo este processo é, certamente, o usuário do SUS”, complementa. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Na programação, estão previstas visitas à Unidade Básica de Saúde (UBS) 5 do Arapoanga e à UBS 17 de Ceilândia; às maternidades do Hospital Regional de Ceilândia (HRC) e da Asa Norte (Hran); ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) e ao Laboratório Regional da Ceilândia (LRC); ao Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin); e a uma equipe de consultório na rua, em Taguatinga. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal
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