Cine Brasília vai ganhar anexo com cinemateca
O anexo do Cine Brasília, espaço que constava do projeto original do arquiteto Oscar Niemeyer para o cinema, vai começar a ser construído. Segundo o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes, estão em andamento os trâmites para a construção do prédio. Edital sobre o novo local a ser construído na área do cinema tem previsão de publicação para as próximas semanas | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília “É muito importante que esta ideia tenha voltado, com a ampliação do Cine Brasília abrindo outras pequenas salas de cinema, salas de discussão, biblioteca” Sérgio Moriconi, professor e cineasta De acordo com o titular da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), já foi feita uma reunião entre a pasta e a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh-DF) para tratar do concurso público de arquitetura para escolha do projeto do anexo. O edital tem previsão de ser publicado nas próximas semanas. “Este é um pedido antigo da comunidade cultural e que, agora, tem tudo para sair do papel”, afirma Abrantes. “Este concurso visa a contratar o projeto, que será voltado para uma espécie de memorial, com salas de discussão, por exemplo. É também uma vocação do Cine Brasília formar uma cinemateca. O novo espaço, inclusive, poderá abrigar o acervo do cineasta Vladimir Carvalho.” O professor e cineasta Sérgio Moriconi comemora a novidade: “É muito importante que esta ideia tenha voltado, com a ampliação do Cine Brasília abrindo outras pequenas salas de cinema, salas de discussão, biblioteca”. Moriconi também reforça a ideia de montar uma cinemateca: “Nossa cidade tem uma história heroica, com cinegrafistas que documentaram a construção de Brasília desde o início. Então, a cinemateca seria essa lugar de memória, dinâmico, de discussão do cinema de Brasília e da guarda de todas as obras cinematográficas e fotográficas que documentaram a cidade – e que a documentarão no futuro também”. *Com informações da Secec-DF
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Guardião da história do Distrito Federal, Arquivo Público celebra 40 anos de existência
Brasília está prestes a completar 65 anos. Apesar da pouca idade, a capital federal tem uma história vasta, inclusive porque sua origem é bem anterior a 1960. E toda essa história está documentada no Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF), órgão que celebra 40 anos de existência nesta sexta-feira (14). O Arquivo Público do Distrito Federal, instituição responsável pela preservação da memória da capital, comemora 40 anos nesta sexta (14) | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “Os 40 anos chegam em um momento em que o Arquivo Público se posiciona como uma das instituições de guarda e preservação de memória mais importante do país, até porque somos reconhecidos pela Unesco [Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura] com o selo de Memória do Mundo. E nós também aproveitamos para celebrar a chegada de acervos que ajudam a integralizar, a contextualizar, a entender, a compreender a história de Brasília de uma forma mais ampla”, exaltou o superintendente do ArPDF, Adalberto Scigliano. Os acervos a que ele se refere são coleções particulares – que, agora, serão incorporadas ao Arquivo Público – de grandes protagonistas da história de Brasília, sejam pessoas ou espaços, como o Teatro Goldoni, Athos Bulcão, Oscar Niemeyer e Lucio Costa. O acervo deste último, aliás, veio após assinatura de acordo entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e a Casa da Arquitectura de Portugal, e inclui rascunhos inéditos do projeto original do Plano Piloto. Coleções particulares de grandes protagonistas da história de Brasília – como Athos Bulcão, Oscar Niemeyer e Lucio Costa – serão incorporadas ao acervo do Arquivo Público As celebrações dos 40 anos do ArPDF ainda contemplam outras ações, que seguirão até o fim do ano. Parte delas já foi divulgada – outras ainda serão anunciadas. Entre os destaques, estão a renovação da identidade visual do órgão, com uma nova marca para comemorar as quatro décadas; a intervenção artística nas fachadas da sede, com grafites que remetem à história e aos monumentos de Brasília; o lançamento de um box, em parceria com o Senac, com as cadernetas da Comissão Cruls – que, em 1892, promoveu a primeira jornada ao interior do país para delimitar o local onde seria erguida a nova capital; o lançamento de um livro com a história do Arquivo Público; e a criação da Comenda Ernesto Silva para homenagear pessoas e instituições que contribuíram para preservação da memória do DF. Haverá ainda uma mostra de cinema com as primeiras imagens da capital federal. “O Arquivo Público tem cerca de 1,1 mil rolos cinematográficos do nosso acervo que precisavam de digitalização e nós iniciamos esse processo de digitalização e vamos brindar a cidade com essas primeiras imagens da construção do Planalto Central. Vamos fazer isso em parceria com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa e devemos fazer essa coletânea no Cine Brasília”, apontou o superintendente. Com um rico acervo, que inclui as plantas originais da construção de Brasília e carteiras de trabalho de funcionários que atuaram nas obras, o Arquivo Público é reconhecido pela Unesco com o selo de Memória do Mundo História Criado em 1985, por meio do Decreto nº 8.530, o Arquivo Público do Distrito Federal é vinculado à Casa Civil do DF e tem a responsabilidade de planejar e coordenar o recolhimento de documentos produzidos e acumulados pelo Poder Executivo local, assim como documentos privados de interesse público. No local, estão, por exemplo, documentos da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), como as plantas originais da construção de Brasília, carteiras de trabalho de funcionários que atuaram nas obras e a ata do concurso para escolher o projeto do Plano Piloto. Foi essa coleção que rendeu ao ArPDF o selo da Unesco de Memória do Mundo, em 2007. “São riquezas enormes”, enfatizou o historiador Elias Manoel da Silva, que trabalha no local há 20 anos. “O Arquivo Público e Brasília são duas dimensões de uma só coisa. Enquanto a capital construída é o corpo físico, o Arquivo Público é a alma”, arrematou.
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DF e Portugal assinam acordo para partilhar acervo digital do urbanista Lucio Costa
O legado do arquiteto e urbanista Lucio Costa, presente na memória e na vida de Brasília, vai se perpetuar digitalmente para ser desfrutado. Em um esforço conjunto, o Governo do Distrito Federal (GDF) e a Casa da Arquitectura de Portugal assinaram um acordo de cooperação para a partilha do acervo digital dele. O governador Ibaneis Rocha se reuniu com os profissionais para assinar o acordo; acervo tem farto material sobre o arquiteto e urbanista, referência na criação de Brasília | Fotos: Renato Alves/Agência Brasília A assinatura do acordo ocorreu nesta terça-feira (18) no gabinete do governador Ibaneis Rocha, que conduziu a reunião com o diretor-executivo da Casa da Arquitectura (CA), Nuno Sampaio, a ministra da Cultura de Portugal, Dalila Rodrigues, o superintendente do Arquivo Público (ArPDF), Adalberto Scigliano, o secretário-executivo da Secretaria de Relações Internacionais (Serinter-do DF), Paulo Cesar Pagi Chaves, e a neta de Lucio Costa, Julieta Sobral. “São mais de 3 mil documentos que serão trocados para ter aprimorada a memória da construção de Brasília. A população do DF ganha mais esse presente para a nossa cultura” Governador Ibaneis Rocha Para o governador Ibaneis Rocha, o acordo é importante por preservar a memória de quem, ao lado de Oscar Niemeyer e tantas outras pessoas, construiu uma das mais belas capitais do mundo. “O motivo desse encontro é importante para a história do DF”, declarou. “Está sendo feita a troca, assinamos esse termo de compromisso, um convênio entre Portugal e Brasília, para que a gente traga o acervo de Lucio Costa que estava junto da Casa da Arquitectura de Portugal”, complementou o governador. “São mais de 3 mil documentos que serão trocados para ter aprimorada a memória da construção de Brasília. A população do DF ganha mais esse presente para a nossa cultura.” O acordo, que envolve a Casa da Arquitectura e o ArPDF, tem como objetivo a disseminação e preservação de documentos essenciais à história do urbanista Lucio Costa, responsável pelo Plano Piloto de Brasília. A parceria visa a criar um acervo digital que reunirá plantas, esboços, correspondências, fotografias, publicações e outros materiais de relevância histórica e cultural, para facilitar pesquisas acadêmicas, exposições e intercâmbio de conhecimentos. Segundo o superintendente do ArPDF, o gesto compõe uma série de ações em comemoração aos 40 anos do Arquivo Público e dos 65 anos de Brasília. “Há três anos nós conversamos com a família, com a Casa de Arquitectura de Portugal, e sempre houve interesse mútuo em fazer com que esses acervos se encontrassem, porque eles se complementam; com isso, nós conseguimos oferecer à população do Brasil, de Brasília e também da Europa e do mundo um acervo completo e rico sobre Lucio Costa, que é um dos grandes nomes da arquitetura mundial”, afirmou. “O Distrito Federal dá um passo importante na área de cooperação internacional para o resgate de sua própria história. Com este documento assinado hoje pelo governador Ibaneis Rocha, Brasília e Lisboa só têm a ganhar com o compartilhamento do acervo de Lucio Costa entre as duas cidades de forma mais célere e dinâmica”, apontou o secretário-executivo de Relações Internacionais, Paulo Cesar Chaves. Memória do DF Neta de Lucio Costa, Julieta Sobral ressaltou: “Essa união de memória é fundamental para que essa memória possa alcançar muitos outros países. Isso é muito importante” “Nós temos um acervo em particular de que eu gosto muito, que é um depoimento oral de Lucio Costa, de mais de duas horas, onde a gente pode escutar a voz do grande mestre, opinando sobre tudo em relação a Brasília”, complementa. “Além disso, temos fotos e também o documento da oficialização de Lucio Costa como vencedor do conjunto do Plano Piloto.” A neta de Lucio Costa, Julieta Sobral, lembrou que o acordo reforça o trabalho do arquiteto e de quem atuou com ele, e garante a proteção física dos documentos. Além disso, amplia os horizontes e as possibilidades de acesso ao material. “Para além da preservação digital, que já ocorre tanto no caso do Arquivo Público quanto na Casa da Arquitectura, é a difusão, porque o que está acontecendo aqui é muito importante: estão se construindo pontes num momento em que só há muros se levantando”, pontuou. “Então, essa união de memória é fundamental para que essa memória possa alcançar muitos outros países. Isso é muito importante, e eu estou muito feliz”. A ministra da Cultura de Portugal, Dalila Rodrigues, comemorou a iniciativa: “As memórias vivem desses gestos e, sobretudo, deste compromisso, desta proximidade de trabalhos conjuntos entre as várias instituições” Por sua vez, a ministra da Cultura de Portugal, Dalila Rodrigues, observou: “As memórias vivem desses gestos e, sobretudo, deste compromisso, desta proximidade de trabalhos conjuntos entre as várias instituições. E, neste caso, a área disciplinar da arquitetura é para Portugal e para o Brasil, para a Casa da Arquitectura e para Brasília, capital do modernismo, cidade de valor e de expressão universal, um ato muitíssimo importante. Reconhecer e trabalhar a área disciplinar da arquitetura é, sem dúvida nenhuma, o meio que vai fazer com que nós sejamos cada vez mais próximos e comprometidos. Estou muito contente por este momento”. Legado de Lucio Costa A Casa da Arquitectura detém, desde 2021, o acervo pessoal de Lucio Costa, incluindo materiais que vão desde plantas e croquis até correspondências pessoais e publicações que registram quase um século de produção intelectual. O material oferece um olhar detalhado sobre a vida e obra do arquiteto, destacando a criação do Plano Piloto de Brasília, um marco no urbanismo mundial. Além disso, o acervo de Lucio Costa reflete sua trajetória pessoal, com documentos como álbuns de família, postais, mapas e outros objetos que revelam a riqueza da sua obra e do seu cotidiano. Já o Arquivo Público do DF possui um vasto conjunto de documentos provenientes de diversas fontes institucionais, como a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) e a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), abordando desde a construção de Brasília até os depoimentos históricos e materiais de órgãos ligados ao projeto da cidade. Intercâmbio e preservação O protocolo prevê um intercâmbio de conhecimentos, informações, documentos e experiências, com foco na preservação, guarda e difusão do acervo digital. A colaboração permitirá a criação de um repositório digital de fácil acesso para pesquisadores, estudantes e profissionais da área de arquitetura e urbanismo, além de impulsionar futuras exposições e eventos relacionados à história de Brasília e à obra de Lucio Costa. “Preservar a memória é muito importante para que todas as gerações possam usufruir e ver, saber quem é, conhecer a obra, visitar, enfim, conhecer a personalidade, conhecer o que foi a ideia inicial da construção do Brasília, uma cidade que é única” Nuno Sampaio, diretor-executivo da Casa da Arquitectura Diretor-executivo da Casa da Arquitectura, Nuno Sampaio destacou a importância da iniciativa: “É um acordo fundamental para permitir a troca de acervos digitais, aquilo que a Casa de Arquitectura tem sobre o Lucio Costa, que foi doado pela família, e tem vários elementos do acervo pessoal do Lucio Costa, entre eles o projeto-piloto de Brasília. Preservar a memória é muito importante para que todas as gerações possam usufruir e ver, saber quem é, conhecer a obra, visitar, enfim, conhecer a personalidade, conhecer o que foi a ideia inicial da construção do Brasília, uma cidade que é única”. Acesso público e exposições A parceria entre a Casa da Arquitectura e o Arquivo Público do DF não se limita à preservação do acervo. A colaboração inclui o compromisso de compartilhar os documentos digitalmente, com o objetivo de facilitar o acesso a informações valiosas para a pesquisa acadêmica, além de contribuir para a valorização do patrimônio histórico. A Casa da Arquitectura também tem vasta experiência na curadoria de exposições, como as mostras dedicadas ao arquiteto Paulo Mendes da Rocha, e estuda novas mostras sobre o legado de Lucio Costa.
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Biblioteca Nacional de Brasília recupera mais de 4,6 mil livros em campanha de devolução
A Biblioteca Nacional de Brasília (BNB) encerrou a Campanha de Devolução de Livros 2024 com a recuperação de 4.664 exemplares. Entre as obras devolvidas, algumas estavam em posse de leitores há mais de oito anos, como o livro Racismo no Brasil, emprestado desde 2016. A iniciativa também permitiu que usuários suspensos regularizassem sua situação, sem qualquer punição, e voltassem a utilizar o serviço de empréstimo da biblioteca. A campanha teve início em julho e se estendeu até o fim de agosto. De acordo com a diretora da BNB, Marmenha Rosário, a iniciativa foi essencial para a recuperação de obras importantes e para a manutenção do acervo atualizado e disponível à população do Distrito Federal. A campanha teve início em julho e se estendeu até o fim de agosto; BNB tem acervo disponível de cerca de 53 mil obras | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “A campanha superou todas as nossas expectativas principalmente quando vimos que estavam voltando livros que há muito tempo estavam atrasados. Agora, a maioria dos exemplares em falta é somente deste ano. Ficamos felizes de ver que a conscientização deu certo, porque as pessoas perceberam que o livro que estava com elas poderia fazer falta para outro usuário”, afirmou Marmenha. Com 4.664 exemplares retornados ao acervo, a BNB soma aproximadamente 53 mil obras à disposição para a população do DF. Além do sucesso da campanha de devolução, a Biblioteca Nacional de Brasília tem registrado um crescimento significativo no número de visitantes em 2024. Entre janeiro e agosto deste ano, o local recebeu 117.827 pessoas, superando o total de visitas de 2023, que foi de 102.034. Esse aumento reforça a importância da BNB como espaço de cultura e conhecimento na capital federal.
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Curso capacita servidores de bibliotecas sobre seleção e descarte de livros
Servidores do Sistema de Bibliotecas Públicas do Distrito Federal (SBPDF) concluem, nesta quarta-feira (25), três dias de capacitação sobre critérios para seleção e descarte de livros em bibliotecas públicas. O curso teve início na segunda (23), no auditório da Biblioteca Nacional de Brasília (BNB), equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec). Capacitação de servidores visa otimizar o uso do espaço disponível para livros em cada biblioteca | Foto: Divulgação/Secec O sistema inclui 24 bibliotecas, e 46 agentes se inscreveram. “Esse tipo de evento é muito importante para ampliar a integração entre os servidores dessa rede que estão sob a coordenação da Biblioteca Nacional. A iniciativa reforça o compromisso da Secec com apoio técnico aos espaços e capacitação do pessoal”, explica o subsecretário de Patrimônio Cultural, Felipe Ramón, que recebeu os agentes na abertura do evento. “As bibliotecas precisam manter seus acervos atualizados e adequados às necessidades e interesses das comunidades que atendem”, recomentou a diretora da BNB, Marmenha Rosário. Ela divide a condução do encontro com a ex-gerente de atendimento da BNB e atual gestora da Biblioteca Pública de Brasília, na 512 Sul, Aline Alves de Lima. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A maioria dos presentes enfatizou o interesse em aprender sobre o manejo das coleções. “Além da questão da atualização do acervo, estar aqui hoje é importante porque temos oportunidade de tirar dúvidas e aprimorar o nosso atendimento do dia a dia”, declarou o servidor da Biblioteca Pública do Guará Denílson Dutra, há 16 anos no posto. Otimizar o uso do espaço disponível para livros em cada biblioteca é um dos desafios que gestores e gestoras desses equipamentos enfrentam. Daí a importância de estabelecer critérios para seleção, desbaste, descarte, aquisição e aceitação de doações. Rosário enfatizou a importância de as bibliotecas públicas seguirem as diretrizes da Federação Internacional de Associações de Bibliotecas (IFLA, na sigla em inglês), entidade ligada à Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). *Com informações da Secec
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Arquivo Público terá R$ 1 milhão para banco de imagens
Em breve, estará disponível ao público uma série de 1.445.463 fotos e 5.602 itens filmográficos que documentam Brasília e as atividades dos governos desde a fundação da cidade, em 1960. Após a digitalização do acervo documental, que se encontra no Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF), o material poderá ser acessado por meio de um software gratuito denominado AtoM – Acess to Memory. Material do acervo público vai passar por tratamento especial e ganhar digitalização | Foto: Divulgação/ArPDF [Olho texto=”“Neste momento, fazer com que nós tenhamos um repositório com informações detalhadas e imagens em alta definição vai permitir que Brasília e sua história sejam perpetuadas” ” assinatura=”Adalberto Scigliano, superintendente do Arquivo Público do DF” esquerda_direita_centro=”direita”] O projeto conta com mais de R$ 1 milhão de recursos do programa Desafio DF, da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), e é conduzido por uma equipe do Instituto Latinoamerica, formada por historiadores, arquitetos, uma bióloga, uma museóloga, um profissional em ciências ambientais e um especialista em software voltado para descrições arquivísticas. O objetivo é criar instrumentos que deem condições para que as fotografias e os filmes possam ser utilizados em pesquisas. “Com esse projeto, vemos a tríplice hélice em ação, um modelo de inovação sempre presente nos programas da FAPDF em que a academia, a indústria e o governo interagem para gerar desenvolvimento inovador”, afirma o vice-presidente da FAPDF, Paulo Nicholas. “Foi para isso que criamos o programa Desafio DF: para oportunizar a inovação no setor público ao mesmo tempo que geramos oportunidade à indústria e à academia de desenvolver essa inovação.” Tratamento de imagens Serão feitas a descrição e extração de informações de cada unidade fotográfica para responder às seguintes questões: quem ou o que aparece na imagem (descrição ou nome das pessoas e/ou lugares); qual lugar aparece na imagem (localização espacial e geográfica); quando foi feita a tomada (indicação de data, tempo cronológico ou ocasião, contexto histórico); como são ou estão os principais elementos da imagem (complementação da descrição inicial feita do motivo principal da imagem) e autor. Outros elementos exigidos pela descrição arquivística também serão utilizados. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O superintendente do ArPDF, Adalberto Scigliano, lembra que a iniciativa é importante para a memória do DF. “Estamos reunindo, graças ao investimento da FAPDF, a história do Distrito Federal que é tão valorizada por organizações do mundo inteiro que nos procuram”, pontua. “Neste momento, fazer com que nós tenhamos um repositório com informações detalhadas e imagens em alta definição vai permitir que Brasília e sua história sejam perpetuadas.” Criado em março de 1985, o ArPDF tem a responsabilidade de planejar e coordenar o recolhimento de documentos produzidos e acumulados pelo Poder Executivo da capital federal, assim como de documentos privados de interesse público. Uma vez integrado ao acervo, o material passa por procedimentos de preservação, para que seja colocado à disposição do público, conforme determina a política de acessibilidade do Governo do Distrito Federal (GDF). *Com informações da FAPDF
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Acervo do Museu de Arte de Brasília ganha novas obras
Um retrato produzido em grafite sobre papel por Di Cavalcanti, em 1943. Uma gravura em cores de Anna Letycia, feita em 1970. Outra gravura em preto e branco, de Djanira, produzida em 1968. E até mesmo uma icônica calcogravura de Portinari, datada de 1949. Essas são algumas das obras que agora compõem o acervo do Museu de Arte de Brasília (MAB) e, com isso, ajudam a apresentar para a população do Distrito Federal e seus visitantes a história da arte brasileira do século 20. Gravuras de Debret, Rugendas e Arnoldus Montanus, que agora também fazem parte da narrativa promovida pelo MAB | Fotos: Hugo Lira/Secec Construído na década de 1960 e inaugurado em março de 1985 para ser o primeiro museu de arte da nova capital do país, o MAB ficou fechado por 14 anos e, em 2021, foi finalmente reaberto. Um dos equipamentos culturais de Brasília sob gestão da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec), ele hoje recebe uma média de 2,5 mil visitantes por mês, consolidando-se como singular espaço de preservação e interpretação das artes visuais localmente. Gravura em cores de Anna Letycia, feita em 1970, e outra gravura em preto e branco de Djanira, produzida em 1968 O acervo do museu é formado por cerca de 1.400 peças, entre quadros, esculturas, mobiliários e outros tantos objetos carregados de conceitos, significados e preciosos valores estéticos. E essas coleções estão, continuamente, sendo atualizadas e construídas. “O acervo do MAB é um dos mais importantes em artes visuais da cidade, mas tinha várias lacunas que precisavam ser preenchidas. E isso tem acontecido de três formas: por doações, por transferência de outros setores da Secec e por contrapartidas pelo uso do MAB ou da Concha Acústica”, explica o gerente do espaço, Marcelo Jorge. As doações, em geral, são feitas pelos próprios artistas ou por colecionadores, interessados em ter a peça musealizada – já que isso impacta tanto no valor de mercado quanto na divulgação daquela obra ou autor. Como exemplos de doações, Marcelo cita três obras de Cícero Dias, pioneiro do modernismo no Nordeste, além de gravuras de Debret, Rugendas e Arnoldus Montanus que agora também fazem parte da narrativa promovida pelo MAB. A outra maneira é por transferência de peças dentro da própria Secec, que possui, nos diversos espaços culturais sob sua gestão, um variado acervo de arte. Serigrafias de Siron Franco e de Athos Bulcão são modelos de peças que foram para o museu por meio desse tipo de acordo. Retrato produzido em grafite sobre papel por Di Cavalcanti, em 1943, e calcogravura de Portinari, datada de 1949 No caso das quatro obras citadas no início do texto, no entanto, a aquisição se deu por contrapartida pelo uso da Concha Acústica, que é um desses equipamentos geridos pela secretaria e vinculado ao MAB. A vantagem dessa opção, segundo Marcelo, é que, assim, o museu pode escolher as obras de que precisa, traçando uma melhor estratégia para preencher as lacunas do acervo. Funciona assim: o interessado em utilizar os espaços da Concha ou do próprio MAB para fins privados, com cobrança de bilheteria eventualmente, pode “pagar o aluguel” por meio da doação de uma obra de arte. “A gente apresenta uma lista de importantes artistas que ainda não temos no acervo. O interessado nos apresenta opções de obras disponíveis e fazemos a seleção. A partir disso, é feito um acordo de patrocínio privado direto, em que a pessoa doa aquelas obras e, em troca, utiliza esses espaços. Foi assim que conseguimos adquirir nomes que ainda não tínhamos nas coleções da Secec, mais ou menos conhecidos, mas muito relevantes para a história da arte”, explica o gerente. Grafite sobre papel feita por Di Cavalcanti em 1943 Quem participa da parceria aprova prontamente a negociação. Jorge Luiz é sócio-administrador da produtora Giral Projetos, que transformou o uso da Concha Acústica para o show do ator e comediante Fábio Porchat em uma obra de Cândido Portinari. Já a apresentação do influenciador Deive Leonardo foi convertida na aquisição de uma serigrafia de Judith Lauand e outra do húngaro Victor Vasarely, primeiro grande nome internacional do acervo do MAB. “Foi uma experiência incrível! Já havíamos participado de ações em que doamos serviços e equipamentos técnicos. Mas ter a oportunidade de doar obras de artes nos enche de orgulho, pois isso estará sempre contando parte de nossa história”, celebra. Para Cinara Barbosa, curadora e professora do Departamento de Artes Visuais da Universidade de Brasília, é fundamental que a sociedade entenda esses trânsitos como uma possibilidade prazerosa de contribuir com a formação do repertório imagético, artístico e museológico da cidade, entendendo o acervo também como oportunidade de acessar outras formas de conhecimento. “A instituição tem ciência de que isso pode ocorrer, mas é preciso sinalizar para a sociedade que esse interesse pode ser espontaneamente dela”, argumenta. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Cinara conhece bem a história do MAB, pois integrou um projeto de residência artística no museu, realizado dentro do canteiro de obras durante sua reforma. Sob essa perspectiva é que ela observa a relevância da participação da sociedade na compreensão e na fruição do museu. “A população e os artistas precisam entender que a instituição [MAB] é um espaço para a cidade, que pode funcionar para a pesquisa, para lazer, para conhecimento. Precisam entender a importância desse espaço, com todas as suas problematizações, mas refletindo sobre de que forma a gente pode criar condições para que esses projetos sejam comentados e revisitados, e que essa discussão que a arte contemporânea provoca em seus próprios processos e modos de fazer ganhe mais visibilidade, pois a arte e os espaços da arte têm que estar em circulação”, conclui. *Com informações da Secec
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Museu de Limpeza Urbana tem acervo de mais de 600 peças
As histórias sobre a construção de Brasília não estão apenas nos livros ou na memória dos pioneiros. Os resíduos recolhidos ao longo dos últimos 60 anos também contam sobre o nascimento da capital federal. E o Museu de Limpeza Urbana, instalado no Venâncio Shopping, mostra parte desse passado que foi parar nas latas de lixo. Mais de 600 peças fazem parte do acervo desse espaço gerido pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU). Panfletos de época, fotografias antigas, máquinas fotográficas, brinquedos e aparelhos de televisão. Uma verdadeira viagem no tempo que chega até os dias atuais, com maquetes do papa-entulho e do Aterro Sanitário de Brasília, entre outros itens. Museu ocupa um espaço de 92 m² localizado no térreo do Venâncio Shopping, na Asa Sul | Foto: Paulo Henrique Carvalho/Agência Brasília Durante 25 anos, a sede do Museu da Limpeza Urbana foi a Usina de Tratamento Mecânico Biológico de Lixo, em Ceilândia. Mas o pouco movimento motivou sua transferência para um espaço de 92 m² localizado no térreo do Venâncio Shopping, na Asa Sul, em agosto de 2021. “Nosso museu tinha um grande potencial, mas era pouco visitado”, revela o diretor-presidente do SLU, Sílvio Vieira. “Com a transferência, percebemos um aumento muito grande de público.” Ao longo de 2019, ainda em Ceilândia, o espaço recebeu 1.106 pessoas, número um pouco maior do que a média de visitantes mensais na nova sede. Mais do que contar um pouco da história de Brasília, o museu é um aliado no processo de educação ambiental. “Temos pessoal qualificado que explica como funciona um aterro, como é feito o recebimento de entulhos, qual a forma correta de fazer o descarte de resíduos”, conta Vieira. “Os profissionais também falam sobre reciclagem e compostagem.” Serviço Museu da Limpeza Urbana Venâncio Shopping (térreo) – Setor Comercial Sul Q. 6 – Asa Sul Aberto de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h Grupos com mais de dez pessoas devem agendar visita pelo telefone (61) 3213-0189 / 3213-0100 ou pelo e-mail ambiental.slu@gmail.com Entrada gratuita
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Biblioteca Nacional abre consulta direta ao acervo
A Biblioteca Nacional de Brasília (BNB) retoma nesta segunda-feira (2) a consulta direta pelos usuários ao acervo de 31.169 títulos. Até então, os empréstimos eram realizados pelo sistema online e agendamento por e-mail para pegar o material reservado. No caso do público presente na maior biblioteca pública do DF, os livros eram obtidos por intermédio de servidores do espaço, os únicos que tinham autorização para entrar nos aquários. Obras raras da Biblioteca Nacional de Brasília, que retoma, nesta segunda-feira (2), a consulta direta pelos usuários ao acervo | Foto: Marina Gadelha/Secec A consulta direta ao acervo se justifica pela queda na taxa de transmissão do coronavírus e ao baixo risco de contaminação pelo manuseio de livros que estudos já constataram. “É com grande alegria que a BNB consegue reabrir o acervo”, comemora a diretora interina do equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), Mariana Greenhalgh. “É com grande alegria que a BNB consegue reabrir o acervo”, comemora a diretora interina do equipamento da Secec, Mariana Greenhalgh Espaço interativo com acervo composto de histórias em quadrinhos, mangás, jogos eletrônicos e de tabuleiro, o BNB Geek também retoma nesta segunda-feira. A cultura “geek” alude ao interesse por tecnologia voltada para o entretenimento. “A abertura desses acervos é uma forma de aproximar a sociedade da leitura, da literatura, do conhecimento e, no caso do Geek, do lazer, de que também estamos precisando depois do longo período de isolamento social”, comenta a gestora. Formada por áudios de livros para deficientes visuais, pessoas com falta de sensibilidade na ponta dos dedos para leitura em braille e portadores de condições como a doença de Parkinson, a Audioteca também volta a funcionar. Todos os audiolivros foram doados pela Fundação Dorina Nowill. São disponibilizados 123 títulos diferentes. Entre os títulos estão autores como Manuel de Barros, Pedro Bandeira, Paulo Freire, Agatha Christie, Augusto Cury, Stephen King e José Saramago. O gerente de atendimento da BNB, Rodrigo Mendes, diz que, desde o mês passado, a biblioteca passou a utilizar novamente todo o espaço de 168 mesas de estudo individual “A reabertura plena é um processo, mas estamos avançando”, diz o gerente de atendimento da BNB, Rodrigo Mendes. Ele lembra que, desde o mês passado, a BNB passou a utilizar novamente todo o espaço de 168 mesas de estudo individual, que foram reduzidas para 97 na reabertura parcial, num momento em que o distanciamento do mobiliário para segurança dos usuários ainda era imperativo. No planejamento, está a reabertura do Espaço Infantil. Entre suas finalidades estão oficinas de contação de histórias e orientação pedagógica sobre escolha de obras adequadas a cada fase do desenvolvimento infantil. “Trata-se de um local de interação, não apenas de utilização, que precisa de alguém com capacitação para atender”, justifica. A sala é equipada com mesas para desenhar e pintar, espaço interativo para jogos e atividades educativas, além de centenas de livros e gibis, que compõem o acervo de aproximadamente 3 mil títulos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O acesso a itens especiais precisa ter as visitas agendadas. Esse acervo é composto pela “Coleção de Documentos Históricos Brasileiros” (94 títulos), voltada à memória nacional; a “Coleção de Obras Raras” (408 livros), formada por exemplares que possuem alguma particularidade notável; e a “Coleção Cultural”, de memória institucional, com publicações da Secec e que tiveram incentivo do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), contando 60 obras. Biblioteca Nacional de Brasília – Horário de funcionamento: segunda a sexta-feira, das 8h às 20h; sábado e domingo, das 8h às 14h. – Endereço: Setor Cultural Sul – SCTS Lote 2 Ed. Biblioteca Nacional de Brasília – Telefone: (61) 3325-6257 – E-mail: bnb@cultura.df.gov.br *Com informações da Secretaria de Cultura
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Arquivo Público faz 36 anos com 100% do acervo digitalizado
Segundo Adalberto Scigliano, superintendente do Arquivo Público do DF, a população também pode colaborar com material para o acervo. “Basta nos procurar e nós faremos uma avaliação quanto à relevância disso para a história”, explica| Paulo H. Carvalho/ Agência Brasília Um lugar de memórias sobre a história de Brasília. Assim é o Arquivo Público do Distrito Federal, órgão ligado à Casa Civil do Distrito Federal que, no mês passado, completou 36 anos de existência. O presente, porém, será para a população: a digitalização de todo o acervo deve ficar pronta até o final deste ano. Além disso, para celebrar o aniversário de Brasília, uma exposição virtual está sendo planejada para 21 de abril. Atualmente, 44 fundos arquivísticos provenientes de 21 órgãos públicos e 23 pessoas físicas ou entidades fazem parte do acervo. “O fundo é a coletânea de documentos de qualquer natureza, podendo ser textual, imagem, vídeo, película, reunidos por uma instituição e que já ultrapassaram sua tabela de temporalidade”, explica o superintendente do Arquivo Público do DF, Adalberto Scigliano, em entrevista à Agência Brasília. O material inclui 48.192 cartográficos, 6,7 mil eletrônicos, 5,6 mil filmográficos, mais de 1,5 milhão de iconográficos, 2.233 micrográficos, 5,3 mil materiais sonoros, 1.022,22 metros lineares de textual e 132 itens tridimensionais. Dentro de todo este conteúdo, há fundos da Secretaria de Comunicação desde 1987. Entre eles, 720.922 fotografias digitais, 8.660 fotografias reveladas e 1.363 fitas cassetes que ajudam a contar a história de Brasília. Confira trechos da entrevista: Como está o processo de digitalização do acervo? Da parte textual, estamos com 66% digitalizado. O ponto crítico são as mídias especiais, que necessitam de digitalização específica. Por isso, firmamos uma parceria com a Subsecretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação (Sutic), vinculada à Secretaria de Economia. Por exemplo, nós temos 559 filmes que estão armazenados de forma segura e precisam de equipamento específico de modo que, ao serem digitalizados, não sejam corrompidos nem danificados. Mas a expectativa é de que até o final do ano tenhamos todo esse material digitalizado e disponível para a população. Os arquivos também estão sendo indexados para que possamos adotar um sistema de busca de mais fácil utilização pela população. Qual a importância dessa digitalização? Nós achamos o baú do tesouro, ainda não sabemos o que tem ali e estamos super ansiosos para descobrir. Quando você tem oito milhões de itens que podem estar à disposição da população, mas não estão, você precisa compartilhar esse material. Além disso, com a digitalização, você perpetua o material e garante a segurança, já que ele será criptografado e ficará guardado em quatro locais: no Arquivo Público, no nosso backup, na Sutic e na nuvem da Sutic. Ou seja, não corremos o risco de perder por alguma invasão à rede ou por algo como, por exemplo, um incêndio. A população pode colaborar com material para o Arquivo Público? Pode sim. O material precisa ter o contexto da história de Brasília. Basta nos procurar e nós faremos uma avaliação quanto à relevância disso para a história. Aliás, um dos pilares do Arquivo Público é o recolhimento e preservação desses matérias, porque a gente acredita que ainda existam alguns fragmentos de história que foram perdidos, porque a história é muito recente, a construção foi muito rápida, vieram pessoas de vários lugares para isso. E o local está aberto para visitas? Continuamos funcionando de segunda a sexta-feira, de 9h às 17h, porém mediante agendamento prévio. É preciso cuidado ao manusear o acervo e, inclusive, usar equipamentos de proteção. Atualmente, a maior parte do nosso público é de acadêmicos, jornalistas, historiadores e arquitetos. Nossa intenção é ampliar isso, despertando o interesse da população como um todo para tudo o que tem aqui. Eu já morei em nove estados brasileiros e acho peculiar o orgulho que o brasiliense tem da sua história. É mais do que a cidade, estamos falando da capital do Brasil que é patrimônio da humanidade. Precisamos que essa população conheça Brasília e sua história. [Olho texto=”“Nós achamos o baú do tesouro, ainda não sabemos o que tem ali e estamos super ansiosos para descobrir. Quando você tem oito milhões de itens que podem estar à disposição da população, mas não estão, você precisa compartilhar esse material”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”centro”] O que a população pode encontrar no Arquivo Público? Além de textos e fotos, temos alguns itens tridimensionais, como uma mesa que era usada pelo fundador do Hospital de Base, Ernesto Silva. Temos a história oral, que são recortes, como por exemplo na Saúde, onde temos relatos contados pelos primeiros médicos que chegaram a Brasília. Alguns materiais, porém, só poderão ser acessados quando concluirmos a reforma de um novo espaço que estamos criando aqui, que virá após a digitalização total do acervo. Então, o Arquivo Público ganhará novo espaço? Com a digitalização, ganharemos mais espaço físico. Com essa reforma, acreditamos que seremos o primeiro arquivo público do país totalmente inclusivo. Teremos condições de atender o visitante mesmo que ele tenha as cinco principais deficiências: visual, auditiva, mental, motora e múltipla. Já temos a parte de acessibilidade concluída e agora buscamos, juntamente com a Sutic, levantar os equipamentos necessários para transformar nosso acervo acessível a todos, como conteúdo em braile e libras. Nossa intenção é transformar o arquivo público em um centro histórico e cultural com interação. Infelizmente, precisamos parar a reforma e entendemos que neste momento de pandemia há outras prioridades. Mas, desde que começamos este projeto aqui, recebemos apoio tanto do Executivo quanto do Legislativo, inclusive com emenda parlamentar. Que projetos vocês ainda planejam para este ano? Além da digitalização, estamos preparando uma exposição virtual, multimídia, com cinco temas inerentes à história de Brasília para ser apresentada no dia 21 de abril. Teremos a história tradicional, fatos inéditos, vídeos e quiz. Será nosso presente para o aniversário de Brasília. Também demos início à preparação para a comemoração dos 100 anos da pedra fundamental, que será ano que vem. Estamos solicitando ao Museu do Ipiranga, em São Paulo, os arquivos que estão por lá para que possamos entregar este conteúdo à população em 2022. Além de coordenar e orientar atividades de gestão documental, o Arquivo Público também é responsável pela implantação da política distrital de arquivos. Como está essa questão? Estamos revisando toda a política distrital de arquivo, porque os últimas decretos e instruções normativas datam de 2000 e 2003. Tem leis que estão completamente defasadas em relação à realidade digital. Por exemplo, na época não tinha o Sistema Eletrônico de Informações (SEI). Temos um grupo interno trabalhando no assunto hoje, em como armazenar documentos eletrônicos. Mais do que isso, o que fazer com as redes sociais, porque o que antes era uma fotografia impressa, revelada, hoje é um post na rede social. Como guardar isso? É o que estamos buscando fazer.
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