Resultados da pesquisa

agroecologia

Thumbnail

Agrofloresta no Riacho Fundo é modelo de preservação ambiental e práticas sustentáveis

Peixinho, taioba e ora-pro-nóbis: há quem nunca ouviu falar nessas espécies vegetais que fazem parte das plantas alimentícias não convencionais (Pancs) e podem ser consumidas, mas não fazem parte da alimentação tradicional da maioria das pessoas. Muitas dessas plantas crescem espontaneamente em quintais, terrenos baldios e áreas rurais, sendo pouco conhecidas ou subestimadas - até chegarem a um espaço público e formarem uma grande horta comunitária. A implantação da horta e da agrofloresta no Parque Ecológico do Riacho Fundo é um grande avanço para o compromisso com a sustentabilidade e a segurança alimentar, segundo a vice-governadora Celina Leão | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília O Parque Ecológico do Riacho Fundo se tornou a primeira unidade de conservação (UC), sob a gestão do Instituto Brasília Ambiental, a receber o projeto de implantação de horta de Pancs e uma agrofloresta. O projeto-piloto surgiu em parceria com a Organização Não Governamental (ONG) Renascer, que aborda a necessidade do combate à fome e, ao mesmo tempo, da promoção da educação ambiental. Com pouco mais de um ano de funcionamento, o espaço verde conta com uma produção significativa de plantas e até a aparição de abelhas subterrâneas e sem ferrão, incentivando uma produção local de mel. A vice-governadora Celina Leão declarou que a implantação desse projeto no Parque Ecológico do Riacho Fundo é um grande avanço para o compromisso com a sustentabilidade e a segurança alimentar: “Iniciativas como essa mostram que é possível unir preservação ambiental, educação e combate à fome. Além de fortalecer a agroecologia, essa ação traz oportunidades para a comunidade, promovendo o conhecimento sobre o cultivo de alimentos nutritivos e acessíveis”. Para o presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, a importância de conhecer e aprender sobre esse universo natural está nos detalhes. “As hortas Pancs podem ajudar muito no auxílio da alimentação. Elas têm uma fonte de proteína que muitas vezes desconhecemos. Quando me apresentaram a proposta, tive curiosidade imediata de conhecer mais. Esperamos que, em breve, possamos estender a iniciativa para outras unidades de conservação sob nossa gestão”, pontuou. Modelo de sucesso “A agrofloresta é uma das melhores maneiras de recuperar áreas degradadas, porque recuperamos a área alimentando as pessoas", diz Jeovane Oliveira Uma das principais características das Pancs é a riqueza de nutrientes que elas carregam, sendo que algumas têm alto teor de vitaminas, minerais e antioxidantes. Alguns exemplos de espécies encontradas no Parque Ecológico do Riacho Fundo são o melão-de-são-caetano, utilizado para tratar problemas de pele e aumentar a imunidade, e a erva-baleeira, conhecida por ser anti-inflamatória e analgésica. [LEIA_TAMBEM]A professora Leila Abreu, voluntária na horta e diretora da ONG Renascer, destacou a importância do espaço para a realização de pesquisas na área ambiental e educacional, com as diversas espécies que têm sido cultivadas na região: “Como é um parque educativo, as pessoas começam a aprender o que são essas plantas que dão em casa ou no meio do asfalto e acham que é mato. A agrofloresta é um sistema novo de plantação de árvores junto a plantas do Cerrado que crescem conforme a natureza, e isso atenua o clima, fertiliza o solo, preserva as nascentes e não precisa de nada bioquímico ou químico para fazer. É um sistema que tem dado muito certo”. O agente de Unidades de Conservação Jeovane Oliveira descreveu o projeto de sucesso como um exemplo para outras unidades poderem implementar o sistema e atrair a população para utilizar os parques ecológicos, que têm a função de proteger as áreas verdes, de extrema importância para o Distrito Federal. “A agrofloresta é uma das melhores maneiras de recuperar áreas degradadas, porque recuperamos a área alimentando as pessoas. Não é só plantar árvore, é plantar a árvore que nos alimenta. E a população é a chave disso”, frisou. Saúde mental "A agrofloresta é um sistema novo de plantação de árvores junto a plantas do Cerrado que crescem conforme a natureza, e isso atenua o clima, fertiliza o solo, preserva as nascentes e não precisa de nada bioquímico ou químico para fazer", diz a professora Leila Abreu A produção é consumida de forma local, e atualmente são cerca de dez voluntários que trabalham frequentemente no Parque Ecológico do Riacho Fundo. Quem tem contato com a horta logo percebe técnicas aplicadas a partir de saberes tradicionais, como a não utilização de agrotóxicos, cascas de ovos espalhadas estrategicamente para afastar borboletas e outras ideias que vêm da cultura popular. O agente da Unidade de Conservação Celso Macedo Costa reforçou que o trabalho desenvolvido carrega importância no equilíbrio do ecossistema, apontando o surgimento de vários animais que antes eram raridade em todo o parque, que é o segundo maior de Brasília, e agora surgem no pequeno espaço. Celso acrescentou, ainda, que muitos voluntários encontram ali o alívio para diversos problemas de saúde: “Eles se curam e se sentem bem, porque vão mexer com a terra e materiais reaproveitados, além de poderem conversar, desabafar e ter uma sociabilidade que às vezes não é suprida em outros lugares”. Voluntária na agrofloresta, Clara Ueno diz que muitas pessoas manifestam interesse de participar das ações A servidora pública Clara Ueno, 61, é uma das voluntárias que trabalha sempre pode na agrofloresta. Sempre que vai caminhar no parque e fazer atividades físicas, ela ajuda no que é preciso, na limpeza, poda ou qualquer outra coisa. Mesmo com a educação oriental sendo forte influência para o pensar na comunidade e no cuidado do ambiente, ela afirma nunca ter participado de uma horta desse tipo. “Quando a gente chegou aqui, era tudo árido. Ninguém tinha esperança de que daria certo, a gente ficava trabalhando e as pessoas riam da gente. E hoje não, vem todo mundo querendo participar e as crianças ficam na fila para conseguir um horário de visita. Isso é muito bacana”, observou. Com as mãos na terra, a voluntária acompanhou a recuperação da área desde o início, e tem sua planta preferida, que é a chaya - uma espécie de espinafre que pode ser consumido refogado. Tudo cresceu, ficou verde e fez uma diferença grande na trajetória de Clara: “É saúde mental, porque daqui eu vou para um ambiente fechado com ar-condicionado e uso muito a parte cognitiva, então a horta é uma forma de extravasar e ganhar saúde. O verde nos recupera; os pássaros, as pessoas ficam alegres. Tudo nos complementa e nos ajuda”, declarou.

Ler mais...

Thumbnail

Projeto diverte e ensina alunos da Escola Classe Córrego do Meio sobre preservação ambiental

Com árvores nativas, flores e muita terra nas mãos, o Cerrado ganhou novos defensores nesta quarta-feira (4). Cerca de 100 crianças da Escola Classe Córrego do Meio, em Planaltina, participaram de uma manhã cheia de aprendizado e diversão no Quintal Produtivo Agroecológico, projeto do Instituto Federal de Brasília (IFB). Entre brincadeiras e atividades práticas, os pequenos se conectaram ao bioma que é sua casa, descobrindo a importância de cuidar do meio ambiente e de adotar práticas agroecológicas. Cerca de 100 crianças da Escola Classe Córrego do Meio, de Planaltina, participaram, no Quintal Produtivo Agroecológico, do IFB, de atividades práticas e brincadeiras para aprender mais sobre o Cerrado e a importância da preservação do meio ambiente | Fotos: Divulgação O projeto, desenvolvido por estudantes e professores do curso de Agroecologia com apoio da Finatec e recursos de emenda parlamentar da deputada federal Érika Kokay, integra o VI AgricerradoS — Semana Agrícola do Cerrado para a Sociedade Sustentável. Durante a visita, as crianças aprenderam a identificar árvores do Cerrado que compõem o Sistema Agroflorestal, plantaram e semearam flores, instalaram chapéus chineses para proteger as plantas das formigas cortadeiras e participaram de jogos educativos, como a Trilha do Quintal Produtivo Agroecológico. Crianças aprenderam sobre preservação ambiental de forma divertida, com músicas e brincadeiras da palhaça Cocada Além das atividades práticas, a presença da palhaça Cocada trouxe ainda mais leveza à manhã. Com seu jeito descontraído, ela encantou os pequenos enquanto reforçava as lições sobre a importância de preservar o meio ambiente. Ao final, as crianças foram recebidas no prédio da Agroecologia para um lanche especial, encerrando a experiência de forma marcante. Para o professor Paulo Guilherme, coordenador do projeto, a ação transcende o aprendizado técnico. “É muito renovador para nós, servidores do IFB, realizar atividades com crianças do meio rural. Isso fortalece nossas esperanças em um mundo mais justo e sustentável”, afirmou. Encerrado nesta quinta-feira (5), no IFB Campus Planaltina, o AgricerradoS ofereceu uma programação gratuita e variada com palestras, oficinas, minicursos, exposições, dias de campo e feiras. A iniciativa teve o objetivo de convidar a sociedade a se reconectar ao Cerrado e explorar práticas que integram sustentabilidade e desenvolvimento.

Ler mais...

Thumbnail

Fórum Permanente de Educação Ambiental marca o Dia Nacional do Cerrado

No Dia Nacional do Cerrado, celebrado nesta quarta-feira (11), e em consonância com as recentes discussões promovidas sobre as mudanças climáticas enfrentadas no mundo, a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), por meio da Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin), realizou o 6º Fórum Permanente de Educação Ambiental. O evento, que teve como tema principal Tecnologias e Inteligência Artificial para a Sustentabilidade, reuniu especialistas e professores para discutir novas abordagens pedagógicas e práticas sustentáveis. O 6º Fórum Permanente de Educação Ambiental incentivou professores a incorporar tecnologias e práticas ambientais às aulas | Fotos: Mary Leal/ SEEDF A programação do fórum incluiu palestras e oficinas sobre agroecologia e metodologias pedagógicas voltadas para a sustentabilidade, com o objetivo de capacitar professores para incorporar tecnologias e práticas ambientais em suas aulas. Além disso, foi apresentado o programa Ibama de Portas Abertas, que visa ampliar a interação entre instituições de ensino e práticas de preservação ambiental. O fórum foi realizado no auditório PrevFogo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), na Asa Norte. A solenidade de abertura contou com a participação da secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, do coordenador geral do Centro Nacional de Educação Ambiental do Ibama, Vladimir Andrade Nóbrega, e do palestrante e engenheiro agrônomo da Secretaria de Agricultura (Seagri-DF), Athaualpa Nazareth. “Esperamos que a colaboração e as discussões de hoje inspirem práticas inovadoras nas escolas” Vladimir Andrade Nóbrega, coordenador geral do Centro Nacional de Educação Ambiental do Ibama A secretária de Educação ressaltou a importância do uso das tecnologias para o fortalecimento das políticas públicas e aprendizagem nas escolas. “Este fórum é uma oportunidade valiosa para discutir práticas e projetos de educação ambiental, além de explorar como as tecnologias e a inteligência artificial podem ser aliadas na proteção ambiental, especialmente do bioma Cerrado”, afirmou Hélvia Paranaguá.  Representando o Ibama, Vladimir destacou o papel das tecnologias no enfrentamento dos desafios ambientais. “A parceria com a Secretaria de Educação e a realização deste fórum são cruciais para integrar novas tecnologias ao ensino ambiental. Esperamos que a colaboração e as discussões de hoje inspirem práticas inovadoras nas escolas”, pontuou. “Este fórum é uma oportunidade valiosa para discutir práticas e projetos de educação ambiental”, ressaltou a secretária de Educação do Distrito Federal, Hélvia Paranaguá Palestras e oficinas O fórum proporcionou um espaço para o desenvolvimento e a implementação de estratégias educacionais de proteção e valorização do bioma Cerrado. O engenheiro agrônomo Athaualpa Nazareth, ministrou uma palestra sobre agroecologia e a revolução dos sistemas agroalimentares. “A agroecologia é um conceito que muitas vezes parece restrito ao meio rural, mas tem um impacto direto na vida urbana. Quando falamos de agroecologia, não estamos apenas pensando nos produtores que trabalham no campo, mas também em como isso influencia a nossa alimentação nas cidades”, explicou Nazareth.  O professor do Centro Educacional (CED) Agrourbano Ipê do Riacho Fundo II, Leonardo Hatano, participou do fórum e explicou que aplica os conceitos de agroecologia em sala de aula, envolvendo os alunos em práticas como o uso de bolas de semente para recuperar áreas degradadas.  “Realizamos um evento há alguns anos onde testamos a germinação das sementes lançadas em uma área degradada, promovendo a recuperação do solo. Tudo isso faz parte do nosso dia a dia no agrourbano”, explicou o professor. O professor Leonardo Hatano participou do fórum e explicou que aplica os conceitos de agroecologia em sala de aula, envolvendo os alunos em práticas como o uso de bolas de semente para recuperar áreas degradadas O evento contou ainda com quatro oficinas: • Espaço verde em sala de aula é possível – Ministrada pela professora Iris Almeida, que ensinou a transformar materiais recicláveis em ferramentas educacionais para a criação de hortas e minhocários dentro da sala de aula. • Bombas de Sementes – Ministrada pelo professor do CED Agrourbano Ipê do Riacho Fundo II, Leonardo Hatano, que ensinou os educadores a confeccionar bombas de sementes de argila e húmus, usadas para reverter a degradação ambiental em áreas afetadas. • Geotecnologias como ferramenta pedagógica para prevenção de incêndio florestais – Ministrada pelos servidores do Ibama Elisa Sette e Leonardo Bruno, a oficina teve como base o uso de tecnologias de monitoramento ambiental em sala de aula. • Uso de aeronaves tripuladas e não tripuladas nas atividades do Ibama – Ministrada por servidores do órgão, que destacaram o uso de drones e outras tecnologias no monitoramento e gestão ambiental. *Com informações da Secretaria de Educação

Ler mais...

Thumbnail

Concluída primeira edição do Curso de Produção de Agrofloresta

Estudantes, profissionais da iniciativa privada, servidores, pesquisadores e produtores rurais participaram da primeira edição do curso de Produção de Agrofloresta. Na ocasião, eles aprenderam sobre o método em palestras e atividades práticas na Granja Modelo do Ipê, no Park Way. [Olho texto=”“A agrofloresta é uma forma de buscar eficiência na ocupação do espaço, respeitando os recursos disponíveis e a ecologia do local. É a combinação do plantio de árvores nativas e exóticas, utilizando os mesmos recursos, de forma que o agricultor consiga obter renda e reflorestar uma área ao mesmo tempo”” assinatura=”Athaualpa Nazareth Costa, coordenador do Curso de Produção de Agrofloresta” esquerda_direita_centro=”direita”] O evento foi realizado nesta quinta-feira (8), das 8h às 18h, pela Secretaria da Agricultura do Distrito Federal (Seagri), em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), para dar continuidade ao ciclo de capacitações gratuitas em produção vegetal oferecidas neste ano. Em 2023, os cursos serão mantidos e ampliados. Os participantes estudaram os conceitos e pilares da produção de mudas nativas do cerrado e a produção em agrofloresta, além de terem tido a oportunidade de debater o aprimoramento das políticas públicas voltadas à agricultura. Houve ainda uma oficina na Unidade de Referência Tecnológica (URT) de Agrofloresta da Granja, em que a turma pôde colocar a teoria em prática. Os participantes aprenderam sobre o método em palestras e atividades práticas realizadas nesta quinta (8) na Granja Modelo do Ipê, no Park Way | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília A diretora de Políticas de Desenvolvimento Rural da Seagri, Cláudia Gomes, afirma que a capacitação deve permitir a formação de sistemas agroflorestais nas propriedades rurais do DF e do Entorno. “A proposta é que todos conheçam o que são os sistemas, como lidar com as demandas e como manter a produção, para implementá-los em sua propriedade rural como mais uma forma de geração de renda”, salienta Gomes. Diretora de Políticas de Desenvolvimento Rural da Seagri, Cláudia Gomes afirma que a capacitação deve permitir a formação de sistemas agroflorestais nas propriedades rurais O agrônomo da Seagri e coordenador do curso de Produção de Agrofloresta, Athaualpa Nazareth Costa, explica que a produção agroflorestal visa ao plantio de espécies que já seriam usadas pelos produtores para comércio e consumo próprio, junto a outros exemplares – que, até então, não seriam cultivados concomitantemente -, com o intuito de preservar o meio ambiente. Coordenador do curso, Athaualpa Nazareth Costa explica que a produção agroflorestal visa o plantio de espécies que já seriam usadas pelos produtores para comércio e consumo próprio “A agrofloresta é uma forma de buscar eficiência na ocupação do espaço, respeitando os recursos disponíveis e a ecologia do local. É a combinação do plantio de árvores nativas e exóticas, utilizando os mesmos recursos, de forma que o agricultor consiga obter renda e reflorestar uma área ao mesmo tempo”, esclarece ele. “Com isso, a longo prazo, é esperado que tenhamos melhoria na qualidade na restauração dos espaços degradados, melhoria nas condições dos serviços ambientais, ao passo  que consigamos gerar mais renda ao produtor e opções mais atrativas de plantio”, completa. Gerente de Agroecologia de Produção Orgânica da Emater, Daniel Rodrigues Oliveira destaca que o conteúdo ministrado estimula o alinhamento do sistema com as questões agroecológicas O gerente de Agroecologia de Produção Orgânica da Emater, Daniel Rodrigues Oliveira, afirma que o conteúdo ministrado estimula o alinhamento do sistema com as questões agroecológicas. “São pensados os aspectos legais de uma restauração ambiental. Ensinamos como fazer o consórcio entre a produção de espécies exóticas e nativas de forma benéfica para a natureza e rentável, dentro do que estabelece o código florestal”, explica. Morador da aldeia Teko Haw, na Reserva Indígena do Noroeste, o produtor rural Francisco Filho Guajajara afirma que as técnicas contempladas na capacitação serão aplicadas e reproduzidas Morador da aldeia Teko Haw, na Reserva Indígena do Noroeste, o produtor rural Francisco Filho Guajajara, 45 anos, lembra que as técnicas contempladas na capacitação serão aplicadas e reproduzidas entre a comunidade tradicional. “Foi um encontro muito bom para trocar conhecimento entre indígenas e não indígenas sobre plantação, o que é muito importante para nós e para a preservação da natureza”, conta ele. O produtor rural Gustavo da Mata espera aumentar o cardápio de hortaliças em sua banca de orgânicos no bairro Ribeirão, na Fercal O produtor rural Gustavo da Mata, 37, é um dos responsáveis por uma banca de orgânicos no bairro Ribeirão, na Fercal. A equipe à frente da banca, formada por familiares e amigos, produz alimentos variados, como goiaba, acerola, açafrão, gengibre e mandioca. Com o novo leque de informações obtidas no curso, a expectativa é aumentar o cardápio de hortaliças. “Trouxe novas ideias e reciclou o que já sabíamos. Agora, vamos aproveitar a época das chuvas para começar a produção e testar o que aprendemos”, comenta.

Ler mais...

Thumbnail

Lançado o Plano Distrital de Agroecologia e Produção Orgânica

O Plano Distrital de Agroecologia e Produção Orgânica (Pladapo) foi lançado, na Casa do Cerrado, com o objetivo de construir diretrizes para o aumento da produção e da oferta de alimentos saudáveis, por meio de ações indutoras da transição agroecológica e da produção orgânica. [Olho texto=”“Este é um marco para a família dos orgânicos e para a agroecologia no Brasil como um todo. Estamos criando essa semente, que com certeza vai ser replantada em todos os outros estados”” assinatura=”Fernando Ribeiro, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do DF” esquerda_direita_centro=”direita”] Construído a partir da colaboração dos órgãos que constituem a Câmara Setorial da Agroecologia e Produção Orgânica do Distrito Federal (CAO-DF), o plano foi apresentado em cumprimento à Lei distrital n° 5.801, de 2017, que visa integrar, articular e adequar planos, programas e ações de estímulo à produção orgânica e de base agroecológica. Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do DF (Fape-DF), Fernando Ribeiro, a proposta tem potencial para ser referência no setor. “Este é um marco para a família dos orgânicos e para a agroecologia no Brasil como um todo. Estamos criando essa semente, que com certeza vai ser replantada em todos os outros estados”, afirmou. O Plano Distrital de Agroecologia e Produção Orgânica foi lançado nesta quinta-feira (8) na Casa do Cerrado | Fotos: Ascom/Seagri-DF Na cerimônia, nesta quinta-feira (8), Avelar Alves de Neiva, presidente da CAO-DF, foi destacado como um dos pilares na elaboração do Pladapo. A colaboração entre as 14 instituições constituintes da câmara setorial foi o que tornou o lançamento possível ainda neste ano. “Este plano passa a compor um outro ainda mais amplo, que é o Plano de Desenvolvimento Rural Sustentável do Distrito Federal (PDRS), já lançado este ano. Nós estamos atendendo a uma necessidade legal, mas também instrumental para o nosso setor. O Pladapo é um estímulo para que tenhamos condições para desenvolver esse processo”, explicou Avelar Alves. [Olho texto=”“Esta é a lição mais importante que podemos levar: que este não seja um instrumento de prateleira, mas sim um em que cada uma das instituições possa mergulhar para saber o que e como fazer”” assinatura=”Luciano Mendes, secretário-executivo da Seagri” esquerda_direita_centro=”direita”] O secretário-executivo da Secretaria da Agricultura (Seagri), Luciano Mendes, também relembrou a importância do PDRS e reforçou a complementaridade dos dois projetos. “Este é um plano de toda a sociedade, e que agora vai orientar nosso planejamento. Tínhamos duas leis que nos obrigavam a fazer planejamentos, e elas culminaram na elaboração do PDRS e do Pladapo” afirmou. “Estes dois instrumentos somados nos trazem segurança para saber qual rumo trilhar. Esta é a lição mais importante que podemos levar: que este não seja um instrumento de prateleira, mas sim um em que cada uma das instituições possa mergulhar para saber o que e como fazer”, complementou Luciano Mendes. Para a elaboração da proposta, além de órgãos federais, foram ouvidos parceiros próximos aos produtores e à realidade do campo. “Nós, da Emater, temos a satisfação de participar tanto com as  compras institucionais quanto com a assistência técnica aos produtores. Estamos em todas as partes, sempre em parceria com a Seagri”, reforçou o coordenador de Operações da Emater-DF, Pedro Ivo. O Pladapo passa a compor outro plano ainda mais amplo: o Plano de Desenvolvimento Rural Sustentável do DF (PDRS), já lançado este ano A cerimônia de lançamento foi apenas o primeiro passo para a implementação do projeto. Ele ainda será aprovado pelo governador, e o público também terá a oportunidade de conferir ao vivo as ideias do Pladapo. “Este foi apenas um primeiro momento com participação das instituições, mas existe ainda a intenção de apresentar o plano à sociedade já no próximo ano”, afirmou o subsecretário de Políticas Sociais Rurais, Abastecimento e Comercialização da Seagri, William Barbosa. A CAO-DF, responsável por elaborar o Pladapo, é composta pelos seguintes órgãos: [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] – Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri) – Secretaria do Meio Ambiente (Sema) – Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) – Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) – Centrais de Abastecimento do DF (Ceasa-DF) – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do DF (Sebrae-DF) – Sindicato dos Produtores do Mercado Orgânico do DF (Sindorgânico) – Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do DF e Entorno (Fetraf-DFE) – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (IFB) – Associação de Agricultura Ecológica (AGE) – Cooperativa de Trabalho e Desenvolvimento da Agricultura Camponesa (Codestac) – Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do DF (Consea-DF) – Universidade de Brasília (UnB) *Com informações da Secretaria de Agricultura do DF

Ler mais...

Ordenar

Ordenar

Faceta do tipo

Tipo

Filtro personalizado

Faceta da marca

Marcador