Capacitação dissemina práticas tradicionais chinesas na rede pública de saúde do Distrito Federal
Ao longo do mês de junho, mais de 30 profissionais da Secretaria de Saúde (SES-DF), entre residentes e servidores, participaram da capacitação Lian Gong em 18 terapias. A prática é conhecida por aliviar dores físicas, ampliar a consciência corporal e trabalhar a respiração. O curso, com aulas teóricas e práticas, foi ministrado no Centro de Referência de Práticas Integrativas em Saúde de Planaltina (Cerpis). Desenvolvido na China na década de 1970, o lian gong surgiu após um médico obter bons resultados no tratamento de dores em pessoas sedentárias, com a repetição de exercícios simples que podiam ser feitos em casa. Atualmente, 21 unidades básicas de saúde do Distrito Federal oferecem a prática de lian gong | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF “É uma prática que também atua sobre ansiedade, insônia e depressão. Além disso, por ser coletiva, permite a criação de vínculos”, explica Patrícia Falcão, referência técnica distrital (RTD) em lian gong. Ela reforça que o objetivo da capacitação é, acima de tudo, promover saúde e prevenção: “Temos o trabalho de desenvolver e implementar a Política de Práticas Integrativas em Saúde [PIS], e a formação é um dos pilares dessa política”. Multiplicadores O curso busca formar multiplicadores que levem a prática para a comunidade e também para outros servidores da SES-DF. O residente Marco Antônio Oliveira viu na capacitação uma oportunidade de se tornar facilitador. “Sempre gostei da medicina tradicional chinesa e, quando comecei a residência, conheci as três principais práticas. Todas despertaram ainda mais o meu interesse. Agora vou poder ajudar a implementá-las nas unidades de saúde”, conta. Marco Antônio Oliveira está ansioso para aplicar o que aprendeu nas UBSs onde atua: "Sempre gostei da medicina tradicional chinesa" Para a residente Ana Cecília Silva, o método alcança diversas dimensões do bem-estar, oferecendo leveza e reconexão: “É uma prática que nos conecta com a natureza e faz a pessoa sair um pouco mais leve. É muito convidativa. Nos quatro encontros, deu para aprender bastante”, afirma [LEIA_TAMBEM]Além dos residentes, outros profissionais também participaram da capacitação. A técnica em saúde bucal Patrícia Paulina Oliveira destaca a importância de levar a prática para regiões mais afastadas: “Os usuários da minha unidade básica de saúde não têm condições de vir ao Cerpis, por ser distante. Levando a prática até eles, podemos aliviar muitas questões sem depender de medicação”, avalia. A agente comunitária de saúde Lorena Teixeira também acredita no potencial transformador da prática: “Penso que a adesão vai ser boa na minha região. Com o curso, vou poder falar mais sobre as PIS, explicar e mostrar os resultados que essas técnicas trazem no dia a dia, e como fazem diferença na saúde da população”. Lorena Teixeira (de rosa): "Com o curso, vou poder falar mais sobre as PIS, explicar e mostrar os resultados que essas técnicas trazem no dia a dia, e como fazem diferença na saúde da população” Onde participar As práticas integrativas em saúde são oferecidas gratuitamente à comunidade, sem necessidade de encaminhamento. As atividades de lian gong são majoritariamente realizadas em grupo. Atualmente, 21 UBSs oferecem a prática, nos três níveis de atenção. A lista de unidades está disponível no site da SES-DF. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)
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Gestantes de alto risco fazem fisioterapia pélvica em unidade do IgesDF
Durante a gestação, o corpo da mulher sofre diversas alterações biomecânicas e hormonais, gerando adaptações e sobrecargas corporais que exigem atenção e cuidado. A fisioterapia pélvica é uma importante aliada para trazer bem-estar e conforto durante todo esse período. Pensando neste cuidado, o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) oferece o serviço de fisioterapia pélvica para as gestantes de alto risco que realizam pré-natal no HRSM e que possuem indicação médica. “Por meio de técnicas e exercícios específicos, a fisioterapia pélvica previne e reduz dores corporais, auxilia na redução do edema em extremidades, previne e trata disfunções do assoalho pélvico como a incontinência urinária, prepara o corpo para o parto independentemente da via de parto, além de auxiliar na recuperação do corpo após o parto” Marianna D’Alessandro, fisioterapeuta Atualmente, são atendidas dez gestantes por semana e a equipe é composta pelas fisioterapeutas especialistas em Saúde da Mulher, Marianna D’Alessandro e Michelle Duarte. Existe a possibilidade de expansão do serviço devido à fila de espera para os próximos meses. As sessões de fisioterapia pélvica ocorrem nas terças e quintas-feiras, no período vespertino e são realizadas no ambulatório de fisioterapia. “Por meio de técnicas e exercícios específicos, a fisioterapia pélvica previne e reduz dores corporais, auxilia na redução do edema em extremidades, previne e trata disfunções do assoalho pélvico como a incontinência urinária, prepara o corpo para o parto independentemente da via de parto, além de auxiliar na recuperação do corpo após o parto”, explica a fisioterapeuta Marianna D’Alessandro. As gestantes são acompanhadas até o nascimento do bebê. Em situações de contraindicação médica, o acompanhamento pode ser interrompido, como em caso de ameaça de trabalho de parto prematuro, sangramentos vaginais, entre outras intercorrências. A assistente administrativa Laís Moura está grávida de 30 semanas à espera de sua primeira filha, Maria Flor. Após as consultas semanais ela relata sair um pouco mais disposta | Foto: Divulgação/IgesDF Diferença no dia a dia A assistente administrativa Laís Moura, 30 anos, está grávida de 30 semanas à espera de sua primeira filha, Maria Flor. Ela faz seu pré-natal no Hospital Regional de Santa Maria, onde também trabalha. Depois da indicação de sua obstetra, começou a fazer a fisioterapia pélvica e, pouco mais de um mês e meio sendo acompanhada, já sente as diferenças positivas na realização de atividades cotidianas. Após as consultas semanais ela relata sair um pouco mais disposta. Além disso, os exercícios ajudam muito em sua respiração, alivia um pouco a dor pélvica que ela sente e contribuem para a redução do inchaço causado pela gestação. “Tem sido incrível a fisioterapia pélvica para mim, de verdade. Ela me ensina alguns exercícios aqui que levo para a casa e fico fazendo. Assim, consigo me manter um pouco mais ativa. Até a fisioterapeuta percebeu que estou mais mole e leve para fazer os movimentos. Então, realmente para mim, tem sido fundamental. Está me ajudando até com as tarefas de casa”, afirma. Segundo a fisioterapeuta Michelle Duarte, as condutas fisioterapêuticas em cada sessão são realizadas de forma individualizada, conforme as queixas da paciente e do que foi observado na avaliação física. A depender do período gestacional e tipo de parto, os objetivos e condutas também são modificados. “A frequência de sessões é definida segundo a semana gestacional e queixa de cada paciente, podendo ser realizada semanalmente ou de forma mais espaçada. De uma forma geral, são realizados exercícios para alívio de dores, exercícios metabólicos, orientações posturais, treinamento dos músculos do assoalho pélvico, exercícios respiratórios e de conscientização corporal e exercícios para auxiliar no posicionamento do bebê”, informa. Hora do parto Conforme as duas fisioterapeutas, quando a paciente recebe educação em saúde sobre a fisiologia do parto e exercícios posturais e respiratórios, ela adquire mais confiança e conexão com o corpo, contribuindo no entendimento do processo do parto. Além disso, é importante destacar que estudos evidenciam que a atuação fisioterapêutica reduz a dor e o tempo de trabalho de parto, diminui o risco de laceração perineal e, ainda, aumenta a satisfação da mulher após o parto. O serviço de fisioterapia pélvica para gestantes de alto risco é disponibilizado no HRSM desde abril de 2023, mediante encaminhamento médico. *Com informações do IgesDF
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