Rastreabilidade garante total controle de medicamentos em hospital do DF
O Hospital Cidade do Sol (HSol) se destaca como pioneiro no IgesDF ao ser a primeira unidade a implementar 100% da rastreabilidade de medicamentos em toda a estrutura, um processo que garante total controle e segurança desde a aquisição dos fármacos até a sua administração ao paciente. Essa inovação não apenas melhora a eficiência operacional, mas também assegura um tratamento mais personalizado e seguro. A implementação desse sistema foi facilitada pelo fato de a instituição ter iniciado suas atividades já com essa tecnologia integrada, o que permitiu a criação de uma cultura sólida de rastreabilidade desde o início | Foto: Davidyson Damasceno/Agência Saúde-DF A farmacêutica clínica do HSol, Priscila Ponssiano de Holanda Solano, explica a importância desse avanço: “A rastreabilidade é essencial para sabermos exatamente onde o medicamento esteve no hospital, desde a compra até a administração ao paciente. No hospital, todos os medicamentos são fracionados, etiquetados com lote, validade e código de barras, garantindo que cada etapa do processo seja rigorosamente monitorada.” “Estamos comprometidos em oferecer o melhor cuidado possível, e a rastreabilidade total dos medicamentos é um grande passo nessa direção. Com esse sistema, não só aumentamos a segurança dos pacientes, como também otimizamos o uso dos recursos, resultando em uma gestão mais eficiente e econômica” Flávio Oliveira Amorim, gerente hospitalar do HSol A implementação desse sistema foi facilitada pelo fato de a instituição ter iniciado suas atividades já com essa tecnologia integrada, o que permitiu a criação de uma cultura sólida de rastreabilidade desde o início. “Nosso hospital teve a oportunidade de começar do zero, então já criamos essa cultura desde o primeiro dia. Hoje, o medicamento só sai da farmácia após passar pelo sistema SOUL MV Hospitalar, o que torna o processo muito mais seguro e eficiente,” ressalta Priscila. Além disso, o HSol inovou ao introduzir um painel exclusivo para a análise técnica de prescrição. Diferente dos outros hospitais, onde a análise técnica é feita de forma manual e retrospectiva, no HSol foi criada uma ferramenta específica no sistema MV Hospitalar. “Esse painel permite que todas as prescrições médicas caiam diretamente na nossa tela antes de serem liberadas para a farmácia hospitalar. Analisamos item por item, garantindo que a prescrição seja a mais adequada possível para cada paciente e, principalmente, assegurando o uso racional dos medicamentos, que é a nossa principal função,” explica Priscila. A equipe de farmácia clínica também desempenha um papel essencial nos rounds multidisciplinares, orientando a tomada de decisão clínica e otimizando a terapia farmacológica do paciente. “Somos os principais responsáveis pela reconciliação medicamentosa e pelo rastreamento de interações medicamentosas. No âmbito hospitalar, também desempenhamos um papel essencial no Stewardship de Antimicrobianos, gerenciando o uso de antibióticos, antifúngicos, antivirais e antiparasitários. Nossa equipe orienta a melhor terapia antimicrobiana, com base no quadro clínico do paciente, e realiza os ajustes posológicos necessários em casos de insuficiência renal ou hepática,” destaca Alexandre Aragão Kerpel, farmacêutico do HSol. Para o gerente hospitalar do Hospital Cidade do Sol, Flávio Oliveira Amorim, essa inovação reflete o compromisso do hospital com a excelência no atendimento. “Estamos comprometidos em oferecer o melhor cuidado possível, e a rastreabilidade total dos medicamentos é um grande passo nessa direção. Com esse sistema, não só aumentamos a segurança dos pacientes, como também otimizamos o uso dos recursos, resultando em uma gestão mais eficiente e econômica”, afirma Flávio. *Com informações do IgesDF
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Conheça o processo de aquisição da Farmácia de Alto Custo
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES) fornece medicamentos para garantir o tratamento integral dos pacientes do DF. O Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf), mais conhecido como Farmácia de Alto Custo, possui 238 medicamentos padronizados. A aquisição dos fármacos, entretanto, possui fontes diferentes. Para garantir os estoques da Farmácia de Alto Custo, a SES observa o limite para o atendimento mínimo de três meses e meio com cada medicamento. A partir daí, é iniciado um novo processo para aquisição do material. Este ano já foram abertos 83 processos do tipo | Fotos: Breno Esaki / Arquivo Agência Saúde-DF No âmbito da Secretaria de Saúde, o estoque de medicamentos é abastecido por duas vias. A Portaria de Consolidação nº 2, de 2017 separa os fármacos padronizados em grupos, levando em consideração a complexidade e o valor de cada um. “Essa divisão é importante para garantir o equilíbrio financeiro entre as esferas do SUS”, ressalta Walleska Borges, diretora da Assistência Farmacêutica. Os medicamentos do Grupo 1A, por exemplo, são enviados diretamente pelo Ministério da Saúde. Fazem parte desse grupo os remédios utilizados em tratamentos de maior complexidade e que são mais caros. É o caso, por exemplo, de doenças raras, como a atrofia muscular espinhal (AME). Atualmente, a SES recebe 115 fármacos dessa forma. Para os medicamentos do Grupo 1B, o Ministério da Saúde repassa o recurso, e o processo de aquisição é todo feito pela Secretaria de Saúde. Hoje, são 26 medicamentos adquiridos dessa forma, seguindo o mesmo modelo de aquisição dos 97 remédios do Grupo 2, que são de inteira responsabilidade da SES, do recurso até a entrega ao paciente. [Olho texto=”“A pesquisa de preço orienta o valor máximo que podemos comprar. No pregão, conseguimos a proposta mais vantajosa do mercado, que é registrada em ata” – Gláucia Silveira, subsecretária de Administração Geral” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Etapas da compra A Secretaria de Saúde trabalha permanentemente para garantir os estoques da Farmácia de Alto Custo. Quando a quantidade de medicamentos disponíveis chega ao ponto crítico, ou seja, é suficiente para três meses e meio, a Diretoria de Programação inicia um novo pedido de aquisição de material. Em 2022, já foram abertos 83 processos do tipo. Com exceção do Grupo 1A, que tem os produtos enviados pelo Ministério da Saúde, o primeiro passo para a SES adquirir medicamentos é a solicitação de registro de preço (SRP). Nesse processo, é formalizado um termo de referência, que define as exigências e quantidades para um ano de abastecimento da rede. Depois, a secretaria realiza a pesquisa de preço daquele medicamento no mercado e publica o pregão eletrônico, quando as empresas se candidatam para fornecer o produto à pasta. Definido o vencedor do pregão, é publicada uma Ata de Registro de Preço. O documento formaliza que a empresa pode entregar aquela determinada quantidade de produto pelo preço registrado. “A pesquisa de preço orienta o valor máximo que podemos comprar. No pregão, conseguimos a proposta mais vantajosa do mercado, que é registrada em ata”, resume a subsecretária de Administração Geral, Gláucia Silveira. Com o valor definido e publicado, é o momento de executar a ata: inicia-se o pedido de aquisição de material (PAM). O PAM gera uma nota de empenho, formalizando que a SES separou recursos do orçamento para destinar à compra daquele medicamento. Com a publicação do documento, começa a correr o prazo de 30 dias para entrega dos produtos, que pode ser estendido por mais 30, mediante pagamento de multa. A Secretaria só executa o pagamento ao fornecedor após o recebimento do material. Gláucia ressalta que, por força da lei, a SES é obrigada a seguir todas essas etapas. “É uma cadeia necessária para gerar uma compra econômica e com lisura processual”, destaca. [Olho texto=”“É uma cadeia necessária para gerar uma compra econômica e com lisura processual” – Gláucia Silveira, subsecretária de Administração Geral” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Caso o processo regular não logre êxito, existe o PAM Emergencial, que tem menos etapas, para tentar evitar o desabastecimento. Feito o pedido de emergência, também é necessário fazer um termo de referência e a pesquisa de mercado, mas, diferente do PAM regular, o emergencial gera uma dispensa de licitação. A partir daí, é gerada a nota de empenho, e a SES aguarda receber os produtos para efetuar o pagamento. Abastecimento da rede “Dentro do que está no nosso alcance, está tudo sendo feito”, destaca o subsecretário de Logística em Saúde, Thiago Mendonça. O gestor ressalta que há processos de aquisição em andamento para todos os medicamentos em falta atualmente na SES. “O maior problema hoje é a disponibilidade dos produtos no mercado, que está afetada pelos efeitos da pandemia”, explica Thiago. Dos 83 processos deste ano, 13 tiveram pedidos de prorrogação do tempo de entrega. “Temos uma equipe que monitora diariamente os prazos e fica em contato constante com as empresas, mas os fornecedores não têm conseguido entregar dentro do prazo”, destaca o subsecretário. Além do atraso nas entregas, a aquisição de medicamentos pela secretaria tem esbarrado na alteração constante de valores no mercado, o que inviabiliza as atas de registro de preço vigentes. “Está cada vez mais comum o fornecedor pedir o realinhamento de preço após a publicação da ata, por causa do reajuste no mercado”, comenta Marília Machado, diretora de Programação. Recentemente, a SES notificou mais de mil empresas por inexecução, atraso ou por não ter assinado a ata de registro de preço. “É preciso entender que isso prejudica o nosso processo de compra e que há consequências”, alerta Gláucia. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Outra questão são os fracassos nas etapas do processo de compra. Quando nenhuma empresa se candidata, o pregão fica deserto e não avança, por exemplo. Por isso, a subsecretaria de Administração Geral (SUAG) está mapeando os processos de aquisição. “Queremos entender o porquê dos fracassos para melhorar os nossos fluxos de compra”, destaca Gláucia Silveira. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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