UPAs do DF recebem gasômetros para diagnósticos mais rápidos e seguros
Os exames nas unidades de pronto atendimento (UPAs) do Distrito Federal ganharam um importante reforço. O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF) está equipando todos esses postos com gasômetros — aparelhos capazes de analisar, em poucos minutos, o estado respiratório e metabólico de pacientes em situação grave. O investimento garante mais precisão nos diagnósticos, rapidez nas decisões médicas e segurança para quem precisa de atendimento de urgência. Regineth Cardoso, gerente de Insumos de laboratório do IgesDF, com o aparelho: “Esse exame é indispensável em situações críticas, em que o tempo entre a coleta da amostra e a análise é decisivo para a conduta médica” | Foto: Alberto Ruy/IgesDF O gasômetro mede parâmetros como pH, oxigênio (O₂) e dióxido de carbono (CO₂) no sangue arterial e venoso, ajudando a identificar doenças respiratórias, metabólicas e renais. “Estamos investindo em alta tecnologia para oferecer diagnósticos mais ágeis, decisões clínicas mais assertivas e, acima de tudo, mais segurança para os nossos pacientes”, afirma Rodolfo Lira, diretor de Atenção à Saúde do IgesDF. [LEIA_TAMBEM]O uso do gasômetro é indicado em casos de falta de ar, alterações na frequência respiratória, crises asmáticas, insuficiência respiratória, choque séptico ou intoxicações. “A análise rápida dos resultados ajuda a equipe a decidir, por exemplo, se é preciso iniciar ventilação mecânica, ajustar o fornecimento de oxigênio ou transferir o paciente para um hospital com recursos de alta complexidade”, esclarece Winicius Miranda, coordenador médico da UPA de Vicente Pires. Segundo a gerente de Insumos de laboratório do instituto, Regineth Cardoso, a aquisição dos aparelhos fará a diferença no atendimento. “A gasometria fornece informações essenciais para a rápida análise das condições de um paciente, avaliando de forma prática e confiável as concentrações de gases, pH, íons e outras substâncias no sangue arterial e venoso, auxiliando na investigação de casos pulmonares e cardiotorácicos”, explica. “Esse exame é indispensável em situações críticas, em que o tempo entre a coleta da amostra e a análise é decisivo para a conduta médica”. Tecnologia já faz diferença “É uma tecnologia simples de operar, mas extremamente valiosa no dia a dia” Winicius Miranda, coordenador médico da UPA de Vicente Pires Os novos analisadores de gasometria são totalmente automatizados e liberam resultados em até três minutos, permitindo uma atuação rápida e eficaz em cenários de urgência, como nas salas vermelha e amarela, além de setores como CTI e UTI. O equipamento conta com aspiração automática de amostras, detecção de coágulos e autoverificação de controle de qualidade, garantindo resultados confiáveis e precisos com operação simples e ágil. “É uma tecnologia simples de operar, mas extremamente valiosa no dia a dia. Ela elimina a necessidade de envio de amostras para laboratório e outras unidades, trazendo mais agilidade e segurança ao atendimento”, comenta Winicius Miranda. A entrega e instalação dos gasômetros estão sendo feitas ao longo deste mês, com treinamento simultâneo das equipes. Entre as unidades já contempladas estão as de Ceilândia, Samambaia, Recanto das Emas, Gama, São Sebastião, Paranoá, Planaltina, Brazlândia, Vicente Pires e Riacho Fundo II. *Com informações do IgesDF
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Metrô-DF passa dos 42,5 milhões de passageiros ao ano e projeta ampliação para 2025
A Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) fechou 2024 com números que comprovam a importância do sistema para a mobilidade urbana da capital. Ao longo do ano passado, o Metrô transportou cerca de 42,5 milhões de passageiros – uma média de 3,5 milhões de usuários por mês. Movimento marcou rotina das estações Central, Praça do Relógio, Arniqueira, Águas Claras e Shopping | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Entre as estações mais movimentadas, a Central, na Rodoviária do Plano Piloto, com quase meio milhão de usuários por mês, foi o destaque, atendendo 75% a mais de passageiros que a quinta colocada, Praça do Relógio. Em seguida, estão Arniqueira (267.314 usuários), Águas Claras (262.352) e Shopping (260.642). Arrecadação R$ 187 milhões Receita tarifária registrada pelo Metrô-DF em 2024 No último ano, o sistema metroviário da capital do país contabilizou 108.952 viagens no período, com destaque para os meses de abril e agosto, que concentraram os maiores volumes de operações. Em termos financeiros, o Metrô-DF arrecadou R$ 187.041.039,56 em receita tarifária, além de R$ 5.579.994,52 em receitas extratarifárias. Para o diretor-presidente do Metrô-DF, Handerson Cabral, os números significativos são resultado do trabalho diário dos profissionais da companhia para melhorar a qualidade do transporte ao usuário. “São ações que impactam a melhoria dos trens da Série 1000, por exemplo, na manutenção dos trilhos e na rede elétrica, bem como licitações para a aquisição de novos painéis informativos das estações”, detalha o gestor. “E iniciamos estudos para a aquisição de novos trens e também para determinar a viabilidade de implantação da Linha 2.” Ampliação e modernização A Linha 2 ligaria as regiões administrativas do Gama, Santa Maria, Riacho Fundo, Recanto das Emas, Núcleo Bandeirante, Candangolândia e Cruzeiro à Rodoviária do Plano Piloto e à Esplanada dos Ministérios. Além disso, o Metrô-DF já concluiu o processo de licitação para a expansão da Linha 1, em Samambaia. O contrato foi assinado e a empresa está elaborando os projetos executivos. Para este ano, uma das previsões é a instalação de 248 novos painéis digitais informativos nas 27 estações Por sua vez, a expansão de 2,3 quilômetros do trecho Ceilândia aguarda a autorização do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) para a republicação do edital licitatório. Já a migração para o sistema de 138kV segue em fase de documentação técnica para viabilizar a licitação que contratará os estudos e projetos necessários. Para 2025, o Metrô-DF projeta melhorias importantes, como a instalação de 248 novos painéis digitais de informações sobre chegada e partida de trens em todas as 27 estações. O investimento é de R$ 13,7 milhões para a compra dos equipamentos, concluída ainda em dezembro e com implementação prevista para este mês. Obras em Samambaia Ainda este ano, a companhia dará início às obras de expansão da Linha 1 na região de Samambaia. Em 2024, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou o pedido de financiamento na ordem de R$ 400 milhões para a construção, com a contrapartida financeira de 10% por parte do GDF. A expansão da Linha 1 no trecho de Samambaia será de 3,6 km, a partir da atual Estação Samambaia. No trajeto, serão construídas duas estações, nº 35 e nº 36, nas proximidades da unidade de pronto atendimento (UPA) local e do Centro Olímpico. Também estão previstas a construção de uma subestação retificadora e a implantação dos sistemas fixos referentes à expansão, assim como a construção de três viadutos, com passagem de pedestre integrada, e quatro passarelas aéreas para pedestres e bicicletas, localizadas nos principais pontos de circulação já utilizados pela população. O consórcio responsável pela obra já foi assinado em 2024, após processo licitatório. Neste momento, os projetos executivos estão sendo finalizados. As obras, que devem beneficiar 10 mil pessoas, têm previsão de duração de quatro anos.
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GDF investiu mais de R$ 111 milhões em equipamentos para a Saúde desde 2021
Além de um espaço físico e recursos humanos adequados, o bom funcionamento de uma unidade hospitalar depende de outro fator fundamental: equipamentos e insumos. Ciente dessas necessidades, o Governo do Distrito Federal (GDF) investiu, desde 2021, mais de R$ 111 milhões na compra de aparelhos de raios X e de anestesia, máquinas de fototerapia e laserterapia, microscópios, termômetros e tantos outros itens essenciais para atender a população. As aquisições são efetuadas com o propósito tanto de substituição quanto de expansão da rede de saúde. Nos últimos anos, dos três tomógrafos adquiridos, dois foram destinados à substituição de equipamentos antigos e um foi adquirido para ampliação da capacidade de diagnóstico. Todas as compras abastecem a rede por completo, desde a atenção primária até hospitais de alta complexidade. GDF investiu na compra de aparelhos de raios X e de anestesia, máquinas de fototerapia e laserterapia, microscópios, termômetros, entre outros itens | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Com essa modernização, o GDF favorece todo o fluxo de atendimento, conforme observa a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. “Todo esse investimento em recursos e equipamentos garante aos pacientes estabilidade, segurança e condições para que recebam o melhor cuidado. A modernização e o reforço dos equipamentos e da nossa estrutura da saúde são um esforço contínuo dessa gestão. As entregas serão ampliadas com, por exemplo, a construção do Hospital Regional do Recanto das Emas e do Hospital Clínico Ortopédico do Guará”, afirma. Uma das unidades da rede pública beneficiadas com o investimento do GDF na aquisição de equipamentos foi o Hospital Regional do Gama (HRG). Desde 2020, o local conta com um tomógrafo computadorizado modelo Aquilion Prime SP 160 da marca Canon, adquirido por cerca de R$ 3 milhões. O aparelho utiliza a inteligência artificial para entregar a melhor resposta clínica em exames de rotina, incluindo tomografias computadorizadas de tórax, coluna e abdômen. Joaquim Ataídes de Oliveira, 57 anos, está entre os pacientes internados no HRG que dependem do uso rotineiro do equipamento. Morador de Santa Maria, o servidor público deu entrada na unidade ainda no início deste mês, após apresentar fortes dores abdominais e quadro de linfedema nas pernas. Até o momento, fez três visitas à sala de tomografia. “Todo esse investimento em recursos e equipamentos garante aos pacientes estabilidade, segurança e condições para que recebam o melhor cuidado. A modernização e o reforço dos equipamentos e da nossa estrutura da saúde são um esforço contínuo dessa gestão” Lucilene Florêncio, secretária de Saúde Ele lembra que, antes da chegada do tomógrafo ao HRG, tinha que se deslocar para outras unidades da rede pública em busca de atendimento. “Foi um investimento formidável porque não está visando apenas o meu interesse, mas de toda a população. Todo deslocamento demanda recursos e a gente percebe que nem todas as pessoas têm essa facilidade”, afirma. O diretor do HRG, Ruber Paulo de Oliveira Gomes, explica que a unidade pública de saúde trabalha para ampliar o leque de exames realizados pelo tomógrafo. “Por se tratar de um equipamento moderno, o aparelho tem capacidade de realizar outros tipos de exames, como a tomografia coronariana, por exemplo”, detalha. “Nós estamos, inclusive, em contato com o Núcleo de Radiologia e Imagenologia da Secretaria de Saúde para que sejamos os primeiros do DF habilitados a realizar esse tipo de exame”, completa. Segundo o gestor, a chegada do equipamento ajudou a desafogar a fila de pacientes que aguardavam para realizar uma tomografia. Atualmente, o hospital acumula uma média de 500 exames do tipo por mês. “Foi um reforço muito importante para a Região Sul, porque ampliou o acesso da população a esse tipo de exame, que é um exame complicado e de difícil acesso”, enfatiza. “Cabe ressaltar que não é apenas o paciente do HRG que é beneficiado, mas todo o Sistema Único de Saúde, uma vez que realizamos tomografias de outros pacientes da rede”, acrescenta. Uma das unidades da rede pública beneficiadas com o investimento do GDF na aquisição de equipamentos foi o Hospital Regional do Gama (HRG) Relatos como o de Joaquim ecoam entre outros pacientes da rede. Em tratamento contra um câncer, Maria Cleonildes, 55, reside no Novo Gama, em Goiás, e se deslocava até o Hospital de Base para realizar tomografias. “Eu saía de casa às 4h da manhã e quando chegava, por volta das 5h30, o hospital já estava cheio, com fila na porta. Eu chegava passando mal, era muito difícil”, lembra. Hoje, a dona de casa comemora a possibilidade de realizar o exame em uma unidade a poucos quilômetros de casa. “Para mim, foi uma bênção de Deus. Rodava em vários hospitais de Goiás e não tinha disponibilidade. A demora era grande e todos sabemos como o câncer age rápido no organismo”, completa. Melhor gestão Segundo a diretora de Engenharia Clínica da Secretaria de Saúde, Shirlene Pinheiro de Almeida, os investimentos resultam em mais segurança para os usuários da rede pública, em economia para os cofres públicos e na melhoria no atendimento. “Os principais equipamentos adquiridos ao longo dos últimos anos incluem tomógrafos, sistemas de radiografia móveis digitais motorizados, aparelhos de anestesia, autoclaves, termodesinfectoras e mamógrafos digitais. Eles têm uma importância significativa, uma vez que promovem melhorias substanciais na qualidade dos atendimentos prestados, aumentam a segurança das equipes envolvidas e contribuem para a redução dos custos associados à manutenção”, detalha a gestora. Ainda foram comprados 46 aparelhos de radiografia móveis motorizados, sendo oito destinados à substituição de equipamentos mais antigos e 38 para ampliar a disponibilidade de recursos. O GDF também adquiriu nesse período 64 aparelhos de anestesia, o que permitiu a substituição de todos em uso até então.
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