Reinaugurado, Espaço Olhar é refúgio de saúde e acolhimento da comunidade escolar do Gama
Refúgio para a saúde mental da comunidade escolar do Gama, o Espaço Olhar está de cara nova. O local dedicado ao cuidado e acolhimento de professores, alunos e servidores foi inteiramente reformado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) e reinaugurado nesta terça-feira (11), com direito a demonstração de tai chi chuan, arte marcial chinesa. O projeto, que já existe há cinco anos, passou por uma reformulação completa para melhor atender a comunidade escolar com a oferta tanto de atendimento individualizado quanto coletivo. O cuidado com a saúde mental tem um espaço próprio no Gama | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília “Também atendemos as famílias aos sábados e os estudantes nas escolas por meio da terapia comunitária integrativa (TCI). Hoje, trazemos para as escolas uma atividade que antes era exclusiva dos postos de saúde, focando na prevenção do adoecimento mental”, acrescenta a coordenadora regional de ensino do Gama, Cássia Maria Marques Nunes. O Espaço Olhar oferece uma ampla gama de práticas integrativas em saúde (PIS), reconhecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e que utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais na prevenção de doenças como depressão, ansiedade e hipertensão. Entre as práticas oferecidas pelo projeto estão arteterapia, antroposofia, automassagem, tai chi chuan, terapia comunitária, homeopatia, meditação, musicoterapia, reiki e yoga. “A gente tem um cardápio de opções, incluindo atividades específicas para homens, e também vamos às escolas quando agendado, oferecendo um atendimento móvel”, explica a coordenadora. Em média, são 15 acolhimentos individuais realizados por mês e, pelo menos, uma sessão de terapia coletiva mensal. “Desenvolvemos cinco agendas de acolhimento, entre individuais e coletivos, abordando temas como saúde mental, qualidade de vida e situações estressantes no trabalho. Essas atividades ajudam os servidores a aliviar tensões e recuperar energias”, detalha a professora de psicologia da Secretaria de Educação, Lilian Guimarães.
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Arte é ferramenta terapêutica nos Caps
Nise da Silveira, médica brasileira expoente no trato da saúde mental, dizia que “a criatividade reúne em si várias funções psicológicas importantes para a reestruturação da psique. O que cura, fundamentalmente, é o estímulo à criatividade”. Seguindo essa máxima, os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) do DF oferecem diversas oportunidades de arteterapia como ferramenta terapêutica para promover bem-estar aos pacientes. Exposição no Caps II do Paranoá reuniu pinturas em aquarela dos participantes do projeto Arte e Expressão | Foto: Tony Winston/Agência Saúde No Caps II do Paranoá, desde 2013, o projeto Arte e Expressão é desenvolvido por equipe multidisciplinar com atividades voltadas para trabalhos manuais em diferentes linguagens artísticas e com diversos materiais. Os pacientes dedicam as tardes das quintas-feiras para a produção de colagens, argila, aquarelas, botânica artística e desenhos, por exemplo. Com foco especial em pinturas de aquarela neste semestre, os 25 participantes da iniciativa expuseram seus trabalhos para familiares, profissionais de saúde e comunidade local na exposição Tempo. [Olho texto=”A oficina Arte e Expressão ocorre todas as quintas-feiras, das 14h às 16h. Ela é voltada para os usuários que já são atendidos pelo Caps II do Paranoá” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Usar a arte como mediadora é uma excelente ferramenta para que eles possam expressar o que estão sentindo, vivendo e desejam compartilhar, mas muitas vezes não conseguem verbalizar”, explica a estagiária em psicologia no Caps II, Vanessa DiGiorno. Também artista plástica e professora de artes, ela dedicou o período de prática no centro para incorporar mais técnica aos pacientes, de modo que pudessem compreender todo o processo. Dessa forma, os pacientes passaram pelo ciclo completo de uma produção de arte: escolheram um tema, buscaram referências, fizeram rascunhos e depois executaram a obra final. Em sua obra intitulada Evolução, o paciente Carlos Daniel de Souza, de 22 anos, buscou representar o ciclo de vida entre o nascer, o desenvolver e o evoluir, uma espécie de representação do que ele enxerga para a própria história. “A oficina foi o primeiro lugar onde eu senti liberdade para expressar a minha imaginação.” Opinião compartilhada por Nicolly Silva. Ela conta que, desde 2022, passou por várias mudanças, recebendo diferentes diagnósticos até chegar a um mais conclusivo de indicativo de esquizofrenia. Assim, decidiu retratar em sua obra todo o percurso pelo qual passou. “Metamorfose mostra nuvens virando fumaça como uma espécie de mudança de estado, uma representação de como me senti. Quando comecei a participar das oficinas no Caps, minha vida mudou”, declara. Perfil dos pacientes [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] De acordo com a supervisora do Caps II do Paranoá, Ana Maria Vieira, a maioria dos usuários que frequentam as oficinas tem maior comprometimento físico e cognitivo e grande parte possui diagnóstico de esquizofrenia. “Os pacientes vão perdendo a capacidade de socializar e os encontros semanais geram oportunidade de contato com novas pessoas e de criar outros vínculos.” O trabalho desenvolvido no centro é estratégico na atenção à saúde mental e ao cuidado com o usuário.? Residente de Serviço Social no local, Emy Nayana Pinto explica que a ideia da ação semanal é proporcionar diferentes estímulos aos pacientes. “A abordagem é multifatorial e buscamos englobar os aspectos cognitivo, motor e social com os usuários. É visível o desenvolvimento dos usuários”, avalia. A oficina Arte e Expressão ocorre todas as quintas-feiras, das 14h às 16h. Ela é voltada para os usuários que já são atendidos pelo centro. O Caps II acolhe pessoas com demandas espontâneas ou encaminhadas por outro dispositivo da rede pública de saúde ou da Rede Intersetorial. Não há necessidade de agendamento prévio e o paciente será acolhido por profissional que fará a classificação e o direcionamento do caso. O Caps II do Paranoá está localizado na Quadra 02, conjunto K, AE 1, Setor Hospitalar do Paranoá e funciona de 7h às 18h, de segunda a sexta-feira. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Oficinas unem percussão e empoderamento feminino
Musicalização, expressão corporal, poesia e meditação. Durante todos os sábados de maio, o grupo de percussão feminino Batuqueiras vai promover rodas de arte e autoconhecimento em Taguatinga. É o projeto Batuqueiras ComVida, que oferece oficinas voltadas para mulheres cis e trans a partir dos 12 anos. Quem quiser participar de um ou mais encontros pode se inscrever gratuitamente, até sexta-feira (5). As vagas são limitadas. As oficinas do projeto Batuqueiras ComVida contarão com a participação de sete artistas convidadas | Fotos: Alice Lira/Cinese Audiovisual Em sua segunda edição, o projeto integra música e arteterapia, percorrendo o maracatu, o coco e a ciranda. “Até pouco tempo atrás, esses ritmos tinham uma forte predominância masculina”, conta a terapeuta Tay Estrela, artista integrante do Batuqueiras. “Nosso objetivo é trazer as mulheres para esse lugar de empoderamento por meio da percussão, para que possam encontrar seu próprio poder, sua própria beleza por meio da música”. Os encontros serão na Casa Kaluanã, espaço localizado no Mercado Sul. Para se inscrever, basta preencher este formulário, disponível no perfil de Instagram do grupo. “Não é preciso ter qualquer conhecimento prévio de musicalidade, basta ter vontade de conhecer esse universo mágico na percussão”, garante Tay. Todas as oficinas terão interpretação em Libras. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A primeira edição do Batuqueiras ComVida foi realizada em 2016. “Naquela época, não tínhamos a ajuda do FAC [Fundo de Apoio à Cultura] e não pudemos oferecer uma estrutura melhor”, comenta Tay. “Desta vez, recebemos R$ 60 mil em recursos, e conseguimos até montar um espaço para receber crianças entre 3 e 11 anos de idade, filhos de participantes que não contam com uma rede de apoio”. Todas as oficinas do projeto terão a participação de sete artistas convidadas. Confira abaixo a programação dos encontros. Batuqueiras ComVida Sábado (6) – 1º encontro ? 14h às 16h – Oficina vivencial Expressão Básica, com Shaira ? 16h às 18h – Oficina vivencial Expressão Criativa, com Luciana Meireles Dia 13 – 2º encontro ? 14h às 16h: Oficina vivencial Expressão Solar, com Lília Diniz ? 16h às 18h: Oficina vivencial Expressão Viva, com Thabata Lorena Dia 20 – 3º encontro ? 14h às 16h – Oficina vivencial Expressão Vocal, com Maísa Arantes ? 16h às 18h – Oficina vivencial Expressão Plena, com Mariana Vasconcelos Dia 27 – 4º encontro ? 15h às 17h – Oficina vivencial Expressão Total, com Martinha do Coco.
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