Projeto fomentado pelo GDF leva internet e computadores a escola rural
[Olho texto=”“Agora nós temos internet e poderemos fazer o que quisermos para tornar nosso planejamento pedagógico mais dinâmico e atraente” ” assinatura=”Maria do Socorro Xavier Rodrigues, diretora do Centro de Ensino Sonhém de Cima” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Este dia é um marco histórico, é a possibilidade de conectar as crianças com o mundo”. Foi assim que a diretora do Centro de Ensino Sonhém de Cima, Maria do Socorro Xavier Rodrigues, definiu o projeto que proporcionou à escola a construção de um laboratório com 16 computadores com acesso à internet via satélite e funcionamento 24 horas por energia solar e baterias. Tornou-se real o sonho de mais de 160 alunos do ensino infantil ao quinto ano que frequentam o colégio localizado na área rural da Fercal, no Assentamento Contagem. Crianças já lidam com os equipamentos, e internet, que caía sempre, deixou de ser um problema | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília O laboratório foi entregue oficialmente à comunidade escolar do Sonhém de Cima em solenidade na manhã desta quinta-feira (6), quando estudantes e professores tiveram acesso à sala. “Antes nós tínhamos uma internet que não funcionava muito bem”, conta a diretora. “Se mais de um aparelho fosse conectado, ela caía; então, a gente não podia contar com ela. Já tivemos que ir até alguma fazenda para pedir sinal. Agora nós temos internet e poderemos fazer o que quisermos para tornar nosso planejamento pedagógico mais dinâmico e atraente”. A mudança ocorre por meio do projeto Educa.Tech Learning, promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas da Universidade Católica de Brasília (UCB) com o fomento do Governo do Distrito Federal (GDF). Foram investidos R$ 1 milhão, recursos conquistados por meio de edital da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF). Políticas públicas [Olho texto=”Para solucionar o problema das quedas de energia no local, a sala de computadores ganhou placas voltaicas” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] “O nosso papel nesse projeto foi o fomento da pesquisa”, detalha a superintendente em Ciência, Tecnologia e Inovação da FAP-DF, Renata Vianna. “O trabalho da FAPDF é proporcionar que as pesquisas possam ser feitas e depois utilizadas pelo GDF na formulação de políticas públicas, nesse caso, para a educação.” A ideia surgiu em meio à pandemia de covid-19, quando a falta de inclusão digital dificultou o acesso dos estudantes do campo aos conteúdos durante as medidas de distanciamento social. “Nasceu da necessidade de atender crianças em escolas rurais que não tinham internet; esse foi o ponto de partida”, afirma o coordenador do projeto, Carlos Carrasco. O primeiro desafio encontrado foi exatamente como permitir o uso da internet a locais sem acesso das operadoras. A solução foi utilizar a conexão via satélite. Além disso, a sala ganhou placas fotovoltaicas para evitar problemas decorrentes de cortes e apagões mais comuns em áreas rurais se tornando num sistema autossustentável. Inclusão digital Keylla de Sousa Lima, do quinto ano, foi uma das primeiras a testar um dos computadores: “Vai ser muito importante para o nosso futuro e para o aprendizado” A proposta tem como finalidade atingir três metas: garantir inclusão digital, melhorar o desempenho educacional e combater a evasão escolar. “Queremos atingir esses objetivos finais, e, para isso, o laboratório tecnológico é apenas uma ferramenta”, relata Carlos Carrasco. “O próximo passo são as oficinas para capacitação dos professores que serão responsáveis por atuar na sala. Dos 16 computadores, um é dos professores, e 15, dos alunos”. A estudante do quarto ano Keylla Ranne de Sousa Lima, 10, foi uma das primeiras a testar um dos computadores do laboratório, e gostou da experiência: “Aqui na escola, é a primeira vez que estamos mexendo no computador. Eu não tenho na minha casa, e tem muitos aqui que nunca mexeram e estão tendo a oportunidade agora. Vai ser muito importante para o nosso futuro e para o aprendizado”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Aluna do quinto ano, Luara Mendes Cunha, 11, ressalta que os alunos sofriam com a falta de internet. “No máximo, os professores usavam para alguma apresentação, mas não prestava”, lembra. “Esse laboratório muda a realidade do nosso dia a dia”. Política pública Esse é o segundo projeto Educa.Tech Learning em escolas rurais do DF. A proposta teve início no Centro de Ensino Fundamental (CEF) Queima Lençol, também na Fercal. “É uma versão melhorada porque, além da internet e dos computadores, estamos colocando nas máquinas ferramentas de gamificação, com jogos de matemática e de português que as crianças usarão para complementar a aprendizagem de forma lúdica”, conta Carlos Carrasco. O objetivo agora, pontua ele, é analisar o desenvolvimento do projeto no Centro de Ensino Sonhém de Cima. “Vamos ver as evidências e fazer uma avaliação desse programa daqui a um ou dois anos para aí construirmos uma estratégia para virar uma política pública”, anuncia. “Estamos empenhados em aproximar a FAPDF da secretaria para que projetos como esse se tornem política pública”, defende o subsecretário de Inovação, Capacitação e Inclusão Digital da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), Vinícius Vasconcellos.
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Yes, o DF produz muita banana! Foram mais de 5 mil toneladas este ano
A banana é uma das cinco frutas mais produzidas atualmente no Distrito Federal. De janeiro até o fim de novembro, foram mais de 5 mil toneladas cultivadas em nosso território. Apreciada em todo o Brasil, tem crescido o interesse de produtores daqui em plantar a fruta, que nasce em belos cachos. Segundo cálculos da Emater-DF, são 230 hectares plantados na capital. Algo que corresponde a 250 campos de futebol oficiais. Um desses agricultores é Welington Brito, 46 anos, que tem seu cultivo no assentamento Contagem, na área rural de Sobradinho. Com 1 hectare de terra só para bananas, Brito se soma a outros 620 agricultores que atualmente se dedicam a esta fruta. Sua produção é constante e comercializada em feiras de Sobradinho e Fercal e em mercados da região. Foto: Arte/Agência Brasília “O meu plantio já vai fazer cinco anos. Você planta uma vez, vai mantendo direitinho, adubando e a colheita é frequente. Quase toda semana colho bananas”, explica o rapaz. “A procura é muito grande. Colho 25 caixas de 20 kg por semana, mas se tivesse condições de produzir 100 (caixas), vendia tudo”, garante. “Todo mundo consome banana, né?”, atesta Brito. Fruta versátil, fonte de potássio e de preço acessível, ela realmente é sucesso. De acordo com o extensionista rural da Emater em Sobradinho, Gerlan Fonseca, as espécies prata e nanica são as mais consumidas no DF. O assentamento Contagem – próximo às fábricas de cimento da Fercal – tem grande concentração de plantações de bananas, com 20 hectares de cultivo. O cultivo na localidade usa tecnologia como drones para pulverizar o antifúngico e proteger a plantação. Segundo cálculos da Emater-DF, são 230 hectares plantados de banana na capital | Foto: Síglia Souza/Embrapa “Lá, a associação local também conta com duas câmaras – uma de maturação e outra de aclimatação -para manter a fruta e deixá-la logo pronta para a venda e o consumo”, explica Gerlan. As condições de solo e climáticas também são favoráveis. “O tipo de solo nessa região é bastante fértil, profundo e sem a presença de pedras. Há boa disponibilidade de água e o clima é bom para cultura”, aponta o extensionista. Outra localidade com produção em alta é o Pipiripau, em Planaltina, lembra a Emater. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Gerlan frisa que, entre a colocação das mudas em solo e a primeira colheita, o tempo é de oito meses. E, daí, é só aproveitar os benefícios que a ‘amarelinha’ traz. “Além do tradicional consumo in natura , os doces e a banana desidratada também têm muita demanda. Hoje, há procura até mesmo pela farinha de banana verde”, exemplifica. Aliás, a Emater prepara uma oficina sobre produção de banana para os interessados. O curso será em uma fazenda no núcleo rural Pipiripau, no próximo dia 7. Para mais informações sobre o curso, é só acessar o site da empresa.
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