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Cor natural: Artesãs da zona rural de Planaltina aprendem tingimento com plantas

Açafrão, urucum, casca de cebola e caroço de abacate são fontes naturais de corantes que, quando extraídos corretamente, proporcionam cores vibrantes e sustentáveis para o artesanato. Para difundir essas técnicas, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) promove um curso de tingimento com corantes naturais para as artesãs do Grupo de Artesanato do Assentamento Pequeno William, em Planaltina. Guta Alves (à direita) recebeu em casa as participantes para a capacitação: “Agora vou aprender a aproveitar melhor esses recursos naturais” | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A capacitação ensina o passo a passo da técnica de tingimento com corantes naturais e busca agregar mais beleza e valor aos produtos feitos com fibras de bananeira, como cestos, caixinhas, bandejas e colares, fortalecendo a comercialização e a renda das famílias. A capacitação para a artesã Marinalva Araújo, 51, significa mais diversidade para as mercadorias. “Isso enriquece as opções e deixa com um acabamento ainda melhor”, opina a moradora de Planaltina. Ela começou a produção de artesanato desde adolescente e se mantém na área até hoje, com o apoio do grupo de Artesanato do Assentamento Pequeno William e da Emater-DF. Capacitação aprimora técnicas de artesanato de grupo de mulheres do Assentamento Pequeno William, em Planaltina “É importante estarmos sempre unidas e nos apoiar nas vendas”, comenta, satisfeita com os aprendizados ao longo dos anos. “O trabalho com a fibra de bananeira veio com a Emater e desde então só fomos evoluindo nos conhecimentos”, relembra a profissional. Capacitação e autonomia A extensionista da Emater-DF, Sandra Evangelista, explica que o aprimoramento contínuo é essencial para o artesanato. “Trabalhamos capacitações mensais, considerando a disponibilidade das participantes, abordando temas como produção, finalização e comercialização. O objetivo é fortalecer a autonomia e o empoderamento delas”, ressalta. “Essas oficinas são fundamentais para melhorar nosso trabalho e ampliar nossas vendas”, afirma a artesã Zuleide Laurindo de Sousa A oficina é conduzida de forma prática e colaborativa, permitindo que as artesãs experimentem diferentes processos de tingimento. As plantas utilizadas são colhidas nas propriedades das próprias participantes, onde os encontros ocorrem. Ao todo, seis oficinas serão realizadas, abordando os principais tipos de tingimento natural. Na casa da anfitriã Guta Alves, 62 anos, há uma grande variedade de plantas, como urucum, picão-preto, jenipapo e frutos do Cerrado. “Planto e preservo um pouco de tudo. Agora, com o curso, vou aproveitar melhor esses recursos naturais. Gosto muito de adquirir novos conhecimentos”, conta Guta, que também é agroecóloga. A artesã Zuleide Laurindo de Sousa, 78 anos, trabalha com artesanato há cinco décadas e vê no curso uma oportunidade de aperfeiçoamento. “Essas oficinas são fundamentais para melhorar nosso trabalho e ampliar nossas vendas. Só tenho a agradecer à equipe da Emater-DF. Com a troca de saberes e o uso sustentável dos recursos naturais, a iniciativa fortalece o artesanato local e impulsiona a economia das comunidades rurais de Planaltina”, enfatiza a profissional.

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Peças feitas com fibra de bananeira geram renda para artesãs de Planaltina

É do tronco de uma bananeira que vem parte do sustento de 12 mulheres que integram o Grupo de Artesanato do Assentamento Pequeno William, em Planaltina. Com a fibra da árvore, elas criam uma variedade de peças, como cestos, caixinhas e bandejas, que, ao serem comercializadas sob encomenda e em feiras, complementam a renda das famílias. Em Planaltina, a fibra da bananeira é usada para produzir cestos, caixinhas e bandejas, entre outros produtos | Fotos: Joel Rodrigues/ Agência Brasília Essa tradição existe desde 2011, quando a comunidade ainda passava pelo processo de consolidação agropecuária. Sem poder plantar nos terrenos, as mulheres foram orientadas por extensionistas da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) a apostar no artesanato. Na época, cinco delas foram capacitadas em um curso promovido pelo órgão sobre fibras naturais. O quinteto serviu de multiplicador do conhecimento e, hoje, todas as mulheres da comunidade conhecem a técnica. “Esse foi o carro-chefe para dar autossustentação para a gente”, comenta a artesã Adriana Fernandes, sobre as peças de fibra de bananeira “Esse foi o carro-chefe para dar autossustentação para a gente. Acabou sendo uma forma de produção das famílias”, lembra a produtora e artesã Adriana Fernandes, 55 anos. Foi com o dinheiro arrecadado com as peças de fibra de bananeira que Maria Nide, 53, montou toda a sua casa e comprou o primeiro celular. “Fui juntando o dinheiro aos poucos com as encomendas que fazemos”, comenta. Mais do que dar independência financeira, o artesanato é também terapia para as mulheres, propiciando um retorno à natureza. “A bananeira é muito rica, porque ela te dá tudo, te dá vida. Você pensa que depois do fruto, acabou, mas não, ela te dá renda, agrega e ainda devolve para a natureza. Temos muitos relatos de mulheres que eram depressivas e esse trabalho veio mudar a vida delas”, revela a extensionista rural da Emater-DF, Sedma Queiroz. “A bananeira é muito rica, porque ela te dá tudo, te dá vida”, observa a extensionista rural da Emater-DF, Sedma Queiroz Para a também produtora e artesã Valdira Sena, 39, a fibra da bananeira transformou a realidade das mulheres do assentamento: “Foi muito bom. Até hoje agradecemos a Emater. Sem eles, não teríamos feito nada. Eles nos ajudaram em tudo. É uma atividade que nos proporciona sair de casa para participar de feiras, viajar e conhecer outras pessoas, além de nos sustentar”. Capacitação Gratas pelo o que a fibra de bananeira proporciona a elas, as mulheres do Grupo de Artesanato do Assentamento Pequeno William atuam desde 2020 fazendo capacitações para outras artesãs. Extensionista rural da Emater, Sandra Evangelista afirma que o maior desafio das artesãs é a capacitação O projeto tem fomento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) por meio do edital Multicultural do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). Até agora, elas já desenvolveram duas edições e lançam em abril uma terceira, prevista para ocorrer no Coletivo Comuna Panteras Negras, no Assentamento Pequeno William. Além disso, o grupo pretende nos próximos anos profissionalizar ainda mais o trabalho. “A nossa ideia é viver bem da nossa profissão de artesã. Queremos ter uma organização, poder tirar nossa subsistência do artesanato”, comenta Adriana Fernandes. O objetivo é reproduzir no Distrito Federal o exemplo da cadeia produtiva do Ceará. Segundo a extensionista rural da Emater Sandra Evangelista, esse ainda é o maior desafio. “O que falta ainda é a capacitação, principalmente, na área de qualificação dos produtos, da decoração e do acabamento. Mas a Emater continua incentivando e apoiando os projetos delas, tanto para trazer instrutor como para apoiar a comercialização, vendendo os produtos. O Pequeno William se destacou, mas também temos grupos no Rio Preto e no Paranoá”, explica. Para conhecer mais sobre o trabalho das artesãs, basta entrar em contato pelo WhatsApp (61) 99992-6201.

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Emater promove oficina sobre biblioteca no Assentamento Pequeno William

A Emater-DF ofereceu uma oficina sobre gerenciamento de acervo de bibliotecas a agricultores do Assentamento Pequeno William, na Região Administrativa de Planaltina. Uma das chácaras da comunidade, a Panteras Negras, criou um ponto de divulgação cultural com uma biblioteca, onde ocorrem vários eventos voltados para os assentados. Segundo a bibliotecária da Emater-DF, Kelly Eustáquio, a assistência oferecida pela empresa aos agricultores não se limita aos aspectos técnicos da produção. “Soubemos do interesse dos assentados em qualificar a biblioteca e resolvemos oferecer essa oficina, com duração de um dia”, explicou a técnica da empresa. A bibliotecária da Emater-DF, Kelly Eustáquio, orientou a comunidade sobre o conceito de biblioteca comunitária, informando sobre temas como catalogação e indexação de títulos | Foto: Divulgação/Emater Durante a atividade, foram abordados o conceito de biblioteca comunitária, princípios da catalogação e indexação de títulos, fichas catalográficas e o uso de software para processamento do acervo. “Uma biblioteca não é apenas uma sala onde se guardam livros para consulta. Ela pode e deve ser um espaço cultural, com divulgação de artes e conhecimento”, completa Kelly. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A assentada Adriana Fernandes Souza, da chácara Panteras Negras, relata que decidiu fazer da propriedade um espaço cultural. “A produção do conhecimento é uma produção camponesa”, observa. Com o difícil acesso das populações rurais e periféricas à cultura, a biblioteca se torna um ponto de importante referência para a comunidade. “Já fizemos várias oficinas aqui”, acrescenta. O espaço foi batizado com o nome da escritora Carolina Maria de Jesus. “Queremos reforçar a luta das mulheres negras e a luta contra o preconceito, ainda tão presente na nossa sociedade, inclusive nas nossas comunidades rurais”, avalia Adriana Gomes. Já o assentado Sandro Álvares lembra que o espaço obteve recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) do GDF para a realização de vários eventos, como oficinas de contação de histórias, saraus, jogos e brincadeiras. “Fomos reconhecidos oficialmente pelo GDF como um ponto de cultura”, completa. Com produção de alimentos — principalmente hortaliças — totalmente agroecológica, sem uso de insumos químicos, o Assentamento Pequeno William foi instalado em 2010 e conta com 22 famílias. A produção é comercializada na Ceasa-DF e em feiras do Distrito Federal. *Com informações da Emater  

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