Resultados da pesquisa

assistência técnica

Thumbnail

Produção de cogumelos cresce quase 50% no DF em um ano

A produção de cogumelos no Distrito Federal segue em forte expansão. Em 2024, o número de produtores locais aumentou de 17 para 19, e o Valor Bruto da Produção (VBP) saltou de R$ 3,49 milhões para R$ 5,2 milhões — um crescimento de 49% em relação ao ano anterior. A variedade e a qualidade dos alimentos, somadas ao apoio técnico e ao perfil exigente do consumidor brasiliense, impulsionam o setor. "Todo o apoio que tive da Emater foi fundamental para diminuir meus custos de energia em condições excepcionais, é uma grande parceria", afirma Jansen Barreira, que produz cogumelos no Lago Oeste | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília O Quadradinho também fornece vantagens climáticas para quem decide produzir a espécie, por não apresentar tantas variações de temperatura e ser relativamente fácil fazer o controle de umidade, o que possibilita que o DF tenha um grande potencial para a produção de cogumelos. Entre os produtos estão champignon embalado, cogumelo-do-sol, shimeji, shiitake e cogumelos em conserva. De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), esses alimentos são altamente nutritivos — com teor proteico semelhante ao da carne e maior que o de muitos vegetais e frutas. São, ainda, ricos em vitaminas, carboidratos e possuem baixo teor de gordura. Estudos científicos investigam, desde os anos 1970, as propriedades medicinais dos cogumelos, que já demonstraram potencial como aliados em tratamentos complementares para doenças como câncer, lúpus, HPV e até Aids, por estimularem o sistema imunológico. Apoio na base A técnica Clarissa Campos, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), explica que o trabalho da empresa pública acompanha toda a cadeia produtiva, desde o cultivo até a comercialização e acesso às políticas públicas. Ela ressalta que o número de produtores também aumentou no último ano, impactando no aumento da produção local. “A Emater orienta desde o acesso a crédito rural até a emissão de documentação, apoio técnico e ajuda na inserção nos mercados”, detalha. "Com a produção local, os cogumelos chegam ao consumidor no mesmo dia da colheita, com mais sabor e qualidade nutricional", comenta Clarissa Campos, técnica da Emater-DF O produtor Jansen Barreira, da chácara Cerrado Funghi, no Lago Oeste, é um exemplo do avanço do setor. Ele cultiva entre 500 e 600 quilos de cogumelos por semana. Ex-publicitário, Jansen deixou o mercado da comunicação para investir no sonho antigo de viver do campo. “Desde 2005 pensava nisso. Em 2018 fechei minha agência e mergulhei de cabeça. Hoje, tenho uma vida menos estressante e moro onde trabalho. E todo o apoio que tive da Emater foi fundamental para diminuir meus custos de energia em condições excepcionais, é uma grande parceria”, conta. [LEIA_TAMBEM]Para produzir os cogumelos, a propriedade abrange todas as etapas: compostagem, pasteurização, incubação e colheita. Com o apoio da Emater-DF, o produtor conquistou crédito rural, instalou painéis de energia fotovoltaica e aumentou em um terço a capacidade produtiva em 2024. E ainda há espaço para crescer: “Mesmo com o aumento, nossa produção ainda não consegue atender toda a demanda local”. Qualidade para o mercado O Distrito Federal é o segundo maior mercado consumidor de cogumelos do Brasil, atrás apenas de São Paulo. Além da demanda aquecida, o clima estável e o investimento em pesquisa e transferência de tecnologia tornam a região ideal para o cultivo. O resultado é um setor promissor, que gera renda, empregos e coloca o DF em destaque na produção de alimentos saudáveis e sustentáveis. Segundo a técnica da Emater-DF, o crescimento do setor é impulsionado também pelo perfil do consumidor do DF. “O mercado consumidor do Distrito Federal é muito antenado e sempre procura alimentos frescos e nutritivos. E o cogumelo é essa opção, há muitos restaurantes e eventos que utilizam esse produto. Com a produção local, os cogumelos chegam ao consumidor no mesmo dia da colheita, com mais sabor e qualidade nutricional”, destaca.

Ler mais...

Thumbnail

Criadores de abelhas sem ferrão participam de curso da Emater-DF sobre produção de própolis

Meliponicultores da comunidade da Serrinha, na região do Lago Norte, participaram de um curso sobre produção e manipulação de própolis de meliponíneos, promovido pela Emater-DF. O curso, ministrado pelo extensionista rural Edilson Amaral, atendeu a uma demanda dos próprios produtores, que buscaram aprender técnicas adequadas para o aproveitamento do própolis, além do mel e do pólen, produzido por suas abelhas nativas. Curso promovido pela Emater-DF repassou a criadores de abelhas orientações técnicas sobre extração, higiene, conservação e uso correto do própolis | Fotos: Divulgação/Emater-DF A oficina foi realizada na propriedade da produtora Diana Schappo, que destacou o interesse crescente dos criadores locais em diversificar os produtos da meliponicultura (criação de abelhas nativas sem ferrão). “Já produzimos mel, mas queremos aproveitar melhor o própolis e o pólen, que também têm valor comercial e benefícios para a saúde. Este curso nos ajudou a entender como fazer isso com qualidade e segurança”, afirmou Diana. Na região da Serrinha há cerca de 70 meliponicultores, com mais de 30 colmeias. A capacitação, realizada nesta quarta-feira (2), teve orientações técnicas sobre extração, higiene, conservação e uso correto do própolis, respeitando a legislação e as características específicas dessas abelhas. A Emater-DF tem desempenhado papel fundamental no desenvolvimento da meliponicultura no Distrito Federal, oferecendo assistência técnica, capacitações e incentivo à organização dos produtores. Além do aspecto econômico, a atividade se destaca pelo papel ambiental: as abelhas nativas contribuem significativamente para a polinização de plantas nativas e agrícolas, tornando os meliponicultores agentes de preservação ambiental. Região da Serrinha tem potencial para ser uma rota turística e de atividades educativas relacionadas à meliponicultura, na avaliação da Emater-DF Os produtores são orientados a cultivar maior diversidade de plantas, garantindo fonte contínua de néctar, pólen, resina e cera para as colmeias, o que fortalece o ecossistema local. “Além de renda, a meliponicultura fortalece a biodiversidade. Apoiar esses produtores é apoiar a preservação das abelhas nativas e a sustentabilidade rural”, destacou Carlos Morais, um dos técnicos da Emater-DF que participou da atividade. O extensionista Ivan Marques falou da importância de organização dos produtores para divulgarem e comercializarem seus produtos. “A região tem potencial para ser uma rota turística e de atividades educativas por meio da meliponicultura e, para isso, a organização dos produtores e articulação com outras atividades produtivas locais geram oportunidades de comercialização e divulgação dos produtos”, disse. Como identificar o própolis na colmeia [LEIA_TAMBEM]O própolis de meliponíneos é uma resina escura que as abelhas utilizam para vedar frestas, proteger o interior da colmeia contra fungos e bactérias e estruturar o ambiente interno. Durante a aula, os produtores aprenderam a reconhecer os locais adequados para coleta do material, como as entradas da colmeia, sempre com o cuidado de não comprometer a organização e o funcionamento do ninho. Higiene e cuidado no momento da coleta A extração do própolis exige atenção à higiene. Os técnicos da Emater-DF reforçaram a importância do uso de luvas limpas, espátulas esterilizadas e recipientes adequados, como frascos de vidro ou aço inox. O material coletado deve ser armazenado em local fresco, limpo e protegido da umidade, evitando qualquer tipo de contaminação. Passo a passo para produção da tintura de própolis Durante o curso, os produtores também aprenderam a transformar o própolis bruto em tintura, forma mais comum de consumo. A receita básica foi apresentada na teoria e feita na parte prática do curso. O material deve ser macerado e deixado em infusão por 7 a 15 dias, com agitação diária, e depois filtrado e armazenado em frascos escuros, protegidos da luz. Os participantes foram orientados a usar álcool de cereais com grau alcoólico adequado e próprio para consumo humano, além de respeitar as medidas de segurança durante o manuseio, como evitar proximidade com fogo e trabalhar em ambientes ventilados. Incentivo à formalização e boas práticas Além da técnica, a capacitação também abordou questões legais e sanitárias relacionadas à produção e comercialização do própolis. A Emater-DF reforçou a importância de seguir as boas práticas de manipulação. *Com informações da Emater-DF  

Ler mais...

Thumbnail

GDF impulsiona cultivo de jabuticaba no DF com suporte técnico a produtores rurais

Conhecida como “uva brasileira”, a jabuticaba é uma fruta com profundas raízes na cultura do Brasil e na biodiversidade do país. No Distrito Federal, a cerca de 30 km do centro de Brasília, há mais de duas décadas, o casal de produtores rurais Kamilla Nunes, 38 anos, e Orlando de Azevedo, 70, cultiva a fruta em uma propriedade privada no Centro Equestre Catetinho, no Riacho Fundo II. Jabuticaba se adapta bem ao clima do Cerrado e é opção de geração de renda para produtores rurais | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília A produção dos dois empresários se dá por meio de incentivo do Governo do Distrito Federal (GDF), que, graças à Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), concede suporte técnico a mais de 40 produtores de jabuticaba no DF. O apoio vai desde a escolha das mudas adequadas até as práticas de manejo sustentável. A Emater ainda oferece cursos e palestras sobre cultivo, irrigação, poda e controle de pragas, com o objetivo de aumentar a produtividade e a qualidade da fruta, que se adapta bem ao clima do Cerrado. “Damos orientações básicas, de plantio e manejo, além de pecuária. Avaliamos todo o eixo rural, a parte social, de produção, agrícola e animal. E também a questão de comercialização, crédito rural, turismo rural, saneamento. É um grande ecossistema de gestão ambiental à disposição dos produtores” Claudia Coelho, gerente da Emater-DF Segundo a empresa, foram cultivadas mais de 19 mil toneladas de jabuticaba em 4,7 hectares apenas em 2023. No mesmo ano, o valor bruto produzido chegou a R$ 214,6 mil, o que demonstra o potencial do Distrito Federal na produção da fruta, que resulta em produtos como sucos, geleias, licores e até vinhos. A chácara de Kamilla e Orlando conta com 70 pés de jabuticaba, que são cultivados por meio de irrigação e transformados em geleias, molhos e licores. O produtor rural conta que a assistência técnica da Emater foi determinante no uso do solo, uma vez que o casal quer aumentar a produção e transformar o local em um polo gastronômico para os amantes da jabuticaba. “A fruticultura, de modo geral, está se expandindo bastante no Distrito Federal. Foi uma surpresa ver esse tanto de jabuticaba aqui na terra do seu Orlando, porque geralmente as pessoas só plantam uma ou duas mudas no fundo do quintal. É importante para revelar o Cerrado e o DF como um grande lugar que tem potencial para a produção de jabuticaba”, salienta Paulo Ricardo da Silva Borges, técnico da Emater. “As pessoas estão buscando algo novo, algo genuinamente rural. Atualmente, todos dependem de supermercados e atacadistas. Aqui elas terão a oportunidade de obter o fruto diretamente da terra”, afirma a produtora rural Kamilla Nunes de Azevedo Claudia Coelho, técnica e uma das gerentes da Emater-DF, explica que o processo de suporte começa já no cadastro do produtor no sistema da empresa. “A partir do cadastro do produtor faz-se a visita técnica e são avaliados pontos como produtividade e potenciais da região. Então damos orientações básicas, de plantio e manejo, além de pecuária. Avaliamos todo o eixo rural, a parte social, de produção, agrícola e animal. E também a questão de comercialização, crédito rural, turismo rural, saneamento. É um grande ecossistema de gestão ambiental à disposição dos produtores”, detalha. Além de todo o suporte técnico, a propriedade conta com o apoio deste GDF, que está promovendo a regularização fundiária de terras da região. Para Orlando de Azevedo, a conquista do título de terra é sinônimo de reconhecimento e valorização do trabalho rural. Em 2023, foram cultivadas mais de 19 mil toneladas de jabuticaba no DF, resultando em produtos como geleias, sucos, licores e até vinhos “Este GDF tem se colocado muito à disposição para nos auxiliar em tudo que é possível. Por meio da Empresa de Regularização de Terras Rurais, tiramos dúvidas sobre a titulação. É o nosso sonho desde que mudamos para cá para adquirir terras, porque a gente deu a vida pela produção rural. Antes eu não conseguia, o acesso era difícil e burocrático. Com esse governo nós vamos receber o título de regularização ainda neste ano”, afirma o empresário. De acordo com dados da Empresa de Regularização de Terras Rurais (ETR), desde outubro de 2023, já foram analisados mais de 27 mil hectares de terras rurais pertencentes à Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), resultando em pouco mais de 400 contratos de Concessão de Direito de Uso Oneroso (CDU), equivalentes a 10.826 hectares. Festival da Jabuticaba Graças ao suporte deste GDF, Kamilla e Orlando vão realizar, nos dias 5 e 6 de outubro, a primeira edição do Festival da Jabuticaba, onde os presentes poderão degustar do sabor único da fruta por meio de diferentes pratos gastronômicos. “As pessoas estão buscando algo novo, algo genuinamente rural. Atualmente, todos dependem de supermercados e atacadistas. Aqui elas terão a oportunidade de obter o fruto diretamente da terra. Temos essa ideia de crescimento e de apoiar outros que também estão envolvidos na produção”, ressalta Kamilla. A programação contará com recepção ao espaço, degustação de licores e entradas, almoço e sobremesa, a história da jabuticaba e a importância da fruta na biodiversidade brasileira, além de uma visita às plantações da chácara. Mais informações podem ser acessadas por meio deste link.

Ler mais...

Thumbnail

Autonomia financeira e empoderamento das mulheres rurais são prioridades para a Emater-DF

O trabalho da Emater-DF para a mulher rural vai além do atendimento voltado à produção rural. Colocar a mulher num local de autonomia financeira e empoderamento tem norteado as atividades de assistência técnica e extensão rural (Ater) e as parcerias com instituições públicas, como a Secretaria da Mulher (SMDF) e o Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDF). O Dia Internacional da Mulher reafirma a importância de empoderar as produtoras rurais que, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), são as grandes responsáveis pela preservação da biodiversidade, pela garantia da soberania e da segurança alimentar e pela produção de alimentos saudáveis | Fotos: Divulgação/Emater-DF Do lado da produção agrícola, os dados de cadastro da Emater-DF apontam para o número de 7.341 produtoras rurais em todo o DF. Dessas, em 2023, 5.554 mulheres foram atendidas por meio de Ater, que correspondem a 38,2% de todo o público atendido. Além disso, existem 16.497 propriedades cadastradas, sendo que desse total 5.379 propriedades têm mulheres como proprietárias ou coproprietárias. Dessa forma, a semana do Dia Internacional da Mulher é o momento de reafirmar a importância de empoderar as produtoras rurais que, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), são as grandes responsáveis pela preservação da biodiversidade, pela garantia da soberania e da segurança alimentar e pela produção de alimentos saudáveis. A diretora-executiva Loiselene Trindade reforça que a Emater-DF tem feito diversas parcerias com a Secretaria da Mulher do DF e com o Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) para levar conhecimento e oportunidade, visando combater definitivamente a violência no campo contra as mulheres e meninas rurais A diretora-executiva da Emater-DF, Loiselene Trindade, ressalta o compromisso da empresa junto às produtoras rurais, entre todos os trabalhos realizados, pela busca da igualdade de gênero, em atendimento aos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Esse trabalho passa por inserir a mulher jovem, adulta e idosa em atividades de capacitação para melhoria tanto na produção agrícola como nas produções não agrícolas, para que possam contribuir com a geração e aumento da renda familiar. “Muito tem sido feito para levar autonomia e desenvolvimento às mulheres rurais, como priorizá-las nas políticas públicas de compras governamentais e na concessão dos documentos de posse das terras. Isso reflete diretamente no empoderamento dessas mulheres, que precisam ser qualificadas e capacitadas para que se desenvolvam e se reconheçam diante desse empoderamento. No entanto, ainda existem desafios que precisam ser vencidos. A Emater-DF tem feito diversos trabalhos, como empreendedorismo, sessões de conversa e integração para que as mulheres se reconheçam nesse papel e essa é uma preocupação constante que precisamos ter. Outra questão não menos importante é violência contra a mulher, física, moral, psicológica e patrimonial, que é urgente combater”, declarou Loiselene Trindade. A dirigente informou também que a Emater-DF tem feito diversas parcerias com a SMDF e com o TJDFT para levar conhecimento e oportunidade para essas mulheres, visando combater definitivamente a violência no campo contra as mulheres e meninas rurais. “Diferente das mulheres urbanas, as mulheres do campo têm dificuldades de fazerem as notificações de violência e por essa razão precisam ser ouvidas”, finalizou. A produtora rural Mariazinha Porto dos Santos, moradora há 10 anos do Assentamento 15 de Agosto, em São Sebastião, decidiu deixar o trabalho de diarista para se transformar em produtora rural e viver da terra Sessões de conversa Em 2022, a Emater-DF iniciou o Programa Terapia Comunitária Integrativa (TCI), com o objetivo de levar acolhimento, apoio e escuta às mulheres rurais de São Sebastião, PAD-DF, Rio Preto, Vargem Bonita e Taquara, com idade entre 19 e 59 anos, em sua maioria. A TCI é um espaço terapêutico de fala e escuta com participação horizontal das mulheres que está promovendo uma transformação quanto à autoestima, ao empoderamento individual e do grupo, a ajudas mútuas, fortalecendo laços, promovendo confiança, cooperação e melhorando a organização na produção e comercialização dos produtos agrícolas. Em 2023, foram realizadas 23 sessões de TCI com a participação de 80 mulheres. As conversas são uma prática coletiva que visa a saúde mental, a integração, a coletividade e momentos de partilha das dores e superações. A produtora rural Roselita Urani Camargo produz biscoitos caseiros e é novata nos encontros de TCI. A morte da mãe a deixou sem chão, pois era a pessoa que experimentava e aprovava as fornadas e novas receitas de biscoitos. “Estava sem perspectiva, perdida, e foi a Emater-DF que me deu coragem e confiança no meu trabalho. Participei de apenas uma sessão e saí gratificada por tanta coisa que tenho aprendido”, falou Rosinha, como é conhecida. A condução dos trabalhos é coordenada pela extensionista da Emater-DF, Maria Bezerra, juntamente com terapeutas voluntárias. “As mulheres rurais estão longe do centro urbano e às vezes estão numa condição de invisibilidade, convivendo com dores e sofrimentos que levam à improdutividade, descrença e perda da autoestima. Portanto, é nossa missão buscar meios de resgate e empoderamento da mulher rural. O lema da TCI é “quando a boca fala, os órgãos saram”, assim, durante as sessões de conversa utilizam recursos da cultura local, como a empatia, a escuta amorosa, e as estratégias de superação para ajudarem as mulheres e comunidade superarem os desafios individuais e coletivos”, finalizou. Muitas mulheres em todo o DF são atendidas pela Emater-DF e vivem o desafio de dividirem o trabalho rural, que compreende todas as etapas da cadeia produtiva, como plantar, adubar, irrigar, colher e comercializar, com as atividades domésticas e cuidados com os filhos e família Participação feminina nas cadeias produtivas De olho no desenvolvimento econômico e autonomia das produtoras rurais, os extensionistas da Emater-DF desenvolvem atividades diárias nas diversas cadeias agrícolas e não agrícolas. As primeiras com maior participação feminina são: bovinocultura, floricultura, avicultura, olericultura, agricultura orgânica e agroecologia, totalizando 1.138, 769, 1.388, 2.226, 709 e 720, respectivamente. Já nas atividades não agrícolas, que compreendem agroindústria, artesanato e turismo, a Emater-DF atendeu 3.054 pessoas, sendo 1.300 mulheres, totalizando 43,7% do público geral atendido. A produtora rural Mariazinha Porto dos Santos (38), moradora do Assentamento 15 de Agosto, em São Sebastião, divide os cuidados com a produção de hortaliças, cuidando da casa e dos três filhos, de 11, 6 anos e apenas 11 meses. A família é assentada há 10 anos, quando Mariazinha decidiu deixar o trabalho de diarista para se transformar em produtora rural e viver da terra. Apesar de o marido lhe ajudar com a produção orgânica de alface, cenoura, salsinha, cebolinha, brócolis, couve e batata-doce que vendem para o PAA há cinco anos, não é fácil dar conta de todos os afazeres. “A dificuldade é grande, mas a força que a mulher tem para enfrentar é maior. Eu cuido da terra, planto, colho e vendo, limpo a casa, cuido dos meninos, mando para a escola e faço a comida. Meu marido trabalhava fora e era mais difícil, agora cuidamos juntos da plantação, o que facilita muito. Dois cuidando é mais fácil. Mas a mão da mulher faz a diferença, apesar de que tem coisas que é mais complicado quando se trata de mulher, como comprar insumos, comercializar. Quando eu penso que em 40 dias posso ver a produção do meu trabalho e colocar comida saudável na mesa é prazeroso, apesar de tudo. E, como mãe, transfiro todo dia esse conhecimento pros meus filhos”, disse Mariazinha. Assim como ela, há muitas mulheres na região e em todo o DF que são atendidas pela Emater-DF e vivem o desafio de dividirem o trabalho rural, que compreende todas as etapas da cadeia produtiva, como plantar, adubar, irrigar, colher e comercializar, com as atividades domésticas e cuidados com os filhos e família. Há ainda aquelas produtoras rurais que são as únicas mantenedoras da casa e precisam realizar todas essas atividades sozinhas. A gerente do escritório local da Emater-DF em São Sebastião, Maíra Andrade, que é mãe de um casal de filhos e também divide seu dia com trabalho, casa e família, observa que o governo tem muitas políticas de incentivo às produtoras rurais, como preferência na abertura do calendário dos programas de compras governamentais. “Nosso trabalho de assistência técnica junto a essas mulheres é muito mais que assistência técnica e extensão rural e levar a autonomia financeira e empoderamento. Passa também por dar apoio, pois muitas vezes temos de saber ouvir suas queixas e desabafos, levar políticas públicas e, assim, tentar minimizar as dificuldades de fazerem quase tudo sozinhas. Por isso, implementamos uma vez por semana ou a cada 15 dias os mutirões de plantio, adubação e tratos culturais. São mulheres ajudando outras mulheres, um trabalho de empatia e sororidade”, declarou Maíra Andrade. *Com informações da Emater-DF

Ler mais...

Thumbnail

Vem aí o VIII Encontro Distrital de Mulheres Rurais 

Solteira, semianalfabeta e mãe de nove filhos: essa era a realidade de Noilde Maria de Jesus há cerca de 14 anos. Graças ao apoio do Governo Distrito Federal (GDF), ela ganhou uma profissão: a de produtora rural independente, capaz de sustentar a família com o dinheiro que ganha com a produção de sua propriedade agrícola de cinco hectares em Brazlândia. Noilde de Jesus reconstruiu sua história de vida a partir do trabalho desenvolvido pela Emater: “Os encontros me incentivaram a muitas coisas, como voltar para a escola” | Foto: Ana Nascimento/Emater Noilde é mais uma das cerca de quatro mil mulheres impactadas positivamente pelo trabalho da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater). Assim como ela, aproximadamente 400 produtoras agrícolas vão participar do VIII Encontro Distrital de Mulheres Rurais, evento bianual que, este ano, será realizado em 24 de novembro.  Como parte da programação, a Emater promoveu três encontros preparatórios. As duas primeiras reuniões abordaram a rotina da agromulher e incluíram uma roda de bate-papo sobre terapia integrativa. A terceira e última ocorreu nesta terça-feira (31), reunindo aproximadamente 50 mulheres rurais que participaram de palestras e práticas sobre empreendedorismo feminino. “O objetivo desses encontros é fazer com que a mulher também vá para o mercado de trabalho, que consiga empreender e conquistar seu próprio dinheiro”, resume o presidente da Emater, Cleison Duval.  Autoestima “O nosso foco é resgatar a autoestima dessa trabalhadora”, pontua a coordenadora do projeto Valorização das Mulheres Rurais, da Emater, Selma Tavares. “Nós queremos motivar que elas tenham condições e conhecimentos para isso. Muitas vezes, por meio dessas ações, as mulheres rurais conseguem se encontrar e começar a trabalhar com outras alternativas.” Noilde esteve presente em todas as edições anteriores do Encontro Distrital de Mulheres Rurais. “A Emater mudou muito a minha vida”, comemora. “Durante o primeiro encontro, eu descobri que sofria muita discriminação pelo meu antigo companheiro, e não sabia lidar com essa situação. De lá para cá, fui ganhando conhecimento e convidando outras mulheres. Isso é muito bom”, lembrou. [Olho texto=”“Nós desenvolvemos trabalhos para todos os membros de uma comunidade, como jovens, idosos, mulheres e crianças” ” assinatura=”Cleison Duval, presidente da Emater” esquerda_direita_centro=”direita”] Além de ter aprendido uma profissão, Noilde se redescobriu. “Os encontros me incentivaram a muitas coisas, como voltar para a escola”, conta. “Havia equipes de trabalho, e eu me sentia perdida porque não tinha estudos, não entendia o que era para fazer. O que eu sabia não era o suficiente para resolver meus problemas. Hoje é meu último ano na escola. Posso dizer que vou me formar no ensino médio”. Grande família Em mais de 40 anos de existência, a Emater contribui para o desenvolvimento rural do DF em quatro dimensões: social, econômica, ambiental e inovativa. São mais de 15 mil produtores rurais atendidos, tanto no DF quanto no Entorno.  A empresa possui 15 escritórios locais distribuídos pelas regiões administrativas, atuando de forma descentralizada no apoio à população rural. “Nós desenvolvemos trabalhos para todos os membros de uma comunidade, como jovens, idosos, mulheres e crianças”, detalha Cleison Duval. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] De acordo com o gestor, as atividades traçadas pela empresa vão além das previstas institucionalmente. “Nós somos o equipamento público mais próximo da população rural”, aponta. “Todas as pendências que a família rural precisar resolver são sanadas no escritório da Emater”, assegura ele. “É uma relação muito próxima, uma grande família, porque eles chegam com problemas que vão além da nossa missão institucional. Essa relação é muito importante, é uma troca de confiança entre as famílias e o GDF.”

Ler mais...

Thumbnail

Projeto constrói novos banheiros em casas de famílias vulneráveis

Vinte famílias da Estrutural em situação de vulnerabilidade conquistaram a dignidade sanitária por meio do projeto Nenhuma Casa Sem Banheiro. A iniciativa consiste na execução de um cômodo com vaso sanitário, chuveiro, pia, piso, revestimento e instalações elétrica, hidráulica e de esgoto em domicílios com estruturas precárias. A iniciativa investiu, até 31 de janeiro, cerca de R$ 360 mil para a execução das obras em residências de famílias de baixa renda do DF | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Criado a partir de um acordo técnico firmado entre a Companhia de Desenvolvimento Habitacional (Codhab) e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal (CAU-DF), a iniciativa investiu, até 31 de janeiro deste ano, R$ 359.130 para a execução das obras em residências de famílias de baixa renda do Distrito Federal. O custo do projeto é bancado pelo CAU. Foram selecionadas 35 famílias. Destas, 20 já foram beneficiadas e outras 15 aguardam a execução dos projetos. Os beneficiados foram escolhidos a partir de encaminhamento do Centro de Referência de Assistência Social (Cras). “Eles nos pediram para atender as famílias em extrema vulnerabilidade. São pessoas com baixa renda e que vivem em casas em situações insalubres. Em muitos casos, algumas pessoas faziam as necessidades básicas em baldes”, explica Marilurde Lago, assistente social da Codhab. Escolha do morador Antes dos trabalhos terem início, assistente social, arquiteto, família e empresa executora do projeto têm reuniões para discutir o projeto. “O morador tem autonomia para escolher o local e opinar sobre o projeto. Como são famílias em situação de vulnerabilidade, elas não podem sair de casa para que seja feita a obra, então asseguramos que tudo ocorra de forma tranquila”, destaca o arquiteto da Codhab, Leandro Fernandes. Morando há 25 anos em um barraco na Estrutural, a dona de casa Celma Cristina dos Santos, 50 anos, aguardava melhorias em sua residência desde 2014, quando se inscreveu em um programa para reconstrução de casas. Por isso, quando a assistente social Marilurde bateu em sua porta para apresentar o projeto Nenhuma Casa Sem Banheiro, ela pensou que seria apenas mais uma promessa. “Quando ela chegou aqui, eu briguei com ela. Eu não acreditava que seria algo que iria para frente”, lembra. Celma Cristina dos Santos, com o filho Brendo dos Santos, avalia que “a obra foi bem rápida” Há menos de dois meses, a casa de Celma ganhou dois banheiros completos de 2,6 metros quadrados. A residência dela teve um sanitário a mais do que o previsto no projeto para atender o filho dela, Brendo dos Santos, 26, que tem câncer de intestino e precisa de um banheiro exclusivo. “Achei muito bom até porque fizeram o banheiro do meu filho, antes era todo mundo junto e misturado. Também achei que foi uma obra bem rápida”, avalia. Quem também aprovou a iniciativa foi Brendo: “Gostei, porque não dava para eu ir ao banheiro toda hora sem incomodar as outras pessoas. Só tinha um banheiro na casa. Agora, tenho um só pra mim e perto do meu quarto, o que garante minha privacidade”. Atualmente, a residência tem mais 18 moradores, sendo nove adultos e nove crianças. Nenhuma Casa Sem Banheiro O projeto foi lançado em dezembro de 2021 prevendo a execução de melhorias sanitárias em domicílios em áreas de vulnerabilidade social, por meio de programas e ações que possibilitem a execução de atividades ligadas à Assistência Técnica em Habitação de Interesse Social (Athis) no DF. Além de viabilizar recursos para a execução das obras, a Codhab cede equipe social e técnica para orientar os profissionais do CAU-DF, que, por sua vez, disponibilizam, com recursos próprios, profissionais de arquitetura e urbanismo para desenvolvimento do projeto arquitetônico de construção/reforma ou adaptação de unidades sanitárias. Os beneficiários serão indicados pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes). O projeto nasceu em 2020 com o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Sul (CAU-RS), objetivando o enfrentamento à pandemia da covid-19 e logo se estendeu para o Distrito Federal na parceria com a Codhab.  

Ler mais...

Thumbnail

Pequenos produtores recebem reforço do SOS DF Rural

Os pequenos produtores rurais do DF passavam por muitas dificuldades para irrigar suas plantações. O sistema de tubulação, antigo, já não garantia uma boa distribuição de água – as perdas, estima o técnico da Emater Edivan Souza, ultrapassavam a casa dos 50%. Agora essa realidade começa a mudar, com a chegada do SOS DF Rural, programa implantado por meio de uma parceria entre a Secretaria de Agricultura do GDF, a Emater e agricultores. Os canais de abastecimento, explica Edivan, foram construídos há mais de 20 anos pela extinta Fundação Zoobotânica do Distrito Federal (FZDF) para promover o desenvolvimento dos núcleos rurais, formados por pequenos agricultores de base familiar que sobrevivem da produção de hortaliças. “Sem o canal, não há como plantarem”, explica o técnico da Emater. “Já chegaram a ficar sem água. Com essa nova tubulação, as perdas serão zero”. No Núcleo Rural Buriti Vermelho, no Paranoá, a água é captada de uma barragem próxima. Os 1.100 metros de tubos vão beneficiar 13 produtores rurais. O GDF oferece o maquinário e os tubos de PVC – grandes estruturas com quase meio metro de diâmetro que vão garantir água para a comunidade. A Emater-DF oferece a assistência técnica e os produtores, a mão de obra, em regime de mutirão. O pequeno produtor rural Cleomar de Oliveira de França, 55 anos, se lembra bem do tempo em que ficou sem água em sua propriedade, onde produz mandioca, abóbora, batata-doce, milho verde e feijão-de-corda. “Foi uma época muito difícil, porque eu e minha família vivemos de nossas plantações”, conta. Laerton Barnabé Batista, 65 anos, que vive com a família em uma chácara da região, se mostra animado com as obras iniciadas pelo SOS DF Rural. “Acredito que vai ficar aqui para sempre e beneficiar não somente a nós, mas também nossos filhos e netos”, comemora. As obras Dos 61 canais existentes no DF, 18 já foram recuperados, totalizando 37 km de revitalização, em núcleos rurais de Brazlândia, Paranoá, São Sebastião e Planaltina. Atualmente, quatro canais estão em obras nos núcleos de Santos Dumont (Planaltina) e Buriti Vermelho (Paranoá). Em Santos Dumont, serão totalizados 18 km, beneficiando 91 produtores. Mais dois canais serão construídos em Tabatinga e Capão Comprido.   Confira o relatório com as ações do SOS DF Relatório diário 2602

Ler mais...

Ordenar

Ordenar

Faceta do tipo

Tipo

Filtro personalizado

Faceta da marca

Marcador