Especialista sugere dicas para proteger audição e voz no Carnaval
O Carnaval é um dos momentos mais aguardados do ano, repleto de alegria, música e diversão. No entanto, uma exposição prolongada a sons altos pode trazer riscos graves para a audição e para a voz. De acordo com a fonoaudióloga e coordenadora multidisciplinar do Hospital Cidade do Sol (HSol), Camila Frois, cuidados simples podem fazer toda a diferença para evitar danos irreversíveis. Hidratação durante o Carnaval é fundamental para evitar os principais problemas vocais causados pelo estresse excessivo, como laringite, fadiga vocal e até lesões como nódulos nas cordas vocais | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília “O principal risco durante o Carnaval é a exposição contínua a volumes muito altos, como os gerados por caixas de som, trios elétricos e instrumentos de percussão. Isso pode danificar as células sensoriais do ouvido interno, comprometendo a capacidade auditiva e, em casos mais graves, levando à perda auditiva permanente”, alerta Camila. O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) reforça que informar a população sobre os riscos à saúde e as formas de prevenção faz parte de seu compromisso com a ética, a transparência e a melhoria contínua dos serviços. “A prevenção e a conscientização são fundamentais para garantir que todos possam aproveitar o Carnaval com saúde e segurança”, destaca o especialista. Zumbido e sensação de ouvido tampado são sinais de alerta A fonoaudióloga Camila Frois alerta contra o consumo excessivo de álcool: “O álcool desidrata as cordas vocais e pode agravar problemas vocais, além de aumentar o risco de refluxo, que irrita ainda mais a laringe” Muitas pessoas sentem um zumbido nos ouvidos ou a sensação de ouvido tampado após horas de folia. Segundo Camila, esses sintomas podem indicar um trauma auditivo. “Se esses sintomas persistirem por mais de 24 a 48 horas, é fundamental procurar um otorrinolaringologista para avaliar a situação”, recomenda. Crianças e idosos ainda estão mais vulneráveis aos danos auditivos e devem ser protegidos com o uso de protetores auriculares. “Os protetores mais indicados são os de concha ou os modelos customizados, que atenuam o som sem bloqueá-lo completamente”, orienta Camila. Cuidado com a voz: hidratação e repouso são essenciais Além da audição, o excesso de som também pode prejudicar a voz. “Ambientes barulhentos fazem com que as pessoas falem mais alto ou gritem para serem ouvidas, sobrecarregando as cordas vocais. Isso pode causar desconforto, rouquidão e até inflamação”, explica a fonoaudióloga. Os principais problemas vocais causados pelo estresse excessivo incluem laringite, fadiga vocal e até lesões como nódulos nas cordas vocais. Para evitar danos, a hidratação é fundamental. “Beber água mantém constantemente as cordas vocais lubrificadas e reduz o risco de irritações”, reforça a fonoaudióloga. Outra dica útil é evitar o consumo excessivo de álcool. “O álcool desidrata as cordas vocais e pode agravar problemas vocais, além de aumentar o risco de refluxo, que irrita ainda mais a laringe”, adverte. Dicas para curtir o Carnaval sem prejudicar a saúde Para aproveitar a folia sem comprometer a audição e a voz, Camila Frois recomenda: → Usar protetores auriculares em locais com som alto; → Fazer pausas longe do barulho a cada hora; → Hidratar-se constantemente com água; → Evite gritar ou falar alto para não sobrecarregar as cordas vocais; → Realizar repouso vocal de 24 a 48 horas após esforço intenso; → Se, após o Carnaval, você notar dificuldade auditiva, zumbido persistente ou rouquidão prolongado, procure um especialista. *Com informações do IgesDF
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Centro Educacional da Audição e Linguagem completa 50 anos
Usuários, gestores e autoridades se reuniram, na quarta-feira (3), para comemorar os 50 anos do Centro Educacional da Audição e Linguagem Ludovico Pavoni (Ceal-LP). Localizado na Asa Norte, o centro é conveniado à Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) para prestação de serviços de reabilitação auditiva e intelectual. O Ceal-LP atende, atualmente, 420 crianças com fonoterapia, psicologia, terapia ocupacional e fisioterapia, entre outros serviços | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF Durante o evento, foi inaugurado o novo espaço para terapias de psicomotricidade, que também conta com um ambiente para apresentações musicais e de teatro. “A reforma vai trazer para as crianças um novo momento, um estímulo a mais e é isso que a gente busca aqui no Ceal”, destaca a coordenadora de saúde do centro, Cristiane Farhat. “A assistência é de alta complexidade, oferece diagnóstico, seleção e adaptação do aparelho auditivo, reabilitação auditiva e terapia para reabilitação intelectual” Ocânia da Costa, referência técnica distrital (RTD) de fonoaudiologia A instituição é filantrópica, sem fins lucrativos, e acolhe atualmente 420 crianças. Nela, são oferecidas fonoterapia, psicologia, terapia ocupacional, fisioterapia, reforço pedagógico, neuropediatria, psiquiatria infantil, otorrinolaringologia e assistência social. “O centro tem grande importância no atendimento assistencial às pessoas com deficiência auditiva e com transtorno do espectro autista (TEA). A assistência é de alta complexidade, oferece diagnóstico, seleção e adaptação do aparelho auditivo, reabilitação auditiva e terapia para reabilitação intelectual. A assistência é completa”, explica a referência técnica distrital (RTD) de fonoaudiologia da SES-DF, Ocânia da Costa. O acesso aos serviços é feito por meio do sistema de regulação, após encaminhamento dado pelas equipes das unidades básicas de saúde (UBSs). Assim que uma nova criança chega, ela passa por uma triagem, na qual é avaliado o nível de suporte que ela precisa. “Cada caso é um caso e cada criança tem uma necessidade, uma demanda. A partir disso, tendo vaga, começamos o processo de reabilitação aqui dentro”, comenta a coordenadora. “Faz toda diferença em relação ao desenvolvimento da minha filha, principalmente na parte cognitiva e da fala” Tatiane Martins, mãe de Isabela, 7 anos O acolhimento pode ser feito a qualquer tempo, apesar de que o aconselhado é que seja feito o mais cedo possível. “A prioridade sempre vai ser o mais precoce, por conta da janela de oportunidades neuronais. É você conseguir fazer o diagnóstico mais precoce e iniciar a intervenção o mais rápido possível”, completa Cristiane Farhat. Desenvolvimento infantil Foi o caso de Tatiane Martins e sua filha Isabela, de 7 anos. A menina foi diagnosticada com surdez severa ainda bebê e, há seis anos, frequenta o Ceal. “Faz toda diferença em relação ao desenvolvimento da minha filha, principalmente na parte cognitiva e da fala. Hoje ela já sabe escrever e ler. É um grau de importância nas nossas vidas que a gente não tem nem palavras para agradecer”, relata Tatiane. Isabela, de 7 anos, foi diagnosticada com surdez severa ainda bebê e frequenta o Ceal há seis anos; a mãe, Tatiane Martins, elogia a instituição: “A gente não tem nem palavras para agradecer” | Foto: Berllany Mourão/Agência Saúde-DF Outras famílias também estiveram presentes e compartilharam depoimentos sobre o impacto do centro no desenvolvimento dos filhos. “O mais importante é que a gente não faz um trabalho individual com essas crianças, as famílias estão presentes o tempo todo. Você não consegue evoluir, se você não tiver a família envolvida”, explica a coordenadora do Ceal. A alta das crianças acontece quando os objetivos terapêuticos são alcançados, tais como independência nas atividades diárias, expressão e interação social pela comunicação ou pela fala. Outro marco importante é quando os pais alcançam domínio no conhecimento e no manejo dos desafios do TEA. “Nesse momento, as crianças são encaminhadas para os demais serviços habilitados e para a atenção primária à saúde, nas UBS, para monitoramento das funções e competências adquiridas”, afirma a especialista da SES-DF. Sobre o Ceal O Centro Educacional da Audição e Linguagem Ludovico Pavoni é um estabelecimento de saúde filantrópico, habilitado pelo Ministério da Saúde (MS) como Centro Especializado em Reabilitação II – Modalidade Auditiva e Intelectual. O vínculo de convênio estabelecido com o Governo do Distrito Federal (GDF), por intermédio da SES-DF, tem por objetivo garantir assistência à saúde aos usuários com deficiência auditiva, intelectual e com transtorno do espectro autista. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Um pouco da cultura africana para estudantes da capital
O músico guineense Alpha Kabinet Camara coordena o projeto: “O mandengue é um ritmo tradicional da Guiné, uma dança muito comum em minha cidade” | Foto: Divulgação Conduzido por um artista da Guiné, o projeto Alpha Mandê Griô vai levar boas doses da cultura africana para escolas do DF e, de quebra, beneficiar bailarinos e percussionistas da cidade. Atividades culturais como dança, contação de histórias e oficinas de arte serão apresentadas a 180 alunos de colégios da Candangolândia, Cruzeiro e Núcleo Bandeirante. O projeto está sendo executado com recursos de R$ 200 mil do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). Nesta primeira etapa, serão selecionados artistas da cidade para integrar o grupo que fará as apresentações. A audição para a seleção de bailarinos e percussionistas será neste sábado (15), na Casa da Cultura do Núcleo Bandeirante. A partir de junho, as raízes africanas chegam às escolas do DF. A proposta é levar a riqueza da cultura mandengue (ou mandinga), originária do oeste da África, a crianças e adolescentes. Países irmãos A iniciativa está em convergência com a Lei nº 10.639/2003, que estabelece a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira” no currículo oficial da rede de ensino. A coordenação será do músico Alpha Kabinet Camara – natural de Conacri, capital da Guiné, e desde 2017 em Brasília. “O mandengue é um ritmo tradicional da Guiné, uma dança muito comum em minha cidade”, conta. “Sou de uma família de músicos, e queremos incentivar isso nas crianças”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Aos 35 anos, Alpha tem familiaridade com mais de 20 ritmos originários de países vizinhos ao seu – Costa do Marfim, Mali, Burkina Faso, Serra Leoa, Gâmbia e Senegal – e traz em seu currículo a trajetória de família Griô, de origem materna, que também dá nome ao projeto. Além disso, o grupo vai levar curiosidades do continente africano aos estudantes candangos. “Nossos países são irmãos e têm muito em comum, principalmente em relação à música e à dança, que são sagrados para mim”, conta Alpha. “Queremos reforçar a importância das tradições e valorizar os traços que nos unem”. Quer participar? As inscrições estão abertas neste site. Serviço/Audição – projeto Alpha Mandê Griô ? Data e horário: sábado (15), das 9h às 13h. ? Local: Casa da Cultura do Núcleo Bandeirante. ? Faixa etária: a partir de 18 anos.
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