Projeto Elas promove capacitação e empoderamento de mulheres em Samambaia
Mulheres apoiando outras mulheres. Esse é o principal pilar do Projeto Elas, do Governo do Distrito Federal (GDF), que acolhe pessoas em situação de vulnerabilidade para participar de aulas de corte e costura, bordado, artesanato e customização. Durante 24 dias, 15 alunas moradoras de Samambaia tiveram a oportunidade de participar da primeira edição do projeto, que teve como foco a produção de um grande enxoval que será doado a uma instituição de caridade que trabalha com mulheres gestantes na Estrutural. As aulas ocorreram no Complexo Cultural da região administrativa. Durante 24 dias, 15 alunas moradoras de Samambaia tiveram a oportunidade de participar da primeira edição do projeto | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília O secretário de Turismo, Cristiano Araújo, ressalta que a iniciativa foca na capacitação e no empoderamento das mulheres de regiões periféricas do DF. Com apoio da pasta de Turismo e da Secretaria de Cultura, o GDF investiu R$ 147,2 mil no projeto. “Ele estimula o crescimento pessoal e profissional dessas mulheres por meio do artesanato, da arte e da cultura. Tudo isso movimenta a economia, gera renda e mantém ativa a essência da nossa cidade. Quando o trabalho manual é passado adiante, a cultura e a história permanecem”, salienta o secretário. Uma das beneficiadas pelo Projeto Elas é Silvana Fatel da Silva, 55 anos. Autônoma, ela não sabia costurar, mas, durante o curso, aprendeu todas as técnicas necessárias para produzir uma bolsa, um macacão, uma manta, um par de sapatos de pano e um móvel. Emocionada, ela conta que o curso a tocou de forma especial, já que, em breve, vai se tornar avó. “Eu estou encantada, sabe? Me sentindo uma artista. Eu fiz tudo com muito amor e carinho. Ainda mais porque, em breve, eu vou ser avó. Então tudo foi feito como se fosse para o meu netinho”, relata. “Na hora em que eu estava fazendo tudo, eu desejava coisas boas para a criança que vai receber todo esse enxoval. Desejei muita luz, muita vida, muita prosperidade, que venha com muita saúde. O que eu quero para o meu neto, que está a caminho, eu fui desejando para essa criança que vai receber esses produtos.” Rosiane Moura Lopes Oliveira, diarista: “Foi uma experiência incrível. As professoras, toda a equipe, tudo foi maravilhoso. Eu não tinha ideia de como fazer a pintura, os detalhes das roupas, a bolsa. Eu não sabia como fazer, foi um aprendizado muito grande” Força das mulheres Foi justamente a emoção sentida por Silvana que motivou as alunas da primeira turma do projeto. O produtor executivo e idealizador do Projeto Elas, Fábio Barrera, explica que a iniciativa está dentro do escopo de outro projeto do GDF, também voltado ao acolhimento de mulheres: o Flores do Cerrado, criado há cerca de dois anos, durante a pandemia, em resposta ao aumento das denúncias e casos de mulheres em situação de violência. “As mulheres de periferia têm uma força muito grande. Quando a turma do Projeto Elas começou e nós avisamos as alunas que os produtos que seriam produzidos seriam de um enxoval a ser doado para futuras mães da Estrutural, isso acabou as motivando ainda mais”, narra. “A gente sabe que a realidade dessas mulheres, apesar da distância geográfica, seja morando na Estrutural ou em Samambaia, é muito próxima. Então as dificuldades também são semelhantes, e isso acaba sendo algo bastante latente para elas.” Antes dos 15 kits de enxoval serem destinados a quem mais precisa, os produtos serão expostos em uma das galerias do Complexo Cultural de Samambaia. Juliana Gomes, de 36 anos, uma das professoras do projeto, se surpreendeu com a disposição das 15 alunas atendidas pela iniciativa. A exposição dos materiais ocorrerá nesta sexta-feira (13), das 14h às 18h, de forma gratuita e aberta ao público. Juliana Gomes, uma das professoras do projeto, se surpreendeu com a disposição das 15 alunas atendidas pela iniciativa “É sempre uma surpresa, porque a gente acha que vai ensinar, mas acho que esses projetos servem para despertar o que essas mulheres já são. Eu vejo o projeto mais como um projeto de despertar mulheres, emancipar e fazer com que elas acreditem que são capazes. É sempre muito gratificante ver o resultado e o progresso, porque a gente vai descobrindo talentos. São mulheres levantando outras mulheres. Me sinto erguida também por elas. No final, a gente só consegue se formos juntas mesmo”, admite. E se o objetivo é apoiar futuras mães, o Projeto Elas acolheu a diarista Rosiane Moura Lopes Oliveira, 39 anos, de uma forma que ela jamais imaginava. A surpresa ocorreu quando não apenas ela, mas também o filho João Ângelo, de 16 anos, diagnosticado com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) com traços do Transtorno do Espectro Autista (TEA), foram bem recebido pela equipe do curso e pelas alunas. “Foi uma experiência incrível. As professoras, toda a equipe, tudo foi maravilhoso. Eu não tinha ideia de como fazer a pintura, os detalhes das roupas, a bolsa. Eu não sabia como fazer, foi um aprendizado muito grande”, afirma. “O João tem muito interesse em fazer muitas coisas, mas ele é muito tímido. Quando ele chegou aqui, todo mundo o tratou muito bem. Há muito tempo eu não via um sorriso no rosto do meu filho, e hoje eu já consigo ver. Ele desenvolveu muitas habilidades aqui. Então eu, como mãe e aluna, estou muito feliz”, diz, ressaltando que o projeto é uma ótima oportunidade para desenvolver habilidades do filho. Ao lado da mãe, João também passou por todo o processo de aprendizado do curso. Ele customizou uma de suas jaquetas preferidas com correntes, pinturas e pingentes, e confessa que achou a experiência bastante diferenciada. “Foi uma experiência diferenciada e deu para aprender bastante coisa. Eu fiquei muito feliz em ver minha mãe participando do projeto porque era algo que ela queria fazer há muito tempo. Ela sonhava em costurar e customizar produtos, então eu fico muito feliz em ver isso se tornando realidade”, relata.
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Curso ensina agricultoras a bordar em fibra de bananeira
Para fomentar a criatividade e a valorização do trabalho manual de mulheres do campo, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater) promoveu um curso de bordado em fibra de bananeira para produtoras que trabalham com artesanato. A capacitação visa fortalecer a produção artesanal associada ao turismo e agregar valor ao que já é produzido pelas agricultoras. Agricultoras participaram, nesta quarta (3), do curso de bordado em fibra de bananeira oferecido pela Emater-DF | Foto: Divulgação/ Emater-DF “A proposta do curso foi aliar o bordado à mão ao trabalho que elas já vinham fazendo com fibras,” explicou Zaida Regina, turismóloga e extensionista rural da Emater. “Começamos no tecido, ensinando os pontos básicos de bordado e terminamos aplicando essas técnicas nas fibras de bananeira, criando novas alternativas de trabalho. Agora, elas podem treinar e aplicar o que aprenderam. No próximo ano, vamos incrementar ainda mais com um novo curso”. O curso foi ministrado nesta quarta-feira (3). Para Valdira Sena Santos Almeida, produtora rural de 39 anos, moradora do Assentamento Pequeno Willian, o curso foi uma grande oportunidade. “Hoje eu vendo artesanato feito de fibra de bananeira e palha de milho. Estou achando ótimo. Eu nunca tinha bordado antes e sempre quis aprender. Agora, vou aplicar o que aprendi nas minhas peças de artesanato. Tudo que eu aprendo aqui, faço em casa e trago para a professora avaliar,” compartilhou. Sabina José da Silva, 60, moradora do Assentamento Márcia Cordeiro Leite, também encontrou no curso uma chance de expandir suas habilidades. “Sempre tive vontade de bordar, mas achava que não conseguiria por precisar de muita delicadeza e devido à minha visão. Quando a Emater trouxe essa proposta, agarrei a oportunidade. O que aprendi no bordado, já estou aplicando na fibra e estou gostando muito. Descobri que tenho capacidade para fazer outras coisas,” relatou. A oficina ocorreu na Sala de Artesanato da empresa, um espaço colaborativo localizado no edifício-sede. O espaço faz parte do projeto Olhares do Campo, que busca incentivar a produção de artesanatos e manualidades. A proposta é que os circuitos de turismo rural tenham produtos locais de artesanato para acrescentar à experiência de visitação do turista. O projeto busca sistematizar essa produção para gerar volume e agregar valor para comercialização em feiras, exposições e nos circuitos turísticos. *Com informações da Emater-DF
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Mulheres rurais de Planaltina participam de oficina de bordado
Nesta quarta-feira (13), oito mulheres rurais do Assentamento Pequeno Willian (Planaltina-DF) iniciaram o primeiro módulo do curso de bordados oferecido pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF). O projeto busca sistematizar essa produção para gerar volume e agregar valor para comercialização em feiras, exposições e nos circuitos turísticos | Foto: Divulgação/Emater-DF Ministrado pela turismóloga Zaida Regina da Silva, a ideia é fortalecer a produção artesanal associada ao turismo e agregar valor ao que já é produzido pelas agricultoras. A oficina ocorreu na Sala de Artesanato da empresa, um espaço colaborativo localizado no edifício Sede. O grupo de mulheres do assentamento é referência na produção de artesanato em fibra de bananeira e o bordado poderá embelezar e diferenciar ainda mais os cachepôs, luminárias, caixas, filtros dos sonhos e cestos produzidos. Os próximos encontros ocorrerão em abril. O espaço na empresa faz parte do projeto Olhares do Campo, que busca incentivar a produção de artesanatos e manualidades. A proposta é que os circuitos de turismo rural tenham produtos locais de artesanato para acrescentar à experiência de visitação do turista “O curso conta com até seis encontros, mas, dependendo da dedicação delas com os exercícios passados para casa, em quatro encontros elas já dominam os pontos básicos do bordado e podem aprender outros”, explica Zaida. Para a agricultora Lindaura Carneiro da Silva, a aula superou as expectativas. “Passamos o dia com a mão na massa e achei muito proveitoso. Quero incrementar o artesanato em fibra de bananeira com os bordados e fazer outros itens para vender”, conta Lindaura. Os próximos encontros ocorrerão em abril. O espaço na empresa faz parte do projeto Olhares do Campo, que busca incentivar a produção de artesanatos e manualidades. A proposta é que os circuitos de turismo rural tenham produtos locais de artesanato para acrescentar à experiência de visitação do turista. O projeto busca sistematizar essa produção para gerar volume e agregar valor para comercialização em feiras, exposições e nos circuitos turísticos. *Com informações da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF)
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