Marco Zero de Brasília ganha iluminação especial para os 65 anos da capital
O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Companhia Energética de Brasília (CEB), vai instalar uma iluminação cênica no Marco Zero da capital, localizado no Buraco do Tatu, na Zona Central de Brasília. A ação faz parte das comemorações dos 65 anos da capital federal. O local marca exatamente o ponto onde se iniciou a construção de Brasília e agora ganha destaque com a nova tecnologia para realçar ainda mais o local, que se transformou em um novo ponto turístico desde que foi redescoberto no ano passado. O sistema da nova iluminação do Marco Zero tem capacidade para até 3 milhões de combinações de cores | Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília O projeto foi desenvolvido pela CEB, com colaboração do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), do 6º Batalhão da Polícia Militar e do Arquivo Público do Distrito Federal. O novo sistema conta com projetores especiais que iluminam, de forma precisa, o ponto central marcado no asfalto e as esculturas em alto relevo que representam o Plano Piloto nas laterais do local. O sistema RGB tem capacidade para até 3 milhões de combinações de cores, possibilitando ambientações variadas em datas comemorativas e eventos especiais. A iluminação será controlada remotamente e integrada ao Centro de Comando Operacional (CCO) da CEB, garantindo monitoramento em tempo real e correção de falhas. “O Marco Zero é o coração simbólico de Brasília, onde tudo começou. Iluminar esse espaço com tecnologia de última geração é mais do que uma ação de infraestrutura, é um gesto de respeito à nossa história e à memória da cidade. É um presente que entregamos com muito orgulho aos brasilienses”, afirma Edison Garcia, presidente da CEB. Com investimento de R$ 70 mil, o sistema será entregue na semana de comemoração do aniversário de Brasília, entre 17 e 21 de abril. *Com informações da CEB
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Marco Zero: População aproveita novo ponto ‘instagramável’ durante o Eixão do Lazer
“Toda história começa por algum lugar, né?”, diz o empresário Paulo Melo, de 62 anos, ao admirar o mais novo ponto turístico de Brasília: a Estaca do Marco Zero, ponto a partir do qual toda a capital foi construída. Ele foi um dos moradores do Quadradinho que, neste domingo (4), aproveitaram o Eixão do Lazer para conhecer o marco inicial de onde Brasília foi erguida. O Marco Zero, mais novo ponto ‘instagramável’ no roteiro turístico de Brasília, foi parada para poses de moradores e turistas que aproveitaram o Eixão do Lazer neste domingo, o primeiro aberto a visitação desde a conclusão das obras do Buraco do Tatu | Foto: Lucio Bernardo Jr/Agência Brasília Para Paulo, porém, esse resgate da história foi ainda mais especial. Nascido em Minas Gerais e morador da Asa Sul desde 1961, ele viu a capital do país ser construída bem de perto. Para o empresário Paulo Melo, o resgate da história de Brasília foi ainda mais especial. Nascido em Minas Gerais e morador da Asa Sul desde 1961, ele viu a capital do país ser construída bem de perto “Meu pai veio para a construção de Brasília como engenheiro em 1959. Eu sempre acompanhei muito a história de Brasília, mas eu não sabia dessa estaca zero. Contei para o meu pai sobre isso, ele me confirmou a história e eu fiquei chocado”, relatou o empresário que, na sequência, tirou uma foto para mandar para o seu genitor. Outra pessoa que visitou o local foi a funcionária pública Maria de Fátima Ribeiro, de 70 anos. Há 49 anos em Brasília, ela passa pelo Buraco do Tatu diariamente e jamais imaginou o que o concreto da via escondia. A funcionária pública Maria de Fátima Ribeiro passa pelo Buraco do Tatu diariamente e jamais imaginou o que o concreto da via escondia “É histórico”, afirma, extasiada ao contemplar o Marco Zero. “Foi uma grata surpresa. Eu acho que foi uma descoberta incrível para os brasilienses e para todo o Brasil, afinal, nós somos a capital da República. Eu adorei! Está maravilhoso”, completa. E de história, Elias Manoel da Silva sabe bem. Historiador do Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF), ele explica que o espaço da Estaca Zero ajudou a erguer a Esplanada dos Ministérios. “Durante a construção de Brasília, aqui na Estaca Zero, havia um muro enorme de arrimo na região que hoje é o Buraco do Tatu. Milhares de toneladas de terra foram tiradas daqui e levadas para criar a planura artificial do que hoje nós chamamos de Esplanada dos Ministérios. Ou seja, a Estaca Zero gerou a Esplanada dos Ministérios”, relata. O símbolo da Estaca Zero, mais conhecido como Marco Zero, ponto que serviu de referência para a ordenação numérica da quilometragem da área central da cidade, está fixado entre as pistas do Buraco do Tatu, um das vias mais movimentadas de Brasília, onde cerca de 150 mil motoristas passam diariamente Curiosidades como essa sequer passavam pela cabeça do casal André Amaral Almeida, de 50 anos, e Luciane de Almeida, 49 anos. Ele, nascido em Brasília e ela, quase uma brasiliense, acreditam que o passado da capital segue vivo até hoje. O administrador André Amaral Almeida, com a mulher Luciane, considera que o novo ponto trouxe “o passado para o presente. Ninguém acreditava no sonho de Juscelino e que todo o projeto de Lúcio Costa sairia do papel, mas hoje a gente vê que tudo deu muito certo. Eles deram conta e hoje vivemos história” “Trouxeram o passado para o presente”, diz Luciane, que é corretora de imóveis. O marido complementa: “É bom para valorizar a história da cidade. Eu sou fã de Brasília e de todo o plano de construção da capital. Ninguém acreditava no sonho de Juscelino e que todo o projeto de Lúcio Costa sairia do papel, mas hoje a gente vê que tudo deu muito certo. Eles deram conta e hoje vivemos história”, ressalta o administrador. Por trás do Marco Zero O Marco Zero foi descoberto durante a reforma no Buraco do Tatu, que liga os eixos Sul e Norte da capital. A surpresa, porém, foi só para os funcionários que realizavam as obras no local e para boa parte dos brasilienses. “Para o Arquivo Público já era um fato conhecido”, lembra o superintendente do ArPDF, Adalberto Scigliano. “A partir de agora, quando as pessoas simplesmente passarem pelo Buraco Tatu, vão saber que foi aqui que Brasília foi concebida. Exatamente aqui, a estaca fecundou o solo do Cerrado para ser o ponto inicial da capital”, narra. O historiador Elias Manoel da Silva, do Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF), explica que o espaço da Estaca Zero ajudou a erguer a Esplanada dos Ministérios O ponto central entre o cruzamento dos eixos rodoviário e monumental foi fincado pelo engenheiro e topógrafo Joffre Mozart Parada, então chefe da equipe de topografia da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), em 20 de abril de 1957. “A cidade foi construída, na sua urbanidade, por Joffre Mozart Parada. Ele é um anônimo na história de Brasília. No papel, o mérito é de Lucio Costa, mas no chão, foi Joffre Mozart Parada que começou o projeto. Com a redescoberta do Marco Zero, a gente pretende honrá-lo e eternizá-lo, de forma concreta, na história do DF”, afirma Elias. Buraco do Tatu As obras de restauração do pavimento asfáltico em concreto do Buraco do Tatu – passagem de 700 metros que liga os eixos rodoviários Norte e Sul, no Plano Piloto – foram iniciadas em 1º de julho e concluídas na quarta-feira (31). O trânsito foi liberado na quinta-feira (1º), beneficiando, assim, os 150 mil motoristas, que passam todos os dias pelo local. O pavimento original da passagem, da época da construção de Brasília, estava degradado após 60 anos de uso e sua vida útil estava ultrapassada. Foram investidos cerca de R$ 2 milhões nas obras de recuperação do pavimento. As placas de concreto danificadas foram trocadas por novas e o material antigo das juntas de dilatação – que unem essas placas – foi substituído por um selante com durabilidade prevista de dez anos. Os serviços incluíram a lavagem das paredes azulejadas e do teto do Buraco, além de limpeza e desobstrução de todas as caixas de drenagem da passagem.
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Buraco do Tatu é reinaugurado com novo pavimento e símbolo do Marco Zero
A manhã de 1º de agosto de 2024 entrou para a história da capital federal. O dia, que seria lembrado pela liberação do trânsito no Buraco do Tatu – a passagem que conecta os eixos rodoviários Norte e Sul no Plano Piloto – após a primeira grande reforma do pavimento e da estrutura dos últimos 60 anos, ganhou uma simbologia ainda mais especial. Mais do que a reabertura de uma via por onde circulam 150 mil motoristas diariamente, esta quinta-feira se transformou na recuperação da memória de Brasília, com a inauguração do símbolo da Estaca Zero, mais conhecido como Marco Zero, ponto que serviu de referência para a ordenação numérica da quilometragem da área central da cidade. “A gente fica muito feliz de poder contar essa história dessa capital da República que tanto nos encanta e que encanta a todos que vieram do Brasil todo, e aqueles que nos visitam. Então é mais um ponto turístico para a cidade. Aos domingos, quando o Eixão estiver fechado, certamente as pessoas vão passar por aqui e poder fazer essa visita maravilhosa” Governador Ibaneis Rocha Agora, quem passar pela via terá mais do que a experiência de andar em um novo pavimento completamente reestruturado: poderá conferir a cruz de Lucio Costa reproduzida nas duas paredes com o título Marco Zero, além da própria representação da estaca no chão que foi fincada há 67 anos, em 20 de agosto de 1957, pelo engenheiro e topógrafo Joffre Mozart Parada, então chefe da equipe de topografia da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). Foi apenas após a implantação do Marco Zero que as escalas urbanas – definidas no papel pela equipe de Divisão de Urbanismo da Novacap – puderam, então, ser transferidas para o chão da então futura capital. O governador Ibaneis Rocha, que celebrou a reabertura de uma das mais importantes vias de Brasília, destacou a necessidade da intervenção e a celeridade com que os serviços foram concluídos para beneficiar os milhares de motoristas que utilizam o local para circular pelo Distrito Federal | Foto: Renato Alves/Agência Brasília “A gente fica muito feliz de poder contar essa história dessa capital da República que tanto nos encanta e que encanta a todos que vieram do Brasil todo, e aqueles que nos visitam. Então é mais um ponto turístico para a cidade. Aos domingos, quando o Eixão estiver fechado, certamente as pessoas vão passar por aqui e poder fazer essa visita maravilhosa”, destacou o governador Ibaneis Rocha. No primeiro domingo após a inauguração do Marco Zero, o Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF) preparou uma programação para quem decidir visitar o novo ponto instagramável da capital. Via onde circulam 150 mil motoristas diariamente, o Buraco do Tatu recebeu restauração do asfalto em concreto, substituição das placas de concreto danificadas, tratamento das juntas de dilatação, lavagem das paredes azulejadas e do teto, limpeza e desobstrução das caixas de drenagem e sinalização horizontal e vertical Em relação à obra, o governador destacou a necessidade da intervenção e a celeridade com que os serviços foram concluídos para beneficiar os milhares de motoristas que utilizam a via para circular pelo Distrito Federal. “Sem dúvida nenhuma, era uma reforma necessária. Mais de 60 anos do Buraco do Tatu, um ponto de Brasília que tem um fluxo muito grande de pessoas. Uma obra maravilhosa em um prazo muito curto de 30 dias”, afirmou. Foram investidos pelo Governo do Distrito Federal (GDF) R$ 2 milhões para a recuperação do trecho de 700 metros. O serviço foi feito pelas equipes do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), com auxílio do maquinário próprio do órgão e em parceria com empresas que têm contratos com o GDF e com a Novacap. Os trabalhos foram efetuados em julho, em função das férias escolares, para minimizar os transtornos aos motoristas. Gláucia e Thelma, filhas do então chefe da equipe de topografia da Novacap, Joffre Mozart Parada, dizem que a retomada da memória do Marco Zero não é importante apenas para a história de Brasília, mas uma forma de reconhecer a importância do engenheiro e topógrafo na construção da capital federal. A obra consistiu na restauração do asfalto em concreto, substituição das placas de concreto danificadas, tratamento das juntas de dilatação, lavagem das paredes azulejadas e do teto, limpeza e desobstrução das caixas de drenagem e sinalização horizontal e vertical. A liberação do trânsito de veículos na passagem ocorreu depois da cerimônia de reinauguração do espaço. “Muito mais do que 700 metros de obras, fizemos em um mês a revitalização de todo o Buraco do Tatu”, disse o presidente do DER-DF, Fauzi Nacfur Junior. “Esse pavimento de concreto existe há 60 anos, desde a construção de Brasília, e nunca tinha sido mexido. Com isso, as placas de concreto vão trabalhando, vão criando um desnível e gerando um desconforto no fluxo de veículos. Isso acabou. Foram mexidas as juntas de dilatação e niveladas. Aproveitamos para poder limpar e pintar todas as paredes, e toda a drenagem pluvial foi desobstruída.” O presidente do DER-DF, Fauzi Nacfur Junior, afirma: “Muito mais do que 700 metros de obras, fizemos em um mês a revitalização de todo o Buraco do Tatu” Descoberta histórica A recuperação da Estaca Zero ocorreu durante as obras. Os operários foram surpreendidos com os trechos do módulo de concreto do marco, confirmado por técnicos DER-DF, embasados em documentos do Arquivo Público, e foi decidido fazer a remarcação para que a história fosse conhecida por todo brasiliense e visitante da cidade. “Isso tudo envolve a preservação da memória, porque essa é uma informação que agora vai ser perpetuada”, defendeu o superintendente do ArPDF, Adalberto Scigliano. “Esse é um momento histórico. Quando Lucio Costa cruzou os dois eixos, ele não imaginava que aqui hoje estaríamos cruzando os eixos do passado e do futuro, porque agora cada brasiliense e cada pessoa que passar por aqui vai saber que foi exatamente aqui que Brasília nasceu. Esse é o ponto exato e esse é o momento do renascimento de Brasília.” Para o historiador do ArPDF, Elias Manoel da Silva, a data ficou marcada como a “reabertura da história de Brasília” Para o historiador do ArPDF, Elias Manoel da Silva, a data ficou marcada como a reabertura da história de Brasília. “Esse ponto é importante porque todos os elementos da cidade são pensados a partir da Estaca Zero. Hoje nós estamos revendo a história de Brasília não a partir de qualquer elemento, mas a partir do elemento fundador: o ponto onde toda a cidade foi pensada, produzida e deixada para nós até hoje”, revelou. A retomada da memória do Marco Zero não é importante apenas para a história de Brasília. Para a família de Joffre Mozart Parada, é uma forma de reconhecer a importância do engenheiro e topógrafo na construção da capital federal. “Ele era um homem muito fechado, carrancudo. Não falava com ninguém. Ele passava aqui com a gente, mas nunca falou que foi ele que demarcou. Nada disso ele falava. Então, para nós é muito gratificante aparecer o nome dele, que era uma coisa que a gente sempre quis”, destacou uma das filhas de Joffre, a aposentada Gláucia Marina Nascimento, 78 anos. A engenheira civil Thelma Consuelo Ribeiro, 69, outra filha de Joffre Mozart Parada, reforçou as palavras da irmã: “Agora está tudo bem-demarcado, tem os desenhos nas laterais e a sinalização no chão. Sabíamos que existia, mas que estava apenas coberto. Agora vai ficar mais visível. E o nome dele vai ficar mais relevante e ser lembrado”. Joffre Mozart Parada é considerado o primeiro engenheiro a pisar em Brasília em 1955. Além de definir o marco zero da capital, ele também foi prefeito do que hoje é o Núcleo Bandeirante, assinou o projeto de urbanização do Gama, trabalhou na Comissão de Cooperação para a Mudança da Capital Federal e fez o levantamento das áreas de cada fazenda que foi assentada para ser desapropriada para que hoje vigorasse a capital federal.
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Redescoberta do Marco Zero resgata história do início da construção de Brasília
Brasília nasceu de um sonho — o de Dom Bosco, de Juscelino e dos candangos. Para que ele virasse concreto, foi preciso escolher o ponto de onde tudo partiria: o Marco Zero. Depois de décadas escondido, esse ponto preciso, a partir do qual toda a capital foi construída, está de novo à vista do público. Localizado durante as obras no Buraco do Tatu, o Marco Zero de Brasília recebeu o devido reconhecimento e, agora, se soma à lista dos pontos turísticos do Distrito Federal. Antes do início da construção, era preciso demarcar o ponto de onde irradiaria a nova capital, ou seja, onde seria o ponto de referência para os cálculos que tirariam do papel os eixos que se cruzam em ângulo reto, designados por Lúcio Costa no projeto urbanístico vencedor. Houve certa dificuldade para se chegar a esse local exato na então Fazenda Bananal. Segundo levantamento do Arquivo Público do DF (ArPDF), coube ao arquiteto Joffre Mozart Parada cravar a Estaca Zero, em 20 de abril de 1957, incumbido pelo então presidente da Novacap, Israel Pinheiro. A partir do Marco Zero, Brasília teve a referência calculada, desde as praças até as tesourinhas | Foto: Joel Rodrigues/ Agência Brasília A cidade, então, se fez a partir desse ponto — a quilometragem das vias do DF, por exemplo, tem ele como referência —, demarcado por uma estaca. “A partir da Estaca Zero, toda a cidade foi pensada: as praças, as vias, os jardins, as tesourinhas, a Asa Norte, a Asa Sul ー tudo foi pensado e calculado a partir dela. Portanto, a Estaca Zero é o ponto de nascimento e de irradiação de toda a urbanização de Brasília”, explica Elias Manoel da Silva, historiador do Arquivo Público do DF. O que era terra virou concreto e a estaca foi retirada. No lugar, ficou um disco de metal que, por anos, manteve-se encoberto por uma placa de concreto, sem nada dizer a quem passava pelo coração da capital. Durante as obras de restauração do pavimento asfáltico, iniciadas em 1º de julho, operários encontraram o disco. “Foi uma surpresa para a equipe, que não sabia do que se tratava. Ficou aquela questão de ‘tira ou não tira’ e aí parou o serviço que estavam fazendo ao redor dele, chamaram o engenheiro responsável e pediram para o pessoal do DER verificar”, lembra o engenheiro Carlos Humberto Santana, que acompanhou os trabalhos. Carlos Humberto Santana: “Foi uma surpresa para a equipe, que não sabia do que se tratava” Não fosse o cuidado dos operários — e uma porção de sorte — a história teria sido perdida. “Alguns trechos do módulo de concreto, a gente arrancou todo para fazer a recuperação total. E aqui nessa parte não estava danificado. Se tivesse danificado esse concreto, possivelmente teria arrancado tudo e perdido o Marco Zero”, pontua Carlos. Agora, o local — que foi confirmado por técnicos do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), embasados em documentos do Arquivo Público — terá uma marcação no solo e nas paredes do Buraco do Tatu, inclusive, protegidas contra pichação. E será mais do que só um novo ponto turístico. “Estaremos reabrindo a própria história de Brasília, ou seja, o local onde foi colocada a Estaca Zero, o ponto onde o Eixo Monumental e o Eixo Rodoviário se encontram”, exalta o superintendente do Arquivo Público do DF, Adalberto Scigliano. “Graças à preservação da memória feita pelo Arquivo Público e à parceria entre os órgãos envolvidos na obra foi possível revelar essa parte importante da história da nossa capital. Agora, todas as vezes que a população passar por ali vai lembrar de como e onde nasceu Brasília”, completa. Entre os que vão passar por ali com o olhar diferente está o motorista Valmir Sousa. “Passava por cima e nunca nem imaginei que estava ali”, relata. “Sou nascido e criado em Brasília e uma descoberta dessa é um marco para a gente, porque saber onde tudo começou, o centro de Brasília, é uma maravilha. Vai ficar para a história.” Buraco do Tatu O novo ponto turístico da cidade terá uma marcação no solo e nas paredes do Buraco do Tatu, inclusive, protegidas contra pichação As obras de restauração do pavimento asfáltico em concreto do Buraco do Tatu – passagem de 700 metros que liga os eixos rodoviários Norte e Sul, no Plano Piloto – foram iniciadas em 1º de julho e concluídas nesta quarta-feira (31). O trânsito será liberado na quinta-feira (1º), beneficiando, assim, os 150 mil motoristas, que passam todos os dias pelo local. O pavimento original da passagem, da época da construção de Brasília, estava degradado após 60 anos de uso e sua vida útil estava ultrapassada. Foram investidos cerca de R$ 2 milhões nas obras de recuperação do pavimento. As placas de concreto danificadas foram trocadas por novas e o material antigo das juntas de dilatação – que unem essas placas – foi substituído por um selante com durabilidade prevista de dez anos. Os serviços incluíram a lavagem das paredes azulejadas e do teto do Buraco, além de limpeza e desobstrução de todas as caixas de drenagem da passagem.
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Liberação do trânsito no Buraco do Tatu ocorrerá nesta quinta-feira (1º/8)
As obras de restauração do pavimento asfáltico em concreto do Buraco do Tatu – passagem de 700 metros que liga os eixos Rodoviário Norte e Sul, no Plano Piloto – foram iniciadas no dia 1º de julho e serão concluídas nesta quarta-feira (31). O trânsito será liberado na quinta-feira (1º/8), beneficiando, assim, os 150 mil motoristas, que passam todos os dias pelo local. O pavimento original da passagem, da época da construção de Brasília, estava degradado após 60 anos de uso e sua vida útil estava ultrapassada. Foram investidos cerca de R$ 2 milhões nas obras de recuperação do pavimento. As placas de concreto danificadas foram trocadas por novas e o material antigo das juntas de dilatação – que unem essas placas – foi substituído por um selante com durabilidade prevista de dez anos. Os serviços incluíram a lavagem das paredes azulejadas e do teto do Buraco, além de limpeza e desobstrução de todas as caixas de drenagem da passagem. Foram investidos cerca de R$ 2 milhões nas obras de recuperação do pavimento | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Para minimizar os transtornos aos motoristas que trafegam diariamente pelo Buraco do Tatu, o Departamento de Estradas de Rodagem do DF (DER-DF) escolheu o mês de julho para realizar essas benfeitorias, em função das férias escolares, uma vez que o trânsito normalmente fica mais tranquilo nesta época. Contexto histórico Durante as obras, as equipes foram surpreendidas com a descoberta do “Marco Zero” do DF, que estava escondido abaixo do antigo pavimento de concreto. Também conhecida como “Estaca Zero” de Brasília, serve de referência na ordenação numérica da quilometragem das vias, ou seja, é o ponto inicial de contagem das distâncias calculadas a partir da cidade. Em 20 de abril de 1957, o engenheiro e topógrafo Joffre Mozart Parada, então chefe da equipe de topografia da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), fincou no solo do Cerrado, na antiga Fazenda Bananal, o Marco Zero, cruzamento dos eixos rodoviário e monumental, a partir de onde Brasília começou a ser erguida. “A Estaca Zero é um patrimônio histórico de extrema importância para nossa cidade e para a história do Brasil. Nas rodovias, a principal forma de localização são as placas correspondentes aos marcos quilométricos. Por exemplo, quando vemos uma placa com a indicação ‘km 75’ informa que aquele ponto da rodovia está situado a exatos 75 km do marco zero” Fauzi Nacfur Júnior, presidente do DER-DF “A Estaca Zero é um patrimônio histórico de extrema importância para nossa cidade e para a história do Brasil. Nas rodovias, a principal forma de localização são as placas correspondentes aos marcos quilométricos. Por exemplo, quando vemos uma placa com a indicação “km 75” informa que aquele ponto da rodovia está situado a exatos 75 km do marco zero”, destacou Fauzi Nacfur Júnior, presidente do DER-DF. Estabelecer o Marco Zero na construção de uma cidade é o mesmo que definir o ponto a partir do qual tudo será referenciado. Todos os componentes da urbanização da cidade são espacialmente definidos e calculados a partir desse ponto irradiador. Após a implantação da Estaca Zero, as escalas urbanas – definidas no papel pela equipe de Divisão de Urbanismo da Novacap – puderam, então, ser transferidas para o chão da futura capital. Para definir o local exato do Marco Zero foi utilizado o marco geodésico Vértice nº 8, instalado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que se encontrava no ponto mais alto da cidade, ao lado do cruzeiro, na atual Praça do Cruzeiro. Brasília foi irradiada a partir da Estaca Zero. A identificação do ponto exato e a confirmação de que se tratava mesmo do Marco Zero só foi possível graças aos registros históricos do Arquivo Público do DF (ArPDF). Segundo Adalberto Scigliano, superintendente do órgão, o resgate da história da capital fortaleceu o trabalho em conjunto das equipes envolvidas nas obras do Buraco do Tatu. “O mais importante disso tudo foi a união entre os diversos órgãos para resgatarmos a história de algo tão importante para a história de Brasília, mas que às vezes passa despercebido no nosso cotidiano”, afirmou. “Agora, todas as vezes que a população passar por ali vai lembrar de como e onde nasceu Brasília”, completou. *Com informações do DER-DF
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Obras no Buraco do Tatu chegam à fase de recompactação do solo
O Governo do Distrito Federal (GDF) investe em obras para a segurança e conforto da população. Na região central do Plano Piloto, as obras de recuperação da pavimentação de concreto do Buraco do Tatu, passagem que liga os eixos Rodoviário Norte e Sul, estão sendo realizadas durante todo o mês de julho. O período foi escolhido para aproveitar as férias escolares e impactar o mínimo possível o trânsito. Em torno de 150 mil motoristas que passam pela via diariamente serão beneficiados. O presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do DF (DER-DF), Fauzi Nacfur Júnior, explica que as juntas de dilatação – que unem as placas de concreto – já foram abertas e que, agora, está sendo feita a recompactação do terreno. Em seguida, haverá nova concretagem “para eliminar os solavancos [causados] pelas juntas de dilatação”. Arte: Fábio Nascimento/Agência Brasília “O DER-DF tem feito [esse trabalho] nas principais vias que têm pavimento de concreto muito antigo, da época da construção de Brasília. É mais um serviço do governo Ibaneis Rocha para melhorar a vida da população”, afirma o presidente do DER-DF. Esta é a primeira vez que o pavimento de concreto do Buraco do Tatu é reformado. Anteriormente, foram feitas apenas intervenções pontuais. Os serviços em andamento preveem a restauração e o nivelamento do piso, que dará fim às trepidações sentidas pelos motoristas quando passam pelo túnel. A recuperação consiste na retirada do material antigo das juntas de dilatação e na substituição por um selante com durabilidade prevista de dez anos. As placas que estiverem danificadas estão sendo substituídas por novas. Também estão sendo limpas as canaletas de águas pluviais e os azulejos do Buraco do Tatu. Esta é a primeira vez que o pavimento de concreto do Buraco do Tatu é reformado. Anteriormente, foram feitas apenas intervenções pontuais. Os serviços em andamento preveem a restauração e o nivelamento do piso, que dará fim às trepidações sentidas pelos motoristas quando passam pelo túnel Os investimentos fazem parte de um contrato anual do Governo do Distrito Federal (GDF) destinado a manutenções em todo o DF com valor anual de R$ 3 milhões. Cerca de 100 pessoas se revezam na obra 24 horas por dia, todos os dias da semana. O trânsito está sendo desviado para os eixinhos Leste e Oeste. Os motoristas têm a opção de dar a volta na plataforma inferior da Rodoviária. O local também permanecerá fechado aos domingos, inclusive para pedestres, ciclistas e demais transeuntes. Por isso, quem frequenta o Eixão do Lazer terá que escolher entre a parte norte e sul da via ou fazer a travessia pela plataforma inferior da Rodoviária. Investimento em segurança e conforto Além do Buraco do Tatu, o GDF tem trabalhado na concretagem de diversas vias em todo o DF, que resultará em menos gastos com manutenção a médio e longo prazos e a destinação de mais investimentos para outras áreas. Para isso, são mais de R$ 400 milhões investidos. Na Estrada Parque Ceilândia (EPCL), também conhecida como Via Estrutural, o asfalto foi todo concretado, com investimento de R$ 75 milhões. Na W3 Sul estão sendo substituídos 10 km nos dois sentidos com um investimento de R$ 27 milhões, onde está sendo executada a troca de pavimento de asfalto para concreto nas pistas exclusivas para transporte coletivo. No Túnel Rei Pelé, são 2.160 metros concretados em três faixas de rolamento, enquanto no Boulevard do Túnel a mesma distância foi implementada em pavimento rígido para o transporte coletivo nos dois sentidos. Estão previstos também corredores exclusivos em concreto para ônibus da Estrada Parque Núcleo Bandeirantes (EPNB).
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Reforma na pavimentação do Buraco do Tatu vai beneficiar 150 mil motoristas
O Buraco do Tatu, passagem que liga os eixos Rodoviário Norte e Sul, no Plano Piloto, está fechado pelas próximas semanas para recuperação da pavimentação de concreto da via. Executada pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER), a obra vai beneficiar 150 mil motoristas que passam todos os dias pelo local. Trabalhos são executados com revezamento das equipes 24 horas por dia, durante toda a semana | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília “Vamos trazer de volta a originalidade do concreto, dando conforto e segurança aos usuários” Cristiano Cavalcante, superintendente de Obras do DER De acordo com o superintendente de Obras do DER, Cristiano Cavalcante, será a primeira reforma da pavimentação desse ponto da via, que é do tempo da construção de Brasília e está degradada. Antes, apenas manutenções pontuais vinham sendo feitas. A recuperação também deverá pôr fim às trepidações sentidas pelos motoristas quando passam pelo túnel, já que haverá o nivelamento da pista. “Agora, foi necessária uma intervenção mais robusta e definitiva”, avalia Cavalcante. “Procuramos fazer no período de férias escolares para causar o mínimo de transtorno possível. Vamos trazer de volta a originalidade do concreto, dando conforto e segurança aos usuários.” Etapas A recuperação consiste na retirada do material antigo das juntas de dilatação, que une as placas de concreto, e na substituição por um selante com durabilidade prevista de dez anos. As placas que estiverem danificadas serão substituídas por novas. A via também está passando por um processo de limpeza, que ajuda na retirada do material antigo. Também serão limpas as canaletas de águas pluviais e os azulejos do Buraco do Tatu. Cavalcante explica que o trânsito está sendo desviado para os eixinhos Leste e Oeste. Os motoristas têm a opção de dar a volta na plataforma inferior da Rodoviária. Agentes do DER e do Departamento de Trânsito do DF (Detran) estão monitorando o tráfego na região, onde não foram registradas intercorrências relacionadas à obra. Domingos Rodrigues elogia os trabalhos: “O piso estava muito estragado, e com certeza agora vai ficar bem melhor” Para que a manutenção seja concluída dentro do cronograma, cerca de 100 pessoas se revezam na obra 24 horas por dia, todos os dias da semana. Os investimentos são de um contrato anual do Governo do Distrito Federal (GDF) destinado a manutenções em todo o DF com valor anual de R$ 3 milhões. O Buraco do Tatu também permanecerá fechado aos domingos, inclusive para pedestres, ciclistas e demais transeuntes. Por isso, quem frequenta o Eixão do Lazer terá que escolher entre a parte norte e sul da via ou fazer a travessia pela plataforma inferior da Rodoviária. Motoristas aprovam Morador de Cidade Ocidental, o pintor Domingos Rodrigues Braga Filho, 54 anos, passa frequentemente pelo local e tem gostado do ritmo dos trabalhos. “É uma maravilha”, diz. “O piso estava muito estragado, e com certeza agora vai ficar bem melhor”. O administrador André Alves, 59, morador de Santa Maria, avalia que a obra é benéfica também para a conservação dos veículos. “É melhor também para o veículo, porque muitas vezes a gente passa pelas vias com rachaduras, e dá muito problema na direção e na suspensão do carro”, ressalta. Arte: Fábio Nascimento/Agência Brasília
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Buraco do Tatu será interditado para manutenção a partir de domingo (30)
A partir das 18h de domingo (30) até o dia 31 de julho, o Buraco do Tatu – passagem que liga o Eixo Rodoviário Sul ao Eixo Rodoviário Norte – será interditado pelo Departamento de Estradas de Rodagem do DF (DER-DF) para a recuperação do pavimento em concreto. O pavimento original desse trecho, que é da época da construção de Brasília, está degradado. Após 60 anos de uso, já cumpriu sua vida útil e, por isso, necessita de manutenção. O DER-DF escolheu o mês de julho em função das férias escolares, uma vez que o trânsito normalmente fica mais tranquilo nesse período do ano. Arte: Divulgação Em relação aos motoristas que trafegam pela região, o DER-DF esclarece que poderão optar por rotas alternativas, durante o mês de julho. Para quem vai no sentido Norte-Sul, há três opções: → Contornar pela plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto, passando em frente ao Conjunto Nacional de Brasília e ao Conic; → Passar pela plataforma inferior da Rodoviária; → Passar pelo Setor Hoteleiro Norte e Sul. Já para quem vem no sentido Sul-Norte, a melhor opção é contornar pela plataforma inferior da Rodoviária de Brasília. Quanto aos frequentadores do Eixão do Lazer, que fica aberto aos cidadãos e fechado aos veículos, das 6h às 18h, aos domingos e feriados nacionais, terão que optar por caminhar pelo Eixo Rodoviário Sul ou pelo Eixo Rodoviário Norte. *Com informações do DER
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Concluídas pintura e limpeza dos paredões do Buraco do Tatu
Os quatro paredões do Buraco do Tatu, próximo à Rodoviária do Plano Piloto, estão de cara nova. É que a pintura e a limpeza da estrutura foram finalizadas na última semana de outubro por uma turma de 300 alunos do programa RenovaDF. As ações começaram em 19 de setembro. Equipes em ação: paredes recebem tratamento completo | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Agora, a força-tarefa atua nas manutenções nas paredes da parte de baixo do viaduto, que estavam repletas de pichações e sujeira. A limpeza e o lixamento da área, para que depois seja feita uma nova pintura, começaram no dia 1º deste mês. [Olho texto=”“O programa veio, de fato, para renovar Brasília”” assinatura=”Josué Martins, administrador da Rodoviária do Plano Piloto” esquerda_direita_centro=”direita”] “Estamos fazendo um trabalho completo; quem passa por lá agora já sente a diferença”, afirma o instrutor líder do RenovaDF, Emerson Santos, responsável pela coordenação dos alunos. Renovação “Os maiores beneficiados são os usuários, inclusive muitos elogiam o governo pela iniciativa”, comemora o administrador da Rodoviária do Plano Piloto, Josué Martins. “O programa veio, de fato, para renovar Brasília.” Nos paredões, além da limpeza e da pintura, houve também a restauração de azulejos que estavam quebrados ou foram descolados. Cada uma das estruturas tem, aproximadamente, 300 m de largura por 8 m de altura, e a última manutenção completa ocorreu em 2013. Martins ressalta que é importante a participação da comunidade no processo de preservação: “Os paredões estavam completamente sujos, pichados, até com a marca de fezes; então, fica o pedido para cuidarem do patrimônio público. Se qualquer pessoa vir o dano acontecendo, avise a polícia, a administração regional, para que possamos coibir essa prática criminosa”. Incentivo profissional Pabline Arcanjo de Brito participou da força-tarefa e elogia o curso: “Já aprendi sobre pintura, solda, serralheria” Para Pabline Arcanjo de Brito, 27 anos, uma das integrantes da força-tarefa, só há benefícios na repaginação. “É uma melhoria que vai deixar a cidade mais bonita”, diz. “Até mesmo as pessoas de fora que vinham comentavam que Brasília é uma cidade tão boa, tão bem-estruturada, mas estava precisando de cuidados”. Sobre o curso, ela conta estar aproveitando todas as oportunidades: “Já aprendi sobre pintura, solda, serralheria, e estou gostando bastante. Estava desempregada havia quatro anos e acho que agora, depois do RenovaDF, terei mais oportunidade para entrar no mercado de trabalho”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Gerido pela Secretaria de Trabalho (Setrab), o RenovaDF é um programa de incentivo à capacitação profissional que une teoria e prática. Os conhecimentos, promovidos em cursos relacionados à área de construção civil pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Distrito Federal (Senai), são aplicados em equipamentos públicos do DF. “As benfeitorias realizadas agregam a utilização da área pública”, afirma a subsecretária de Qualificação Profissional da Setrab, Lucimar Pinheiro. “Já recuperamos aproximadamente 1,2 mil equipamentos, entre quadras poliesportivas, pontos de encontro comunitário, centros olímpicos, quadras de gramado sintético, viadutos, monumentos públicos, entre outros.” Do lançamento, em julho de 2020, ao sexto ciclo, encerrado em setembro deste ano, foram formadas 9.092 pessoas. O sétimo ciclo, em andamento, contemplou 2 mil alunos e será finalizado em dezembro. Para o próximo, há a previsão de chamamento de mais 1,5 mil alunos.
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RenovaDF faz manutenção em viadutos e túneis no Plano Piloto
[Olho texto=”“É um trabalho diferenciado, feito à noite. Houve um pedido grande para se abrir vagas no período noturno porque muitos aprendizes estudam ao longo do dia e deu certo” – Thales Ferreira, secretário de Trabalho” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os aprendizes do RenovaDF estão agora investidos em uma nova missão: restaurar viadutos e também túneis do Plano Piloto, como o Buraco do Tatu – que liga o Eixo Rodoviário Sul ao Norte -, incluído numa segunda etapa dos serviços. São 100 alunos responsáveis pelo serviço, todos integrantes das turmas do período noturno do projeto, que acabam de ser criadas. Programa de qualificação profissional e recuperação de equipamentos públicos do governo, o RenovaDF completou quatro meses de atuação na Área Central de Brasília. Os primeiros elevados que passam por um trato são os do final da Asa Sul. As passagens que dão acesso ao final do Eixão Sul, na altura da Quadra 216, na via chamada ERW Sul. Cai a noite, os aprendizes se concentram embaixo e sobre os três viadutos. O Detran cuida da sinalização no local para a execução dos serviços de lavagem, limpeza da área externa e da calçada, pintura das paredes, da fachada e a recuperação do teto das passagens. Há quatro meses atuando na Área Central de Brasília, o programa de qualificação profissional e recuperação de equipamentos públicos do governo agora realiza serviços com as recém-criadas turmas noturnas | Fotos: Renato Araújo / Agência Brasília Este é um serviço peculiar dentro do programa coordenado pela Secretaria de Trabalho (Setrab), onde as ações mais comuns são reformas de quadras poliesportivas, parquinhos e outros equipamentos. As turmas passaram pelo treinamento de trabalho em altura, chamado de NR 35, ministrado pelo Senai, e executam as ações ao lado de um instrutor. Desde as pinturas simples até aquelas com o auxílio do elevador (plataforma). “Trata-se de um curso onde se aprende a usar a plataforma de trabalho aéreo, os riscos, como usar o cinto de segurança. Um preparo antes de eles virem para a rua”, explica o supervisor do Senai, Pedro Dias. “É um trabalho diferenciado, feito à noite. Houve um pedido grande para se abrir vagas no período noturno porque muitos aprendizes estudam ao longo do dia e deu certo”, explica o secretário de Trabalho, Thales Ferreira. [Olho texto=”“Com esse aprendizado aqui, tenho mais oportunidades de fazer serviços diferentes, pintar estruturas altas. Estou achando muito interessante” – Jefferson Cordeiro, aluno ‘operário’ do RenovaDF” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] “O objetivo foi dar um ar de limpeza nessas grandes estruturas. São locais por onde muita gente passa, sejam motoristas ou pedestres. E os elevados estavam com muita fuligem no teto, nas paredes, além de pichações”, explica a subsecretária de Qualificação Profissional, Lucimar de Deus. Abrindo o ‘leque de serviços’ Um dos ‘operários’ em ação nos viadutos é Jefferson Cordeiro, 26 anos, que já trabalhou com pintura. Mas, com o uso da plataforma, foi a primeira vez. “Com esse aprendizado aqui, tenho mais oportunidades de fazer serviços diferentes, pintar estruturas altas. Estou achando muito interessante”, observa ele. “Para nós, que moramos em Brasília, é um cuidado com a nossa cidade, com o que foi construído aqui”, diz o morador de Planaltina. A freelancer Maria do Carmo Marques, 44 anos, também se empolgou com o nova tarefa. “O RenovaDF é uma das melhores coisas que já aconteceu pra mim e muitos colegas nesse período difícil de pandemia. E poder deixar novos esses viadutos aqui foi um desafio muito bom”, opina a moça. A passagem que liga o fim da L2 Sul aos eixinhos é o próximo destino dos alunos, que iniciaram recentemente o 5º ciclo do programa. O treinamento de trabalho em altura, ministrado pelo Senai, capacitou os alunos do RenovaDF para atuarem, com a supervisão de um instrutor, em serviços desde as pinturas simples até aquelas em que têm o auxílio do elevador | Foto: Divulgação / RenovaDF A motorista Cassia Nascimento, 52 anos, passa pelo local diariamente ao retornar para a Vila Telebrasília, bairro onde reside. “Ficou tudo lindo. É bacana ver esse tanto de gente na rua, trabalhando , pintando e cuidando de várias construções. Esse projeto é muito bom e lá na minha quadra tem uns 10 que participam e adoram”, opina. Centros Olímpicos atendidos Segundo a Setrab, já são 493 equipamentos recuperados pelo RenovaDF até o momento, por todo o Distrito Federal. Dez regiões administrativas já receberam o programa, que agora seguiu para o Varjão. Ele é dividido em ciclos: nos três primeiros, 3.022 pessoas foram formadas. Já no último dia 30 de março, foram mais 1.300 diplomados. Portanto, já são quase 4.500 pessoas qualificadas pelo governo desde o ano passado. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Vale lembrar que, além do Plano Piloto, estamos trabalhando na recuperação dos equipamentos dos centros olímpicos do DF, como o de São Sebastião e o do Setor O. As quadras, campos e arquibancadas estão sendo renovadas após muitos anos sem manutenção”, conta Lucimar. Segundo ela, 1,5 mil aprendizes estão no momento na área central da capital. As aulas do projeto são ministradas pelo Senai. Os alunos recebem ainda bolsa de R$ 1,1 mil, vale-transporte e seguro contra acidentes pessoais.
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