Obras de drenagem e mutirão de serviços melhoram infraestrutura do Bananal, na Fercal
O Governo do Distrito Federal (GDF) tem investido na melhoria da drenagem em todos os cantos da capital. Um desses trabalhos está em andamento na avenida principal do bairro Bananal, na Fercal, com uma obra de captação de águas pluviais. Executado pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) em parceria com a administração regional da cidade, o sistema vai evitar danos à pavimentação causados pelas chuvas e permitirá a construção de um calçadão, para ampliar a segurança e a mobilidade para cerca de 600 famílias da região. Rede de drenagem pluvial é uma das prioridades nos trabalhos que estão sendo executados | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A obra foi programada devido à ausência de rede de drenagem pluvial no local, o que resultava em acúmulo de água e frequentes transtornos em períodos de chuva. Diante disso, a Novacap elaborou um projeto de implantação de rede de águas pluviais, com o objetivo de garantir o escoamento adequado da água e a melhoria das condições de trafegabilidade e segurança para os moradores da região. Atualmente, a obra contempla a execução de rede de drenagem pluvial com tubulações dimensionadas conforme a topografia local, instalação de bocas de lobo e poços de visita em pontos estratégicos e restauração do pavimento após a conclusão da rede. A próxima comunidade atendida será a de Boa Vista. Melhorias à vista O chefe de brigada Gregory Moura acompanha os trabalhos: “Era um trecho com muitos buracos e muita poeira. Essa obra vai ajudar muito a desafogar o trânsito na DF-150 e melhorar o acesso para todos os moradores” Quem mora na Fercal está otimista com as transformações. Segundo o chefe de brigada Gregory Moura, antes das intervenções, a situação na Quadra 6 do Bananal era bastante complicada. “Era um trecho com muitos buracos e muita poeira”, conta. Ele lembra que a via se tornou uma opção importante, inclusive para os moradores que trabalham nas fábricas da região. “Essa obra vai ajudar muito a desafogar o trânsito na DF-150 e melhorar o acesso para todos os moradores”, avalia. “É um serviço de qualidade.” Morador da Fercal há 31 anos, Gregory acompanhou de perto as transformações na região. “Eu nasci aqui. Ver essa mudança acontecendo é muito gratificante”, enfatiza. David Ferreira, comerciante, lembra que o local passava por dificuldades: “Quando chovia, a água descia com força, quebrava as calçadas que a gente construía, detonava tudo. Foi um período complicado” O comerciante David Ferreira, 44 anos, lembra que, antes das intervenções, a situação era bastante difícil para a comunidade: “Era um descaso total. Quando chovia, a água descia com força, quebrava as calçadas que a gente construía, detonava tudo. Foi um período complicado”. Ele destaca que as melhorias trazidas pelo programa e pela atuação da administração local mudaram a realidade da região. Administração nas Comunidades Paralelamente à obra, também foi iniciado o programa Administração nas Comunidades, aberto oficialmente na última terça-feira (20). “A ideia é concentrar durante duas semanas aqui no Bananal, que é uma comunidade maior, todas as forças da administração, com apoio do GDF Presente, da Novacap e outros parceiros, para promover melhorias visíveis para a população”, explica o administrador regional da Fercal, Fernando Madeira. O administrador da Fercal, Fernando Madeira, contabiliza o progresso do trabalho: “Já retiramos mais de 5 toneladas de entulho que estavam acumuladas nas esquinas” O programa já passou pelo Queima Lençol e pela Fercal II. O bairro está recebendo serviços de consertos de buracos, podas, roçagem, retirada de entulhos, retirada de inservíveis, patrolamento e ajustes de vias não pavimentadas como colocação de RCC e expurgo de brita, limpeza de bocas de lobo, reparo e colocação de meios-fios, utilização de caminhão-pipa para redução da poeira e identificação de lâmpadas queimadas para repasse à Companhia Energética de Brasília (CEB), além de atender demandas que os moradores apresentem e que estejam ao alcance de execução imediata da administração. [LEIA_TAMBEM]Para isso, foi montada uma tenda onde as demandas da população podem ser encaminhadas. Entre as principais solicitações feitas até agora, estão a retirada de lixo e inservíveis. “Só até quarta-feira, já retiramos mais de 5 toneladas de entulho que estavam acumuladas nas esquinas”, relata o administrador da cidade. “Na próxima semana, vamos fazer um mutirão específico para recolhimento de itens maiores, como sofás velhos, carcaças de geladeira e vasos sanitários que possam estar acumulando água e servindo de criadouro para o mosquito da dengue”, anuncia o gestor. Todo o material recolhido está sendo encaminhado para a Unidade de Recolhimento de Entulho (URE) da Estrutural. Impacto das obras A comerciante Maria Souza, moradora do Bananal há 30 anos, elogia os trabalhos: “Essas ações dão vida à nossa comunidade, e nos sentimos cuidados pelo GDF” “A maior reclamação da população é a falta de infraestrutura”, pontua Fernando Madeira. “Essa parte da Quadra 6 do Bananal é relativamente nova em relação ao restante da Fercal. O parcelamento foi feito de forma irregular ao longo dos anos, e por isso enfrentamos dificuldades com asfalto, água e energia. Já conseguimos resolver a questão da água, com a ligação feita pela Caesb. Agora, estamos trabalhando com o comitê de energia legal; e, se tudo der certo, ainda este ano vamos trazer iluminação pública e rede de distribuição para essa população.” Dona de um comércio na região, Maria Souza, 63, também vê com bons olhos o impacto das obras no dia a dia da comunidade. “Melhora o acesso à loja e aumenta a segurança da gente”, aponta. Moradora do Bananal há 30 anos, ela lembra que antigamente a região era tomada por mato e praticamente desabitada. Maria reconhece que as melhorias têm chegado, mesmo que de forma gradual. “Essas ações dão vida à nossa comunidade, e nos sentimos cuidados pelo GDF”, afirma. Segundo o coordenador do Polo Área Norte do GDF Presente, Ronaldo Alves, a estratégia de concentrar as ações na mesma comunidade melhora a capacidade de respostas a demandas mais urgentes e também a outras que estavam na fila para atendimento. “Além disso, dá uma grande percepção das ações de governo em apoio às populações dessas comunidades”, ressalta. “Isso causa alegria e motivação nas equipes e promove integração com a população.”
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Drenar DF: Como este GDF destravou a maior obra de drenagem de águas pluviais da capital
O Drenar DF vai modernizar a rede de drenagem da Asa Norte e minimizar os transtornos causados pelas fortes chuvas nas quadras iniciais do bairro. Para que o maior programa de escoamento e captação de águas pluviais saísse do papel, foi necessário enfrentar desafios acumulados ao longo de anos. Foi em 2019 que este Governo do Distrito Federal (GDF) destravou o projeto para viabilizá-lo de forma prática. O programa foi idealizado em 2008, e enfrentou anos de ajustes até ser destravado e realizado pela gestão de Ibaneis Rocha. Uma das principais soluções identificadas foi a construção de uma bacia de detenção para conter o grande volume de águas pluviais. Essa proposta surgiu em 2012, ainda na Secretaria de Obras. A estrutura evidenciou que pequenos reparos à rede de drenagem existente não seriam suficientes para lidar com a sobrecarga do sistema. A bacia de detenção, capacidade para reter até 96 mil m³ de água, terá a função de reduzir a pressão da água que chega ao Lago Paranoá | Foto: Anderson Parreira/Agência Brasília A bacia de detenção terá a função de reduzir a pressão da água que chega ao Lago Paranoá. O reservatório ocupa um terreno de 37 mil m² e está localizado no Parque Urbano Internacional da Paz, no Setor de Embaixadas Norte. Para se ter ideia, essa área equivale a quatro campos de futebol tradicionais. Além disso, o tanque tem capacidade para reter até 96 mil m³ de água, volume suficiente para abastecer 40 piscinas olímpicas. O tanque vai ajudar a manter a qualidade e a balneabilidade do lago, que hoje é considerada adequada em 95% de sua extensão. A estrutura do reservatório será responsável por reter resíduos sólidos, promovendo uma barreira importante contra a poluição. Além disso, também vai contribuir para a redução do assoreamento, mantendo o equilíbrio ambiental do Lago Paranoá. Vontade política O Drenar DF duplicará a capacidade de escoamento da Asa Norte sem modificar a rede existente l | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Atualmente, os danos provocados pelas chuvas exigem uma mobilização ampla de órgãos como a Companhia Energética de Brasília (CEB), o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e a SODF. Essas ações envolvem a recuperação de vias, sistemas de drenagem e serviços emergenciais que, muitas vezes, causam prejuízos ao comércio e aos moradores. Segundo o presidente da Terracap, Izídio Santos, o Drenar DF reflete a “vontade política” deste GDF em enfrentar desafios históricos na região. Com a implantação do Drenar DF, espera-se minimizar esses transtornos e trazer benefícios diretos para a população. “Os transtornos gerados mobilizam vários órgãos para corrigir os problemas. Nós vamos deixar de ter isso. Por isso que o retorno financeiro do programa é incalculável. Quanto custa para o comércio ficar sem funcionar? Quanto custa para os moradores que perderam seus carros? O benefício é muito grande”, reforça Santos. Drenar DF Com um investimento de R$ 180 milhões, o Drenar DF é o maior programa de captação e escoamento de águas pluviais do Governo do Distrito Federal (GDF). O projeto duplicará a capacidade de escoamento da Asa Norte sem modificar a rede existente, dando fim a enchentes recorrentes em todo o período de chuvas. A rede de tubulação começa na altura da Arena BRB Mané Garrincha e vai até o Lago Paranoá, seguindo em paralelo às quadras 902 (perto do Colégio Militar), 702, 302, 102, 202 e 402, cruzando a W3 Norte e o Eixo Rodoviário Norte (Eixão), além da via L2 Norte, e chega à L4 Norte. Concluída a primeira etapa do programa, que abrange as primeiras quadras da Asa Norte, a Terracap deve executar a segunda fase do projeto, que compreende das quadras 4 e 5 às quadras 14 da Asa Norte. O material está em aprovação na Novacap e aguarda recursos. Um terceiro projeto está em estudo para atender as quadras de finais 15 e 16.
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Aproximadamente mil pessoas participaram de visitas técnicas ao longo da obra do Drenar DF
As obras do Drenar DF, maior programa de captação de águas pluviais do Governo do Distrito Federal (GDF), foram acompanhadas de perto por estudantes das principais faculdades e universidades de engenharia e arquitetura da capital federal, integrantes da sociedade civil e servidores de diferentes órgãos públicos. Entre março de 2023 e novembro de 2024, foram registradas 43 visitas técnicas com a participação de aproximadamente mil pessoas. Visitas envolveram estudantes de engenharia e de arquitetura, além de servidores públicos e representantes da sociedade civil | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “As visitas eram a oportunidade que nós tínhamos para entrar nas galerias e mostrar o método construtivo do Drenar” Hamilton Lourenço Filho, diretor técnico da Terracap Mais do que garantir a transparência do serviço, a iniciativa teve como objetivo compartilhar o método inovador de construção: o tunnel liner, por meio do qual o trabalho foi executado dentro de galerias subterrâneas a partir de poços de visitas (PVs) na superfície. No total, foram criados 108 PVs, com profundidade média de 11,32 metros. Alguns chegaram a 21,3 metros de altura – o equivalente a um prédio de seis andares. A partir das estruturas, foi montada a tubulação, sem causar transtornos à população. “As visitas eram a oportunidade que nós tínhamos para entrar nas galerias e mostrar o método construtivo do Drenar”, afirma Hamilton Lourenço Filho, diretor técnico da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap). “Foi uma forma de divulgação forte e extensa do nosso trabalho para diferentes matizes da sociedade. Recebemos desde associações a órgãos públicos, e quase metade das visitas foram feitas por alunos, o que foi especialmente interessante para que eles tivessem acesso a essa técnica, que é uma novidade.” As visitas ocorriam de forma periódica em duas etapas. A primeira foi na sede da Terracap, com uma apresentação do projeto. Depois, em poços de visitação ou na bacia do Drenar, os visitantes podiam verificar os detalhes da estrutura composta por 7,7 km de túneis, que vão ampliar a rede de escoamento da água da Asa Norte. Infraestrutura Organizados em grupos, visitantes puderam conhecer o passo a passo da grande obra que é o Drenar DF 7,7 km Extensão das galerias subterrâneas que vão direcionar o volume de águas captado Projetado para acabar com os alagamentos e enxurradas provocados pelas fortes chuvas nas primeiras quadras da Asa Norte, o Drenar DF duplica a capacidade de captação de águas pluviais na região, sem deixar de lado o sistema que já funciona. O investimento é de R$ 180 milhões, recursos originários do orçamento da Terracap, responsável pela coordenação da empreitada. São 7,7 km de galerias subterrâneas que vão direcionar o volume pluvial captado por 291 novas bocas de lobo, construídas em pontos estratégicos, para a bacia de detenção. O reservatório, localizado no Setor de Embaixadas Norte, é a ponta final do sistema e vai garantir que as águas cheguem ao Lago Paranoá em menor velocidade e com maior qualidade, já que resíduos, como lixo e animais mortos, serão retidos no tanque. Devido à grandiosidade da empreitada, os serviços foram divididos em cinco lotes. A rede de tubulação começa na altura da Arena BRB Mané Garrincha e vai até o Lago Paranoá, seguindo em paralelo às quadras Norte 902 (perto do Colégio Militar), 702, 302, 102, 202 e 402, cruzando a W3 Norte e o Eixo Rodoviário Norte (Eixão), além da via L2 Norte, e chega à L4 Norte, atendendo ainda o sistema de drenagem até a altura das quadras 4 e 5.
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Novas bocas de lobo do Drenar DF estarão prontas para uso com liberação do sistema de escoamento
Se você andar pelos arredores das obras do Drenar DF, nas quadras iniciais da Asa Norte, vai perceber que há várias bocas de lobo lacradas com tijolos ou blocos de concreto. Num primeiro momento, você pode até estranhar, mas a vedação será feita até que todo o sistema de captação e escoamento de águas pluviais esteja pronto para uso. Ao todo, estão sendo instaladas 291 novas entradas de bocas de lobo, que vão duplicar a capacidade do sistema de captação de águas pluviais, sem deixar de lado o que já funciona. É como se os esforços das duas redes — a nova e a mais antiga — fossem somados. O Governo do Distrito Federal (GDF) investiu R$ 180 milhões no projeto. Os novos pontos de instalação beneficia locais da cidade em que não havia bocas de lobo, como o Setor de Rádio e Televisão Norte (SRTVN) | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “Como o sistema não está totalmente pronto, não pode entrar água nas galerias. Mas quando tudo estiver pronto para funcionar, as bocas serão liberadas”, explica o diretor-técnico da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), Hamilton Lourenço Filho. “Em alguns pontos da rede de drenagem foram encontrados trechos de quase 300 metros de via sem nenhuma boca de lobo. Em outros pontos também já sabíamos que eram trechos de alagamento mais forte, como no eixinho, perto do estádio. Todos esses trechos foram reforçados” Hamilton Lourenço Filho, diretor-técnico da Terracap Os novos pontos serão um reforço à rede de captação de águas já existente e estão localizados ao longo dos cinco lotes do projeto, desde as imediações da Arena BRB (Estádio Nacional Mané Garrincha), passando pelas quadras da Asa Norte 902 (perto do Colégio Militar), 702, 302, 102, 202 e 402, cruzando as W3 e W5 Norte e o Eixo Rodoviário Norte (Eixão), além da via L2 Norte, chegando à L4 Norte, próximo ao Setor de Embaixadas Norte. Os pontos de instalação foram definidos a partir de um levantamento que apontou trechos críticos de alagamento ou de empoçamento de água na Asa Norte. Também foram beneficiados pontos da cidade em que não havia bocas de lobo, como o Setor de Rádio e Televisão Norte (SRTVN). Na prática, as bocas de lobo continuam descarregando na rede antiga de captação, que é interceptada em sete pontos pela nova rede. “Em alguns pontos da rede de drenagem foram encontrados trechos de quase 300 metros de via sem nenhuma boca de lobo. Em outros pontos também já sabíamos que eram trechos de alagamento mais forte, como no eixinho, perto do estádio. Todos esses trechos foram reforçados”, detalha Hamilton Lourenço. Etapas Das 291 bocas de lobo previstas no Drenar DF, 235 já foram finalizadas. Todas as instalações serão um reforço à rede de captação de águas já existente. Dos 108 poços de visita (PVs) projetados, todos tiveram a escavação e montagem concluídas. As estruturas verticais possibilitaram a escavação das galerias, por onde passará a água captada pelo sistema de drenagem, com incômodo mínimo para a população. Concluída a primeira etapa do programa, que abrange as primeiras quadras da Asa Norte, a Terracap deve executar a segunda fase do projeto, que compreende as quadras 4 e 5 até as quadras 14 da Asa Norte. O material está em aprovação na Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e aguarda recursos. Um terceiro projeto está em estudo para atender as quadras de finais 15 e 16. Parque Internacional da Paz Além do projeto de captação de águas pluviais, o Drenar prevê a criação do Parque Urbano Internacional da Paz, que abrigará a bacia de detenção do Drenar e uma praça. Com 5 mil m² de área livre, o espaço contará com esculturas e 249 árvores e arbustos, entre espécies para sombreamento, como magnólias-do-brejo, aroeiras-vermelhas e copaíbas, e frutíferas, a exemplo de aceroleira, pitangueira, amoreira, jabuticabeira e goiabeira. O projeto, desenvolvido pela Terracap em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh-DF) e seguindo exigências do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), ainda inclui uma ciclovia de 1,1 km de extensão contornando o parque.
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Etapa mais complexa do Drenar DF, escavação de solo resistente conta com seis frentes de trabalho
Diante da dimensão do maior programa de captação de águas pluviais do Governo do Distrito Federal (GDF), o Drenar DF, era de se esperar que obstáculos surgissem na execução do projeto, especialmente na fase final das obras. A empreitada foi dividida em cinco lotes que percorrem as imediações da Arena BRB (Estádio Nacional Mané Garrincha), passando pelas quadras da Asa Norte 902 (perto do Colégio Militar), 702, 302, 102, 202 e 402, cruzando as W3 e W5 Norte e o Eixo Rodoviário Norte (Eixão), além da via L2 Norte, e chegando à L4 Norte, próximo ao Setor de Embaixadas Norte. Ao todo, são investidos R$ 180 milhões no programa. Foi no segundo lote que descobriram, durante a etapa de escavação de um túnel de mais três quilômetros, um solo mais rígido do que o previsto nos estudos iniciais feitos pelas equipes técnicas. Para lidar com o problema, foi preciso trocar o processo de escavação, que era manual. Agora, seis frentes de trabalho usam escavadeiras e furadeiras hidráulicas – equipamentos especializados, munidos de brocas, capazes de perfurar e romper solos resistentes. Além do projeto de captação de águas pluviais, o Drenar prevê a criação do Parque Urbano Internacional da Paz, que abrigará a bacia de detenção e uma praça | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “Fizemos todos os estudos de sondagem do solo de acordo com as normas vigentes. A gente sabia que encontraria um solo duro aqui neste lote, mas não imaginava que fosse tão duro. Foi uma surpresa, mas já estamos enfrentando o problema”, explica o diretor-técnico da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) responsável pela obra, Hamilton Lourenço. Em todos os outros trechos da obra, onde o solo é mais macio e de fácil extração, a escavação ocorreu com a adoção da metodologia tunnel liner – considerada não destrutiva, a técnica compreende o uso de suportes metálicos segmentados para revestir e estabilizar o túnel conforme o trabalho avança. “Em um solo de primeira categoria, é possível escavar até três metros por semana e 1,5 metro em um de segunda categoria. Nesse túnel, com essas características de um solo extremamente duro, estamos conseguindo cavar quase meio metro por semana. Agora, já na fase final, faltam cerca de 100 metros”, detalha. Etapas Concluída a primeira etapa do programa, que abrange as primeiras quadras da Asa Norte, a Terracap deve executar a segunda fase do projeto, que compreende das quadras 4 e 5 até as quadras 14 da Asa Norte. O material está em aprovação na Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e aguarda recursos. Um terceiro projeto está em estudo para atender as quadras de finais 15 e 16. Além do projeto de captação de águas pluviais, o Drenar prevê a criação do Parque Urbano Internacional da Paz, que abrigará a bacia de detenção e uma praça. Com 5 mil m² de área livre, o espaço contará com esculturas e 249 árvores e arbustos, entre espécies para sombreamento, como magnólias-do-brejo, aroeiras-vermelhas e copaíbas, e frutíferas, a exemplo da aceroleira, pitangueira, amoreira, jabuticabeira e goiabeira. O projeto, desenvolvido pela Terracap em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh-DF) e seguindo exigências do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), ainda inclui uma ciclovia de 1,1 km de extensão contornando o parque.
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Governo investe quase R$ 1 bilhão para ampliar a capacidade de drenagem das cidades do DF
Projetada para abrigar 500 mil pessoas, Brasília, hoje, conta com 3 milhões de habitantes – seis vezes o planejado pelos fundadores da capital federal. Diante desse crescimento populacional vertiginoso, a necessidade de uma infraestrutura urbana compatível com as demandas atuais da cidade é um desafio enfrentado diariamente por este Governo do Distrito Federal (GDF). Não à toa, desde 2019, já foram investidos quase R$ 1 bilhão apenas na ampliação das redes de drenagem e captação de águas pluviais em diversas regiões administrativas. Até o momento, foram investidos pelo GDF mais de R$ 900 milhões em diversas obras, que vão além da drenagem e incluem pavimentação, acessibilidade e paisagismo. Desse total, R$ 230 milhões foram destinados exclusivamente para a construção de 39 lagoas de detenção | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília Mais do que apenas garantir um escoamento adequado das águas pluviais, as intervenções executadas em diversas cidades do Distrito Federal têm o objetivo de preservar os cursos hídricos que abastecem a capital, além do próprio Lago Paranoá – um point brasiliense para lazer e esporte. Nesse contexto, surgem as importantes lagoas de detenção, peças-chave para o controle da qualidade da água que desemboca. Estruturas essenciais no sistema de drenagem pluvial, as lagoas de detenção permitem a retenção temporária das águas das chuvas, garantindo sua liberação gradual nos respectivos cursos, evitando inundações e a sobrecarga dos córregos e rios. Esses reservatórios também possibilitam a filtragem de sedimentos e resíduos antes da chegada aos mananciais, contribuindo para a sustentabilidade ambiental dos corpos hídricos. Até o momento, foram investidos pelo GDF mais de R$ 900 milhões em diversas obras, que vão além da drenagem e incluem pavimentação, acessibilidade e paisagismo. Desse total, R$ 230 milhões foram destinados exclusivamente para a construção de 39 lagoas de detenção em várias regiões do DF, entre 2019 e 2024. “O nosso objetivo com essas obras é sobretudo levar qualidade de vida para a população. Teremos segurança e evitaremos erosões e assoreamentos das lagoas e lagos que recebem as águas da chuva. Assim, evitamos inundações no Plano Piloto, preservamos o meio ambiente e garantimos a manutenção dos nossos recursos hídricos”, destaca a vice-governadora Celina Leão. Qualidade de vida Das quase 40 bacias em construção, 14 estão localizadas apenas em Vicente Pires, sendo 13 já concluídas e uma em andamento. A cidade é a que mais recebeu obras do tipo em todo o DF. Para isso, foram investidos R$ 105 milhões na execução dos reservatórios, solucionando problemas históricos de alagamentos e enxurradas na região. De acordo com o secretário de Obras e Infraestrutura do DF, Valter Casimiro, “essas obras são importantíssimas para garantir que a gente não terá problemas futuros na cidade. É importante dizer que todos os projetos de drenagem executados até aqui buscam garantir que todas as obras que vierem possam contar com essas estruturas para receber a água da chuva” Outra cidade a receber grande investimento em obras de infraestrutura urbana e drenagem foi o Sol Nascente. No local, um empenho de mais de R$ 300 milhões garantirá dias mais tranquilos aos moradores da região administrativa. Deste total, R$ 75 milhões são destinados à construção de oito lagoas – cinco concluídas e três em andamento. Além de Vicente Pires e Sol Nascente, as regiões de Taguatinga, Vila Telebrasília, Bernardo Sayão, Parque do Cortado, Setor de Oficinas (SOF) Sul, Setor de Inflamáveis, Parque da Cidade e DF-290 também receberam novos reservatórios ou tiveram as bacias já existentes ampliadas. “O GDF tem investido muito no sistema de drenagem pluvial. A gente sabe que a cidade cresceu muito e vários trechos novos foram impermeabilizados, surgindo a necessidade de adequar o atual sistema de drenagem à realidade da capital”, enfatiza o secretário de Obras e Infraestrutura do DF, Valter Casimiro. “Essas obras são importantíssimas para garantir que a gente não terá problemas futuros na cidade. É importante dizer que todos os projetos de drenagem executados até aqui buscam garantir que todas as obras que vierem possam contar com essas estruturas para receber a água da chuva”, prossegue o titular da pasta responsável pela construção de 35 reservatórios. Estruturas essenciais no sistema de drenagem pluvial, as lagoas de detenção permitem a retenção temporária das águas das chuvas, garantindo sua liberação gradual nos respectivos cursos, evitando inundações e a sobrecarga dos córregos e rios Drenar-DF Maior programa de escoamento do GDF, o Drenar DF é a resposta esperada há décadas para as recorrentes enxurradas e alagamentos que afligiam os moradores das quadras 1 e 2 da Asa Norte. Com investimento de R$ 180 milhões, o projeto prevê uma significativa ampliação da captação das águas pluviais na região e inclui a construção de uma bacia de detenção com capacidade para abrigar até 96 mil m³. Até o momento, a Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), responsável pela obra, concluiu a escavação de mais de 220 mil m³ do reservatório, que é a ponta final do programa. Localizada dentro do Parque Urbano Internacional da Paz, a bacia terá a dupla função de reduzir a pressão do volume de água que desemboca no Lago Paranoá e permitir que tanto a terra quanto o lixo arrastados pelas enxurradas possam ser filtrados e decantar no fundo da lagoa, viabilizando a requalificação das águas pluviais captadas. A lagoa possui um período de retorno de 25 anos, ou seja, esse é o tempo médio estipulado entre a ocorrência de uma chuva intensa e a vazão máxima que essa chuva produzirá na rede de drenagem. Regulação Os reservatórios são construídos atendendo a regulação e os normativos da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do DF (Adasa) e da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). O convênio entre os órgãos atende a lei distrital nº 4.285/2008, que prevê um acordo entre ambas para fixar as obrigações de cada instituição na política de drenagem pluvial do DF. A Novacap é a responsável por coletar a água da chuva e drená-la em galerias e esgotos pluviais. A companhia opera e mantém a prestação do serviço público. Além disso, cabe a ela a análise dos projetos de drenagem em áreas públicas e privadas e verificar se atendem às exigências da Adasa. Também é de incumbência do órgão a limpeza periódica das 84 bacias de detenção em operação no DF e dos demais dispositivos como redes, bocas de lobo e poços de visita do sistema público de captação pluvial.
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Lideranças comunitárias do Itapoã visitam obras de bacias de contenção
Na manhã desta terça-feira (16), o administrador do Itapoã, Raimundo Paz, e lideranças comunitárias foram conferir o andamento das obras de implantação de duas bacias de contenção em uma região do condomínio Entre Lagos. As estruturas serão responsáveis pela captação das águas pluviais das quadras 202, 203, 318, 366, 378 e 379 do Del Lago. Essa é a primeira etapa do projeto de infraestrutura das quadras remanescentes da região administrativa. “É uma obra histórica e importante para toda a população da cidade. Por muitos anos, lutamos para que ela saísse do papel”, afirma o líder comunitário Deliomar Louzeiro. Para Joaquim de Jesus, morador da Quadra 318 do Del Lago, um grande projeto de drenagem está em execução na cidade. “É fundamental que o governo priorize um bom sistema de águas pluviais para evitar futuros problemas de alagamentos e buracos no asfalto”, comenta ele. O administrador do Itapoã, Raimundo Paz, acompanhou lideranças comunitárias em visita às obras de implantação de duas bacias de contenção | Foto: Divulgação/Ascom RA Itapoã Morador da Quadra 202 do Del Lago desde 2009, o líder comunitário Leonilson Andrade participou de muitas reuniões para a construção do fórum da cidade e da implantação da Avenida Brasil. “É uma via importante e recebeu este nome em homenagem ao nosso país. A finalização da pavimentação dela até a DF-001, passando por dentro do Itapoã Parque, vai gerar progresso e desenvolvimento para este lado da cidade”, destaca Leonilson. O governador Ibaneis Rocha esteve na cidade no mês passado para assinar a ordem de serviço para o início das obras. Serão investidos, pelo Governo do Distrito Federal (GDF), cerca de R$ 21,5 milhões nos serviços de pavimentação, drenagem, meios-fios e calçadas que serão executados pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). Deste montante, o deputado Eduardo Pedrosa destinará R$ 15 milhões. Fernando Leite, presidente da Novacap, destaca que o investimento proporcionará melhoria de vida aos moradores da cidade. “É com grande alegria que executamos mais esse serviço para o Itapoã. A Novacap trabalha para atender aos pedidos da população. A pavimentação e a drenagem das quadras levarão mais segurança para a comunidade, evitando erosões, acidentes com pedestres, prejuízos com carros e outros problemas que prejudicam a vida das pessoas”, avalia. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Elizeu de Souza, síndico do condomínio Entre Lagos, destaca que a construção dos reservatórios dentro de uma área do condomínio só foi possível por causa da parceria com a Administração Regional do Itapoã. “O Entre Lagos passou a fazer parte da poligonal do Itapoã em 2019. E, junto com os gestores públicos, conseguimos as autorizações necessárias para a viabilização da obra. Estamos felizes ao ver as melhorias chegando para os nossos vizinhos”, celebra o síndico. Durante agenda, o administrador regional do Itapoã agradeceu a presença das lideranças. “Nosso objetivo é mostrar para a comunidade que os trabalhos já começaram e logo as máquinas estarão nas quadras. O sonho do asfalto na porta de casa se tornará realidade para muitas famílias”, enfatiza Raimundo Paz. O Itapoã tem uma série de investimentos em infraestrutura e mobilidade previstos para 2023. Já estão em execução as obras do viaduto Itapoã-Paranoá, do terminal rodoviário e da escola classe, na Quadra 203 do Del Lago. Também serão entregues novas unidades habitacionais no Itapoã Parque, onde já estão em andamento as construções de unidades do Cras, Creas e escolas. *Com informações da Administração Regional do Itapoã
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Bacias de contenção minimizam impacto das chuvas no Sol Nascente
O Governo do Distrito Federal (GDF) atuou para minimizar o impacto das chuvas neste início de ano na Chácara 115, localizada no Trecho 3 do Sol Nascente/Pôr do Sol. No local, foram construídas bacias de contenção para captação de águas pluviais, evitando alagamentos nas casas da região. As bacias de contenção construídas na Chácara 115, no Trecho 3 do Sol Nascente/Pôr do Sol, vão proteger de alagamento as casas da região | Foto: Divulgação / GDF Presente [Olho texto=”“Ceilândia tem passado por uma grande obra de captação pluvial na QNL. Vai ajudar muito e aliviar a situação no Sol Nascente, que vai passar por uma grande intervenção no Trecho 3, e melhorar sua infraestrutura”” assinatura=”Cládio Ferreira, administrador regional do Sol Nascente/Pôr do Sol” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O trabalho foi conduzido em parceria pela Administração Regional do Sol Nascente/Pôr do Sol, pela Novacap, DER, Detran e GDF Presente. Próximo às bacias de contenção foram instaladas placas com a advertência “Proibido acesso, área de risco, bacias”. Segundo o administrador do Sol Nascente/Pôr do Sol, Cláudio Ferreira, o serviço é tratado como paliativo, mas teve efeito imediato na região. “Com as chuvas, a chácara 115 estava sendo muito impactada com toda água que desce de Ceilândia para aquela área. Como é um local baixo, as casas estavam sendo atingidas. Esse trabalho foi feito enquanto está sendo realizada a desobstrução das redes de águas pluviais em Ceilândia”, detalha o administrador. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Segundo o gestor, o trabalho tem funcionado e as casas não ficam mais alagadas. “Ceilândia tem passado por uma grande obra de captação pluvial na QNL. Vai ajudar muito e aliviar a situação no Sol Nascente, que vai passar por uma grande intervenção no Trecho 3, e melhorar sua infraestrutura”, acrescenta o gestor. De acordo com o coordenador do Polo Oeste II do GDF Presente, Elton Walcacer, as placas vão trazer segurança para a população. “As quatro bacias e as placas de sinalização confeccionadas pelo DER/DF vão ajudar na segurança da população nesse período de chuvas e para que não acessem a área”, afirma.
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