Resultados da pesquisa

caracol-gigante-africano

Thumbnail

Biólogo do GDF dá dicas do que fazer ao encontrar um animal silvestre em ambiente urbano

Os casos de animais silvestres em ambiente urbano tiveram uma alta no Distrito Federal. Em todo o ano passado, a Ouvidoria do Instituto Brasília Ambiental recebeu 35 pedidos de manejo ou resgate desse tipo. Neste ano, apenas até agosto, já foram 45 — um aumento de 28,57%. Diante desses números, a população pode se perguntar o que fazer em uma situação como essa. Apesar do susto inicial, a resposta é simples. "Se aparecer um animal silvestre de médio ou grande porte, como capivara, onça-parda, lobo-guará, ouriço-cacheiro ou cobra venenosa, ligue imediatamente para o 190. A Polícia Militar Ambiental fará o resgate, protegendo você e o animal", orienta o biólogo Thiago Silvestre, do Brasília Ambiental. Casos de animais silvestres em ambiente urbano tiveram aumento de 28,57% em 2025 | Foto: Geovane Albuquerque/Agência Brasília  "Se o problema for com animais que fizeram ninho no telhado ou estão vivendo muito perto das pessoas, entre em contato para o Brasília Ambiental. Uma equipe técnica poderá  visitar o local, dar orientações", acrescenta o profissional. Em um caso assim, o contato com o instituto pode ser feito pelo e-mail fauna@ibram.df.gov.br ou pelo Whatsapp (61) 99187-3064. Se quiser agendar uma vistoria, é preciso protocolar um requerimento no site www.harpia.ibram.df.gov.br.  O biólogo ainda dá recomendações sobre o que fazer para evitar que animais silvestres adentrem ou façam ninhos em residências: "Depois que o ninho for abandonado, o morador deve limpar o local e fechar todas as entradas. Isso pode ser feito com tela de nylon, metal ou até espuma expansiva. No caso de primatas que entram em apartamentos, a poda de galhos próximos e o uso de telas nas janelas já colabora na resolução do problema". Aumento Thiago credita a alta nos pedidos de resgate a uma maior conscientização da população. "O Setor de Fauna [do Brasília Ambiental] tem divulgado sua carta de serviços e investido em educação ambiental e em saúde. Além disso, a maior presença do tema meio ambiente na mídia tem feito as pessoas ficarem mais atentas, respeitarem mais a fauna e procurarem agir de forma correta quando encontram animais. Esse movimento também ajuda a valorizar a importância ecológica e o bem-estar que essas áreas trazem para todos." Segundo ele, as espécies mais comuns registradas neste ano, entre pedidos de resgate e orientações, foram saguis, saruês, capivaras, urubus, maritacas, morcegos e até caracol-gigante-africano — considerado um invasor na fauna brasileira, que oferece riscos a humanos e animais. A chance de oferecer doenças às pessoas, aliás, é uma das preocupações acerca dos animais silvestres em ambientes urbanos.  Orientação do Instituto Brasília Ambiental é que a população não tente pegar ou mexer nos animais por conta própria | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília "Por isso, nunca tente pegar ou mexer neles por conta própria. Mesmo machucados, eles podem se assustar e reagir com mordidas ou arranhões, aumentando o risco de transmissão de doenças. Também não é recomendado alimentar esses animais, seja propositalmente — como no caso dos saguis — ou sem querer, deixando ração de animais domésticos disponível", aponta o biólogo. Por fim, o profissional ressalta que, "com o crescimento das cidades e a redução das áreas verdes, muitos animais procuram alimento e abrigo nos espaços urbanos, como lixeiras, rações de animais domésticos, telhados e prédios abandonados". "Por isso, a convivência com eles será cada vez mais comum. Cabe a todos nós buscar informações e agir com respeito, para garantir a segurança de todos, tanto pessoas quanto animais silvestres", arremata.

Ler mais...

Thumbnail

Plano de combate ao caracol-gigante-africano no DF

Moradora da região do Sol Nascente/Pôr do Sol há 19 anos, a dona de casa Ana Paula Maria da Silva, 40, perdeu as contas de quantos caracóis-gigantes-africanos já recolheu em seu terreno. Ela relata que, há alguns anos, sempre no período chuvoso, precisa lidar com a infestação do molusco. Arte: agência Brasília“Aqui na minha casa tem caracol para todo lado. Eles aparecem no período de chuva no quintal. Eu e meu marido colocamos uma sacola nas mãos e vamos recolhendo. Mas tenho medo, porque sei que eles transmitem doenças”, afirma. A situação vivida por Ana Paula tem se tornado comum em algumas regiões administrativas do Distrito Federal onde percebe-se o crescimento da proliferação do molusco. “Esse é um problema antigo. Temos relatos da sua presença em todas as regiões administrativas do DF”, conta o biólogo e analista ambiental do Brasília Ambiental, Thiago Silvestre. Servidor devidamente protegido recolhe um caracol-gigante-africano: parasita que se hospeda no molusco pode transmitir doenças graves | Fotos: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília Conhecido cientificamente como Lissachatina fulica, o caracol-gigante-africano é considerado exótico invasor e nocivo às espécies silvestres, ao ambiente, à agricultura e à saúde pública, segundo instrução normativa de 2006 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Hermafroditas, os animais procriam a cada dois ou três meses com fecundação cruzada, podendo colocar até 400 ovos por postura. No DF, os moluscos costumam se reproduzir principalmente de janeiro até março, quando o período chuvoso é mais intenso. Habitam áreas agrícolas, costeiras, pântanos, florestas, urbanas e zonas ribeirinhas. Equipe da Vigilância Ambiental chega a uma residência para coletar caracóis-africanos: órgão tem estudado, com o Ibram e a UnB, ações de combate ao animal e de conscientização da população Entre os riscos causados pelo animal está a transmissão de doenças provenientes de um parasita que se hospeda em caracóis: o Angiostrongylus cantonensis. São elas a meningite eosinofílica, uma inflamação que afeta as meninges, e a angiostrongilíase abdominal, uma inflamação intestinal aguda. Também são considerados uma praga agrícola, custando aos agricultores suas safras. Plano de ação [Olho texto=”“Estamos construindo um protocolo único sobre a questão da coleta e da destinação. Precisamos instruir a população de forma correta”” assinatura=” – Thiago Silvestre, biólogo e analista ambiental do Brasília Ambiental” esquerda_direita_centro=”direita”] Juntos, Brasília Ambiental, Universidade de Brasília (UnB) e Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival), da Secretaria de Saúde, têm estudado ações de combate ao animal e de conscientização da população. “Estamos construindo um protocolo único sobre a questão da coleta e da destinação. Precisamos instruir a população de forma correta”, explica Silvestre. A chefe de vigilância do Núcleo de Vigilância Ambiental de Ceilândia, Queila Cristina Barbosa Mendes, diz que o órgão vai se reunir com a administração regional para debater uma ação específica e orientar a população sobre os riscos e em relação ao extermínio. A intenção é iniciá-la ainda este ano. “Realmente, os caracóis africanos estão se proliferando muito rápido e sendo encontrados de maneira bem fácil. Queremos fazer uma ação para ensinar a população e evitar que eles continuem se proliferando da maneira que estão”, afirma. [Relacionadas esquerda_direita_centro=””] Há uma série de desafios envolvendo os caracóis, desde as características do animal até a forma de extermínio. “Nosso maior desafio foi descobrir como iríamos aniquilá-los, já que o veneno é agressivo ao meio ambiente. Também há o fato de que eles já fazem parte do bioma”, avalia Queila. Os órgãos sugerem que a população faça o combate dos caracóis para evitar riscos e proliferação. Os animais e seus ovos devem ser recolhidos com as mãos protegidas e exterminados com água sanitária em um recipiente velho. As conchas precisam ser quebradas e depois enterradas na terra, com cal.

Ler mais...

Ordenar

Ordenar

Faceta do tipo

Tipo

Filtro personalizado

Faceta da marca

Marcador