Evento debate importância da moda no combate à violência contra a mulher
Nesta sexta (20), o formato digital do evento Brasília Trends Fashion Week foi lançado com a mesa redonda A Importância da Moda no Combate à Violência Contra a Mulher, com a participação das secretárias da Mulher, Giselle Ferreira, e de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani; da deputada distrital Jane Klebia; da superintendente do Sebrae, Rose Rainha; da modelo e ativista Luiza Brunet; da presidente do Lide-Mulher, Janine Brito; e da presidente da BRICS Women’s, Mônica Monteiro. “O empreendedorismo desperta a mulher que acredita em si”, destacou a secretária Marcela Passamani | Foto: Vinícius de Melo/SMDF A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, falou sobre a mulher empreendedora. “Temos que superar desafios todos os dias. Ainda existem muitas mulheres dependentes emocionalmente. O empreendedorismo desperta a mulher que acredita em si e esse furacão interno faz com que ela possa romper um ciclo de violência”, concluiu. Giselle Ferreira frisou que a moda tem o poder de transformar vidas: “Discutir o papel no combate à violência contra a mulher é essencial para promover mudanças culturais e sociais que fortaleçam o respeito e a igualdade. Estamos aqui unidas no combate à violência contra a mulher e uma poderosa vertente é a autonomia econômica que a mulher pode alcançar por meio da moda”, disse. Giselle Ferreira: “Estamos aqui unidas no combate à violência contra a mulher e uma poderosa vertente é a autonomia econômica que a mulher pode alcançar por meio da moda” De janeiro a novembro de 2024, a Secretaria da Mulher do Distrito Federal (SMDF) realizou capacitação profissional, treinamento e aperfeiçoamentos de cerca de 41 mil mulheres no DF. A Casa da Mulher Brasileira (CMB) fez cerca de 12 mil atendimentos e a Casa Abrigo acolheu 298 pessoas. Esses equipamentos ilustram o trabalho contínuo para combater a violência e ampliar o suporte às mulheres em situação de vulnerabilidade, mostrando que a moda pode ser uma ferramenta aliada na transformação social. A modelo Luiza Brunet contou sobre a sua trajetória e desafios profissionais. “Comecei a trabalhar com 11 anos de idade, muito cedo. Toda a minha história de vida me trouxe uma autonomia importante. É o momento de provar que podemos. Eu falo abertamente sobre as minhas dores e ouço sobre as dores de outras mulheres”, relatou. *Com informações da Secretaria da Mulher
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Parceria entre secretarias promove reintegração e autonomia de mulheres em situação de violência
De janeiro a julho deste ano, 82 mulheres foram acolhidas na Casa Abrigo, local gerido pela Secretaria da Mulher (SMDF), que atende mulheres sob risco iminente de morte. Com o objetivo de garantir que essas mulheres tenham acesso a políticas públicas abrangentes após o acolhimento emergencial, o Decreto nº 46.248, publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta quinta-feira (12), regulamenta a Lei nº 6.910, de 21 de julho de 2021. A nova regulamentação estabelece diretrizes para o acompanhamento integral de mulheres em situação de violência doméstica e familiar após permanência no abrigo. A norma visa assegurar que, ao deixar o acolhimento emergencial, as mulheres tenham acesso a políticas públicas amplas que promovam a reintegração social e autonomia. Para tanto, será criada uma atuação articulada entre as secretarias de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh-DF), de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet-DF), de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), de Segurança Pública (SSP-DF), de Desenvolvimento Social (Sedes-DF) e da Mulher (SMDF). Antes de sair da Casa Abrigo, as mulheres receberão suporte em áreas como moradia, emprego, programas sociais e segurança pública | Fotos: Divulgação/ SMDF Agora, antes de sair da Casa Abrigo, as mulheres contarão com estratégias de suporte em áreas como moradia, emprego, programas sociais e segurança pública, garantindo que o apoio seja contínuo e seguro. Para a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, o decreto representa um avanço significativo na proteção e no empoderamento das mulheres. “Este decreto coloca a Secretaria da Mulher na linha de frente para garantir que essas mulheres sejam acompanhadas de forma integral, por meio de uma rede de políticas públicas que abrange moradia, emprego, assistência social e segurança pública. Nossa missão é proporcionar a essas mulheres condições reais de reconstrução de suas vidas com autonomia e dignidade”, afirmou Giselle Ferreira. Coordenação e execução das ações As ações para atendimento e acompanhamento das mulheres serão coordenadas pela SMDF, que atuará em conjunto com as demais secretarias para desenvolver estratégias voltadas a áreas específicas, como moradia, emprego e renda, programas sociais e segurança pública. Além disso, por meio de um grupo de trabalho, será criado um fluxo eficaz de encaminhamento e acompanhamento das mulheres que deixam a Casa Abrigo. O acompanhamento será iniciado em até 30 dias após a saída e será realizado por profissionais capacitados, preferencialmente dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) ou dos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas). Outro ponto fundamental do decreto é a formação continuada dos servidores envolvidos no atendimento às mulheres em situação de violência. Os profissionais deverão ser instruídos sobre os procedimentos, fluxos e direitos dessas mulheres, garantindo que a assistência prestada seja adequada e humanizada. *Com informações da SMDF
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Mulheres vítimas de violência doméstica contam com atendimento 24h
As mulheres vítimas de violência doméstica e familiar contam com delegacias especializadas que funcionam 24 horas por dia. A Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam I), na 204/205 Sul, e a Deam II, em Ceilândia, têm o propósito de acolher essas vítimas e encaminhá-las aos espaços de assistência criados pelo Governo do Distrito Federal (GDF), como é o caso da Casa da Mulher Brasileira e da Casa Abrigo. Unidades da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher investem em capacitação para atendimento | Foto: Divulgação/SSP [Olho texto=”“Nós estamos cada vez mais aprimorando o acolhimento para as mulheres vítimas de violência”” assinatura=” Letízia Lourenço, delegada-chefe da Deam II” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Somente em 2022, as duas delegacias especializadas somaram 7.458 ocorrências relacionadas à lei Maria da Penha, com mais de quatro mil medidas protetivas requisitadas. Apesar disso, o atendimento sobre violência doméstica por parte da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) não é exclusividade das Deams. Todas as delegacias circunscricionais da PCDF contam com seções de atendimento às mulheres. Ao todo, as delegacias do DF tiveram 16.949 de crimes de violência doméstica, com Ceilândia, Planaltina e Samambaia no topo do ranking das regiões com mais registros. De acordo com a delegada-chefe da Deam II, Letízia Lourenço, o atendimento a essas vítimas é diferenciado. “Nós estamos cada vez mais aprimorando o acolhimento para as mulheres vítimas de violência”, afirma. “Os policiais são capacitados para que haja esse atendimento humanizado”. Além do atendimento exclusivo nas Deams, as mulheres têm um espaço com privacidade para narrar os fatos a agentes preferencialmente do sexo feminino. Após isso, as vítimas são encaminhadas para acolhimento e apoio psicológico na Casa Abrigo e na Casa da Mulher Brasileira. Atuação [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A PCDF dispõe também dos postos do Núcleo Integrado de Atendimento à Mulher (Nuiam) na Deam I, 6ª Delegacia de Polícia (DP), 11ª DP, 29ª DP e 38ª DP. São espaços cedidos pela corporação para que outras instituições do governo, da iniciativa privada e da sociedade civil organizada, possam atuar diretamente no acolhimento às vítimas. As mulheres também contam com serviço online de registro de ocorrências, que funciona 24h por dia. Somente no ano passado, a delegacia eletrônica registrou 1.172 ocorrências relacionadas à lei Maria da Penha, o que equivale a uma média de três registros por dia. “No final das contas, a denúncia é o que move as ações da PCDF; então, a gente pede que a mulher rompa esse ciclo e faça a denúncia para que a gente consiga trabalhar em prol de sua segurança”, reforça Letízia.
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Casa Abrigo garante acolhimento a mulheres vítimas de violência
Mais do que um local seguro, a Casa Abrigo é um lugar de recomeço. De lá, as mulheres podem buscar uma nova vida, com mais oportunidades e sem violência. Para começar sua jornada na Secretaria da Mulher do Distrito Federal (SMDF), a secretária Giselle Ferreira de Oliveira está visitando os equipamentos que oferecem serviços de atendimento voltados para o acolhimento e proteção das mulheres em situação de violência doméstica. [Olho texto=”“Há saída para as mulheres vítimas de violência no DF. Temos um conjunto de esforços para proteger, assegurar e promover a reinserção delas no mercado de trabalho e na sociedade”” assinatura=”Giselle Ferreira, secretária da mulher” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O primeiro lugar a ser visitado foi a Casa Abrigo. Trata-se de um equipamento que acolhe as vítimas de violência doméstica com risco de morte. Localizada em endereço sigiloso para garantir a proteção das mulheres e de seus dependentes, constitui unidade pública estatal de prestação de serviços de Proteção Social Especial de Alta Complexidade. Durante o período na casa, as mulheres e seus dependentes recebem cuidados na área da saúde, orientações para o retorno ao mercado de trabalho e direcionamento escolar, a depender das necessidades de cada caso | Foto: Divulgação / SMDF Para ingresso na unidade, a mulher precisa ser encaminhada por meio das delegacias de polícia do DF, após registro de boletim de ocorrência e solicitação de medida protetiva. As que precisarem de abrigo para os filhos poderão levar crianças do sexo masculino, de até 12 anos de idade incompletos, e do sexo feminino, sem limitação de idade. O espaço comporta 40 pessoas, entre vítimas e seus dependentes. Por até 90 dias, é oferecido acompanhamento psicossocial multidisciplinar, com servidores das áreas de assistência social, psicologia, jurídica e pedagogia, além do encaminhamento para serviços e benefícios socioassistenciais, bem como o acesso a políticas públicas às quais elas têm direito após deixarem a moradia temporária oferecida pelo governo. Entre os serviços, está o auxílio aluguel, o acompanhamento nos Cras e Creas e nos Centros Especializados de Atendimento à Mulher, caso a atendida deseje. Durante o período na casa, as mulheres e seus dependentes recebem cuidados na área da saúde, orientações para o retorno ao mercado de trabalho e direcionamento escolar, a depender das necessidades de cada caso. “Há saída para as mulheres vítimas de violência no DF. Temos um conjunto de esforços para proteger, assegurar e promover a reinserção delas no mercado de trabalho e na sociedade”, destaca Giselle. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Regulamentação Nos últimos anos, a Secretaria da Mulher adotou uma série de medidas para unificar e fortalecer os serviços de acolhimento e atendimento oferecidos pela Casa Abrigo, coincidindo com as determinações do referido projeto de lei, de autoria da Comissão Parlamentar de Inquérito do Feminicídio. A pasta publicou a Portaria nº 62, de junho de 2021, que estabeleceu diretrizes e normatizou os serviços do equipamento, tornando obrigatório o cumprimento normatizado de diversas etapas do atendimento à vítima. *Com informações da SMDF
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Mais proteção e acolhimento para as mulheres
As mulheres são maioria no Distrito Federal, representando 52,2% da população que contribui diariamente para o futuro e o funcionamento da nossa sociedade. Por elas, o Governo do Distrito Federal, por meio da Secretaria da Mulher (SMDF), trabalha na missão de articular ações, serviços e políticas públicas voltadas para este público. Professora e servidora de carreira, Giselle Ferreira de Oliveira assume a pasta com propostas para a continuidade e a expansão dos serviços de proteção das mulheres e de promoção da saúde, da assistência social e do empreendedorismo feminino. Casa da Mulher Brasileira: equipamento foi criado para oferecer atendimento humanizado às mulheres vítimas de violência doméstica | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília A pasta pretende começar o ano promovendo campanhas de divulgação dos serviços de atendimento do GDF voltados para o acolhimento e a proteção das mulheres em situação de violência doméstica. O objetivo é prevenir a violência de gênero e o feminicídio, por meio do incentivo à denúncia, e apresentar os equipamentos da pasta, como a Casa da Mulher Brasileira (CMB), a Casa Abrigo, os Centros Especializados de Atendimento à Mulher (Ceams) e os Núcleos de Atendimento à Família e aos Autores de Violência Doméstica (Nafavds). Secretária Giselle Ferreira: “É importante conscientizar sobre a violência de gênero desde cedo; nós vamos trabalhar para incluir a pauta no currículo escolar e garantir que nossos jovens estejam instruídos desde cedo” | Foto: Renato Alves/Agência Brasília “Este é um trabalho que precisa ser de todos. Não só do governo, mas também de órgãos não-governamentais, da imprensa e da sociedade civil. Assim, nós vamos informar e conscientizar a população sobre tudo o que já está disponível para atendê-la”, explica a secretária. Outro objetivo é continuar a luta pelo índice zero em número de feminicídios, mas, também, trabalhar o apoio às famílias das vítimas deste crime. “Não existe outro número que a gente possa buscar. Um feminicídio já é muito”, declara Giselle. Ela ainda destaca que o assassinato de mulheres pelo simples fato de serem mulheres afeta famílias inteiras e gera vítimas indiretas: os órfãos do feminicídio. A proposta é reforçar o acolhimento e o cuidado com aqueles que, além da vítima, sofrem as consequências da violência contra a mulher. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Levar informações sobre os direitos das mulheres e a legislação de enfrentamento à violência para as escolas também é um dos principais eixos que a pasta deve desenvolver. “É importante conscientizar sobre a violência de gênero desde cedo; nós vamos trabalhar para incluir a pauta no currículo escolar e garantir que nossos jovens estejam instruídos desde cedo”, diz a secretária. Além disso, a Secretaria da Mulher dará continuidade aos projetos e ações em andamento, voltados ao empreendedorismo feminino e à autonomia econômica das mulheres, outro foco da nova gestão. Segundo Giselle, mais um campo de atuação será na oferta de capacitações e oportunidades para que a população feminina possa decidir seu próprio futuro. *Com informações da Secretaria da Mulher
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Festival Itinerante de Leitura chega à Casa Abrigo na próxima terça (18)
O VII Festival Itinerante de Leitura – Uniduniler Todas as Letras chega à segunda fase levando adiante uma proposta de inclusão e acolhimento. No dia 18 de outubro, o festival estará na Casa Abrigo e será destinado a mulheres, jovens e crianças vítimas de violência. A reunião terá muita leitura, contação de histórias e conversas e cantorias. [Olho texto=”“Vamos a hospitais, cadeias e escolas, sempre com leitura, música e poesia. Todas as artes se encontram dentro de um livro”” assinatura=”Alessandra Roscoe, escritora e criadora do Festival Itinerante de Leitura” esquerda_direita_centro=”direita”] A escritora e criadora do festival, Alessandra Roscoe, acompanhada da também escritora Preta Ferreira e do músico Orlando Neto, pretende mostrar ao público que, mesmo diante de rupturas e dificuldades reais, a fantasia e a imaginação podem ser alívio e resgate. O evento será restrito, pois a Casa Abrigo mantém pessoas protegidas por medidas protetivas. De recém-nascidos a idosos, a ideia do Festival Itinerante de Leitura é formar leitores onde há mais dificuldade para eles surgirem | Foto: Adriana Franzin/Divulgação O festival itinerante contou com recursos de R$ 120 mil do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). A abertura ocorreu no dia 23 de julho, com a Revoada poética com oficina de pipas ilustradas. No evento, foram empinados papagaios brancos, produzidos por crianças, e outros coloridos, onde se podia ler frases de livros. De lá para cá, muitos eventos, sempre inclusivos, foram realizados. Alessandra Roscoe diz que a ideia do evento é formar leitores onde há mais dificuldade para eles surgirem. “Vamos a hospitais, cadeias e escolas, sempre com leitura, música e poesia. Todas as artes se encontram dentro de um livro”, afirma a escritora. Com recursos de R$ 120 mil do Fundo de Apoio à Cultura, o festival itinerante faz sua caravana poética em instituições diversas No dia 21 de outubro, será a vez de Brazlândia receber o festival numa ação de leitura e memória para idosos, na Obra Social Santa Isabel. O evento para este público chama-se Caixinha de guardar o tempo, leitura e memória com idosos. Alessandra estará acompanhada do escritor e poeta Leo Cunha e do músico Orlando Neto para acordar as infâncias adormecidas dos idosos. A inclusão é uma das marcas do projeto, que terá no dia 22 de outubro uma leitura sensorial com grupo de atletas deficientes visuais No dia 22, a caravana fará Nos fios do invisível, uma leitura sensorial com os integrantes do grupo de atletas deficientes visuais do Projeto DV na trilha. E no dia 23 de outubro, o encontro Semear leituras, ver brotar histórias – Leitura pública para agricultores familiares, será com agricultores familiares na zona rural de São Sebastião. O VII Festival Itinerante de Leitura – Uniduniler Todas as Letras se despede em outubro com a mesma ação que abriu os trabalhos neste ano de retomada de suas atividades presenciais: a Revoada poética com oficina de pipas ilustradas. Com direito a piquenique, a oficina será realizada às 10h do dia 29 de outubro na Biblioteca Pública da 108/308 sul. A ideia de criar o festival nasceu há 24 anos, quando Alessandra estava grávida da filha e começou a fazer reuniões com outras grávidas com o objetivo de ler para os bebês ainda em gestação. O projeto chamava-se Aletramento Materno. A partir daí, Alessandra passou a usar a música para resgatar memórias, sentimentos e sensações.
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Parceria oferece oportunidade de emprego a mulheres vítimas de violência
Mulheres atendidas pelos equipamentos de acolhimento e atendimento psicossocial da Secretaria da Mulher do Distrito Federal (SMDF) terão a oportunidade de ser contratadas para ocuparem uma vaga na prestação de serviços terceirizados no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). O acordo foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal desta sexta-feira (20). Mulheres atendidas em equipamentos da Secretaria da Mulher, como a Casa da Mulher Brasileira, poderão ser indicadas para postos de trabalho no CNMP | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Com o objetivo de promover a independência financeira e a autonomia econômica de mulheres em situação de vulnerabilidade, vítimas de violência doméstica e familiar, a SMDF assinou um acordo de cooperação técnica com o CNMP, assegurando a inclusão delas como uma das prioridades na lista nas contratações do órgão. Segundo o documento, que vale por dois anos, no mínimo 2% das vagas ofertadas nos processos seletivos para postos de trabalho de serviços continuados e terceirizados do CNMP deverão ser reservadas para as trabalhadoras indicadas pela Secretaria da Mulher, uma vez que essas mulheres são acolhidas pela equipe da SMDF e terão identificadas as suas potencialidades e atual situação financeira. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Importante lembrar, no entanto, que o encaminhamento feito pela Secretaria não anula a necessidade de avaliação das habilidades das indicadas por parte do contratante. As candidatas passarão por um processo seletivo, realizado pelas empresas prestadoras de serviços. A ideia é que, com o emprego, as vítimas de violência possam conquistar sua autonomia econômica e, assim, ter mais oportunidades de recomeçar a vida. Quem poderá se candidatar? A equipe da Secretaria da Mulher será responsável por elaborar uma relação de possíveis candidatas de acordo com as qualificações profissionais exigidas para o exercício da atividade ofertada. As indicadas deverão estar incluídas nos cadastros de mulheres atendidas em um dos equipamentos de apoio a vítimas de violência doméstica e familiar da pasta, como o Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam), a Casa da Mulher Brasileira e a Casa Abrigo. *Com informações da Secretaria da Mulher
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Novas regras para os serviços da Casa Abrigo
O Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta quinta-feira (22) traz uma boa notícia para as mulheres vítimas de violência que precisam do acolhimento e do apoio do Estado. Foi sancionada a Lei nº 6.910, de 21 de julho de 2021, que dispõe sobre o acompanhamento e a assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar, no Distrito Federal, após encerrado do período de passagem dela pela Casa Abrigo, equipamento da Secretaria da Mulher. [Olho texto=”“A proposta é criar um vínculo com a mulher atendida na Casa Abrigo. Não queremos que ela se perca no caminho. Isso vai ser um diferencial no nosso trabalho”” assinatura=” Ericka Filippelli, secretária da Mulher” esquerda_direita_centro=”direita”] Recentemente, a Secretaria da Mulher já tinha adotado uma série de medidas para unificar e fortalecer os serviços de acolhimento e atendimento oferecidos pela Casa Abrigo, coincidindo com as determinações do referido projeto de lei, de autoria da Comissão Parlamentar de Inquérito do Feminicídio. A pasta publicou a Portaria nº 62, de junho de 2021, que estabelece novas diretrizes e normatiza os serviços do equipamento. Isso significa que, a partir de agora, é obrigatório o cumprimento normatizado de diversas etapas do atendimento da vítima, desde o ingresso à unidade até o encaminhamento dela para serviços e benefícios socioassistenciais, bem como o acesso a políticas públicas às quais ela tem direito após deixar a moradia temporária oferecida pelo governo. “A proposta é criar um vínculo com a mulher atendida na Casa Abrigo. Não queremos que ela se perca no caminho. Vamos proporcionar, até mesmo, um primeiro encontro entre essa mulher e a chefia do equipamento para o qual ela está sendo encaminhada. Isso vai ser um diferencial no nosso trabalho”, argumenta a secretária da Mulher, Ericka Filippelli. Com a padronização, as vítimas vão conhecer e passar, obrigatoriamente, por todas as etapas de atendimento da Casa Abrigo, como avaliação psicológica e orientação jurídica | Fotos: Acácio Pinheiro/Agência Brasília Novas regras Antes, ao serem acolhidas na Casa Abrigo, as mulheres passavam por acolhimento e encaminhamento, de certa forma, aleatórios. Até então, o atendimento não era homogêneo e não havia um protocolo específico para traçar o caminho a ser percorrido pelas abrigadas durante a passagem pelo equipamento. “O que muda com a padronização é que as vítimas vão conhecer e passar, obrigatoriamente, por todas as etapas de atendimento da Casa Abrigo, como a avaliação psicológica e orientação jurídica. Com esse protocolo, aumentamos a efetividade do nosso serviço”, acrescenta a secretária da mulher. A Portaria n° 62 define, inclusive, a equipe necessária à realização do plantão na Casa Abrigo. Ela deverá ser composta por diversos profissionais, como especialista em assistência social, psicólogo, técnico em assistência social, agente social e cuidador social, além dos chefes de núcleos de recepção e acolhimento. [Olho texto=”“Ser acolhida na Casa foi bom porque, pelo menos, lá a gente fica protegida e depois, quando sai, já está bem-preparada e consegue ficar mais tranquila”” assinatura=”Ana Maria Neves” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O mesmo documento ainda lista as competências da Casa Abrigo estabelecidas no regimento interno da Secretaria da Mulher. Entre essas, destacam-se “promover atendimento multidisciplinar e humanizado às acolhidas e seus dependentes e realizar articulação com a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) em relação ao ingresso na Casa Abrigo” e “manter articulação com a rede de serviços socioassistenciais, saúde, educação e outros, governamentais ou não, com o objetivo de ampliar e fortalecer a rede e a utilização desses serviços; promover articulações com a rede de proteção e atendimento para garantia de direitos e proteção integral”. Com a obrigatoriedade de padronização do equipamento, a Secretaria da Mulher vai facilitar as articulações com a rede de proteção e atendimento para garantia de direitos e a proteção integral das mulheres vítimas de violência, por meio dos serviços oferecidos por outros órgãos do governo. “Quando a mulher sai da Casa Abrigo, vai existir um cuidado para que ela passe pelos outros equipamentos da Secretaria da Mulher e pelos nossos programas de capacitação oferecidos pelo Empreende Mais Mulher, por exemplo, ou que participe dos nossos cursos on-line”, enfatiza Ericka Filippelli. “Também vamos garantir um monitoramento mais efetivo, após os três meses, para que ela continue mantendo um apoio psicossocial e tenha acesso às demais políticas públicas voltadas ao enfrentamento à violência de gênero.” A secretária da Mulher, Ericka Filippelli, enfatiza que será garantido à mulher monitoramento mais efetivo, após os três meses, com apoio psicossocial e acesso às políticas públicas voltadas ao enfrentamento à violência de gênero A porta de entrada A Casa Abrigo é um espaço de garantia de defesa e proteção de mulheres vítimas de violência doméstica e sexual, em risco de morte, e de seus dependentes. A unidade oferece atendimento psicológico, jurídico, pedagógico e de assistência social. O ingresso no espaço é feito por meio de encaminhamento da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), demais delegacias, pela Casa da Mulher Brasileira ou por ordem judicial. O endereço da casa é mantido em sigilo por motivos de segurança. A pessoa acolhida pode permanecer no abrigo por até 90 dias corridos, prorrogáveis a partir de avaliação da equipe multidisciplinar. Ana Maria Neves foi acolhida na Casa Abrigo e reconhece que o apoio que teve foi fundamental para refazer a vida. “Ser acolhida na Casa foi bom porque, pelo menos, lá a gente fica protegida e depois, quando sai, já está bem-preparada e consegue ficar mais tranquila”, analisa. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Programa Acolher A padronização dentro da Casa Abrigo faz parte de um projeto maior, dentro do programa Acolher – que, lançado em junho pela Secretaria da Mulher, vai determinar as diretrizes de todos os equipamentos. O Acolher se propõe a determinar os objetivos gerais e específicos, além dos princípios sobre como devem ser os encaminhamentos, de cada um dos equipamentos da secretaria voltados ao atendimento e acolhimento às vítimas de violência. O programa vai definir também como tudo isso deve ser feito de forma integrada. O documento instituiu, ainda, a obrigatoriedade da integração dos serviços oferecidos pelas unidades do Centro Especializado de Atendimento às Mulheres (Ceam) e do Núcleo de Atendimento à Família e aos Autores de Violência Doméstica (Nafadv), além do Espaço Empreende Mais Mulher e da Casa da Mulher Brasileira. *Com informações da Secretaria da Mulher
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Protocolos revertem casos de violência doméstica
A secretária da Mulher, Ericka Fillipelli, acredita que os resultados de reversão do quadro de vítimas foram possíveis graças à integração de ações de sua pasta e da Segurança Pública, por meio das polícias Civil e Militar | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília A criação de novos protocolos de atendimento pela Secretaria da Mulher e a resposta rápida de autoridades de segurança pública no combate ao feminicídio contribuíram para que o Distrito Federal registrasse uma queda nos casos de violência doméstica durante a pandemia. De janeiro a junho deste ano, foram 7.639 ocorrências de violência doméstica no DF, 5,4% a menos que os 8.079 casos registrados no mesmo período de 2019. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública divulgados no Observatório da Mulher. As campanhas de estímulo às denúncias e a inovação do atendimento on-line por meio de novos canais se somaram ao plano de medidas do governo na proteção de mulheres que sofreram agressões dentro de casa no período de maior adesão do isolamento social. A favor disso também foi mantido o funcionamento ininterrupto das unidades do Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam). O alerta da Organização das Nações Unidas (ONU) de que o aumento da convivência entre companheiros durante a pandemia poderia resultar em registros de violência serviu, de acordo com a secretária da Mulher do DF, Ericka Filippelli, para que algo inovador fosse colocado em prática. A preocupação aumentou quando os nove núcleos de atendimento à família do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios tiveram os trabalhos suspensos. Ericka acredita que os resultados de reversão do quadro de vítimas foi possível graças à integração de ações das secretarias da Mulher e de Segurança Pública, por meio das polícias Civil e Militar. “Temíamos a subnotificação dos casos pela falta de canais de denúncia. Decidimos, então, correr atrás e pensar em políticas públicas capazes de dar segurança para essas vítimas, mesmo que estivessem dentro de casa com seus agressores. Precisávamos que elas soubessem que não estavam só. Só assim as denúncias seriam possíveis”, alertou. Serviços essenciais Desde o início da pandemia do novo coronavírus, o atendimento às mulheres em situação de violência foi mantido como prioridade do Governo do Distrito Federal (GDF). Em 18 de março de 2020, o Decreto n° 40.530 incluiu a assistência social como serviço essencial, não podendo ser interrompido. As quatro unidades do Ceam – localizadas na Asa Sul, em Planaltina, em Ceilândia e na Casa da Mulher Brasileira, no início da Asa Norte – mantiveram ininterruptos o acolhimento e o acompanhamento interdisciplinar (social, psicológico, pedagógico e de orientação jurídica) às vítimas de violência. A Casa Abrigo, que recebe mulheres em medida protetiva sob grave risco de vida, continuou aberta 24 horas. [Numeralha titulo_grande=”3.303″ texto=”Total de atendimentos feitos pela Secretaria da Mulher entre março e agosto deste ano” esquerda_direita_centro=”centro”] Maria Tereza (nome fictício) foi uma das mulheres agredidas pelo marido que recorreu ao Ceam da Asa Sul logo no início da pandemia. Ao desenvolver uma doença autoimune após 22 anos sob constante tortura psicológica e violência sexual cometidas pelo marido, ela procurou um advogado para dar entrada no processo de divórcio. Passou a contar também com o acompanhamento de uma psicóloga, tudo gratuito. “O suporte psicológico que estou recebendo do Ceam tem sido extremamente importante para mim até porque, desempregada, eu não poderia pagá-lo. É muito difícil passar por isso tudo e compartilhar as dores com familiares e amigos. Um profissional me dá bastante suporte”, conta ela. Você não está só! Também foi lançada, durante a pandemia, a campanha Mulher, você não está só!, para alertar as vítimas de companheiros agressores que os serviços de proteção pública já conhecidos, como o Disque 180, não pararam em decorrência do isolamento social. De março a agosto deste ano, a Secretaria da Mulher registrou 3.303 teleatendimentos, seja pelo próprio 180, ou 197 ou pelo e-mail vocenaoestaso@mulher.df.gov.br, ou por WhatsApp nos números (61) 99415-0635 e (61) 98626 1197. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”]
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Vítima e agressor serão monitorados
Subsecretário de Prevenção à Criminalidade da SSP, Manoel Arruda diz que a Secretaria de Segurança tem se empenhado para reverter as ocorrências de morte e violência cometidas contra as mulheres. Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Segurança Pública, prepara um dispositivo que irá monitorar agressores e vítimas de violência doméstica. Por meio dele, será emitido um sinal que avisará a mulher quando o homem – sob uso de tornozeleira eletrônica – ultrapassar o limite de aproximação determinado pelas Varas de Violência Doméstica e Familiar ou pelos Tribunais do Júri do Distrito Federal. Todo o monitoramento será feito pelo Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob), que controla a movimentação dos agressores em zonas de exclusão pré-determinadas pela vítima, como locais de trabalho e residências. Com o novo serviço, o raio de aproximação deverá ser respeitado em qualquer área do Distrito Federal. O monitorado também receberá uma ligação telefônica da central que o alertará para se afastar do local onde está sob risco de contato com a antiga companheira agredida. A ferramenta está em fase de implementação e deverá ser lançada ainda este ano. É mais uma das medidas de prevenção ao feminicídio adotadas pelo GDF. [Numeralha titulo_grande=”8″ texto=”casos de feminicídio foram registrados no DF, no primeiro semestre de 2020, praticamente a metade dos 15 ocorridos no mesmo período de 2019.” esquerda_direita_centro=”centro”] Secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres destaca o uso de ferramentas como o novo dispositivo essenciais no suporte ao trabalho desenvolvido pelo GDF na proteção às vítimas de violência doméstica e familiar. “O uso desse tipo de tecnologia será uma alternativa importante para garantir resposta rápida das forças de segurança aos casos de violência contra a mulher.” Feminicídio No primeiro semestre de 2020, o Distrito Federal registrou oito casos de feminicídio, praticamente a metade dos 15 ocorridos no mesmo período de 2019. Naquele ano, o número de mulheres que foram assassinadas apenas por serem do sexo feminino chegou a 33 de janeiro a dezembro, cinco a mais que os 28 de 2018. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública divulgados no Observatório da Mulher. Para o subsecretário de Prevenção à Criminalidade, da SSP, Manoel Arruda, a Secretaria de Segurança Pública tem se empenhado para reverter as ocorrências de morte e violência de qualquer tipo cometida contra as mulheres. “Instrumentos como esse aumentam a sensação de segurança dessas vítimas, permitindo que elas retomem suas atividades de rotina sem que a violência as aprisione”, acredita. *Leia nesta segunda-feira (5) – Novos protocolos revertem casos de violência doméstica: registro de ocorrências caiu entre janeiro e junho deste ano e GDF reforçou canais de denúncias e serviço de assistência social a vítimas
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