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Policiamento reforçado e mudanças no trânsito para a celebração de Nossa Senhora Aparecida

A celebração de Nossa Senhora Aparecida, neste sábado (12), na Esplanada dos Ministérios tem previsão de alterações no trânsito e ações coordenadas para a segurança dos fiéis. A partir das 16h, a Esplanada será interditada e haverá reforço do efetivo na delegacia responsável pela região – a 5ª DP – e atuação dos bombeiros. A organização do trânsito ficará sob a responsabilidade da Polícia Militar do DF (PMDF) e do Departamento de Trânsito (Detran-DF). “Nos reunimos com os órgãos envolvidos e organizadores e buscamos as melhores estratégias para garantir a segurança dos participantes. Esta é uma festa muito importante e que reúne centenas de fiéis e merece toda atenção, como sempre fazemos nos eventos desse tipo”, ressalta o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar. Trânsito Imagem: Divulgação O Detran-DF e a Polícia Militar (PMDF) farão interdições nas vias da Esplanada dos Ministérios. O evento será realizado a partir das 9h, no gramado central próximo à Catedral Metropolitana. “É um evento muito tranquilo, mas é preciso estar atento e não deixar celular à mostra, principalmente no meio da multidão. É importante guardá-lo na mochila ou na bolsa, que devem estar fechadas, na frente do peito, nunca nas costas nem do lado do corpo” Tenente-coronel Rosivan Correia, subcomandante do 1º Comando de Policiamento Regional Nesta sexta-feira (11), a partir das 23h59, as equipes do Detran-DF farão fechamentos pontuais. Nesse horário, as equipes vão interditar os acessos aos estacionamentos da Catedral e dos blocos A e B da Esplanada dos Ministérios. A via de ligação sentido S1/N1, em frente ao Museu da República também será bloqueada, sendo destinada ao estacionamento de táxis. No sábado (12), o trânsito de veículos na via S1 será interrompido a partir das 16h e o fluxo será desviado para a via L2 Sul. Os veículos oriundos da L2 Sul sentido Eixo Monumental seguirão para o Buraco do Tatuí. Na via N1 o bloqueio ocorrerá na altura do quartel do Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF). Os acessos à N1, pelas vias Palácio Presidencial, L4 e N2 ficarão fechados. Os acessos aos estacionamentos dos Ministérios pela N1 estarão bloqueados. Os condutores poderão acessar os estacionamentos pela via N2. O diretor de Policiamento e Fiscalização de Trânsito do Detran, Glauber Peixoto, destaca a importância da atenção redobrada, especialmente para quem chega pela rodoviária. “Nossos agentes estarão responsáveis pelo controle de pedestres, garantindo uma maior fluidez no trânsito e promovendo a segurança de todos os transeuntes”, afirmou. Celebração de Nossa Senhora Aparecida em 2023; neste ano, a estimativa de público é de 50 mil pessoas | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “Estamos trabalhando em conjunto com a Polícia Militar para garantir a segurança no trânsito e minimizar os impactos no fluxo de veículos durante o evento. Contamos com a colaboração de todos os condutores para respeitarem as interdições e orientações das equipes nos locais de bloqueio”, completa. A previsão é que 50 mil pessoas participem da festividade. Durante o evento, as equipes do Detran-DF e da Polícia Militar atuarão nos locais de bloqueio, em pontos de travessia de pedestres e nas proximidades do evento para garantir a segurança no trânsito e coibir infrações. O policiamento será reforçado em toda a região central, com empenho de tropas especializadas das forças de segurança do Distrito Federal e monitoramento por meio de imagens de câmeras, drones e informações enviadas ao Centro Integrado de Operações de Brasília. O subcomandante do 1º Comando de Policiamento Regional, que é responsável pela região, tenente-coronel Rosivan Correia, ressalta a importância de estar atento aos objetos pessoais. “É um evento muito tranquilo, mas é preciso estar atento e não deixar celular à mostra, principalmente no meio da multidão. É importante guardá-lo na mochila ou na bolsa, que devem estar fechadas, na frente do peito, nunca nas costas nem do lado do corpo”. O comandante de Policiamento de Trânsito, da PMDF, coronel Edvã Sousa, faz orientações quanto aos estacionamentos. “O público que se deslocar até o desfile com veículo poderá utilizar os estacionamentos dos anexos dos ministérios, dos setores de Autarquias, Bancário e Comercial. Os condutores deverão estacionar somente em locais permitidos, pois haverá fiscalização por parte dos órgãos de trânsito”. Bombeiros O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) também atuará na prevenção de incêndios e contará com equipes de militares especializados em atendimento pré-hospitalar, circulando entre o público para uma resposta mais rápida em caso de necessidade. O CBMDF recomenda, em caso de sol forte e temperaturas elevadas, o uso de roupas leves, protetor solar, bonés ou chapéus. Também é aconselhável ingerir bastante água. Equipes da corporação estarão em diferentes pontos da Esplanada e poderão ser acionadas, além de viaturas para pronto atendimento a emergências pré-hospitalares, incêndio e salvamento e poderão ser acionadas, também, pelo 193.

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Corpus Christi reúne cerca de 50 mil fiéis na Esplanada dos Ministérios

A tradicional festa de Corpus Christi da Arquidiocese de Brasília reuniu cerca de 50 mil fiéis na Esplanada dos Ministérios, nesta quinta-feira (30). O evento contou com apoio de órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF), incluindo interdição de vias para organização do trânsito e instalação de pontos de hidratação. A celebração do Corpus Christi reuniu milhares de devotos na Esplanada dos Ministérios nesta quinta-feira (30) | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília A solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo começou às 6h, com a confecção de tapetes com imagens que relembram o sacramento da Eucaristia, até o grande ato: a Santa Missa, às 17h, celebrada pelo cardeal-arcebispo de Brasília, dom Paulo Cezar Costa. Por fim, às 19h, o público seguiu a procissão do Santíssimo Sacramento, em que o arcebispo proferiu bênçãos aos enfermos, aos governantes e às famílias. O secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo, destacou a importância do evento para a comunidade católica do DF. “É um evento histórico na nossa cidade que transcende, inclusive, a própria fé, porque muita gente vem curiosa para conhecer esse o momento bonito que é a celebração”, observou. “Temos um esquema de policiais, bloqueio do trânsito, muita organização. É uma festa tranquila, porque quem está aqui está carregando o Espírito de Deus no coração. As pessoas vêm para renovar a fé”, disse. Após a missa, o público participou da procissão do Santíssimo Sacramento | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília A cerimônia ocorre na Esplanada dos Ministérios desde 1978 e faz parte da história brasiliense. A enfermeira Juliana Nonato, 31, e a dona de casa Alessandra Nonato, 22, frequentam o Corpus Christi desde crianças. As irmãs desejam passar a tradição aos filhos. “Nós os trazemos desde que são pequenos para que aprendam a valorizar nossa religião”, conta Juliana, que é mãe da Helena, 5, e do Joaquim, 1. “Minha mãe trazia a gente e nós ficávamos brincando enquanto a missa acontecia, mas sempre de olho, louvando a Deus. É isso que queremos transmitir a eles”, completa Alessandra, mãe do Bernardo, 5, e do Arthur, 1. A aposentada Lúcia Silveira, 74, acompanhou Juliana e Alessandra na celebração deste ano. Católica, Lúcia mora em Itaituba (MG), e aproveitou a visita à casa da filha, que reside em Samambaia, para conhecer a festa brasiliense. “Eu adorei! É tão bonito, tudo tão organizado, tem muitos policiais e não vi nenhum problema no trânsito. Nunca tinha visto um evento grande assim, cheio de gente unida com Deus. Vou tentar voltar outros anos”, compartilhou. Everson Ribeiro e Débora Amorim levaram os filhos, Isabella e Arthur, para a celebração religiosa | Foto: Catarina Loiola/Agência Brasília Esta também foi a primeira vez do confeiteiro Everson Ribeiro, 40, no evento. Ele levou a esposa, a recepcionista Débora Amorim, 42, e os filhos Isabella, 12, e Arthur, 7, para aproveitarem o momento. “É tão grandioso quanto o que vemos na televisão, muito bonito”, disse Everson. Por sua vez, Débora já conhecia a festa, mas fazia alguns anos que não participava: “Vim a última vez há uns oito anos e estou muito feliz em voltar e ver que a festa continua linda. Quero plantar essa semente nos meus filhos, para que a gente volte mais vezes”, comentou. “É uma festa tranquila, porque quem está aqui está carregando o Espírito de Deus no coração. As pessoas vêm para renovar a fé”, destacou o secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Apoio O coordenador-geral do evento, Gabriel Oliveira Soares, destacou o esforço coletivo para a realização da festa. Segundo ele, cerca de 500 pessoas atuaram na parte pastoral, que diz respeito à liturgia. “A colaboração para a realização da festa é de extrema importância. Gostaria de agradecer a todos que vieram e nos ajudaram a fazer acontecer em mais um ano”, salientou. A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) instalou pontos de distribuição de água ao longo do canteiro central da Esplanada dos Ministérios. Foram disponibilizados 2.600 litros de água e distribuídos 1.200 copos para as equipes que trabalharam no evento. O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) e a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) fizeram interdições em vias da Esplanada dos Ministérios a partir das 23h59 de quarta-feira (29). Houve bloqueio de pistas próximas ao Museu da República, à Catedral, aos blocos A e B da Esplanada e ao Palácio Presidencial para garantir a segurança dos pedestres. O evento também contou com apoio da Unidade de Assuntos Religiosos do Distrito Federal, do Corpo de Bombeiros Militar do DF e da Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística do DF.

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Fé e emoção marcam encenação da Paixão de Cristo, no Morro da Capelinha

Milhares de fiéis acompanharam a tradicional via-sacra no Morro da Capelinha, em Planaltina, nesta Sexta-feira Santa (29). A 51ª edição da encenação da Paixão de Cristo reuniu 1,4 mil voluntários, sendo 1.100 só de atores e figurantes e 300 membros da equipe técnica, e contou com investimento de R$ 1,6 milhão do Governo do Distrito Federal (GDF). Estima-se que mais de 100 mil pessoas tenham passado pelo evento. Consolidado como uma tradição brasiliense, o espetáculo cênico da via-sacra é considerado Patrimônio Cultural Imaterial do DF desde 2008 | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Diferentemente de outras edições, a deste ano ocorreu em um dia ensolarado, sem chuva. A celebração da Santa Cruz abriu a programação, presidida pelo cardeal Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília. A encenação da Paixão de Cristo começou em seguida, levando milhares de fiéis na peregrinação à jornada do Messias, de acordo com a história bíblica, cheios de emoção, fé e esperança. Esta foi a segunda vez que a estudante Daniela Jesus Souza, 27 anos, participou do evento. “Há quatro anos estive aqui e foi um momento muito maravilhoso. Como fiquei grávida, não consegui vir de novo, porque é cansativo subir com criança pequena, e depois veio a pandemia. Mas estou feliz em voltar e trouxe a minha filha para ver esse momento de fé”, disse. “Acho muito importante mostrar para ela o verdadeiro significado da Páscoa, que não é só um coelho e ovo, mas sim a morte e a ressurreição de Cristo”, completou. Há oito meses morando em Vicente Pires, o advogado carioca Valmir Santana, 52, ficou impressionado com a dimensão da encenação. “Já tinha visto na televisão e achei por bem vir conhecer. Apesar do calor, está tudo ótimo”, opinou ele, que fez elogios à organização. “Muito bem-policiado, ou seja, a gente está num ambiente seguro, um ambiente de paz, isso é muito legal.” A via-sacra do Morro da Capelinha nasceu de um sonho do padre Aleixo Susin, antigo pároco de Planaltina que faleceu em 2021, aos 92 anos. Consolidado como uma tradição brasiliense, o espetáculo cênico da morte e ressurreição de Jesus Cristo é considerado Patrimônio Cultural Imaterial do DF desde 2008, pelo Decreto nº 28.870/2008, e foi incluído no calendário oficial de eventos da capital federal em 1986. A primeira montagem ocorreu em 1973. Esta foi a segunda vez que a estudante Daniela Souza participou do evento: “Estou feliz em voltar e trouxe a minha filha para ver esse momento de fé” O secretário de Turismo, Cristiano Araújo, destacou que o evento fortalece a economia local, além de ser um marco cultural. “A via-sacra já é um evento consolidado no Turismo Religioso de Brasília, e a cada ano percebemos que os fiéis e a população de Planaltina se empenham para que a festa seja um sucesso. Estamos trabalhando para que a estrutura, a organização e o reconhecimento dessa celebração se tornem os maiores do país”, afirmou. O administrador regional de Planaltina, Wesley Fonseca, avalia que mais de 100 mil pessoas participaram da encenação. Ele ressaltou o empenho conjunto do GDF no apoio logístico do evento, garantindo que as pessoas pudessem manifestar sua fé e promessas com tranquilidade. “A gente está num ambiente seguro, um ambiente de paz, isso é muito legal”, disse o advogado Valmir Santana “Esse espetáculo conta com toda a equipe do governo. Nós colocamos as máquinas da administração para preparar o caminho dos artistas, das pessoas que estão trabalhando e da população. Então, teve todo um aparato do governo para que esse evento fosse cada vez melhor e se tornasse um dos eventos de maior público a céu aberto em uma única apresentação no Brasil”, comentou o administrador. As apresentações da Semana Santa começaram no Domingo de Ramos, celebrado no último dia 24, junto à via-sacra das crianças. Nesta quinta-feira (28), ocorreu a Última Ceia, que representa a última refeição que Jesus Cristo dividiu com os apóstolos em Jerusalém antes de sua crucificação, e a Paixão de Cristo, realizada nesta sexta (29), em que o Messias é levado a julgamento. Planejamento A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) coordenou a elaboração do Protocolo de Operações Integradas (POI). O documento foi elaborado com a participação envolveu as polícias Militar (PMDF) e Civil (PCDF), o Corpo de Bombeiros (CBMDF), Administração Regional de Planaltina, Serviço de Limpeza Urbana (SLU), secretarias de Mobilidade (Semob) e de Saúde (SES), Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), CEB, Conselho Tutelar, DF Legal e Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), além da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A Caesb garantiu o fornecimento de 26 mil litros de água potável para o público e os atores que participaram da encenação. Além disso, a Companhia Energética de Brasília (CEB) instalou 161 luminárias de LED no local para aumentar a sensação de segurança. A instalação demandou investimento de R$ 127 mil, verba originária de taxas de Contribuição de Iluminação Pública (CIP).

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“O filho de Deus está entre nós”

Mauro Lúcio da Silva Campos (à esquerda) foi o primeiro Jesus do Morro da Capelinha. A honra agora pertence a Marcelo Ramos. Foto: Vinícius de Melo/Agência Brasília Governador da província da Judeia sob o jugo do poderoso Império Romano, Pôncio Pilatos foi o juiz que selou o destino de Cristo, condenando-o à cruz, mas eternizando sua figura como símbolo duradouro da fé cristã. Quando surgiu a oportunidade de encenar um papel na Via Sacra de Planaltina, o advogado Marcelo Ramos não titubeou. Ao invés da toga de jurista, preferiu o manto simples de um carpinteiro. A estreia, no entanto, foi usando uma armadura. “Antes do papel de Jesus eu fui soldado”, conta o jovem de 31 anos, os últimos cinco como protagonista da paixão de Cristo no Morro da Capelinha. “Para mim não existe um advogado mais dedicado do que Jesus, que entregou sua própria vida para defender uma causa que é a salvação da humanidade”, avalia, traçando um paralelo entre a profissão que escolheu e o humanismo do homem que revolucionou o mundo com o poder da palavra e do amor. Aliás, amor e fé são os combustíveis sagrados que movimentam uma das mais belas vias sacras do país. Foi o que fisgou Marcelo, então um menino de 9 anos, que nem sonhava um dia ser legionário. Muito menos Jesus. Também é a fagulha que, há 46 anos, conduz milhares de fiéis ao Morro da Capelinha. Segundo dados da Secretaria de Cultura do DF, patrocinadora do evento, foram 60 mil pessoas na última edição. “A Via Sacra é uma obra de Deus que toca o coração das pessoas de uma forma inigualável. Por isso, ela é tão especial e dura tantos anos”, observa Marcelo que, mesmo morando em Águas Claras, não se importa de atravessar o Distrito Federal toda semana para participar dos ensaios. “Eu sou filho de Planaltina, amo a cidade, mas devido à distância do trabalho achamos melhor mudar”, lamenta o advogado e ator amador. Claro que, sendo “Jesus”, nenhum tipo de contratempo, empecilho ou mesmo distância é problema. E se a missão é encantar uma multidão de religiosos entorpecidos pelo mistério da fé e a força do amor, qualquer tipo de sacrifício é válido, engrandece o espírito. “Quando estou atuando me sinto como um instrumento de conversão. É como ler a Bíblia, cada um internaliza aquilo que ela precisa para o seu coração”, garante Marcelo, que quase foi ordenado padre. Jesus pioneiro de Planaltina Também nascido em Planaltina, Mauro Lúcio da Silva Campos, 65 anos, precedeu o advogado Marcelo em algumas décadas e teve a honra de viver o primeiro Cristo da Via Sacra de Planaltina. Foi no início dos anos 70. Na época, adolescente com seus 16 para 17 anos, madeixas longas e integrante do grupo da igreja, mais que natural que o papel do Salvador lhe caísse de mãos beijadas no colo. Assim, por 20 anos, ele não decepcionou a comunidade da paróquia de São Sebastião. “Para fazer o Cristo tinha que ser alguém do cursilho. E, na época, por causa dos Beatles, era moda ter cabelo grande. E o meu estava comprido, então o pessoal da Igreja pediu para não cortar”, lembra Mauro. “Fiz a primeira Via Sacra e gostaram. Com o tempo me aperfeiçoei. Nas últimas edições, porém, eu já usava peruca por causa da careca”, lembra, sorrindo. Entre o “pessoal da igreja” mencionado por Mauro Lúcio, destaca-se de forma marcante a figura do padre Aleixo Susin, 91 anos, o fundador da Via Sacra do Morro da Capelinha. E que teve a ideia de montar a encenação da paixão de Cristo em Planaltina motivado por uma revelação. “Tudo começou com ele, que achava o Morro da Capelinha bonito e queria aproveitar aquele cenário. No início, era bem precário, não tinha nada, a gente saía nas lojas pedindo roupa e equipamento de som, por exemplo”, recorda. Hoje, nas palavras do primeiro Jesus do Morro da Capelinha, a realidade é bem diferente. Mas tudo foi construído aos poucos, “tijolo por tijolo”, como se fosse uma grande construção, com dedicação e amor, espírito de união e perseverança. As inovações e evoluções surgidas a cada ano eram apresentadas em reuniões de avaliação no final de cada Via Sacra, onde todos debatiam o que tinha que ser corrigido e melhorado. “Hoje, a estrutura é maravilhosa. Plantamos uma sementinha, ela cresceu e está dando fruto até hoje”, diz, sem esconder o orgulho. Estrutura de cinema E é verdade. Uma estrutura de cinema que encheria de satisfação Cecil B. DeMille, o mítico produtor dos clássicos bíblicos de Hollywood. Segundo informações da organização do evento, pelo menos 1,4 mil voluntários participam da organização da paixão de Cristo de Planaltina. Só na encenação, entre figurantes e atores, são 800 pessoas. E há mais 600 pessoas na equipe técnica. “É como se fosse uma corrente da fé”, compara o ex-ator. Com a experiência de quem viveu por duas décadas o papel do homem mais importante do Cristianismo, Mauro Lúcio mostra o caminho da salvação para jovens como o advogado Marcelo Ramos e tantos outros que virão. “Fazer o papel com muita humildade, sem vaidade e viver, no dia a dia, a experiência de Cristo, se espelhar no que ele foi”, ensina.

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