Centros de convivência combatem a exploração sexual de crianças
O 18 de maio é conhecido como Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A data reforça a campanha de sensibilização à prevenção desse crime. Neste mês, as unidades socioassistenciais trabalham acerca dessa temática com o público atendido. Entre elas, os Centros de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (Cecon), que reforçam o debate sobre o tema no contexto da proteção social. São diversas atividades com foco na prevenção e no cuidado. [Olho texto=”“Precisamos alertar nossas crianças e adolescentes, pois elas precisam identificar um abuso, saber como denunciar e se proteger. Trata-se de um trabalho contínuo”” assinatura=”Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social” esquerda_direita_centro=”direita”] “A prevenção desse tipo de crime é complicada, porque é uma prática que, muitas vezes, ocorre dentro de casa. Precisamos alertar nossas crianças e adolescentes, pois elas precisam identificar um abuso e saber como denunciar, para que possam se proteger. Trata-se de um trabalho contínuo”, pontua a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha. No Cecon Divineia, no Núcleo Bandeirante, os educadores utilizaram trabalhos manuais para falar sobre o tema. Cerca de 50 crianças e adolescentes entre seis e 15 anos de idade atendidos na unidade fizeram pinturas em telas, cartazes, teatro de fantoches, assistiram vídeos educativos, além das rodas de conversa, estratégia adotada na maioria das unidades para esclarecer os jovens sobre o que é um abuso sexual e como denunciar. O Cecon Sobradinho orientou jovens sobre a legislação que protege crianças e adolescentes | Fotos: Divulgação/Sedes-DF “Pensamos em atividades lúdicas porque esse é um tema muito delicado. O foco do bate-papo é mostrar que o Cecon é um espaço de acolhimento para eles, onde têm abertura para conversar. Muitas vezes, a família que deveria proteger representa um risco. Então, a ideia foi fortalecer o vínculo para mostrar que eles não estão sozinhos”, destaca a chefe do Cecon Divineia, Adiléia da Silva Carvalho. Em 1º de junho, a unidade vai concluir o percurso, como são chamados esses projetos específicos, com a apresentação dos trabalhos feitos ao longo do mês e uma palestra com uma especialista do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) Núcleo Bandeirante. Além das crianças e adolescentes, pais e responsáveis também foram convidados. “Um dos objetivos desse percurso foi apresentar um espaço de orientação, esclarecimento de dúvidas e acolhimento para situações de violações de direitos relacionadas ao abuso sexual”, reitera Adiléia Carvalho. [Olho texto=”“O foco do bate-papo é mostrar que o Cecon é um espaço de acolhimento para eles, onde têm abertura para conversar. Muitas vezes, a família que deveria proteger representa um risco”” assinatura=”Adiléia da Silva Carvalho, chefe do Cecon Divineia” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Cecon Sobradinho Já o Cecon Sobradinho aproveitou a data para esclarecer aos jovens sobre a legislação que protege crianças e adolescentes, e reforçar os cuidados com a exposição nas redes sociais e a pornografia infantil. “Quando falamos sobre direitos, explicamos os conceitos e a diferença entre abuso e exploração sexual, mostrando que isso é uma forma de violência”, explica a educadora social Tereza Lana, que está como chefe substituta do Cecon Sobradinho. “Muitos nem sabem identificar se estão sendo vítimas de um abuso e não conseguem falar sobre sexualidade em casa”, emenda. A conscientização dos adultos e idosos, potencializando o caráter preventivo e proativo do serviço, é o foco do Cecon Riacho Fundo “Aqui na unidade, temos um grupo que atua na inclusão sociodigital dos adolescentes atendidos, o Coletivo Juvenil PowerPontes. Nele, nós também alertamos sobre pornografia infantil na internet e os riscos de se expor, enviar fotos íntimas em relacionamentos”, complementa. O Cecon Sobradinho atende, atualmente, 56 adolescentes na faixa etária de 15 a 17 anos de idade. A unidade trabalha com quatro coletivos de adolescentes. Durante toda esta semana, os educadores sociais da unidade trabalharam o tema com vídeos educativos e rodas de conversa. [Olho texto=”“Não é assunto que eles se sentem confortáveis de falar, alguns vieram encaminhados pelos Creas, ou seja, já vivenciaram uma situação de violação de direitos”” assinatura=”Tereza Lana, educadora social do Cecon Sobradinho” esquerda_direita_centro=”direita”] “Nos bate-papos, o educador social apresentou aos jovens o que é o 18 de maio, o símbolo da flor amarela, a origem da data e a base legal na perspectiva da proteção social. Após a apresentação dos conceitos, foi realizada uma roda de conversa, um momento de escuta coletiva onde eles puderam se expressar, fazer perguntas”, conta a chefe do Cecon Sobradinho. “Não é assunto que eles se sentem confortáveis de falar, alguns vieram encaminhados pelos Creas, ou seja, já vivenciaram uma situação de violação de direitos. O nosso retorno foi positivo, eles conversaram, contaram histórias, casos da família, foi um momento interessante”, relata Tereza Lana. “Nós reforçamos a nossa disponibilidade para uma conversa individual e reservada, caso algum jovem sinta a necessidade desse momento de escuta ou queira relatar alguma vivência pessoal de violência, em conformidade com a Lei da Escuta Protegida”. Cecon Riacho Fundo As unidades adotam estratégias para trabalhar a temática do combate à exploração sexual de crianças e adolescentes de acordo com o público atendido. No Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos Riacho Fundo, a maior parte dos usuários são adultos e idosos, 95 no total. Além das atividades específicas para, aproximadamente, 18 crianças e adolescentes atendidos na unidade, na faixa etária entre 6 e 14 anos, o foco é a conscientização dos adultos e idosos, potencializando o caráter preventivo e proativo do serviço. [Olho texto=”“A ideia foi trabalhar com os adultos e idosos para que eles protejam seus familiares, saibam reconhecer mudanças no comportamento da criança, fiquem atentos a possíveis sinais de abuso na vizinhança também”” assinatura=”Juventino Mondadori, chefe do Cecon Riacho Fundo” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “A ideia foi trabalhar com os adultos e idosos para que eles protejam seus familiares, saibam reconhecer mudanças no comportamento da criança, fiquem atentos a possíveis sinais de abuso na vizinhança também”, reforça o chefe do Cecon Riacho Fundo, Juventino Luciano Mondadori de Oliveira. “Trabalhamos a proteção ampliada, que abrange não só a família, mas o fortalecimento do vínculo com toda a comunidade. Queremos mostrar que o Cecon é um espaço de convivência, mas não é o único. O principal é a comunidade onde eles estão inseridos”, ressalta. Segundo o chefe do Cecon Riacho Fundo, as atividades foram realizadas por meio de vídeos educativos e conversas. “Esse é um tema pesado, por isso, trabalhamos de forma fragmentada, para deixar a discussão mais leve. Apresentamos dados estatísticos para mostrar quem são os principais agressores. Oitenta por cento dos casos têm envolvimento de pessoas ligadas à família”, explica. “Explicamos sobre as mudanças no comportamento, vestimentas, autoflagelação, perda de apetite, isolamento social sem motivo aparente, mudanças que, geralmente, ocorrem após o crime. E reforçamos também a importância de sempre acreditar na criança e denunciar, por meio do Disque 100, Ligue 180, ou na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente”, enfatiza Mondadori. Na próxima sexta (27), a unidade vai realizar oficinas sobre o tema para encerramento do percurso elaborado para o mês de maio, no Centro Olímpico do Riacho Fundo, a partir das 14h. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O Distrito Federal tem 16 Cecons gerenciados diretamente pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), além do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), que é executado nas instituições parceiras e em quatro Centros de Referência de Assistência Social (Cras). “Temáticas como essa, que intensificam a necessidade de combate a possíveis situações de violação de direitos, devem permear o planejamento de todos os percursos desenvolvidos ao longo do ano nos centros de convivência”, frisa o diretor de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da Sedes, Clayton Andreoni Batista. “As datas alusivas, como o dia 18 de maio, devem ser utilizadas como estratégias para maximizar o alcance dos objetivos almejados e ampliar as possibilidades de enfrentamento das situações de vulnerabilidade vivenciadas por essas pessoas”, completa. *Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social do DF
Ler mais...
Últimos dias para cadastro de quem recebe o BPC
Termina em 31 de dezembro o período para o registro obrigatório dos dados de idosos e pessoas com deficiência que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), da Lei Orgânica da Assistência Social (Loas). A medida garante o recebimento da verba. O prazo até o fim de 2018 é impreterível e atende à prorrogação publicada pela portaria interministerial de 2016, do governo federal, responsável pelo pagamento do auxílio. [Olho texto=”Quem já recebe precisa fazer o cadastro obrigatoriamente, caso contrário, terá o benefício cancelado” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Para se cadastrar, os dependentes do BPC devem fazer o agendamento pelo 156, opção 1, ou, procurar uma das unidades do centro de referência especializado de assistência social (Creas), do centro de convivência (Cecon), do centro de referência de assistência social (Cras) ou o posto de atendimento exclusivo na Rodoviária do Plano Piloto (no térreo, ao lado do Detran-DF e próximo à entrada do metrô). O registro também pode ser feito pelo responsável familiar, contanto que leve os documentos (veja lista abaixo) das pessoas que moram com o beneficiário, além do CPF de todos os residentes da casa — inclusive das crianças —, RG, título de eleitor, carteira de trabalho e certidão de nascimento. A apresentação do comprovante de residência também é necessária, de preferência a conta de luz. Os documentos devem ser originais. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A medida é referente ao Cadastro Único (CadÚnico), o mesmo utilizado para outros programas assistenciais. Nele são registradas as características da residência, a identificação de cada pessoa, a escolaridade e a situação de trabalho e renda, entre outras informações. De acordo com a Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, no Distrito Federal há 47.578 beneficiários do BPC. [Numeralha titulo_grande=”47.578″ texto=”Quantidade de beneficiários do BPC no Distrito Federal” esquerda_direita_centro=”direita”] Desses, cerca de 50% estão em situação irregular (sem inscrição no CadÚnico ou desatualizada) e correm risco de perder o benefício. Para intensificar o atendimento, a pasta fez mutirão de atendimento nos fins de semana. Caso avalie ser necessário, promoverá novas ações. No sábado (8) e no domingo (9), 874 pessoas passaram pelas unidades da secretaria. Veja no site a lista dos idosos e das pessoas com deficiência que precisam se cadastrar até 31 de dezembro de 2018. Documentação obrigatória para cadastro Documento de identificação (certidão de nascimento, certidão de casamento, carteira de identidade (RG), carteira de trabalho ou título de eleitor), além do CPF de todas as pessoas que moram na casa, inclusive das crianças Comprovante de endereço, de preferência a conta de luz Comprovante de matrícula escolar das crianças e jovens até 17 anos. Se não tiver o comprovante, o responsável familiar deve informar o nome da escola de cada criança ou jovem Carteira de trabalho Quem tem direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) O BPC é a garantia de um salário mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais que comprovem renda familiar de até R$ 238.
Ler mais...
Cadastro obrigatório para manter Benefício de Prestação Continuada vai até 31 de dezembro
Idosos e pessoas com deficiência contemplados com o Benefício de Prestação Continuada (BPC) têm até 31 de dezembro para fazer o cadastramento obrigatório. Os interessados devem procurar qualquer unidade do centro de referência especializado de assistência social (Creas), do centro de convivência (Cecon), do centro de referência de assistência social (Cras) ou o posto de atendimento exclusivo na Rodoviária do Plano Piloto (no térreo, ao lado do Detran-DF e próximo à entrada do metrô). De acordo com a Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, no Distrito Federal, de 24.163 beneficiários do BPC que precisam se cadastrar, menos de mil pessoas fizeram o procedimento. A medida é referente ao Cadastro Único (CadÚnico), o mesmo utilizado para o Bolsa Família e outros programas assistenciais. [Olho texto=”Creas, Cras e Centros de Convivência fazem o cadastramento do BPC em esquema de mutirão nos fins de semana” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A secretária-adjunta de Desenvolvimento Social, Marta Sales, afirma que há reforço para atendimento e ressalta a importância do trâmite. “Estamos em regime de mutirão nos fins de semana nos Cras, Creas e centros de convivência, mas a procura ainda é muito baixa. Fazemos um apelo para que as pessoas não deixem para a última hora. Quem já recebe tem que fazer o Cadastro Único obrigatoriamente, caso contrário, terá seu benefício cancelado”, explica. O agendamento pode ser feito pelo telefone 156, opção 1, que está atendendo exclusivamente os contemplados pelo BPC. O que é o BPC O Benefício de Prestação Continuada (BPC) da Lei Orgânica da Assistência Social (Loas) é a garantia de um salário mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais que comprovem não ter meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida pela família. Uma portaria interministerial, do governo federal, publicada em 2016 prorrogou o prazo de cadastro até o fim de 2018, impreterivelmente. O auxílio é pago pelo Executivo federal. Em contrapartida, cabe às unidades da Federação fiscalizar e cadastrar quem já recebe o benefício.
Ler mais...