Índice que mede a vulnerabilidade social apresenta estabilidade no DF
O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) divulgou, nesta terça-feira, o relatório da Evolução do Índice de Vulnerabilidade Social do Distrito Federal (IVS-DF) 2018-2021. O IVS-DF é um índice sintético que busca expressar de forma mensurável como estão as condições de vida, as carências sociais e o bem-estar da população do DF em uma perspectiva multidimensional. “Esse tipo de trabalho, de construção de índices sintéticos, é muito importante para atender a uma demanda crescente dos gestores públicos por dados e ferramentas que auxiliem no desenho das políticas públicas, na focalização e na alocação de recursos “ Marcela Machado, diretora de Estudos e Políticas Sociais do IPEDF Composto por 19 indicadores, divididos em três dimensões, seu resultado pode variar de 0 a 1, e quanto mais próximo de 1, maior é a vulnerabilidade social do território analisado e piores são as condições de vida da sua população. Por outro lado, os valores próximos a 0 indicam baixa ou inexistente vulnerabilidade social no território. As dimensões que compõem o IVS-DF representam grandes conjuntos de ativos, ou recursos, cuja posse ou ausência/insuficiência são importantes determinantes das condições de vida da população. São elas: Dimensão 1 – Infraestrutura e Ambiência Urbana; Dimensão 2 – Capital Humano; e Dimensão 3 – Renda e Trabalho. O IVS-DF é construído a partir da ideia de que vulnerabilidade social vai além da falta de recursos financeiros, conforme explica a coordenadora de Estudos e Pesquisas Quantitativos de Políticas Sociais do IPEDF, Juliana Estanislau: “O índice busca trazer para o cálculo da vulnerabilidade diversos fatores da estrutura social, como inserção no mercado de trabalho, acesso a serviços públicos, escolaridade, infraestrutura domiciliar, entre outros.” O índice se configura em uma ferramenta fundamental para a compreensão da realidade social do Distrito Federal. “Esse tipo de trabalho, de construção de índices sintéticos, é muito importante para atender a uma demanda crescente dos gestores públicos por dados e ferramentas que auxiliem no desenho das políticas públicas, na focalização e na alocação de recursos.”, explica a diretora de Estudos e Políticas Sociais do IPEDF, Marcela Machado. As três RAs mais vulneráveis do DF não se alteraram entre 2018 e 2021, seguiram sendo SCIA/Estrutural (0,79 e 0,75), Sol Nascente/Pôr do Sol (0,66 e 0,71) e Fercal (0,61 e 0,60). Em 2018, o IVS-DF variou de 0,08 (Cruzeiro) a 0,79 (SCIA/Estrutural). Essa diferença entre a região administrativa menos vulnerável e a mais vulnerável foi um pouco menor em 2021, de 0,07 (Lago Sul) a 0,75 (SCIA/Estrutural) Resultado geral Em 2018, primeiro ano de análise, a capital federal apresentou Índice de Vulnerabilidade Social (IVS-DF) igual a 0,32, o que situava o território na faixa de média vulnerabilidade. Já em 2021, o resultado foi praticamente o mesmo, com 0,33 e permanência na faixa de média vulnerabilidade social. Apesar da média para o DF não ter mudado substancialmente, os resultados e as colocações relativas das regiões administrativas no ranking do IVS-DF sofreram modificações entre 2018 e 2021, no qual 15 regiões administrativas apresentaram aumento do IVS-DF, o que indica piora em termos de vulnerabilidade social; 14 RAs tiveram redução do IVS-DF, indicando melhora nas condições de vulnerabilidade social; e quatro permaneceram com o mesmo índice de 2018 em 2021. As três RAs mais vulneráveis do DF não se alteraram entre 2018 e 2021, seguiram sendo SCIA/Estrutural (0,79 e 0,75), Sol Nascente/Pôr do Sol (0,66 e 0,71) e Fercal (0,61 e 0,60). Em 2018, o IVS-DF variou de 0,08 (Cruzeiro) a 0,79 (SCIA/Estrutural). Essa diferença entre a região administrativa menos vulnerável e a mais vulnerável foi um pouco menor em 2021, de 0,07 (Lago Sul) a 0,75 (SCIA/Estrutural). Resultados por dimensão A Dimensão 1, que é composta por cinco indicadores que avaliam a infraestrutura e ambiência urbana do domicílio e do seu entorno, entre os anos de 2018 e 2021, apresentou uma redução de aproximadamente 9%, ao passar de 0,22 para 0,20. A justificativa para tal melhora é principalmente pela redução do percentual da população no DF vivendo em domicílios cuja rua não é asfaltada ou pavimentada, não tem iluminação e está sujeita a alagamentos que passou de 30,75%, em 2018, para 23,5%, em 2021. Em 2021, 20 RAs tiveram resultado inferior à média da capital, ou seja, a maior parte delas apresentou vulnerabilidade em infraestrutura e ambiência urbana menor do que a média da unidade da federação. Os valores alcançados pelas RAs nessa dimensão variaram, em 2021, de 0,02 no Lago Sul a 0,69 em SCIA/Estrutural, o que mostra que há regiões com nenhuma ou quase nenhuma vulnerabilidade em infraestrutura e ambiência urbana e outras com alta vulnerabilidade nesses aspectos. A Dimensão 2, que mede o capital humano através de oito indicadores, não variou entre 2018 e 2021, permanecendo no valor de 0,43 em ambos os anos. Essa manutenção no nível de vulnerabilidade em capital humano decorreu de uma combinação de aumento (piora) do valor de alguns indicadores e redução (melhora) de outros. A amplitude dos valores entre as RAs é maior nessa dimensão em comparação com a de infraestrutura e ambiência urbana. Em 2021, os resultados da dimensão capital humano variaram de 0,14, no Lago Sul, a 0,86, em SCIA/Estrutural. A Dimensão 3, que avalia os aspectos de renda e trabalho, composta por seis indicadores, foi a única que não apresentou melhora ou estabilidade. No primeiro ano de análise, seu resultado foi 0,32 e, em 2021, 0,38, o que representa um aumento de aproximadamente 19%. A explicação desse comportamento foi a piora do indicador relativo à razão entre a renda média dos domicílios chefiados por homens e dos chefiados por mulheres, que passou de 1,27 para 1,41. Em 2021, essa dimensão apresentou a maior amplitude de resultados: o menor valor foi 0,06 (Lago Sul) e o maior, 0,86 (Sol Nascente/Pôr do Sol). A maior parte das RAs (19 de 33) obteve resultado inferior ao do DF nessa dimensão, o que significa que elas estavam menos vulneráveis em termos de renda e trabalho do que a média do Distrito Federal. Acesse o Relatório, Sumário Executivo e Nota Metodológica do IVS-DF. *Com informações do IPEDF
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Guará completa 54 anos com mais de R$ 300 milhões de investimentos em 2023
A região administrativa que pulsa cultura no Distrito Federal (DF) está prestes a celebrar 54 anos nesta sexta-feira (5). O Guará foi uma cidade construída por meio de mutirões entre as próprias famílias que vieram para Brasília em busca de melhores condições de vida. E quem escolheu o Guará para morar se apaixonou por cada praça, monumento e pontos culturais que marcam a região. Só neste ano, o Governo do Distrito Federal (GDF) já investiu mais de R$ 300 milhões em obras e infraestrutura na região administrativa. Ao completar 54 anos, o Guará se destaca pela qualidade de vida que oferece aos mais de 140 mil habitantes | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília Janaína Almeida tem 46 anos e é uma guaraense nata. Ela nasceu, cresceu e estudou no Guará, na Escola Classe 2 (EC 2). Hoje, é professora da rede pública de ensino e teve o privilégio de reviver o seu passado ao ser transferida para dar aula na mesma escola que marcou a sua infância, a EC 2. Filha do Guará, a professora da rede pública de ensino Janaína Almeida teve o privilégio de reviver o seu passado ao ser transferida para dar aula na mesma escola que marcou a sua infância, a EC 2 “Foi uma emoção muito grande estar de volta, como professora, à escola em que eu estudei”, disse. Para ela, a originalidade do Guará é o ponto forte da região. “Eu gosto como é conservado o gabarito daqui. No Guará I, só há prédios de três andares. A estrutura das pracinhas é a mesma há anos, no meio das casas. Aqui também é um mix cultural, tem o forró dos maranhenses, tem reggae, tem rap, tem rock. É uma cidade onde existe uma vocação cultural muito forte”, defendeu. Para além da cultura diversificada entre os guaraenses, o Bomba — nome de um sanduíche idealizado por uma lanchonete no Guará —, a Feira do Guará, o kartódromo, a Casa da Cultura e o Parque Ecológico Ezechias Heringer são alguns dos inúmeros pontos que tornam o Guará uma das regiões mais cativantes do DF. Miguel Alves, que mora na cidade há 49 anos, é um ativista social que luta pela preservação da história do Guará Miguel Alves, além de morador, é ativista cultural do Guará e trabalha na preservação da história da cidade. “Moro aqui há 49 anos. Quando cheguei, era só terra. A gente brincava nas manilhas, na argila”, relembra. “Tenho um orgulho imenso dessa cidade, que é próxima de tudo e produz cultura com muita facilidade. O Guará é um celeiro de artistas. Temos a Casa da Cultura, o Teatro de Arena, as praças. Essa veia cultural é o que mais me atrai na região”,. Hoje, o Guará acolhe cerca de 145 mil habitantes e é considerado uma região com pouca rotatividade entre os moradores. Reflexo disso é o envelhecimento da população, tendo em vista que, do total, cerca de 30% são idosos. Janaína pretende seguir o mesmo caminho: “Eu quero passar o resto da minha vida aqui no Guará”. O Guará está recebendo investimentos em infraestrutura e terá obras como a construção de creche e de hospital ortopédico Investimentos Construção de creche, hospital ortopédico e obras de infraestrutura são alguns destaques do que ainda será feito na região pelo Governo do Distrito Federal (GDF). O investimento, nessas ações, é de mais de R$ 300 milhões. Isso sem contar as benfeitorias contínuas feitas pelos órgãos executores em parceria com a administração regional, como roçagem, reforma e limpeza de bocas de lobo. Somente em ações para tapar buracos, neste ano, foram mais de 600 toneladas de massa asfáltica e mais de 500 toneladas de lixo e entulho recolhidas. Morador do Guará desde 1988, o atual administrador Artur Nogueira quer a proximidade da população com o GDF e busca resgatar projetos para a cidade que estavam parados De acordo com o administrador da cidade, Arthur Nogueira, o objetivo é aproximar a população do GDF. “Quero uma comunidade mais próxima aqui da administração. Estamos resgatando todos os projetos que estavam parados”, esclarece. Ele relembra como o Guará foi marcante durante sua trajetória: “Cheguei aqui em 1988. No Guará, foi onde comprei meu primeiro apartamento e onde tive meu primeiro emprego. Esse lugar representa amor e paixão para mim, e a população pode contar conosco para que a cidade fique ainda melhor”. Aniversário E, para comemorar os 54 anos do Guará, nada mais justo do que um bolo de 54 metros para a população. O tradicional corte do bolo será nesta sexta-feira, a partir das 11h, na Administração Regional do Guará. Além disso, há outras inúmeras atividades previstas para celebrar o aniversário da região. Confira, abaixo. Desfile cívico cultural Data: sexta (5) Horário: 8h às 12h | Corte do bolo previsto para as 11h Local: Administração do Guará Campanha de doação de sangue – Capoeira Sangue Bom Data: sexta (5) Horário: 9h às 16h Local: Estacionamento do Cave (Unidade móvel do Hemocentro) Jogos escolares Datas: sexta (5), de 8 a 12 e nos dias 15 e 16 Horário: 14h às 18h Local: Ginásio Arena Guará Curta documentário Guará Data: sexta (5) Horário: 10h Local: Administração do Guará Forró Xique-Xique Data: sexta (5) Horário: 20h Local: Praça da QE 30 Feira collor mix Data: sábado (6 ) Horário: 10h às 18h Local: Praça da Bandeira Passeio ciclístico Data: domingo (7) Horário: 8h às 10h Local: Administração Regional do Guará Missa de aniversário Data: domingo (7) Horário: 19h às 20h Local: Paróquia São Paulo Apóstolo Orelha do Lobo Sunset (reinauguração do monumento) Data: dia 11 Horário: 17h Local: Monumento Orelha do Lobo Guará I Feira de Orquídeas Data: de 11 a 14 deste mês Horário: 8h às 18h Local: Casa da Cultura do Guará Expoarte Dia das Mães Data: dia 13 Horário: 10h Local: Praça Cívica (em frente à Administração do Guará) Baile 4 Décadas – Banda Pholhas Data: dia 13 Horário: 21h Local: Salão de Múltiplas Funções Culto Aniversário Guará Data: dia 14 Horário: 19h às 20h Local: Igreja Batista Filadélfia Palestra: 10 Características do Comportamento Empreendedor Data: dia 15 Horário: 9h às 12h Local: Auditório da Administração do Guará Sessão solene e lançamento do Projeto Hackacity Data: dia 15 Horário: 19h às 20h Local: Auditório da Administração do Guará Guará Fest Data: dia 19 Horário: 18h Local: Teatro de Arena Festival de natação Data: dia 20 Horário: 9h Local: Academia Água Vida Torneio de basquete Data: dia 20 Horário: Durante todo o dia Local – Praça da QI 02 Baile da cidade – Banda Matuskela Data: dia 20 Horário: 22h Local: Salão de Múltiplas Funções Copa de futebol – Guaraense Data: dia 21 Horário: Durante todo o dia Local: Cave Guará Party Sistem Data: dia 21 Horário: Durante todo o dia Local: Casa da Cultura do Guará Baile dos Maranhenses Data: dia 27 Horário: 21h Local: Salão de Múltiplas Funções Festival Cultura Candanga Data: de 25 a 28 Horário: Durante todo o dia Local: Estacionamento da Casa da Cultura Rua de Lazer Especial Data: dia 28 Horário: 8h às 16h Local: Avenida Central do Guará II (entre o Ed. Consei e a 4ª DP) Exposição de fotografias Data: Até o dia 31 deste mês Horário: 9h às 19h Local: Casa da Cultura do Guará.
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