Congresso internacional marca os 20 anos do Samu DF
A abertura do 1º Congresso Internacional do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do Distrito Federal, realizada nessa quarta-feira (17), foi marcada pela homenagem “aos mais de 500 homens e mulheres que estão nas ruas todos os dias, arriscando as próprias vidas para cuidar do outro”. Com essas palavras, o secretário de Saúde, Juracy Lacerda, ressaltou a bravura dos profissionais do Samu. O 1º Congresso Internacional do Samu DF homenageou servidores que se destacaram no trabalho de salvar vidas | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF O gestor reforçou a importância de reconhecer quem atua no atendimento pré-hospitalar, oferecendo socorro e transporte a pessoas em situações clínicas, cirúrgicas ou traumáticas. “É um trabalho árduo, e não é simples, porque envolve risco, envolve imprevisibilidade. É de uma grandeza enorme. Hoje, celebramos a importância do Samu para o DF e para o Brasil.” Durante o evento, que celebra duas décadas de atuação, o diretor do Samu DF, Victor Arimatea, destacou que o congresso é um marco. “É um espaço de encontro e reflexão, em que a gente compartilha experiências, fala de novas tecnologias, pensa em como melhorar. O compromisso é avançar, oferecer mais segurança e eficiência. Mas, no fim das contas, o que continua valendo é a essência: salvar vidas.” [LEIA_TAMBEM]Segundo o diretor, são 513 profissionais em atividade, 24 horas por dia, atendendo a mais de 180 chamados diariamente. “Quase 69 mil atendimentos em um ano. São números, mas, mais do que isso, são histórias. Cada ocorrência tem rosto, tem nome, tem impacto”, reforçou. Com 11 anos de experiência prática, o condutor do Samu DF Rodrigo Nunes contou que já enfrentou todo tipo de ocorrência, algumas perigosas, outras emocionantes. Mas uma delas, em Samambaia, segue viva na memória: “Uma mãe chegou correndo à nossa base com a filha nos braços, em parada cardíaca. Foi aquele susto. Conseguimos reverter, estabilizar e levar à UPA. Aquela criança sobreviveu. Deve estar com uns 4 ou 5 anos hoje. Isso não sai da minha cabeça.” O congresso do Samu DF é realizado no Setor Militar Urbano (SMU) e conta com a participação de membros do serviço de diversos estados do Brasil. Até sexta-feira (19), a programação inclui painéis, palestras, talk shows e uma feira de inovações. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)
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Programa do GDF será apresentado em congresso na Coreia do Sul, em setembro
O programa “Meninas em Ação: Liderando o Futuro do DF”, do Governo do Distrito Federal (GDF), foi selecionado dentre projetos de todos os países que compõem a Associação Mundial das Grandes Metrópoles para ser apresentado em um congresso em Seul, entre 29 de setembro e 1º de outubro, na Coreia do Sul. Lançado neste ano pelo GDF, programa é fruto de parceria entre as secretarias de Relações Internacionais (Serinter-DF), de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) e da Mulher (SMDF) | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília O evento faz parte das comemorações do 40º aniversário da associação que reúne cidades de todo o mundo unidas para encontrar soluções para os desafios dos grandes centros urbanos. O congresso tem como objetivo apresentar projetos que se alinhem às prioridades estratégicas da Metropolis e ofereçam perspectivas valiosas para outras cidades. Parceria “Essa é uma ação que faz com que essas meninas consigam entender que podem fazer a diferença e que almejem estar em cargos públicos no futuro” Governador Ibaneis Rocha O “Meninas em Ação” foi lançado neste ano pelo GDF, por meio da Secretaria de Relações Internacionais (Serinter), em parceria com as secretarias de Educação (SEEDF), da Mulher (SMDF) e de Justiça e Cidadania (Sejus-DF). O objetivo é fortalecer a participação feminina na sociedade e promover a igualdade de gênero, focado no empoderamento feminino. “É com muita alegria que recebemos a notícia de que o programa ‘Meninas em Ação’ será apresentado a outros países”, comemora o governador Ibaneis Rocha. “Essa é uma iniciativa em que proporcionamos que as estudantes da rede pública experimentem, por um dia, cargos de liderança ocupados por mulheres; uma ação que faz com que essas meninas consigam entender que podem fazer a diferença e que almejem estar em cargos públicos no futuro.” [LEIA_TAMBEM]Em abril, o governador oficializou, por meio do Decreto nº 47.081, que o projeto passaria, a partir daquele momento, a ser um programa de governo voltado para o empoderamento feminino e a promoção da igualdade de gênero na rede pública de ensino. “O programa vem com a ideia de promover esse empoderamento para as meninas, ainda antes da fase adulta”, pontua o secretário de Relações Internacionais, Paco Britto. “Assim, elas despertam o senso crítico, compartilham experiências, e percebem que existe a possibilidade de alcançarem cargos de liderança”. Investimento no futuro Para o projeto-piloto, 30 estudantes de três escolas públicas do DF - CEM 01 de Planaltina, o Cemi do Gama e o Censo do Plano Piloto - foram selecionadas para ocupar a posição de embaixadoras do programa nas instituições em que estudam e nas suas comunidades. Uma das ações do programa oferece a oportunidade de assumir um cargo de liderança na administração pública, privada ou de uma embaixada e, assim, proporcionar a experiência de elas ocuparem, por um dia, cargos de destaque. “Mais do que um programa, é um investimento no futuro das nossas jovens”, aponta a secretária da Mulher, Gisele Ferreira. “Ao proporcionar essa vivência, estamos mostrando que o lugar da mulher é onde ela quiser. Queremos que essas alunas se vejam como protagonistas, com voz ativa e poder de decisão, prontas para transformar suas realidades e ocupar os espaços que historicamente lhes foram negados.” “Ao proporcionar essa vivência, estamos mostrando que o lugar da mulher é onde ela quiser” Giselle Ferreira, secretária da Mulher E o programa tem levado resultados efetivos nas vidas das estudantes participantes. Para Júlia Lopes, de 17 anos, aluna do Censo, na Asa Sul, assumir o cargo público serviu para ela enxergar a política de uma outra forma, além de mudar completamente seus planos para o futuro: “Eu sempre quis trabalhar com cultura, mas percebi que a política é uma forma muito eficaz para que eu possa atingir meus objetivos e mudar a vida das pessoas”, explica ela, que, ao lado da vice-governadora Celina Leão, pôde ver de perto o trabalho da gestora e tomar decisões, mesmo que por um dia. “Sempre ouvimos muitas críticas sobre os políticos, mas o que vi no dia em que passei ao lado dela [Celina Leão] foi que existem políticos que trabalham muito para fazer a diferença para a sociedade”, diz a estudante. “Já estou trabalhando meus projetos dentro da escola e entendendo muito melhor o meu papel e meu lugar como liderança na área cultural. Tudo graças à oportunidade de ter sido vice-governador por um dia.” “Mais do que um dia de imersão, o projeto planta uma semente de transformação e mostra às jovens que elas têm poder de mudança” Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania A secretária de Justiça e Cidadania do DF, Marcela Passamani, reforça que o empreendedorismo feminino é um caminho para autonomia, protagonismo e geração de renda, ajudando a construir novas perspectivas de futuro e fortalecer a confiança de cada uma no próprio potencial. “Mais do que um dia de imersão, o projeto planta uma semente de transformação e mostra às jovens que elas têm poder de mudança”, ressalta. Visibilidade internacional Conforme divulgado pela organização do evento internacional, a apresentação de um projeto no congresso de Seul ajuda a situar o DF em visibilidade internacional, como referência em desenvolvimento urbano, sustentável e inclusivo. “Participar do congresso será uma grande oportunidade para que outras cidades do mundo conheçam a nossa ideia e, quem sabe, apliquem em suas realidades”, enfatiza Paco Britto. Inspirado no programa da organização Plan International, criadora do movimento Girls take over, e atendendo a Agenda 2030, do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 5 da igualdade de gênero, proposto pela Organização das Nações Unidas (ONU), o “Meninas em Ação” ganhou visibilidade ainda aqui, no Distrito Federal. “Essa escolha reforça que nossas escolas estão formando não só estudantes, mas líderes com voz e visão de futuro” Hélvia Paranaguá, secretária de Educação Agora, o GDF terá a oportunidade de expor o projeto para 142 cidades dos cinco continentes durante o congresso na Coreia. A data da apresentação da capital federal está marcada para 29 de setembro - quando todas as 30 estudantes já terão interagido com as autoridades femininas selecionadas para participar da primeira edição do “Meninas em Ação”. O DF está inserido na sessão com tema “O papel das cidades e dos modelos de governança para promover transparência, prestação de contas, inclusão e igualdade de gênero”. A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, também comemora: “Ver um programa da rede pública do Distrito Federal ser reconhecido internacionalmente é motivo de muito orgulho. O ‘Meninas em Ação’ mostra o potencial transformador da educação quando aliada ao protagonismo feminino. Essa escolha reforça que nossas escolas estão formando não só estudantes, mas líderes com voz e visão de futuro”. Rede Metropolis Criada em 1985, por iniciativa do Conselho Regional de Ìle-de-France, distrito de Paris, na França, a Rede Metropolis atua como um foro internacional para fomentar a cooperação internacional. Brasília se tornou membro pleno da rede em 1987. A Metropolis também representa os interesses metropolitanos das cidades associadas perante organizações internacionais como as Nações Unidas, a Aliança das Cidades, o Banco Mundial, a Conferência de Prefeitos e a Governos Locais para a Sustentabilidade (Iclei), entre outras. *Com informações da Secretaria de Relações Internacionais
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Estudo ambiental do GDF é apresentado em conferência internacional
Em La Serena, no Chile, a técnica de Planejamento Urbano e Infraestrutura do Instituto Brasília Ambiental Ana Paula Camelo participou, recentemente, da 4ª Conferência Regional América Latina & Caribe, promovida pela Ecosystem Services Partnership. Painéis apresentados na conferência tiveram como foco profissionais ligados aos serviços ecossistêmicos | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental Desenvolvido em parceria com Instituto Federal de Brasília (IFB), o trabalho Análise da influência da distância às unidades de conservação no Distrito Federal foi aprovado pelos organizadores do evento para apresentação na sessão Projeções e desafios futuros da valoração socioeconômica dos serviços ecossistêmicos culturais na América Latina. [Olho texto=”Estudo de servidora do Brasília Ambiental teve como ilustração de caso a valorização de imóveis de Águas Claras com base no baixo índice de área verde por habitante” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “A troca de experiências é fundamental para que possamos criar soluções para os entraves encontrados ao redor do planeta; e, como a nossa realidade de ter unidades de conservação de diversos tamanhos, com diferentes funções, serviços ecossistêmicos variados e, mais importante, o mosaico e configuração delas junto às cidades, o Distrito Federal pode ser tornar um exemplo mundial de estratégias de desenvolvimento sustentável e atingir mais facilmente as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas para 2030”, avalia Ana Paula Camelo. Recursos naturais A técnica do Brasília Ambiental lembra que o bem-estar populacional e econômico depende da disponibilidade de recursos naturais. “E é fundamental para o Brasília Ambiental, enquanto órgão executor das políticas de meio ambiente, ter e saber a quantidade desse capital natural pelo qual é responsável”, afirma. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Com base nisso, foi apresentado um estudo de caso inicial sobre a atribuição de valor aos imóveis na região administrativa de Águas Claras com base no baixo índice de área verde por habitante e a predominância de prédios residenciais”, conta ela. No estudo, ela observou que os imóveis maiores e mais caros estão localizados a menos de 200 metros do Parque Ecológico Águas Claras – condição associada, principalmente, aos serviços ecossistêmicos estéticos providos pela unidade de conservação. Ao mesmo tempo, os imóveis menores e mais baratos estão mais distantes, podendo indicar o início do processo de gentrificação verde (exclusão social pautada na mercantilização de espaços com infraestrutura ambientalmente amigável, também chamada de infraestrutura verde). Troca de experiências “Com isso, tem-se a informação do valor estético exercido pelo parque ecológico e, ao mesmo tempo, a responsabilidade de se evitar esse fenômeno, aumentando o número de áreas verdes por habitantes na região e promovendo o direito ao meio ambiente”, conclui a servidora do Brasília Ambiental. O encontro teve como objetivo fornecer uma plataforma para que profissionais, pesquisadores e entusiastas do campo dos serviços ecossistêmicos se reúnam e troquem percepções, discutam tendências emergentes e colaborem em soluções, fortalecendo os esforços da comunidade em direção ao desenvolvimento sustentável. *Com informações do Brasília Ambiental
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