Corridas de rua noturnas impactam trânsito neste sábado (13)
A partir das 18h deste sábado (13), o Departamento de Trânsito (Detran-DF) vai intervir no tráfego de veículos na Avenida Carnaúbas (Águas Claras) e no Eixo Monumental (Plano Piloto) para garantir a segurança dos atletas que participam das corridas de Natal Águas Claras 2025 e Jingle Bells 2025. Imagens: Detran-DF A Corrida de Natal Águas Claras terá largada às 19h, no estacionamento do Plaza Mall, na Quadra 301 de Águas Claras. O percurso é de de cinco quilômetros e seguirá pela Rua das Carnaúbas em direção à Estrada Parque Taguatinga (EPTG), onde os atletas entrarão na marginal da EPTG até pouco após a entrada da Residência Oficial de Águas Claras, retornando ao ponto de origem. As vias de acesso à corrida ficarão totalmente fechadas a partir das 18h30 até o final do evento, previsto para as 21h, sendo permitido o acesso apenas aos participantes e organizadores. A partir das 23h59 de sexta-feira (12), os agentes fecharão as três faixas da via S1 (Eixo Monumental) próximas ao canteiro central, para a montagem da estrutura da corrida Jingle Bells. A competição será no sábado, com largada no Memorial JK, às 19h. O percurso também é de cinco quilômetros e seguirá pela via S1 até a altura do Centro de Convenções Ulysses Guimarães e pela via N1 até o quadrante anterior à Catedral Rainha da Paz, de onde os atletas retornarão ao local de largada. As vias de acesso à corrida serão fechadas a partir das 18h30, com acesso liberado apenas para organizadores e participantes da corrida. Durante todo o evento, ficarão fechadas também as ligações entre as vias S1 e N1 ao longo do percurso. *Com informações do Detran-DF
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Eventos alteram o trânsito no DF neste fim de semana
Em razão de eventos esportivos, culturais e religiosos que serão promovidos no sábado (11) e domingo (12), as equipes de fiscalização do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) realizarão intervenções em vias da Asa Sul, Eixo Monumental, Esplanada dos Ministérios, Setor de Clubes Esportivos Sul (SCES) e Setor de Diversões Norte (SDN). Esplanada dos Ministérios No sábado (11), ocorre o Jubileu dos Jovens e dos Crismandos, na Esplanada dos Ministérios. O evento, que contará com procissão, integra as festividades em comemoração ao Dia de Nossa Senhora Aparecida. Artes: Detran-DF O Detran-DF realizará intervenções no trânsito da via S1, próximo à Biblioteca Nacional, a partir das 23h59 desta sexta-feira (10) — será implantada sinalização com cones na área de desembarque. No sábado, a partir das 16h, a via S1 será interditada, e o tráfego de veículos será desviado para a alça leste da ERB. O acesso do Sesi-Lab à S1 também será bloqueado. Durante todo o evento, equipes do Detran-DF estarão no local para garantir a segurança viária e a fluidez do trânsito. Eixo Monumental – Corrida e Caminhada Sest Senat Também no sábado, devido ao evento Corrida e Caminhada Sest Senat, o Detran-DF fará interdições a partir das 17h nas vias S1 e N1 do Eixo Monumental. A atividade contará com percursos de 5 km e 10 km, com largada e chegada em frente à Praça do Buriti. Os corredores seguirão pela via S1 até a altura da Feira da Torre, onde acessarão a via N1 e seguirão no sentido da Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia). Na via S1, no trecho entre a Praça do Cruzeiro e a Torre de TV, as três faixas próximas ao canteiro central serão bloqueadas ao tráfego de veículos, ficando destinadas aos participantes da corrida. Na via N1, também serão interditadas três faixas, desde a Torre de TV até as proximidades da Epia. Tanto na S1 quanto na N1, três faixas de rolamento permanecerão livres para o trânsito de veículos. Na N1, o fluxo seguirá para o viaduto sobre a Epia. A previsão é que as interdições terminem às 21h. Eixo Monumental – Corrida Turismo Mais Brasília No domingo, a partir das 5h, devido à Corrida Turismo Mais Brasília, o Detran-DF fará interdições no Eixo Monumental. O evento contará com percursos de 5 km e 10 km. A largada e a chegada ocorrerão na praça do Palácio do Buriti. No trajeto de 10 km, os corredores seguirão pela via N1, viaduto Renato Russo e Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia), retornando antes do acesso à via Estrutural. Os agentes interditarão quatro faixas da via N1, próximas ao canteiro central, entre o Palácio do Buriti e o viaduto Renato Russo. As demais faixas permanecerão liberadas para o tráfego. O acesso ao viaduto será fechado, e o fluxo de veículos seguirá em direção à Epia. Na via S1, haverá bloqueio das três faixas próximas ao canteiro central, entre a Praça do Cruzeiro e o Centro de Convenções Ulysses Guimarães. A previsão é que as interdições terminem às 10h. Eixo Monumental – Marotinha No mesmo domingo, a partir das 6h, em razão do evento Marotinha, o Detran-DF fechará os acessos ao estacionamento do Eixo Cultural Ibero-Americano (antiga Funarte). Para garantir a segurança dos pedestres, os agentes de trânsito implantarão sinalização em travessias do Parque da Cidade, na via S2 e na via de ligação N1/S1, próxima à Feira da Torre. Durante o evento, além do auxílio na travessia de pedestres, haverá patrulhamento para garantir a fluidez e coibir infrações. A recomendação é que o público utilize os estacionamentos do Clube do Choro, Parque da Cidade, Brasil 21 e Feira da Torre. Setor de Diversões Norte (SDN) Também no domingo, será realizado o evento Picnik, na Praça Lúcio Costa, no Setor de Diversões Norte (SDN), em frente ao Shopping Conjunto Nacional. A partir das 12h, agentes do Detran-DF darão início às ações de trânsito nas imediações do local. As equipes implantarão sinalização nas faixas de pedestres próximas à Praça Lúcio Costa. Durante todo o evento, os agentes atuarão na região para garantir a segurança e a fluidez do tráfego. Asa Sul Ainda no domingo, na via W3 da Asa Sul, acontece o evento CMB Run, com percurso de 5 km. A largada e a chegada serão no estacionamento da 515/516 Sul, próximo ao Setor Hospitalar. Os participantes seguirão pela via W3 até a altura da 509 Sul, onde farão o retorno em direção à 516 Sul. O Detran-DF fará o bloqueio da via W3, na altura da 516 Sul, próximo ao supermercado Pão de Açúcar. Nesse ponto, o fluxo será desviado para a via W2 Sul. No trecho entre a 515 Sul e a 509 Sul, das 6h30 às 10h, a faixa exclusiva para ônibus ficará liberada aos demais veículos. As outras faixas serão utilizadas pelos participantes do evento. A previsão é que as interdições durem até as 10h. Setor de Clubes Esportivos Sul (SCES) Por fim, no mesmo dia, no Setor de Clubes Esportivos Sul (SCES), ocorre a corrida AMBrunning, com largada e chegada na Associação Médica de Brasília (AMBr) e percursos de 5 km e 10 km, pelas vias JK e SCES Trecho 2. A partir das 6h30, os agentes do Detran-DF interditarão duas faixas da via JK, na altura do acesso à Costelaria Gaúcha. Uma faixa ficará liberada para o tráfego. Na rotatória de acesso ao Centro Internacional de Convenções de Brasília (CICB) também haverá bloqueio, permanecendo apenas uma faixa livre. Na via JK, os agentes fecharão as tesourinhas de acesso à via SCES Trecho 2, tanto no sentido Lago Sul quanto no sentido Plano Piloto. Na via N1 Leste, a rotatória que dá acesso à via SCES Trecho 2 também será interditada. A previsão é que as interdições durem até as 10h. *Com informações do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF)
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BRB comemora retorno do Brasil à Fórmula 1 com Gabriel Bortoleto
Os torcedores brasileiros terão muita emoção em 2025. O país comemora o retorno de um piloto nacional titular à Fórmula 1, após sete anos de espera. Gabriel Bortoleto vai representar a nação apaixonada por automobilismo, trazendo todo talento demonstrado nas categorias de base de pilotos – Fórmula 3 e 2 FIA – e esperando repetir as performances que colocaram o Brasil de volta à elite do automobilismo mundial. Bortoleto: “Cresci vendo as antigas corridas do Ayrton Senna e de outros grandes pilotos brasileiros, e agora é a minha vez de seguir seus passos” | Foto: Divulgação O jovem talento tem apenas 20 anos e é patrocinado pelo Banco BRB desde o ano passado, quando ainda era piloto da Fórmula 3 FIA. Bortoleto rapidamente demonstrou sua enorme vocação para as pistas internacionais e garantiu o título inédito de campeão da categoria. “Para mim, é a concretização de muito trabalho e dedicação, e não estaria aqui sem o apoio dos meus patrocinadores, como o BRB, que acreditou em mim quando ainda estava na Fórmula 3” Gabriel Bortoleto, piloto Este ano, ele corre pela Fórmula 2 FIA acumulando vitórias. É o atual líder do campeonato, a duas rodadas da grande final. Ex-piloto da Academia McLaren, Bortoleto vai assumir um dos carros da equipe Sauber em 2025, e que virará Audi em 2026. Apoio “Cresci vendo as antigas corridas do [Ayrton] Senna e de outros grandes pilotos brasileiros, e agora é a minha vez de seguir seus passos”, afirma o jovem. “Para mim, é a concretização de muito trabalho e dedicação, e não estaria aqui sem o apoio dos meus patrocinadores, como o BRB, que acreditou em mim quando ainda estava na Fórmula 3.” O último piloto brasileiro titular da Fórmula 1 foi Felipe Massa, em 2017. Antes dele, Rubens Barrichello foi vice-campeão pela Ferrari duas vezes. O Brasil é um dos maiores vencedores de títulos mundiais da história, tendo Senna com três vitórias, Piquet também com três e Fittipaldi com duas. O retorno de um piloto brasileiro à Fórmula 1 é visto não apenas como um marco esportivo, mas também como um impulso significativo para o desenvolvimento do automobilismo no país. “Estamos orgulhosos e confiantes em que Bortoleto trará muitas alegrias e vitórias para nosso país”, comemora o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa. “Para o BRB, é uma honra fazer parte e ter contribuído para essa história. Seguiremos juntos.” Patrocínios “O BRB compartilha com o automobilismo valores como velocidade, eficiência, garra e persistência” Paulo Henrique Costa, presidente do BRB Atualmente, o BRB patrocina a equipe BWT Alpine de Fórmula 1. Além disso, consolidou-se como banco do automobilismo ao apoiar outras competições, como a Stock Car, o Rally dos Sertões, o Campeonato FIA F4 e o Touring Car Racing (TCR). Também apoia pilotos brasileiros de F2, F3, F4, Campeonato Europeu Regional de Fórmula (Freca) e TCR Brasil e América do Sul. “O BRB compartilha com o automobilismo valores como velocidade, eficiência, garra e persistência”, aponta Paulo Henrique Costa. “Com o patrocínio ao Gabriel, vamos nos aproximar ainda mais dos fãs do esporte automotivo e criar laços afetivos mais significativos com esses clientes, entregando produtos e serviços personalizados para esse público orgulhoso do retorno do Brasil às pistas da F1 e ao protagonismo no automobilismo internacional.” *Com informações do BRB
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Mega Drift na Granja do Torto terá 40 pilotos de nove estados neste fim de semana
A Granja do Torto recebe, dos dias 12 a 15 de setembro, o Mega Drift, evento voltado para a prática de manobras radicais, corridas e competições automobilísticas entre 40 pilotos de nove estados diferentes. Imagem: Divulgação Uma das atrações do evento, que recebe apoio da Secretaria de Turismo do Distrito Federal, é o Experience Drift Day. Com abertura dos portões às 10h, os visitantes do evento terão a oportunidade de conhecer os boxes, conversar com os pilotos e ainda assistir ao treino do dia. O restante do final de semana será recheado com corridas e manobras qualificatórias, batalhas e carona radical. “Brasília está se consolidando como a capital dos grandes eventos, inclusive os esportivos. E o automobilismo já faz parte desse desenvolvimento. O Mega Drift percorreu algumas regiões administrativas, aproximando a população e os visitantes dessa experiência. Acreditamos no esporte como um aliado no crescimento turístico”, avalia o secretário de Turismo, Cristiano Araújo. O Mega Drift tem o intuito de fomentar o turismo esportivo no Distrito Federal, com a expectativa de atrair cerca de 10 mil pessoas durante os quatro dias de realização do evento. Programação – Quinta-feira (12) 9h: Treino livre 18h: Final do treino livre – Sexta-feira (13) Experience Drift Day 9h: Vistoria técnica dos carros 10h: Abertura dos portões 12h: Visitação aos boxes 14h: Treino livre – Sábado (14) 9h às 11h: Treino Livre 10h: Abertura dos portões 11h às 13h: Qualifying 12h às14h: Almoço 14h às 17h30: Batalhas 17h30 às 18h: Pódio 18h às 18h30: Carona Radical – Domingo (15) – final 9h às 11h: Treino livre 10h: Abertura dos Portões 11h às 13h: Qualifying 12h às 14h: Almoço 14h às 17h30: Batalhas 17h30 às 18h: Pódio e premiação *Com informações da Setur-DF
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No tempo em que o ronco dos motores abalava Brasília… vrum, vrum!
Os circuitos de rua dominaram as primeiras provas na cidade, desde o dia 23 de abril de 1960, quando três provas já mostravam a vocação da capital para a velocidade. Foto: Arquivo Público do DF Nos anos 1960, com a nova capital do país prestes a ser inaugurada, o Brasil reunia números interessantes. Um deles dizia que a frota de carros licenciados era de 310 mil veículos. O que dava uma média de um carro para cada 226 pessoas. Uma quantidade relevante para a época. Empolgado com os dados, não demoraria para o empresário Victor Civita, do Grupo Abril, criar, em agosto daquele ano, a primeira revista sobre veículos do país, a Quatro Rodas. Uma revolução editorial. Eram os reflexos da indústria automobilística que também havia contaminado Brasília. Tanto que, durante as festividades da criação da cidade, seria realizada a primeira corrida no local, no dia 23 de abril, às 8h30. Na verdade, uma corrida, não. Três. “Eu estava lá e me lembro como se fosse hoje, apesar de ter apenas oito anos”, conta Alex Dias Ribeiro, um dos pilotos pioneiros da cidade. “Nunca tinha visto nada igual, fiquei alucinado, imagina como era para um garoto que adorava ônibus, caminhão, motores, estar num ambiente como aquele. Saí dali com o meu destino traçado, queria ser piloto”, conta Ribeiro, filho do primeiro médico particular a se estabelecer no Núcleo Bandeirante, na época chamado de Cidade Livre. Então organizado pelo Automóvel Clube do Brasil (ACB) – entidade criada em 1958, antes da inauguração de Brasília, e com o apoio de JK -, o Grande Prêmio Presidente Juscelino Kubistchek contou com a participação de competidores de várias partes do país. Alguns deles, figuras de renomes no segmento, como o piloto paulista Eugênio Martins, pilotando um DKV Vemag, e a lenda do esporte na época, Francisco Sacco Landi, o Chico Landi. “A vocação de Brasília para o automobilismo nasceu com a cidade. O desenvolvimentismo de JK, a aposta do país na indústria automobilística e as avenidas largas de Brasília desembocaram numa espécie de paixão pela velocidade e na revelação, já nos anos 1970, de nomes como Nelson Piquet, Roberto Pupo Moreno e Alex Dias Ribeiro”, explica o jornalista e pesquisador Paulo Rossi, autor, com o também jornalista Luiz Roberto Magalhães, de Ponto de Partida, livro que conta a origem de todo o segmento esportivo na nova capital brasileira. A primeira prova Oito carros participaram da primeira prova, com largada no Eixo Monumental, ao lado da Rodoviária. Na segunda bateria, foram 25 pilotos. Na terceira, a mais importante, trinta bólidos disputaram o Prêmio Juscelino Kubitschek. Foto: Arquivo Público do DF E, assim, oito carros participaram da primeira prova, num circuito improvisado com largada no Eixo Monumental, ao lado da Rodoviária do Plano Piloto. Na segunda bateria, foram 25 pilotos. Na terceira etapa, a mais importante do evento, trinta bólidos disputaram o “Prêmio Juscelino Kubistchek”, vencido por Jean Louis de Lacerda, um brasileiro nascido na França. “Essa foi uma das mais difíceis vitórias que consegui. Uma vitória suada”, relatou o vencedor em entrevista ao jornal Correio Braziliense. Somente no segundo ano do aniversário de Brasília, em 1962, numa cidade ainda ofuscada pelas sombras das construções, um novo traçado seria desenhado para carros velozes e seus pilotos ousados. Nasceria assim, no dia 29 de abril daquele ano, “Os 1000 Quilômetros de Brasília”, cujo circuito passava por trechos como o Setor Comercial Norte, Hotel Nacional, Setor Comercial Sul, Banco do Brasil, Vale do Rio Doce. A maratona no asfalto foi disputada por 33 competidores. A corrida, com largada às 4h da manhã, tinha quase 10h de duração. Era uma espécie, guardadas as devidas proporções, do circuito de Mônaco (um dos mais tradicionais da Fórmula 1), no coração do Cerrado. Só que sem príncipe. E sem Grace Kelly. E, naquele ano de 1962, também sem JK. “Os carros passavam bem na frente da minha casa. Naquela madrugada, eu, meu pai e meu irmão ficamos na janela de casa assistindo, maravilhados”, lembraria, anos depois, Napoleão Augusto Ribeiro, presidente da Federação de Automobilismo do Distrito Federal (FADF), que morava na 403 Norte, em depoimento ao livro Ponto de Partida. Uma sensação do esporte na cidade na década de 1960, “Os 1000 Quilômetros de Brasília” seriam realizados pelas ruas espaçosas da capital até abril de 1970, quando foi proibido pelas autoridades visando a segurança da população. A última prova, disputada em 1970, debaixo de muita chuva, seria vencida pela dupla Marivaldo Fernandes e Emílio Zambello, pilotando um Alfa Romeo GTA, da equipe Jolly. Só assim, após três anos de corridas numa pista improvisada no estacionamento do Estádio Rei Pelé, finalmente foi inaugurado, em fevereiro de 1974, o hoje Autódromo Internacional Nelson Piquet. O circuito seria inaugurado com uma disputa extracampeonato de Fórmula 1, vencida pelo piloto brasileiro Emerson Fittipaldi, guiando uma McLaren Ford. “Quando, por razões de segurança, os circuitos de rua foram proibidos, era natural que a jovem e veloz capital da República ganhasse um autódromo capaz de receber inclusive GPs da Fórmula 1. E, assim, o circuito brasiliense foi inaugurado”, comenta Paulo Rossi. “À época, era o mais moderno circuito do país”, assegura o jornalista. Ídolos do volante no DF Numa cidade onde as ruas e avenidas largas e espaçosas são abundantes como as grossas raízes árvores do Cerrado – pelo menos nos traços desenhados por Lucio Costa no Plano Piloto -, mais do que natural que uma geração de pilotos de corridas brotasse pela cidade como ouro em mina. O primeiro deles seria o gaúcho de Pelotas, Ênio Garcia, convidado pela Willys Interlagos para disputar a prova dos “1000 Quilômetros de Brasília” já no início da cidade, em 1962. [Olho texto=”Acho essa uma das melhores histórias de Brasília, creio que ela é mais relevante mundialmente para a Capital, que a história do Rock Brasília.” assinatura=”Denílson Félix, cineasta” esquerda_direita_centro=”direita”] “Ênio foi o primeiro nome da capital a conquistar resultados expressivos no automobilismo nacional, orgulhava-se de ter aberto as portas da velocidade para talentos que levaram o nome de Brasília para o mundo”, frisa Rossi. Na segunda metade dos anos 1970, o talento de um jovem criativo de sobrenome francês, fora e dentro das pistas, deu o que falar no Brasil e no mundo. Filho de pais pernambucanos e nascido no Rio de Janeiro, o Piquet foi surrupiado do nome de solteira da mãe. Uma tática matreira para enganar o pai, um respeitado médico, ex-ministro da Saúde, que o queria ver trocando bola nas quadras de tênis. “Ninguém imaginava que o Nelson fosse chegar à Fórmula 1. Nem ele”, recordaria anos depois, no livro Ponto de Partida, José Luiz Faria, um dos mais respeitados mecânicos da mítica oficina de automóveis da capital, Camber, e um dos mentores de Nelson Piquet. “Ele já era bom de volante e tinha ficado muito bom na mecânica. Era inventivo e sempre foi fuçador”, disse Faria. O resto é história, que o transformaria em lenda do automobilismo brasileiro e mundial, com três títulos de Fórmula 1 nas costas, conquistados em 1981, 1983 e 1987. “Nunca sonhei em ser piloto. Nunca achei que seria capaz. Queria apenas saber mais sobre mecânica. Acabei com mais gasolina do que hemoglobina em meu sangue”, admitiria o ídolo, no livro, De Volta Para o Futuro – Camber Uma Escola de Vida, que conta a trajetória da oficina mecânica que consolidou a carreira, também, de Roberto Pupo Moreno. “A Camber física é coisa do passado, mas marcou uma geração de fãs de automobilismo na cidade e o seu legado está vivo na memória dos apaixonados pelo tema”, garante Alex Dias Ribeiro, hoje morando em São Paulo. Quando éramos jovens O ano era 1967. Os Beatles tinham acabado de lançar Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, no Reino Unido, e no sudoeste asiático, a Guerra do Vietnã estava longe de ter um fim. No Brasil, o povo dançava ao som dos festivais da canção sob a sombra da ditadura. Enquanto isso, em Brasília, quatro jovens apaixonados por automobilismo, bons de volantes e antenados em motores alimentavam um sonho quase utópico. “A gente queria ter o nosso próprio carro de corrida”, revela Alex Dias Ribeiro, que, a bordo de um March 761 Ford, chegaria a Fórmula 1 em 1973. E foram o que ele e os amigos Helládio Toledo, João Luiz da Fonseca e José Álvaro Vassalo fizeram, dando origem a uma das mais respeitadas e requisitadas mecânicas de automóveis da capital, a Camber, que até 1975, tinha dois endereços na cidade. Um na Asa Norte e outro na Asa Sul. O nome não podia ser mais apropriado e técnico. Fazia referência ao ângulo de inclinação das rodas de um automóvel. Por ali trabalharam como mecânicos Nelson Piquet e Roberto Pupo Moreno. E ali foi construído o primeiro carro de corrida de Brasília. “Nós conseguimos nosso protótipo”, exulta, Alex. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”] Dos que tiveram privilégio de pilotar a caranga, vermelha como uma Ferrari e esquisita como um patinho feio, tal qual o personagem da fábula do dinamarquês Hans Christian Andersen – apelido que ganhou após uma reportagem do Correio Braziliense -, o bólido construído improvisadamente em 25 dias conseguiu a façanha de conquistar o segundo lugar nos “500 Quilômetros de Brasília”. Um feito que chamaria a atenção do cineasta Denílson Félix, realizador de um documentário que conta a história desses quatro pilotos sonhadores e sua máquina voadora. O filme foi vencedor da mostra paralela do Festival de Brasília do Cinema de Brasileiro de 2018. “Eu simplesmente achava que levar aquela história para os cinemas era uma necessidade histórica e uma obrigação cinematográfica”, justifica hoje Félix, que pretende lançar uma continuação do projeto. “Acho essa uma das melhores histórias de Brasília, creio que ela é mais relevante mundialmente para a Capital, que a história do Rock Brasília. Estamos ainda trabalhando na segunda parte da história, que agora vai tratar especificamente da oficina Camber, da rotina da oficina Camber, que para muitos, foi o ‘Facebook’ da época”, afirma.
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