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Projeto da Biblioteca Escolar Comunitária de Planaltina valoriza a cultura indígena

Foi aberta, na manhã desta terça-feira (6), a segunda edição do projeto Vozes da Floresta, iniciativa da Biblioteca Escolar Comunitária Monteiro Lobato (BECML), de Planaltina. O evento se estende até quinta (8) e tem uma programação dedicada à valorização e à divulgação das culturas indígenas brasileiras, englobando ações voltadas à educação para a diversidade, ao incentivo à leitura e ao diálogo intercultural. Como abertura do projeto, foi realizada uma palestra dirigida aos alunos do Centro de Ensino Médio (CEM) 1 de Planaltina, ministrada pelo representante da Casa de Apoio à Saúde Indígena do Distrito Federal (Casai-DF), Moisés da Conceição Roque, juntamente com um grupo formado por indígenas de diferentes etnias. O aluno Weliton da Silva Araújo, do CEM 1 de Planaltina, participou com entusiasmo das atividades | Fotos: Mary Leal/SEEDF Os representantes dos povos originários contaram aos alunos como são os rituais de passagem da infância para a adolescência em seus respectivos povos e responderam às perguntas da plateia. Além da conversa, os presentes puderam apreciar uma exposição cujo acervo é composto por objetos representativos dos povos originários do Brasil e também por publicações que envolvem a temática. O projeto Vozes da Floresta foi idealizado pela articuladora da Biblioteca Escolar Comunitária Monteiro Lobato, Karla Cirlene Ribeiro, a partir de uma inquietação diante da observação de constantes manifestações de intolerância e, consequentemente, da necessidade de promover o respeito e a valorização da diversidade. “A ideia é aproximar os alunos de outras culturas para trabalhar a diversidade do nosso país. Por isso, trouxemos indígenas de diferentes etnias, porque, conhecendo outras realidades e vivências, é possível despertar o sentimento de empatia”, afirmou. A edição anterior do projeto, em 2024, teve como foco livros sobre histórias dos povos originários e autores indígenas. Para este segundo ano, o intuito é proporcionar aos estudantes o contato direto com pessoas das etnias makuxi, yanomami, xavante, kuikuro e suyá, cada uma com culturas, línguas e modos de vida próprios. A idealizadora do projeto Vozes da Floresta e articuladora da Biblioteca Escolar Comunitária Monteiro Lobato, de Planaltina, Karla Cirlene Ribeiro Para Karla Ribeiro, essa vivência é um passo essencial para despertar o reconhecimento da pluralidade. O aluno do CEM 1 de Planaltina Weliton da Silva Araújo, 17 , concorda: “É importante esse tipo de atividade pra a gente conhecer muitas culturas, principalmente a indígena, que é o início de tudo, pois eles já estavam aqui quando os portugueses chegaram”. Bibliotecas escolares e comunitárias O projeto Vozes da Floresta é uma iniciativa da Biblioteca Escolar Comunitária Monteiro Lobato e recebe apoio da Coordenação Regional de Ensino (CRE) de Planaltina e da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF). As bibliotecas escolares comunitárias são mantidas pela SEEDF com o objetivo de incentivar a leitura e promover atividades culturais que envolvam tanto a comunidade escolar quanto a população em geral. Representantes das etnias makuxi, yanomami, xavante, kuikuro e suyá conversam sobre as diferenças culturais O gerente das Políticas de Leitura, do Livro e das Bibliotecas da SEEDF, Hamilton Cavalcante Martins, destacou que aprender por meio da literatura e das vozes dos integrantes desses povos e comunidades é uma experiência que transcende as paredes da escola, contribuindo para a formação de cidadãos conscientes, críticos e comprometidos com a construção de uma sociedade mais justa, diversa e igualitária. [LEIA_TAMBEM]“Um evento como esse é fundamental para apoiar a formação integral dos estudantes, ao articular saberes escolares e vivências culturais, ampliando os espaços de aprendizagem. Por meio da literatura, da oralidade, da música e de outras expressões artísticas e culturais, os estudantes desenvolvem competências como o pensamento crítico, a sensibilidade estética e a consciência social”, concluiu. Cultura indígena Além de fortalecer valores como o respeito à diversidade, atividades como o projeto Vozes da Floresta estão alinhadas à lei nº 11.645/2008, que aborda a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena nos currículos da educação básica, bem como ao Currículo em Movimento do Distrito Federal, que contém a Educação em e para os Direitos Humanos entre os seus eixos transversais. O evento continua até quinta-feira (8), e a programação inclui contações de histórias com as professoras Ludmila e Letícia Mourão (Conta Lelê), interpretando Como surgiu a noite, e Vanilza Mafra, interpretando Lenda Indígena, além da exposição, que estará aberta não apenas aos alunos, mas também à comunidade. *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)

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Escola pública no Paranoá atua contra o racismo durante todo o ano

Durante todo o ano, ensinamentos antirracistas fazem parte do conteúdo dado dentro e fora da sala de aula aos estudantes do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 2 do Paranoá. São 1.500 alunos, incluindo os da Educação de Jovens e Adultos (EJA), que recebem aprendem sobre a história e cultura do continente africano, o que contribui para a reflexão sobre a influência da população negra na sociedade brasileira.  Samila Pacheco, do sexto ano, foi uma das modelos do desfile apresentado na sexta-feira: “Quando você aprende sobre a sua cultura, também aprende sobre o seu valor” | Foto: Mary Leal/SEE Já na sexta-feira (17), a instituição começou a promover atividades em alusão ao Dia da Consciência Negra, celebrado nesta segunda (20). Com a presença de diversos convidados, a festa teve desfile de moda da beleza negra, contação de histórias africanas, afro-brasileiras e indígenas.  “O desfile foi para mostrar um pouco da cultura do continente africano, com destaque para as roupa, as variedades das cores nos tecidos, os adornos e acessórios que fazem parte da beleza africana”, resumiu a aluna sexto ano Samila Cristiane Pacheco, 13, que foi modelo pela primeira vez. Valorização Desde janeiro, os alunos participam de oficinas relacionadas à cultura negra, nas quais  aprendem sobre percussão, pintura em tecidos africanos, dança e capoeira. As oficinas têm o apoio de estudantes da Universidade de Brasília (UnB) e de artistas da cidade.  Nas aulas, os alunos estudam a história, geografia e cultura do continente africano, discutem o papel da mão de obra dos africanos, debatem políticas públicas – como as cotas raciais –  e aprendem sobre a valorização dessa ancestralidade. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] As ações são fruto do projeto Circulando Africanidades, iniciado em 2015, na Coordenação Regional de Ensino do Paranoá, reunindo professores que trabalhavam essa temática. “É um trabalho de identidade maravilhoso onde os alunos podem estudar com aprofundamento sobre o continente africano, e eles entendem que também são parte dessa cultura”, explica a professora aposentada Edna Andrade, uma das idealizadoras do projeto. “Em uma escola onde 70% dos estudantes são negros ou pardos e boa parte nem sequer consegue se definir como negro, é fundamental que tenhamos essas reflexões muito vivas em nossos programas de trabalho”, pontua Edna. Esse projeto promove esse debate, além de exaltar a beleza que há por trás de toda a história sobre africanidades.” Imersão [Olho texto=”“Não dá para celebrar a africanidade só em novembro. Isso precisa ser permanente” ” assinatura=”Maria Goretti Vieira Vulcão, professora do CEF 2 do Paranoá” esquerda_direita_centro=”direita”] Atualmente na coordenação do projeto, a professora de História Maria Goretti Vieira Vulcão lembra que o objetivo é aproximar os estudantes da cultura africana para, assim, ensiná-los a respeitá-la. “As oficinas proporcionam a imersão dos estudantes na cultura afro-brasileira e indígena, que  tanto influenciam a nossa cultura”, aponta.  Para ela, esse é um tema que deve ser trabalhado nas escolas o tempo todo. “Não dá para celebrar a africanidade só em novembro. Isso precisa ser permanente”, ressalta. “A gente sabe que alguns ensinamentos só serão amadurecidos amanhã, mas estamos preparando o terreno para esses alunos terem uma vivência mais cidadã”. [Olho texto=”“Eu fico muito feliz quando a escola trabalha cultura popular, pois reflete muito o que acredito e o meu trabalho, que é esse resgate da identidade, da nossa ancestralidade” ” assinatura=”Martinha do Coco, artista popular” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A aluna Samila confirma a importância do projeto: “Estudar sobre identidade negra, em especial a cultura africana, me ajudou bastante. Eu já sofri racismo na minha antiga escola e não sabia me defender. Hoje eu consigo entender o que vivia. Quando você aprende sobre a sua cultura, também aprende sobre o seu valor. Agora me sinto mais bonita e não ligo para o que os outros pensam”. Ancestralidade Artista conhecida como Rainha do Paranoá, a musicista Martinha do Coco foi a convidada especial para encerramento da festa no pátio da escola. Pernambucana radicada no DF, ela levou músicas autorais e o melhor da dança regional nesse estilo. “Eu fico muito feliz quando a escola trabalha cultura popular, pois reflete muito o que acredito e o meu trabalho, que é esse resgate da identidade, da nossa ancestralidade”, afirma. “Os estudantes precisam ter uma referência, e eu me sinto honrada em contribuir com a minha música.”  *Com informações da Secretaria de Educação do DF (SEE)

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Eventos celebram as culturas indígena e afrodescendente

Dois eventos no Memorial dos Povos Indígenas (MPI) desta sexta-feira (27) a sábado próximo colocam os temas “memória, história e ancestralidade” no topo da agenda do patrimônio material e imaterial do Distrito Federal. O espaço da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) abriga nesses três dias o Festival Agô – Música e Ancestralidade e o Seminário Fealha, que receberam aporte do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). Os eventos combinam apresentações musicais, debates e feiras, reverenciam a presença indígena no DF e prestam homenagens à cultura de comunidades quilombolas e práticas de terreiro ligadas ao Candomblé e à Umbanda. A entrada é gratuita. Os recursos do FAC, de editais de 2021, somam R$ 160 mil, gerando 135 empregos diretos e 370 indiretos. Os eventos combinam apresentações musicais, debates e feiras |Foto: Fred Jordão/Divulgação “A presença indígena no Distrito Federal é negligenciada. Porém, hoje sabemos que é parte fundamental do processo construtivo da identidade do nosso quadradinho. Não somos apenas o centro do poder político, onde os indígenas vêm pleitear seus direitos, somos a morada ancestral de diversas populações”, afirma o subsecretário do Patrimônio Cultural, Felipe Ramón. O gerente do MPI, David de Oliveira Terena, que traz no nome a etnia do seu povo, festeja a realização: “Essa iniciativa mostra que, além de memória, o MPI se movimenta para discutir as heranças indígenas como coisas vivas. É também um local de pesquisa e ciência”. O Memorial recebe média de 4 mil visitantes por mês. Outras Brasílias Os eventos no MPI darão ao público a oportunidade de pensar a história de Brasília fora da narrativa hegemônica construída em torno de grandes personagens e grandes efeitos, um dos problemas da historiografia oficial, que imprime em livros didáticos simplificações e apagamentos. A professora de História da Universidade de Brasília (UnB) Cristiane Portela coordena o projeto Outras Brasílias, em cooperação com a Faculdade de Educação. A pesquisa busca jogar luz sobre aspectos da história da capital que foram negligenciados no esforço de construção da cidade. Ela vai falar nesta sexta-feira (28) sobre a pesquisa que encabeça. “Minha fala contemplará a necessidade de pensar narrativas sobre o DF a partir da noção de sujeitos coletivos, que nos indicam outras maneiras de pensar a história do capital”, explica ela. A docente trabalha conceitos como “território luta” e “território útero”, que operam na contramão da historiografia hegemônica, buscando outros sentidos para a ideia de ocupações, sejam as originais, sejam as que se formaram a partir de processos históricos. A indígena Potyra Terena, de etnia presente no Mato Grosso, é professora da Secretaria de Educação do DF e representante dos povos originários em vários coletivos. Ela destaca que o Festival Agô (“licença”, em Yorubá) serve para levar música e promover o debate sobre ancestralidade e presença indígena em Brasília. Explica que Fealha, título do seminário, significa “terra sagrada” no idioma do povo Fulni-ô, de Pernambuco. Os povos indígenas estarão presentes no Festival Agô por meio do canto do povo Fulni-ô e das mulheres indígenas do Alto Xingu | Foto: Secec/Divulgação “Para os indígenas, as memórias ancestrais têm muita importância, pois toda a existência é a resistência feita por memórias de lutas territoriais. Conhecer ‘Outras Brasílias’ é reconhecer que esse território sempre teve a presença indígena em trajetórias de lutas e conquistas”, afirma. “As músicas cantadas pelas comunidades tradicionais são vividas de forma muito completa e complexa. A música vem com a língua, a dança e carrega a identidade de cada povo. Nosso compromisso é mostrar esse conjunto complexo que a música carrega”, ressalta a diretora do Festival Agô, Tâmara Jacinto. Destaques Entre as atrações do Festival Agô, está o coletivo Ponto Br, que traz alguns dos chamados guardiões de culturas tradicionais brasileiras: Mestre Walter (Raízes da África – PE), Mestra Zezé de Iemanjá (Casa Fanti Ashanti – MA) e Ribinha de Maracanã (Bumba Boi de São Luís – MA). Eles dialogam com artistas conhecidos da cena contemporânea, como a paulistana Renata Amaral, o pernambucano Eder O Rocha, o suíço Thomas Rohrer e o maranhense Henrique Menezes. O grupo Orí (cabeça, em Yorubá), de Pernambuco, apresenta músicas tradicionais de religiões de matrizes africanas e afro-brasileiras das nações Xambá e Nagô. Por meio de instrumentos melódicos, harmônicos e componentes eletrônicos, os músicos revelam a ancestralidade dos cantos e toques sagrados do Xangô Pernambucano, realizados principalmente para equilibrar e alimentar o Orí. Apadrinhado pelo maestro Letieres Leite (educador, compositor e arranjador baiano, falecido em 2021), o grupo é formado por Beto da Xambá (violão), Memé da Xambá (voz), Thulio Xambá (cavaquinho), Nino da Xambá (flauta) e Tayna Hirlley (piano). No palco do Festival Agô, eles recebem a cantora Cris Pereira, uma potente voz do samba de Brasília. Os povos indígenas estarão presentes no Festival Agô por meio do canto do povo Fulni-ô e das mulheres indígenas do Alto Xingu. A principal aldeia Fulni-ô do Brasil fica pro?xima à cidade de A?guas Belas (PE) e ha? tambe?m um territo?rio no noroeste de Brasi?lia (DF): a Terra Indi?gena Santua?rio dos Paje?s, um símbolo da luta contra a especulação imobiliária na capital federal. Os recursos do FAC, de editais de 2021, somam R$ 160 mil, gerando 135 empregos diretos e 370 indiretos | Foto: Renan Peixe/Divulgação As mulheres indígenas do Alto Xingu vêm do Mato Grosso para compartilhar parte do que é a Yamurikuma?, uma festa ritual realizada por mulheres indígenas pertencentes às nove etnias do Alto Xingu. Durante todo o período da festa, as mulheres dominam o poder da aldeia, se adornam, cantam versos de canções tradicionais, lutam Huka Huka e realizam atividades que, em outros contextos, seriam permitidas apenas aos homens. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Serviço Festival Agô – Música e Ancestralidade / Seminário Fealha – Presença Indígena no DF De 27 a 29 de julho (quinta a sábado) Memorial dos Povos Indígenas Mais informações, clique aqui. Ingressos para o show Festival Agô (entrada gratuita) aqui. Inscrição para o seminário Fealha aqui. Programação Geral – Festival Agô + Fealha Quinta – 27/07 18h15: Cantos com povo Fulni-ô e mulheres do Alto Xingu 18h30: Seminário Fealha: Memórias do Memorial dos Povos Indígenas 19h30: Seminário Fealha: Viver o presente, olhar o futuro Sexta – 28/07 14h30: Seminário Fealha: Ancestralidade cerratense 16h30: Seminário Fealha: Trajetórias, povos e territórios 19h: Roda aberta de Capoeira Angola com Mestra Elma (MA) e grupo nZambi 20h30: Ori (PE) part. Cris Pereira (DF) 21h30: Cantos das Mulheres do Alto Xingu (MT) 22h: Cafurnas Fulni-ô (PE/DF) 22h30: Ponto BR (MA/PE/SP) Sábado – 29/07 10h às 12h: Oficina de Capoeira Angola com Mestra Elma (nZambi) 15h às 16h: Seminário Fealha: Histórias e conquistas do Acampamento Terra Livre (ATL) *Com informações de Secretaria da Cultura e Economia Criativa (Secec)

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Manifestações culturais indígenas na agenda desta quinta (1º)

Destacar e celebrar as manifestações culturais indígenas que unem os povos ibero-americanos. Esse é o intuito da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) ao promover, com o apoio do Escritório de Assuntos Internacionais do Distrito Federal, a série de eventos que ocorrem nesta quinta-feira (1º). Duas exposições e um seminário serão realizados no Memorial dos Povos Indígenas (MPI) e na Biblioteca Nacional de Brasília (BNB). Todas as atividades são gratuitas. [Olho texto=”“É mais uma ação, entre as tantas que promovemos este ano, no sentido de reforçar nossa herança ibero-americana”” assinatura=”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”direita”] A programação começa pela manhã com a inauguração da exposição Darcy Ribeiro: um homem de ideias, palavras e ação, e segue com o seminário Literaturas Originárias, ambos na Biblioteca Nacional de Brasília. No período vespertino, o evento segue para o Memorial dos Povos Indígenas, que reabre sua Sala Multiuso reformada. “Esse conjunto de eventos reafirma o compromisso da secretaria com os povos originários. É mais uma ação, entre as tantas que promovemos este ano, no sentido de reforçar nossa herança ibero-americana”, afirma o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. A iniciativa faz parte das ações que celebram Brasília como Capital Ibero-americana das Culturas (CIC) em 2022 e surge em continuidade ao webinário Políticas Culturais Indígenas da Ibero-América, evento realizado em outubro com a contribuição das secretarias de Cultura dos municípios de Bogotá e Cidade do México. Saiba mais sobre a CIC. Memorial dos Povos Indígenas sedia eventos nesta quinta-feira (1º) | Foto: Marina Gadelha 100 anos de Darcy A exposição Darcy Ribeiro: um homem de ideias, palavras e ação será inaugurada nesta quinta-feira (1º) e segue em cartaz até março de 2023, celebrando o centenário de nascimento do antropólogo. Os visitantes poderão conferir trechos de relevantes trabalhos escritos de Darcy, em seleção feita pelos próprios servidores da BNB, a partir de livros pertencentes ao acervo do equipamento cultural. Para além da educação, o escritor, sociólogo e também historiador brasileiro é conhecido pelo trabalho direcionado aos indígenas brasileiros, com diversas obras dedicadas aos povos originários, como A Política Indigenista Brasileira (1962), Os Índios e a Civilização (1970) e Culturas e Línguas Indígenas do Brasil (1957). Espaços de literatura  Já o seminário Literaturas Originárias vai debater o conceito de literatura de modo ampliado, vista enquanto espaço de construção de histórias, emoções e ideias, não apenas como manifestação escrita, mas envolvendo também uma variada gama de expressões artísticas e de outras linguagens tais como cinema, música, fotografia, tradições orais e dança. Para isso, o debate, que também ocorrerá na BNB, contará com a participação do cineasta indígena Cuhexê Krahô, recém-premiado na 55ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro; da fotógrafa documental étnica e antropóloga Raíssa Azeredo; e da estudante de artes plásticas e educadora indígena Morena. “A discussão sobre as formas de expressões artístico-culturais dos povos originários se faz essencial para compreendermos melhor o nosso próprio patrimônio”, explica o subsecretário do Patrimônio Cultural da Secec, Aquiles Brayner, que ficará a cargo da mediação do debate. A inauguração da Sala Multiuso do Memorial dos Povos Indígenas, agora totalmente renovada, encerra o dia de atividades. A programação no local se inicia às 15h e, após a solenidade, segue com visitas guiadas ao acervo permanente e à exposição Séculos Indígenas, realizada com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC). Os presentes contarão, ainda, com apresentação de poesia slam da artista indígena Morena. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Cinema indígena  Para além do dia 1º de dezembro, a celebração aos povos originários tem continuidade com o 1º Festival de Cinema e Cultura Indígena do Brasil, que o Cine Brasília recebe entre 2 e 11 de dezembro. Idealizado pelo premiado cineasta Takumã Kuikuro (diretor-geral), o evento é voltado para a produção audiovisual de cineastas, coletivos e realizadores de origem indígena, com o intuito de promover, fortalecer e difundir a diversidade da cultura e do cinema dos mais de 305 povos indígenas do país. Também realizado com recursos do FAC, o festival traz na programação gratuita masterclasses, apresentações culturais e bate-papos com grandes nomes do audiovisual, além de mostra competitiva composta por dez filmes, mostra paralela com 20 filmes e mostra de convidados com dez filmes. A curadoria é de mulheres indígenas com vasta experiência no audiovisual, como Julie Dorrico, Kujaesage Kaiabi, Olinda Tupinambá, Priscila Tapajowara e Renata Aratykyra. Confira aqui a programação completa. Serviço Programação do dia 1/12: 9h30 – Abertura da exposição Darcy Ribeiro: um homem de ideias, palavras e ação (BNB), que segue em cartaz até março de 2023, com visitação gratuita e aberta ao público de segunda a sexta, das 8h às 20h; e sábado e domingo, das 8h às 14h 10h – Seminário Literaturas Originárias (BNB) 15h – Inauguração da sala multiuso, visita guiada e apresentação de slam (MPI) 1º Festival de Cinema e Cultura Indígena do Brasil De 2 a 11/12, no Cine Brasília Programação completa no site do festival *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF

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