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dermatite atópica

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Hospital de Base devolve qualidade de vida a pacientes com dermatite atópica

Durante a adolescência, Adrisson de Jesus Santos conviveu com preconceito, afastamento social e muito incômodo físico por causa da dermatite atópica. A pele seca, a coceira intensa e as lesões avermelhadas com descamação, principalmente nas dobras do corpo, faziam com que as pessoas se distanciassem, temendo um contágio que não existia. Foram cerca de dez anos em busca de alternativas para aliviar os sintomas. “Por causa da dermatite, sofri bastante preconceito, principalmente na minha adolescência. Tinha feridas pelo corpo e vivia me escondendo com roupas largas. As pessoas tinham nojo de encostar em mim, achavam que era algo contagioso, faziam bullying. Essa condição sempre foi algo que afetou muito a minha vida”, relata. Desde 2021, ele faz tratamento no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). “Minha dermatite oscila muito. Em alguns períodos estou bem, em outros fico com a pele toda inflamada. É uma condição complicada de lidar”, conta. No hospital, Adrisson é acompanhado por um alergista. Ele recebe um tratamento que combina medicamentos para controlar as defesas do corpo, cuidados para fortalecer a resistência e orientações sobre hidratação da pele e prevenção de feridas. “Melhorei bastante em comparação a quando cheguei. Antes, meu corpo estava sempre machucado, mas hoje vivo uma fase menos agressiva da doença. Só tenho a agradecer pelo alívio que sinto”, afirma. O Hospital de Base atende cerca de 50 pacientes com dermatite atópica por mês, oferecendo medicamentos modernos e acompanhamento especializado | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF Uma doença multifatorial A dermatite atópica, também chamada de eczema, é uma inflamação crônica da pele. Apesar de muitas vezes ser confundida com alergia, trata-se de uma doença multifatorial, influenciada por aspectos emocionais, ambientais e imunológicos. O suor e situações de estresse, por exemplo, podem agravar os sintomas, que incluem coceiras intensas e lesões principalmente nas dobras do corpo. Segundo a médica alergista e imunologista do HBDF, Danubia Michetti, é essencial esclarecer que a doença não é contagiosa. “Pacientes com dermatite atópica podem levar uma vida normal, desde que sigam os cuidados e realizem o tratamento adequado”, explica. A condição é mais frequente em crianças, mas pode persistir ou aparecer na adolescência e na vida adulta. Em bebês, costuma afetar o rosto, os cotovelos e os joelhos, podendo causar secreções e formação de crostas. Nos casos graves, o tratamento pode envolver vários tipos de medicamentos, como corticoides, por exemplo. Danubia Michetti, médica alergista e imunologista do HBDF: "Pacientes com dermatite atópica podem levar uma vida normal, desde que sigam os cuidados e realizem o tratamento adequado" No Distrito Federal, o Hospital de Base, administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IgesDF), atende cerca de 50 pacientes por mês, entre adolescentes e adultos, oferecendo medicamentos modernos e acompanhamento especializado. A moradora de Samambaia Norte, Karen Cristiny Santos, de 43 anos, iniciou o tratamento neste ano, após uma crise intensa de coceira. Encaminhada pela UBS da região, ela relata mudanças rápidas na qualidade de vida. “Foram muitas tentativas sem sucesso. Gastei muito dinheiro com consultas, hidratantes, pomadas e remédios caros, mas nada resolvia. Em apenas dois meses no HBDF, minha vida mudou. Já me sinto 80% melhor”, comemora. [LEIA_TAMBEM]Caminho para qualidade de vida De acordo com a médica Danubia, o tratamento combina medicamentos, orientações e exames personalizados. “Explicamos bastante sobre os cuidados com a pele, que incluem hidratação frequente e banhos com temperatura adequada. Também avaliamos exames que ajudam a definir o tratamento mais indicado para cada caso”, destaca. Nos quadros mais graves, o hospital dispõe de imunoterapia como alternativa. “A inflamação interfere diretamente na rotina do paciente. Muitos não conseguem trabalhar por conta da coceira e das lesões. É uma doença sem cura, mas, com acompanhamento adequado, é possível controlar os sintomas e conquistar mais qualidade de vida”, conclui. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)

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Cartilha ajuda a combater preconceito contra a dermatite atópica

A Secretaria de Saúde (SES-DF) lançou um guia prático para orientar pais, cuidadores e profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) no manejo da dermatite atópica, também conhecida como eczema atópico. A publicação reúne recomendações atualizadas de fontes nacionais e internacionais, em linguagem acessível e adaptada à realidade das famílias atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A dermatite atópica é uma doença inflamatória crônica, de origem alérgica e hereditária, que causa ressecamento, coceira, descamação e vermelhidão na pele. Apesar de ser a forma mais comum de dermatite, a condição ainda é cercada de mitos. José Ramos:  “Quando a família entende como cuidar da pele em casa, conseguimos reduzir o número de crises, melhorar a adesão ao tratamento e aumentar a qualidade de vida" | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde DF “Muitas pessoas acreditam que se trata de uma doença contagiosa, mas isso não é verdade. Esse estigma provoca constrangimento e sofrimento emocional, principalmente em crianças e adolescentes. O guia vem justamente para ampliar a informação e fortalecer a rede de apoio às famílias”, explica o médico José Ramos, referência técnica distrital em Saúde da Família e Comunidade. Orientações práticas O guia reúne medidas simples e eficazes para o controle da doença, como a hidratação contínua da pele, o uso correto de corticoides tópicos, o reconhecimento precoce de sinais de infecção e a técnica do pijama úmido. Também orienta a evitar fatores desencadeadores, como banhos quentes, exposição a poeira, mofo, ácaros, pólen e situações de estresse. Segundo Ramos, a informação correta pode transformar o cuidado: “Quando a família entende como cuidar da pele em casa, conseguimos reduzir o número de crises, melhorar a adesão ao tratamento e aumentar a qualidade de vida. É uma forma de tornar o SUS mais resolutivo e próximo da comunidade”. O guia reúne medidas simples e eficazes para o controle da doença, como a hidratação contínua da pele, o uso correto de corticoides tópicos, o reconhecimento precoce de sinais de infecção e a técnica do pijama úmido A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 35% da população mundial conviva com algum tipo de alergia e projeta que, até 2050, metade da população poderá ser afetada. No Brasil, milhões de pessoas vivem com dermatite atópica em diferentes graus. Além do impacto clínico, a doença pode trazer consequências sociais. A visibilidade das lesões, especialmente em crianças, pode gerar isolamento, bullying e baixa autoestima. Para Ramos, combater a desinformação é essencial: “O conhecimento é o primeiro passo para quebrar preconceitos e garantir acolhimento”. Base científica [LEIA_TAMBEM]O documento foi produzido a partir de referências reconhecidas, como o UpToDate (2025), o Guia prático de tratamento da dermatite atópica grave da Asbai/SBP (2023) e o Tratado de Pediatria (2025). Todo o conteúdo foi adaptado ao contexto da Atenção Primária, respeitando princípios de equidade, integralidade e ética em saúde. A SES-DF informa que o material já está disponível para profissionais e será distribuído em unidades básicas, escolas e canais digitais da pasta, fortalecendo a rede de cuidado e o combate à desinformação. *Com informações da Secretaria de Saúde  

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Hospital do DF é referência em alergologia e oferece atendimento especializado

Maio é o mês de conscientização para problemas de saúde relacionados a alergias, uma iniciativa da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia. Neste período, o Dia Mundial da Asma (6) e o Dia Nacional da Prevenção à Alergia (7) reforçam a importância do diagnóstico e tratamento adequado. No Distrito Federal, o Serviço de Alergia do Ambulatório do Hospital de Base (HBDF) se destaca como referência para quem enfrenta essas condições.  “Não se pode mais ignorar doenças como rinite ou asma, que afetam a qualidade de vida”, afirma o médico Thales Antunes, chefe do Serviço de Alergia do ambulatório do Hospital de Base | Foto: Alberto Ruy/IgesDF No HBDF, administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IgesDF), o serviço atende cerca de 300 adultos por semana, encaminhados pela regulação da Secretaria de Saúde (SES-DF) ou por outras especialidades do próprio hospital. Os pacientes chegam com asma, rinite, urticária crônica espontânea, angioedema, dermatite atópica, alergia a medicamentos e erros inatos da imunidade. A espera para atendimento no ambulatório do hospital é praticamente zero, segundo o chefe do serviço, Thales Antunes, que é médico alergologista e imunologista do IgesDF. “A regulação tem funcionado bem”, afirma. “Apenas alguns pacientes aguardam em toda a rede, o que mostra uma resposta ágil do trabalho da nossa equipe. Atendemos principalmente casos de asma, rinite e dermatite atópica”. A equipe do Serviço de Alergia conta com seis médicos que atuam de segunda a sexta-feira, com consultas personalizadas, e dispõe de exames específicos para investigação clínica das doenças alérgicas. Foco na experiência Maria Anete de Sousa do Carmo, 53, faz acompanhamento para tratamento de alergia no Hospital de Base há mais de dez anos, tendo recentemente começado a imunoterapia. “A médica é maravilhosa, muito acolhedora”, relata. "As alergias, às vezes, têm a ver com o emocional da pessoa, então ela conversa comigo, explica e orienta direitinho os cuidados que a gente tem que ter em casa”, detalha. “Ela pediu para que eu fizesse o teste de costa para complementar o tratamento e obter um resultado melhor, além da medicação que eu já uso.” O teste de costa, também conhecido como patch test ou teste de alergia de contato, é realizado para identificar substâncias que causam reações alérgicas na pele. “Eles aplicaram uns adesivos nas minhas costas”, conta Maria Anete. Tratamento em várias frentes Para tratar a rinite, o protocolo inclui antialérgicos e corticosteroides tópicos nasais, além de controle ambiental. “Se o paciente tem sensibilidade a aeroalérgenos, como ácaros, e o quadro é grave, indicamos a imunoterapia, um tratamento de dessensibilização”, explica Thales Antunes. O prick test, um exame cutâneo que identifica sensibilização a aeroalérgenos, é uma das ferramentas disponíveis na unidade. Já a asma, embora não tenha cura, é uma doença controlável. Segundo o especialista, o tratamento varia conforme a gravidade. São utilizados desde corticosteroides inalatórios e broncodilatadores até medicamentos imunobiológicos nos casos mais graves.  “A asma é uma inflamação pulmonar”, explica o médico. “A hiperreatividade brônquica pode causar crises sérias, com risco de morte, por isso a doença precisa ser levada a sério”. [LEIA_TAMBEM]A dermatite atópica, também comum no ambulatório, é uma das mais desafiadoras. A doença afeta a barreira da pele e envolve fatores alérgicos, emocionais e imunológicos. O tratamento combina hidratação constante, corticosteroides tópicos nas crises e, em casos graves, medicamentos sistêmicos, como imunossupressores ou imunobiológicos. Prevenção e conscientização Entre os cuidados preventivos, o destaque é manter os ambientes arejados, sem poeira, tapetes ou cortinas, e identificar os fatores desencadeantes. “Com o prick test, identificamos os alérgenos e orientamos cada paciente sobre o que evitar”, reforça Thales. A demanda por atendimento especializado tem crescido, e o médico ressalta a importância da conscientização. “Não se pode mais ignorar doenças como rinite ou asma, que afetam a qualidade de vida”, aponta. “Temos ferramentas e medicamentos eficazes, muitos deles na rede pública; e, com acesso e adesão ao tratamento, o risco de crises graves e internações diminui significativamente”. *Com informações do IgesDF  

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Tratamento de dermatite atópica é tema de encontro em hospital do DF

Profissionais da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) vieram conhecer a diretriz interdisciplinar do Hospital da Criança de Brasília (HCB) sobre o atendimento da dermatite atópica (DA) em casos moderados e graves. O HCB promove, mensalmente, reuniões educativas sobre esse tema.  A médica Ana Paula Moschione, do Instituto de Dermatite Atópica da USP, falou sobre novos medicamentos: “É preciso lutar para que esse avanço científico chegue a todos os brasileiros que precisam cuidar dessa doença” | Foto: Divulgação/HCB A DA é uma doença crônica imunológica de pele que causa prurido, inflamação e se apresenta nas dobras do corpo, mas pode ocupar uma extensão maior. Nos Estados Unidos, é detectada em 20% da comunidade infantil. Já no Brasil, onde a incidência é da ordem de 10%, a doença, em 50% dos casos, se manifesta até o primeiro ano de vida da criança. “Depois de mais de 20 anos de luta no tratamento dessa doença, estamos lançando a nossa diretriz de tratamento interdisciplinar com a importância da atuação de vários profissionais – médicos,  enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos”, afirmou a coordenadora da equipe de alergia do HCB, Claudia Valente.  Tratamento “Essa nossa ação coincide, no Brasil e no mundo, com o lançamento de medicamentos que vêm possibilitar o controle de uma doença que tem impacto”, disse a médica. A principal preocupação, apontou, é esclarecer sobre aspectos nem sempre divulgados sobre a DA. “Alergistas e epidemiologistas precisam informar que a criança com dermatite atópica não dorme, se coça a noite inteira”, exemplificou. A médica Ana Paula Moschione,  do Instituto de Dermatite Atópica da USP, referência no tratamento, lembrou que há  grande chance do paciente de DA desenvolver alergia alimentar, rinite e maior risco de asma, além de doenças cardiovasculares. Segundo ela, o fator genético é preponderante, e o ambiente pode ocasionar o disparo da alergia. Ela relatou várias experiências com medicamentos  novos, em uso desde 2016. Aproveitou para alertar sobre o uso indiscriminado do corticoide, que apontou como não indicado.  Medicação “Hoje, a evolução no campo de medicamentos tem contribuído de forma significativa para a qualidade de vida dos pacientes, inclusive a partir dos 6 meses de idade. São medicamentos  que trazem o melhor perfil de segurança, podem ser usados a longo prazo e, com isso, vão conferindo a eficácia principalmente em pacientes pediátricos. A dermatite hoje é mais tem-tratada. O que precisa é o acesso, para que chegue a todos os pacientes”. Ana Paula apresentou grupos de inibidores utilizados para controlar a doença, mas lamentou que os pacientes de hospitais públicos ainda não consigam ter acesso. “É preciso lutar para que esse avanço científico chegue a todos os brasileiros que precisam cuidar dessa doença”, disse. “Eu sugiro que conversemos muito, que se bata à porta e se apresente a dermatite atópica como uma doença que tem uma dor muito grande, que traz comorbidades, doenças associadas, para que as pessoas se sensibilizem e a coloquem  na lista de prioridade dos cuidados dos pacientes com doença crônica”.  *Com informações do HCB

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