Resultados da pesquisa

desenvolvimento cognitivo

Thumbnail

Dia Mundial do Sono: especialistas da rede pública do DF destacam chave para bem-estar

Nessa terça-feira (18), foi celebrado o Dia Mundial do Sono, data que convida a refletir sobre a importância desse componente essencial para a saúde e o bem-estar. O sono não é apenas um período de descanso; é um processo ativo que desempenha funções primordiais no organismo, afetando desde o crescimento infantil até a saúde mental. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em um relatório de 2022, a privação crônica do sono está associada ao aumento do risco de doenças cardiovasculares, obesidade, diabetes e transtornos psicológicos. Cuidar da qualidade do sono é essencial para a saúde e o bem-estar | Fotos: Divulgação/IgesDF Durante a infância, o sono é fundamental para o crescimento físico e o desenvolvimento cognitivo. É nesse período que ocorre a liberação dos hormônios do crescimento, essenciais para o desenvolvimento adequado das crianças. Além disso, o sono contribui para a consolidação da memória e do aprendizado, influenciando diretamente o desempenho escolar e o equilíbrio emocional. Para aqueles que praticam atividades físicas, o sono é um aliado indispensável. Durante o sono profundo, ocorre a liberação dos hormônios do crescimento, que auxiliam na reposição e no crescimento dos tecidos musculares. Uma noite mal dormida pode comprometer a recuperação muscular, aumentar o risco de lesões e prejudicar o desempenho atlético. Saúde mental A relação entre sono e saúde mental é profunda. Uma boa noite de sono ajuda na regulação das emoções, melhora a capacidade de concentração e promove o bem-estar geral. Por outro lado, a privação do sono está associada a transtornos como ansiedade e depressão, além de comprometer a capacidade de tomar decisões e processar informações. A falta de sono adequado também pode causar irritabilidade, prejudicar a atenção e reduzir a capacidade de concentração, dificultando tarefas do dia a dia e impactando negativamente o desempenho no trabalho e nos estudos. A psicóloga Fernanda Souza Pinto, especialista do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), destaca que o sono é um pilar fundamental para a saúde integral: “Negligenciá-lo pode levar a sérios comprometimentos físicos e emocionais”. Fernanda explica que o impacto da privação do sono vai muito além do cansaço. “Quando dormimos mal, o corpo libera mais cortisol, o hormônio do estresse, o que pode gerar irritabilidade e aumentar a pressão arterial. A médio e longo prazo, isso pode levar a quadros de hipertensão e outras complicações cardiovasculares”, alerta. A psicóloga do IgesDF Fernanda Souza Pinto, sobre o sono: “Negligenciá-lo pode levar a sérios comprometimentos físicos e emocionais” Além disso, a especialista reforça que o sono tem um papel crucial na imunidade. “Nosso sistema imunológico se fortalece durante o sono. Pessoas que dormem pouco tendem a adoecer com mais facilidade, pois o organismo não consegue produzir adequadamente as células de defesa”, pontua. Para garantir uma boa qualidade do sono, Fernanda sugere algumas práticas simples: “Manter horários regulares para dormir e acordar, evitar telas antes de deitar, reduzir o consumo de cafeína à noite e criar um ambiente confortável no quarto são passos fundamentais para um sono reparador”. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)

Ler mais...

Thumbnail

Mais de 6 mil voluntários contribuem com educação inclusiva na rede pública do DF

Auxiliar estudantes com deficiência em atividades diárias, contribuindo com o ambiente educacional e o desenvolvimento cognitivo dos alunos. Essa é uma das principais funções dos educadores sociais voluntários, programa do Governo do Distrito Federal (GDF) promovido pela Secretaria de Educação (SEE). A rede pública de ensino conta com mais de 6 mil profissionais atuando em 684 estabelecimentos de ensino. O Centro de Educação Infantil (CEI) 4 de Taguatinga é uma das 684 escolas que contam com o apoio dos ESVs. Há 16 educadores lotados na unidade, sendo que 14 auxiliam alunos específicos e dois prestam apoio no dia a dia escolar | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Conforme a Portaria nº 28/2024, o educador social voluntário pode trabalhar junto a estudantes com deficiência ou com quadros como transtorno do espectro autista (TEA), estrangeiros e indígenas não falantes de Língua Portuguesa, assim como no contraturno das escolas de tempo integral. O leque de funções visa, sobretudo, o benefício do aluno. O educador deve auxiliá-lo no horário das refeições, com os hábitos de higiene pessoal, em atividades sociais – com o incentivo ao contato e interação com colegas de sala, durante as atividades pedagógicas, e mais. “Cada educador é responsável por duas crianças com deficiência, como síndrome de Down ou paralisia, ou com autismo” Sabrina Marques, diretora do CEI 4 de Taguatinga O Centro de Educação Infantil (CEI) 4 de Taguatinga é uma das 684 escolas que contam com o apoio dos ESVs. Há 16 educadores lotados na unidade, sendo que 14 auxiliam alunos específicos e dois prestam apoio no dia a dia escolar. “Cada educador é responsável por duas crianças com deficiência, como síndrome de Down ou paralisia, ou com autismo”, explica a diretora do CEI 4 de Taguatinga, Sabrina Marques, que trabalha na unidade desde 2009. Segundo a gestora, a presença dos ESVs em sala de aula contribui com a inclusão dos alunos com deficiência na turma e impacta diretamente no crescimento deles. “Os avanços no desenvolvimento das crianças é nítido já a partir da segunda semana de aula. Às vezes, a criança não tinha convívio social por diversas dificuldades e, aos poucos, vai se ligando ao ambiente escolar com a ajuda dos educadores”, explica Marques. A educadora social voluntária Esheley Bruna Sousa, 19 anos, acompanha o pequeno João Lucas Costa, 5, no dia a dia no CEI 4 de Taguatinga. Estudante de pedagogia, ela iniciou como ESV no ano passado, tendo atuado em outra escola de Taguatinga, em março assumiu os cuidados com o João, diagnosticado com autismo nível 3, em que há atraso ou ausência da comunicação verbal. “Assim que ele chega na escola, nós fazemos uma brincadeira até ele ficar tranquilo e topar entrar na sala de aula. Aí eu cuido dele e do Francisco – que é o melhor amigo do João e tem síndrome de Down. Nós fazemos as atividades, temos o lanche, a hora do banheiro, o recreio… O dia inteiro fico com eles, cuidando e ajudando”, relata Esheley. O apoio tem surtido efeito: João falou as primeiras palavras neste ano – “pai”, “mãe” e “quero”. “Ele também começou a fazer as atividades e a brincar com os meninos, que era uma coisa que ele não fazia antes da minha chegada.” A mãe de João, a autônoma Joyce Rodrigues Costa, 35, agradece o trabalho prestado pelos ESVs. “Aqui ele aprendeu a pintar, já aceita as texturas. Acho que sem os educadores eu não teria nem condição de trazer meu filho para a escola. Com eles aqui, me sinto segura e sei que ele tá aqui se desenvolvendo”, conta ela, que reconhece os avanços da jornada do filho. “Assim que saiu o diagnóstico do João, muitos falavam que ele não ia andar, que não ia falar nada, que não teríamos nenhum avanço. E hoje vemos que conseguimos muitas coisas”, celebra. A autônoma Joyce Rodrigues Costa, mãe de João, reconhece os avanços da jornada do filho e agradece o trabalho prestado pelos ESVs Outras unidades de ensino da região administrativa também dispõem do apoio dos educadores sociais voluntários. O coordenador regional de ensino de Taguatinga, Murilo Marconi, afirma que há mais de 700 pessoas exercendo a função em estabelecimentos educacionais da cidade. “Esta gestão do GDF está preocupada com a inclusão dos alunos e, por isso, vem aumentando cada vez mais o número de educadores sociais voluntários. Tivemos um acréscimo de quase 50% no último ano, sendo que eram 500 educadores e passamos para 700”, explica Marconi. Perfil dos educadores Entre os educadores sociais voluntários do DF, 83,5% são mulheres, 53% têm de 30 a 49 anos e 55% se identificam como pardos. Os dados foram divulgados em junho pela pesquisa “Educação inclusiva no Distrito Federal: o papel dos educadores sociais voluntários”, elaborada pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IpeDF). O coordenador regional de ensino de Taguatinga, Murilo Marconi, afirma que há mais de 700 pessoas exercendo a função em estabelecimentos educacionais da cidade A diretora de Estudos e Políticas Sociais do IpeDF, Marcela Machado, destaca que a pesquisa “buscou suprir a lacuna de evidências científicas sobre essa política pública. Eles, ao lado de professores, monitores e responsáveis, desempenham um papel fundamental para a efetivação da educação inclusiva no Distrito Federal.” Foram utilizados métodos quantitativos e qualitativos, incluindo entrevistas com gestores da SEE e diretores de escolas públicas. “A pesquisa traz questões da rotina de como acontecem a interação dos educadores e outros atores que estão no ambiente escolar, como professores, gestores e alunos, ajudando a entender e refletir quais são os desafios que existem e as formas que a política pública pode ser aperfeiçoada”, agrega a coordenadora da pesquisa, Jaqueline Borges. Conforme o estudo, as atividades dos ESVs abrangem diversos aspectos do dia a dia escolar, principalmente o auxílio em sala de aula (89%), atividades recreativas (77%), locomoção (73%), refeições (69%) e higienização (67%). A maioria dos educadores possui formação nas áreas de ciências humanas, linguística, letras e artes (67%) e mais da metade dos respondentes não possuem outra ocupação além de educador social voluntário. As atividades do ESV devem ser realizadas de segunda a sexta-feira, em dias letivos presenciais, com carga horária diária de 4 horas. O educador pode atuar em até duas escolas ou em dois turnos na mesma unidade de ensino, sendo que cada turno voluntariado recebe R$ 40 como ajuda de custo para cobrir as despesas com alimentação e transporte.

Ler mais...

Ordenar

Ordenar

Faceta do tipo

Tipo

Filtro personalizado

Faceta da marca

Marcador