No Dezembro Vermelho, rede pública do DF fortalece prevenção ao HIV
Os casos de infecção pelo HIV e de Aids no Distrito Federal apresentaram queda de 9,8 para 7,3, por 100 mil habitantes, entre 2018 e 2022, segundo o Boletim Epidemiológico publicado pela Secretaria de Saúde (SES-DF). Os dados corroboram a política do sistema público de saúde do DF, que investe na disponibilização gratuita de métodos de prevenção da transmissão do vírus nas unidades básicas de saúde (UBSs) e nos serviços especializados. Acesso aos meios de evitar infecção pelo HIV está sempre disponível na rede pública de saúde | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília A rede aposta na prevenção combinada unindo estratégias que consideram o contexto social de cada pessoa. “Todas as pessoas sexualmente ativas têm acesso aos meios de evitar a infecção pelo HIV na rede pública”, atenta o médico Sergio d’Avila, referência técnica distrital em HIV e Aids da SES-DF. “Quem deseja informações e acesso aos serviços deve buscar orientação na UBS mais próxima de sua residência ou trabalho. Os métodos de prevenção estão disponíveis para evitar a transmissão”. [Olho texto=”“O Brasil caminha para a eliminação da transmissão vertical do HIV nos próximos anos, e o DF apresenta condições de não ter nenhum caso de transmissão vertical” ” assinatura=”Sergio d’Avila, referência técnica distrital em HIV e Aids” esquerda_direita_centro=”direita”]? Em todas as UBSs é possível ter acesso aos preservativos internos e externos – métodos mais conhecidos para evitar a infecção durante o ato sexual –, além de testagem rápida e profilaxia pós-exposição (PEP), utilizada de duas até 72 horas após uma relação sexual desprotegida. Profilaxia Considerada medida de urgência, a PEP também é recomendada em casos de violência sexual e de acidentes ocupacionais. Trata-se do uso de medicamentos ou imunobiológicos para reduzir o risco da infecção. Nos horários em que as unidades básicas estão fechadas, o medicamento pode ser encontrado nas UPAs e nos prontos-socorros dos hospitais públicos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Outra estratégia de prevenção é a profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP), que é a utilização diária de medicamentos antirretrovirais (ARV) para pessoas soronegativas, no Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin), Hospital Universitário de Brasília (HUB) e nas policlínicas de Taguatinga, Ceilândia e Lago Sul. No próximo ano, o medicamento passará a ser oferecido nas UBSs. No DF, 3.237 usuários iniciaram a PrEP desde 2018. Mulheres soropositivas grávidas também podem prevenir a transmissão do vírus para os filhos, com o tratamento antirretroviral que deixa a carga viral indetectável. “O Brasil caminha para a eliminação da transmissão vertical do HIV nos próximos anos, e o DF apresenta condições de não ter nenhum caso de transmissão vertical, porque recebeu o selo prata na última certificação do Ministério da Saúde em 1º de dezembro”, pontua Sergio d’Avila. ?
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Cinema e homenagem a Cazuza encerram o HIVida no Espaço Renato Russo
Os brasilienses têm até este domingo (10) para conferir o projeto HIVida – Celebrar a Vida para Eliminar a Epidemia de Aids, com atividades culturais, debates e workshops que estão ocorrendo no Espaço Cultural Renato Russo, na Quadra 508 Sul. Neste fim de semana, o espaço abrigará uma mostra de cinema com a exibição de filmes premiados sobre HIV e Aids e uma homenagem aos 65 anos do cantor Cazuza. “A mostra de cinema será com longas premiados que abordam a temática. Teremos também o lançamento de um curta de um jovem cineasta. O escritor de São Paulo Ramon Nunes Mello, que está escrevendo um livro sobre o tema, participa da homenagem a Cazuza e apresentará um material inédito que será lançado no próximo ano. O público que vier no sábado terá programação para o dia inteiro”, explica o oficial de Comunicação da Unaids, Renato Guimarães. Lançamento do projeto HIVida, com atividades culturais, debates e workshops | Foto: Divulgação/Beatriz Braga A programação gratuita deste fim de semana inclui também a mostra A potência em imagens, do fotógrafo americano Sean Black. O HIVida começou no dia 30 de novembro e tem a Aids como centro das discussões sociais, culturais e políticas. Além disso, faz alusão ao Dezembro Vermelho, uma grande mobilização nacional de luta contra o vírus HIV e a doença. Integra a programação a mostra ‘A potência em imagens’, do fotógrafo americano Sean Black | Foto: Divulgação Confira a programação: ? Sábado (9) ? 9h às 12h Workshop Terapia Comunitária Sistêmica – Sala Multiuso ? 15h às 16h Lançamento do curta-metragem Poder Falar – uma autoficção, de Evandro Manchini ? 16h às 18h Homenagem Cazuza, 65 anos – Leitura de poemas/canções de Cazuza, com o poeta, escritor e jornalista Ramon Nunes Mello ? 18h às 23h Cinema Mostra Aids com os filmes: – Carta para além dos muros – Prazer em conhecer – HIV 40 anos: Aids e suas histórias – Uma carta insone ? Domingo (10) 18h às 22h: Encerramento do Projeto HIVida Pátio do Museu Nacional da República Participação do GDF O evento é organizado pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) e em parceria com os órgãos federais, ONGs e empresas. O Governo do Distrito Federal (GDF) participa da iniciativa por meio das secretarias de Saúde (SES-DF) e de Cultura e Economia Criativa (Secec). “O Espaço Renato Russo é uma referência em Brasília, e a cultura é uma forma de atrair as pessoas para dentro das discussões tão importantes como HIV e Aids. Tivemos atividades culturais como mostra de fotografia, recebemos adolescentes do ensino médio para falar sobre o assunto. Tudo isso para chamar a atenção das pessoas para a temática, já que não se tem falado muito. Os jovens acham que o vírus não é mais um problema. A nossa ideia é conscientizar e informar”, destaca Guimarães. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] De acordo com dados do HIVida, cerca de 730 mil pessoas estão em tratamento no Brasil, sendo que 654 mil têm o vírus indetectável no corpo. Em 2023, ocorreram 50 mil novas infecções e quase 11 mil mortes relacionadas à Aids. Já no DF, de acordo com o Informativo de Situação Epidemiológica do HIV e da Aids, entre 2018 e 2022, o coeficiente de mortalidade pela doença diminuiu 21,6% na capital. O documento aponta que o índice de óbitos por 100 mil habitantes na região caiu de 3,3 para 2,7 no período. Houve ainda redução nos casos de Aids e de infecção pelo HIV de 9,8 para 7,3 por 100 mil habitantes.
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Bate-papo com jovens do DF debate prevenção do HIV
O último mês do ano na Saúde é marcado pela campanha Dezembro Vermelho, que tem como objetivo principal a prevenção e o diagnóstico precoce do vírus da imunodeficiência humana (HIV), bem como o tratamento da Aids. Com o intuito de conscientizar os jovens sobre a importância da prevenção do HIV e sobre o estigma associado ao vírus, um bate-papo foi realizado, nesta quarta-feira (6), no Espaço Cultural Renato Russo, na W3 Sul. O evento foi organizado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) em parceria com a Secretaria de Educação (SEE-DF), o Ministério da Saúde (MS) e o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids). O evento contou com a participação de aproximadamente 80 alunos, com idades entre 16 e 18 anos, do Centro de Ensino Médio Paulo Freire, da Asa Norte | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF A gerente de Vigilância de Infecção Sexualmente Transmissível (Gevist) da SES-DF, Beatriz Maciel Luz, destacou a importância de conscientizar esse público. “A ideia é comunicar, na linguagem deles, as estratégias de prevenção do HIV para que possam tomar precauções. Isso é de extrema importância, pois, ao analisarmos os dados epidemiológicos do DF, percebemos que a maioria das infecções pelo vírus ocorre entre os jovens”, aponta. O evento contou com a participação de aproximadamente 80 alunos, com idades entre 16 e 18 anos, do Centro de Ensino Médio Paulo Freire, da Asa Norte. Durante o encontro, conduzido pela enfermeira epidemiologista Daniela Magalhães, profissionais de saúde e palestrantes convidados compartilharam conhecimentos, experiências e estratégias visando promover uma saúde sexual mais segura entre os estudantes. Fabiana Borges, assistente social da Gevist, ressalta que a ação foi um piloto para integrar essas iniciativas ao Programa Saúde nas Escolas. “A maioria das instituições de ensino do DF aderiu a essa iniciativa conjunta entre as secretarias de Saúde e Educação. Dessa forma, poderemos estender essa experiência a outras escolas da capital”, avalia. Diálogo com alunos da rede pública de ensino do DF enfatiza a importância da prevenção do HIV e aborda o estigma ligado ao vírus Saúde e descontração De forma leve e descontraída, o evento teve início com uma peça teatral apresentada pela equipe de Vigilância Epidemiológica de Infecções Sexualmente Transmissíveis sobre o uso de preservativo interno e externo, a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a importância do autoteste de HIV. Para a estudante Emily Letícia Lopes, 18 anos, foi uma oportunidade de aprendizado. “É a primeira vez que participo de um evento com esse tema e é muito boa essa troca de informações entre alunos e palestrantes”. Durante a conversa com os estudantes, a enfermeira do Ambulatório de Infectologia e do Programa de Prevenção (PrEP) do Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB), Ana Tereza Santos, revelou que 30% dos pacientes atendidos na unidade, principalmente na faixa etária de 16 a 30 anos, receberam um diagnóstico recente de HIV. “Nos diálogos com os pacientes, percebo que eles têm conhecimento sobre o que é o preservativo, mas existem várias outras questões que envolvem o não uso, desde a falta de habilidade na utilização até a falta de comunicação com a sua parceria”, afirma. [Olho texto=”O último mês do ano na Saúde é marcado pela campanha Dezembro Vermelho, que tem como objetivo principal a prevenção e o diagnóstico precoce do vírus da imunodeficiência humana (HIV), bem como o tratamento da Aids” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] O comunicólogo Lucas Raniel, por sua vez, compartilhou os desafios de viver com o vírus. “Hoje, completo uma década vivendo com o HIV. Quando descobri, tinha apenas 21 anos. Na minha mente, nunca imaginei que isso aconteceria comigo, pois, na juventude, nos sentimos invulneráveis.” Desde o diagnóstico em 2013, Lucas utiliza suas redes sociais para falar sobre acolhimento, experiências e prevenção combinada para o HIV e Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). “A partir dessa minha vivência, comecei a estudar sobre o HIV, porque tive que lidar com o meu trauma e com o trauma da minha família. A comunicação é uma das principais ferramentas de prevenção nos dias de hoje. Quando abordamos assuntos como PrEP, preservativos e outras medidas de proteção com os jovens, um dos aspectos mais relevantes é incentivá-los a se envolverem no autocuidado e na prevenção por meio dos testes”, completa. Para aumentar a interação, os palestrantes conduziram uma dinâmica de perguntas e respostas com os alunos para testar seus conhecimentos sobre os temas discutidos. “Acho interessante pelo fato de não ter muitas dessas dinâmicas nas escolas, e o que mais me chamou a atenção foi descobrir que HIV e Aids não são a mesma coisa”, conta o estudante Lucas Davi Morais, de 18 anos. Prevenção necessária O boletim epidemiológico é um alerta para o comportamento de jovens. No DF, a faixa etária de 20 a 29 anos representa em média de 32,9% dos casos de Aids no DF, seguida por 28,9% entre aqueles de 30 a 39 anos. A faixa etária de 40 a 49 anos apresenta uma proporção média de 21,7%. Para aumentar a interação, os palestrantes conduziram uma dinâmica de perguntas e respostas com os alunos para testar seus conhecimentos sobre os temas discutidos A rede de vigilância, prevenção e assistência ao HIV e à Aids é composta pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), policlínicas e ambulatórios especializados, os quais oferecem diversas estratégias de prevenção combinada. Segundo a gerente da Gevist, é importante que cada indivíduo escolha o método que seja adequado tanto para ele quanto para sua parceria. “A estratégia de prevenção combinada traz essa mensagem: escolha, junto com a sua parceria, as medidas que se adéquam a vocês. Sabemos que o uso do preservativo ainda é a principal forma de prevenção não apenas para o HIV, mas também para outras IST, porém, existe um tabu em torno desse assunto, o que faz com que muitas pessoas optem por não utilizá-lo”, esclarece. Além de preservativos, a SES-DF fornece gel lubrificante e vacinas contra o Papilomavírus Humano (HPV) e hepatite B, medicamentos para Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP – quando uma pessoa teve uma situação de risco nas últimas 72 horas), medicamentos para Profilaxia Pré-Exposição (PrEP – para as pessoas com risco frequente, que usam diariamente um medicamento para evitar contrair o vírus) e os medicamentos para tratamento das pessoas vivendo com HIV/Aids. A comunicóloga, assessora parlamentar e ativista pelo Movimento de Pessoas Travestis e Transexuais, Ludymilla Santiago, ressalta a importância do autocuidado. “Ao abordarmos as prevenções combinadas, devemos considerar as opções disponíveis, levando em conta nosso estilo de vida e práticas sexuais. Isso nos ajuda a identificar quais medidas são viáveis para combinar e quais precisamos adotar para nos proteger”, orienta. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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DF reforça prevenção e tratamento contra HIV e Aids no Dezembro Vermelho
Desde 2017 após a promulgação da Lei nº 13.504, a chegada do mês de dezembro marca uma grande mobilização nacional de luta contra o vírus HIV e a Aids. O objetivo é chamar atenção para a prevenção e o tratamento. No Distrito Federal, a data é sinônimo de reforço da atuação dos profissionais a fim de divulgar a assistência pública. Uma mobilização que vem dando resultado. Segundo o Boletim Epidemiológico do DF, entre 2018 e 2022 foram notificados 3.684 casos de infecção pelo HIV e 1.333 casos de adoecimento por Aids. O coeficiente de mortalidade por Aids no Distrito Federal diminuiu 21,6% em cinco anos – caiu de 3,3 para 2,7 no período. O boletim mostra também redução nos casos de infecção pelo HIV e de Aids: uma queda de 9,8 para 7,3 por 100 mil habitantes. O diagnóstico para o HIV é feito a partir do teste rápido, disponível em todas as 175 UBSs e no Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA), na 508/509 Sul | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília “Os dados indicam que casos de HIV estão sendo detectados antes de evoluir para a Aids. Isso é fundamental. Se toda pessoa com HIV estiver realizando o tratamento adequado, ou seja, com a carga viral indetectável, além dos cuidados com a sua própria saúde, também estará contribuindo para a saúde coletiva, pois não há chance de transmissão”, analisa a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Saúde (SES-DF), Beatriz Maciel Luz. [Olho texto=”“Os dados indicam que casos de HIV estão sendo detectados antes de evoluir para a Aids. Isso é fundamental. Se toda pessoa com HIV estiver realizando o tratamento adequado, ou seja, com a carga viral indetectável, além dos cuidados com a sua própria saúde, também estará contribuindo para a saúde coletiva, pois não há chance de transmissão”” assinatura=”Beatriz Maciel Luz, gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da SES-DF” esquerda_direita_centro=”direita”] O diagnóstico para o HIV é feito a partir do teste rápido,que está disponível em todas as 175 unidades básicas de saúde (UBSs) do DF e no Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA), antigamente chamado de Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), localizado na W3 Sul, nas entrequadras 508/509. “O teste rápido está disponível para toda a população e deve ser feito com regularidade. É muito importante que o paciente saiba se tem HIV, para buscar tratamento no tempo certo, possibilitando a continuidade da vida com saúde e sem desenvolver Aids”, explica a gerente. O exame é feito a partir da coleta de sangue venoso ou digital – pela ponta do dedo. O diagnóstico só é confirmado após o resultado reagente em dois testes rápidos – um de triagem, outro confirmatório. Após a infecção, o vírus pode levar até 30 dias para aparecer no exame, devido à janela imunológica. A infecção pelo HIV não apresenta sintomas. No início, quando o organismo começa a produzir os anticorpos para enfrentar o HIV, o paciente pode apresentar febre, mal-estar ou inchaço nos gânglios (ínguas). Por serem sintomas muito comuns a outras doenças, como a gripe, a infecção passa despercebida. Após essa fase, é iniciado o período marcado pela interação do vírus com as células de defesa – os linfócitos. Este processo pode durar anos, dependendo das condições de saúde de cada pessoa, e é chamada de fase assintomática. Tratamento e prevenção Ainda sem cura para o HIV, o tratamento inclui acompanhamento periódico com profissionais de saúde, realização de exames e uso de medicamentos antirretrovirais, que são disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Os medicamentos mantêm o HIV sob controle. A medicação diminui a multiplicação do vírus no corpo, recupera as defesas do organismo e, consequentemente, aumenta a qualidade de vida. O uso também faz com que as pessoas alcancem a chamada ‘carga viral indetectável’. Isto é, ter uma quantidade de vírus no organismo tão baixa que nem os exames são capazes de detectar”, revela Beatriz. Há uma série de métodos de prevenção que são disponibilizados na rede pública. São eles: os preservativos internos e externos; a profilaxia pré-exposição (PrEP), que consiste no uso diário de medicamentos antirretrovirais para pessoas soronegativas antes de uma exposição de risco ao HIV; a profilaxia pós-exposição (PEP), medida de urgência que deve ser iniciada em até 72 horas após situação de risco à infecção; e terapia antirretroviral (TARV), para pessoas infectadas. Importância do autocuidado Há mais de 30 anos, o jardineiro Claudinei Alves faz o tratamento contra o vírus HIV na rede pública de saúde do DF. Na época em que ele contraiu o vírus devido ao uso compartilhado de seringas, a prevenção e o tratamento não eram tão difundidos como hoje. Claudinei Alves: “Meu tratamento é acompanhado na rede pública. Tenho uma excelente infectologista e consigo todo o tratamento com antirretrovirais disponibilizados pela Secretaria de Saúde. Já cheguei a tomar 32 comprimidos diários” Ele descobriu que estava infectado em 1990, quando o companheiro foi diagnosticado. Três meses depois, ele também recebeu o diagnóstico de soropositivo. “De lá para cá tive inúmeras demandas. Me tornei ativista, tanto sensibilizando as pessoas sobre a doença quanto fazendo o autocuidado. Hoje me sinto muito bem. Tem 32 anos que estou vivendo com HIV e quem me vê não acredita. Mas foi muita adesão aos medicamentos e complicações para a aceitação. Estou há 14 anos indetectável [quando a pessoa não transmite mais o vírus]”, conta. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O tratamento de Claudinei se iniciou no Plano Piloto. Hoje ele é acompanhado em uma UBS em Planaltina. “Meu tratamento é acompanhado na rede pública. Tenho uma excelente infectologista e consigo todo o tratamento com antirretrovirais disponibilizados pela Secretaria de Saúde. Já cheguei a tomar 32 comprimidos diários”, lembra. Militante do movimento Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV, Alves faz um alerta: “Todo cidadão tem por obrigação fazer o teste. É a melhor forma de prevenir a doença, que é a Aids, e garantir uma vida saudável vivendo com o HIV. Porque hoje o protocolo é assim: foi diagnosticado, já tem medicamento para o paciente tomar”.
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UBS da Asa Norte atua na conscientização sobre HIV e câncer de pele
Apesar de Outubro Rosa ser a campanha mensal mais conhecida ligada à saúde, ao longo dos 12 meses do ano, uma ou mais doenças são tema de conscientização. Em dezembro, o combate ao câncer de pele e ao HIV/Aids e às ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) são lembrados nas campanhas Dezembro Laranja e Dezembro Vermelho, respectivamente. Com o objetivo de alertar a população sobre as enfermidades, a Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 da Asa Norte promoveu, nesta terça-feira (13), uma manhã de ações preventivas. A primeira foi a testagem para HIV e ISTs, sugerida para os pacientes presentes na unidade no dia. A gerente da UBS 1 da Asa Norte, Débora Moura Costa, alerta: “Nosso maior objetivo é a detecção precoce” | Fotos: Sandro Araújo/SES “O ano todo é tempo de prevenção”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. “As datas acabam reforçando o alerta, e a atenção primária, ou seja, as UBSs fazem esse trabalho de reforço com ações de esclarecimento e educação em saúde”. “O HIV é uma doença que está voltando entre as pessoas mais jovens”, alertou a enfermeira Débora Moura Costa, gerente da UBS 1 da Asa Norte. “O objetivo é falarmos para as pessoas sobre a importância de prevenir, de ter cuidado e de fazer o teste rápido, que é ofertado em todas as unidades básicas, não sendo algo exclusivo do dia de hoje”. Segundo o mais recente informativo epidemiológico da Secretaria de Saúde (SES), a maior proporção de casos de Aids notificados está entre pessoas de 20 a 29 anos. Exames Oferecido ao público presente, o exame foi feito a partir da coleta de uma amostra de sangue. Além de avaliar a presença do vírus HIV, os profissionais também fazem os testes para hepatite B e sífilis, consideradas infecções sexualmente transmissíveis. “Estamos tentando conscientizar a população de que a detecção precoce é o melhor caminho”, explicou Débora Costa. “Se a pessoa teve relação sexual com alguém sabidamente positivo ou uma relação sexual desprotegida, que faça o exame. O preconceito em relação às doenças só leva à ausência de saúde e a um prejuízo muito grande.” A gestora lembrou que, além dos testes rápidos, todas as UBSs contam com preservativos femininos e masculinos que podem ser retirados gratuitamente. No caso da UBS 1 da Asa Norte, as camisinhas ficam em uma área no fim do corredor. “É um incentivo para que as pessoas usem, e um cuidado que a gente tem é não criar nenhum obstáculo para que a pessoa pegue o preservativo”, disse. Acompanhamento Ricardo Bento fez os exames pela primeira vez: “É uma oportunidade de as pessoas falarem sobre a doença, já que estão crescendo os casos entre os jovens” O pintor Ricardo Bento, 45 anos, foi um dos pacientes que se submeteram ao exame de HIV e ISTs. Ele foi até a unidade básica para atualizar o calendário vacinal. “Eu vim tomar a vacina da hepatite B porque a empresa em que eu vou começar a trabalhar exige a vacina e essa não estava em dia; aproveitei que estava no embalo e fiz o exame”, contou. Ricardo, que nunca havia feito esse teste, disse acreditar que o incentivo da SES é uma forma de conscientizar a população sobre os riscos. “Essa campanha é boa, porque penso que é uma oportunidade de as pessoas falarem sobre a doença, já que estão crescendo os casos entre os jovens”, avaliou. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os resultados ficam prontos em até 15 minutos. No caso de resultado positivo para HIV, é feito um segundo teste de uma outra marca. A repetição do resultado já é considerada diagnóstico. “Fazemos o seguimento do acompanhamento daquele usuário e o encaminhamos para a especialidade ou fazemos a condução para exames complementares, mas qualquer paciente que tem resultado positivo é imediatamente direcionado para o atendimento, recebe aconselhamento e os encaminhamentos necessários dentro das próprias unidades que são equipadas para essa condução”, detalhou a enfermeira. Atenção para a pele [Olho texto=”“Estamos aproveitando também que dezembro é um mês em que as pessoas viajam e vão para a praia para falar sobre a importância de observar manchas, sinais e pintas no corpo”” assinatura=”Aline Vieira, enfermeira” esquerda_direita_centro=”direita”] Ao mesmo tempo que adverte sobre as ISTs, a campanha da UBS também chama atenção para o câncer de pele, que representa 30% dos casos dos tumores, de acordo com a publicação Incidência de Câncer no Brasil, do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Para isso, uma das equipes multidisciplinares da unidade básica orienta os pacientes sobre o tipo de tumor, entregando panfletos e kits com amostras de protetor solar. “Estamos aproveitando também que dezembro é um mês em que as pessoas viajam e vão para a praia para falar sobre a importância de observar manchas, sinais e pintas no corpo. Vamos orientando como avaliar cada lesão”, pontuou a enfermeira Aline Vieira, da Equipe Fogo da UBS 1 da Asa Norte. Entre os fatores de risco para o câncer de pele destacados pela equipe, estão a quantidade de sardas e pintas no corpo, feridas que não cicatrizam, pintas que mudam de cor ou estão crescendo e o fator histórico de casos da doença na família. “Nosso maior objetivo é a detecção precoce”, resumiu Débora Costa. “Fazemos essas séries de ações de prevenção e promoção da saúde, porque é o nosso carro-chefe como Atenção Primária. Nosso desafio é ultrapassar esse paradigma de que as unidades de saúde estão aí só para tratar pessoas doentes. Estamos aqui para pegar pessoas saudáveis e mantê-las saudáveis.”
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UBS promove ação contra HIV e câncer de pele
Nesta terça-feira (13), a Unidade Básica de Saúde 1 da Asa Norte promove ação de testagem de infecções sexualmente transmissíveis e de conscientização sobre câncer de pele. As atividades fazem parte das campanhas Dezembro Vermelho e Dezembro Laranja. A primeira aborda a prevenção contra o vírus HIV, a Aids e outras ISTs; e a segunda, o câncer de pele. Durante a manhã, a partir das 8h, o laboratório da unidade de saúde vai ficar totalmente dedicado à realização dos testes. Estarão à disposição da população os testes de HIV, hepatite B e sífilis. A partir das 9h, começam as atividades de conscientização e prevenção do câncer de pele, com dermatologista no local para orientar os usuários. Serviço Ação de testagem de infecções sexualmente transmissíveis e prevenção ao câncer de pele Data: 13/12 (terça-feira) Local: UBS 1 Asa Norte – SGAN 905 Horário: 8h às 12h *Com informações da Secretaria de Saúde
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Prevenção ao HIV deve ser feita durante todo o ano
O último mês do ano, na Saúde, é marcado pela campanha Dezembro Vermelho, que foca a prevenção e o diagnóstico precoce de HIV, assim como o tratamento da Aids. Essas medidas podem e devem ser mantidas sempre, para evitar a contaminação pelo vírus e o desenvolvimento da doença. Exames preventivos, bem como tratamento, estão disponíveis nas unidades básicas de saúde | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde Dados da Secretaria de Saúde (SES) apontam um decréscimo no número de novos casos de HIV e de Aids em 2020. De infecção pelo vírus da imunodeficiência humana, o DF registrou 690 episódios no ano passado, 90 casos a menos do que em 2019. Já da doença adquirida pelo HIV, foram 249 novos casos em 2020, ante 293 no ano anterior. [Olho texto=”“A prevenção combinada é definida pela própria pessoa, de acordo com seu momento de vida e o contexto de vivência da sua sexualidade” ” assinatura=”Leidijany Paz, enfermeira do Centro Especializado em Doenças Infecciosas ” esquerda_direita_centro=”direita”] Referência técnica distrital (RTD) de infectologia, a médica Lívia Pansera explica que o HIV é transmitido principalmente por relações sexuais (vaginal, anal ou oral) desprotegidas com pessoas portadoras do vírus e sem tratamento adequado. Também pode ocorrer a transmissão vertical, que é quando a mãe que vive com HIV sem tratamento passa o vírus para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação. “Pode, ainda, ser transmitido pelo compartilhamento de objetos perfurocortantes contaminados, como agulhas e alicates”, acrescenta a médica. Para evitar a contaminação, a melhor estratégia é a prevenção combinada. “Essa combinação é definida pela própria pessoa, de acordo com seu momento de vida e o contexto de vivência da sua sexualidade”, explica a enfermeira Leidijany Paz, do Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin), referência no tratamento de pessoas com HIV no Distrito Federal. Demonstrativo dos casos de HIV no Distrito Federal nos últimos quatro anos | Arte: Divulgação/Agência Saúde Abordagens múltiplas Segundo a profissional, a técnica consiste no uso simultâneo de diferentes abordagens de prevenção, como uso de preservativos – tanto o masculino quanto o feminino –, uso de gel lubrificante, terapias antirretrovirais, como a PEP (profilaxia pré-exposição), e a testagem regular. Para definir a melhor combinação, é preciso identificar a autopercepção do risco de exposição ao HIV. “É importante que a autopercepção de risco de exposição ao HIV venha acompanhada de uma consequente redução desse risco, com a incorporação de uma ou mais estratégias de prevenção”, explica a enfermeira, que aponta alguns questionamentos importantes a serem feitos: Quando você está mais exposto? Quando está sob efeito de bebida alcoólica ou outra substância que altera a consciência? Quando está solteiro? Quando está na balada? Quando está num relacionamento estável e não conversa sobre prevenção de IST? Qual a melhor prevenção combinada para o momento que você está vivendo atualmente? Suspeita de contaminação Caso surja a suspeita de adquirir o HIV devido à exposição sexual (consentida ou vítima de violência) ou acidente biológico com perfurocortantes ocorridos nas últimas 72 horas, a médica Lívia Pansera orienta: “A pessoa exposta pode ser avaliada na unidade de saúde quanto à possibilidade de receber a PEP”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Caso a pessoa suspeite da infecção há mais tempo, a rede pública de saúde disponibiliza gratuitamente testes para HIV, sífilis e hepatites B e C, nas unidades básicas de saúde (UBSs) ou no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), na Rodoviária do Plano Piloto. E, se o resultado do teste for positivo, também é oferecido o tratamento clínico-ambulatorial em unidades de saúde especializadas. Nesses serviços, o usuário tem acesso às consultas médicas, exames específicos de monitoramento e ao tratamento com medicamentos antirretrovirais (ARVs). “A pessoa que tiver o diagnóstico de infecção pelo HIV, após avaliação médica adequada deve iniciar a terapia antirretroviral o quanto antes”, alerta a médica. Os antirretrovirais impedem a replicação do vírus HIV no organismo, evitando o enfraquecimento do sistema imunológico e o desenvolvimento da Aids. “Por isso, o uso regular dos ARVs é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças oportunistas”, defende Leidijany. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Onde buscar diagnóstico e tratamento para HIV/Aids na rede de saúde
Dezembro é o mês dedicado para lembrar a importância da prevenção, assistência, proteção e promoção dos direitos humanos de pessoas que vivem com HIV/Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis. No Distrito Federal, 13 mil pacientes fazem tratamento na rede pública, sendo que, em 2021, foram registrados 590 novos casos de HIV, 179 novos casos de Aids e 76 óbitos, números que reforçam a importância do Dezembro Vermelho. O Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin), antigo Hospital Dia, é um dos locais de tratamento para HIV/Aids na rede pública de saúde no DF | Foto: Lucio Bernardo Jr/Agência Brasília Para qualquer doença, a prevenção é sempre o melhor remédio. Sendo assim, a rede pública oferece exames, diagnósticos, medicamentos e acompanhamento gratuitos à população. [Olho texto=”“É melhor descobrir a doença com exame do que com uma manifestação clínica”” assinatura=”Lívia Gomes Pansera, referência distrital em infectologia” esquerda_direita_centro=”direita”] O teste rápido para diagnóstico de HIV/Aids pode ser feito nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e também no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), na Rodoviária. Já os locais de tratamento são as policlínicas do Lago Sul, Ceilândia, Taguatinga, Paranoá e Gama; Hospitais de Base e de Santa Maria, Ceilândia e Sobradinho; Hospital Universitário de Brasília e também no Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin), antigo Hospital Dia. “Quem se trata leva uma vida normal, acaba tendo qualidade de vida, por isso é importante que as pessoas testem. O fato de não ter o diagnóstico não livra a pessoa da exposição que ela possa ter tido, mas quanto antes ela tiver um resultado, melhor. É melhor descobrir a doença com exame do que com uma manifestação clínica”, explica a médica e referência técnica distrital em infectologia, Lívia Gomes Pansera, ao falar da importância do Dezembro Vermelho. Livia Pansera explica que os pacientes devem ter acompanhamento médico e que podem solicitar exames para detecção de infecções sexualmente transmissíveis. “Hoje existe a recomendação para que o médico solicite exames gerais e que também sejam solicitados sorologia e hepatites virais. É interessante que o paciente procure o Centro de Testagem e Aconselhamento ou unidades da Atenção Primária”, indica. [Olho texto=”“Aqui no DF temos diagnosticado precocemente as pessoas vivendo com HIV e essas pessoas estão se tratando e não estão desenvolvendo a forma mais grave da doença, que é a Aids”” assinatura=”Beatriz Maciel Luz, gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis” esquerda_direita_centro=”esquerda”] No DF, a tendência nos últimos anos é de redução do número de novos casos de HIV e adoecimentos e óbitos por Aids, o que revela a procura pelo diagnóstico precoce e adesão ao tratamento. De 2016 a 2020, foram diagnosticados, em média, 701 casos por ano e, no mesmo período, 306 novos casos de Aids. Já os óbitos por Aids tiveram uma média anual de 105 ocorrências nesses cinco anos. “Aqui no DF temos diagnosticado precocemente as pessoas vivendo com HIV e essas pessoas estão se tratando e não estão desenvolvendo a forma mais grave da doença, que é a Aids”, aponta a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Beatriz Maciel Luz. O teste rápido para diagnóstico de HIV/Aids pode ser feito nas unidades básicas desSaúde (UBSs) e também no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), na Rodoviária (foto)| Foto: Breno Esaki/Agência Saúde Prevenção e tratamento A Secretaria de Saúde do DF atua desde o fornecimento gratuito e livre de preservativos nas unidades de saúde até o tratamento dos pacientes. O principal auxílio ao paciente é a possibilidade de fazer a testagem do vírus HIV e de outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como sífilis e hepatite, nos postos de saúde. Os prontos-socorros da rede hospitalar e as unidades de pronto atendimento (UPAs) também fornecem os medicamentos da Profilaxia Pós-exposição (PEP), para pessoas que tiveram exposição sexual consentida, por violência sexual ou exposição a materiais perfurocortantes contaminados. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O tratamento adequado, e no momento oportuno, tem possibilitado que 92% dos pacientes com HIV/Aids em tratamento no DF estejam atualmente com carga viral indetectável, reduzindo a chance de desenvolverem infecções oportunistas ou até mesmo de transmitirem para outra pessoa. Por isso, hoje em dia, o tratamento também é sinônimo de prevenção. * Com informações da Secretaria de Saúde
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Semana de Prevenção das ISTs oferece testagem e tratamento
Desta segunda-feira (29) a 3 de dezembro, a Secretaria de Saúde (SES) promove a Semana Distrital de Prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). A ação antecede a campanha Dezembro Vermelho, criada para destacar a importância da prevenção contra HIV/Aids. Apesar dos avanços, a doença ainda constitui grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, razão pela qual as autoridades de saúde propõem intensificar as ações de prevenção em toda a população sexualmente ativa. “O Sistema Único de Saúde oferece insumos de prevenção e diagnóstico em todas as unidades de saúde, além do tratamento e exames para o monitoramento da evolução da doença”, explica a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Beatriz Maciel Luz. Ela lembra que há várias medidas preventivas disponíveis, como preservativos penianos e vaginais, gel lubrificante, medicamentos profiláticos pré e pós-exposição, testagem rápida, autoteste para HIV e tratamento precoce. Também está disponível o tratamento para outras ISTs que são porta de entrada para o vírus, como a sífilis. Artes: Divulgação/Agência Saúde Unidades básicas de saúde Além dos preservativos, as unidades básicas de saúde (UBSs) promovem outras ações. “Nas UBSs são realizados aconselhamentos pré e pós-testagem para HIV, bem como o teste rápido para HIV”, explica o coordenador da Atenção Primária, José Eudes Barroso. “Também são ofertadas atividades de educação em saúde para prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis [ISTs], entre elas o HIV, tanto nas unidades básicas de saúde como nas escolas que fazem parte do território das equipes de Estratégia de Saúde da Família [ESF]”. A campanha Dezembro Vermelho tem como objetivo sensibilizar a população sobre como prevenir a infecção pelo vírus HIV, fazer o teste para detecção da doença e realizar o tratamento caso o resultado do exame seja positivo. O tratamento está disponível em 11 pontos no DF (veja arte acima). [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Acesse o Portal Info Saúde-DF e consulte a relação de todas as unidades básicas de saúde do Distrito Federal. Para informações sobre o cenário epidemiológico de HIV/Aids no DF, acesse a página da campanha Dezembro Vermelho. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Dezembro Vermelho lembra importância da prevenção ao HIV
A Aids é uma doença grave, que ainda não tem cura e se expande entre a população. Sem um tratamento adequado, a enfermidade, que precisa ser combatida, pode causar a morte. No Distrito Federal, a tendência nos últimos anos foi de redução do diagnóstico de novos casos de HIV e adoecimentos e óbitos por Aids. [Olho texto=”“Aqui no DF temos diagnosticado precocemente as pessoas vivendo com HIV e essas pessoas estão se tratando e não estão desenvolvendo a forma mais grave da doença, que é a Aids”” assinatura=”Beatriz Maciel Luz, gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis” esquerda_direita_centro=”direita”] A queda revela a procura pelo diagnóstico precoce e adesão ao tratamento. Os dados foram apresentados durante coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (25), dando início à campanha Dezembro Vermelho, voltada para reforçar o cuidado contra o HIV e a Aids. “Aqui no DF temos diagnosticado precocemente as pessoas vivendo com HIV e essas pessoas estão se tratando e não estão desenvolvendo a forma mais grave da doença, que é a Aids”, revela a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Beatriz Maciel Luz. Apesar de não assustar como nos anos 1980 e 1990, quando não havia tratamentos com a eficácia dos atuais, os números não podem ser desprezados: em 2020, foram 690 novos casos registrados no DF, além de 96 óbitos. Em 2021, até o momento, foram 581 contaminações confirmadas e 76 óbitos – número que ainda pode sofrer alteração. De 2016 a 2020, foram diagnosticados, em média, 701 casos por ano e, no mesmo período, 306 novos casos de Aids. Já os óbitos por Aids tiveram uma média anual de 105 ocorrências nesses cinco anos. As estratégias de prevenção combinada do HIV incluem o uso regular de preservativos, diagnóstico oportuno, gerenciamento de vulnerabilidades e imunizações, entre outras | Foto: Bruno Esaki/Agência Saúde-DF Em todo o Brasil, estima-se que existam 920 mil pessoas vivendo com o vírus da Aids. O problema é que cerca de 11%, ou mais de 100 mil pessoas, podem estar contaminadas com o vírus e não sabem. Em todo o país foram 41.909 novas infecções confirmadas em 2019, ano que registrou também 10.565 óbitos. Prevenção A Secretaria de Saúde do DF atua desde o fornecimento gratuito e livre de preservativos nas unidades de saúde até o tratamento dos pacientes. Entre as principais ações estão a possibilidade de realizar nos postos de saúde a testagem do vírus HIV e de outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como sífilis e hepatite. [Numeralha titulo_grande=”581″ texto=”contaminações já foram confirmadas no DF este ano, que teve até agora 76 óbitos” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os prontos-socorros da rede hospitalar e as unidades de pronto atendimento (UPAs) também fornecem os medicamentos da profilaxia pós-exposição (PEP), para pessoas que tiveram exposição sexual consentida, por violência sexual ou exposição a materiais perfurocortantes contaminados. Já a profilaxia pré-exposição (PrEP) é voltada para pessoas com risco aumentado de adquirir a infecção, como parceiros de pessoas contaminadas com HIV, trabalhadores (as) do sexo, indivíduos com episódios frequentes de infecções sexualmente transmissíveis, pessoas trans, gays, homens que fazem sexo com homens e quem costumeiramente tem relações sexuais sem proteção. Desde o dia 1º de setembro, a PrEP passou a ser dispensada para pacientes com prescrição médica da rede privada. Na época, o Ministério da Saúde elegeu o DF como uma das unidades federativas piloto do Projeto PrEP na Saúde Suplementar. A profilaxia pré-exposição ao HIV consiste no uso de antirretrovirais (ARV) para reduzir o risco de adquirir a infecção pelo HIV. Essa estratégia mostrou-se eficaz e segura em pessoas com risco aumentado de adquirir a infecção. [Olho texto=”Para quem foi diagnosticado com a doença, a rede pública possui uma rede de serviços ambulatoriais especializados” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A PrEP faz parte das estratégias de prevenção combinada do HIV. Dentro do conjunto de ferramentas da prevenção combinada, inserem-se também testagem para o HIV, profilaxia pós-exposição ao HIV (PEP), uso regular de preservativos, diagnóstico oportuno e tratamento adequado de infecções sexualmente transmissíveis (IST), redução de danos, gerenciamento de vulnerabilidades, supressão da replicação viral pelo tratamento antirretroviral e imunizações. Tratamento Para quem foi diagnosticado com a doença, a rede pública possui uma rede de serviços ambulatoriais especializados: Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin – antigo Hospital Dia, na 508 Sul); policlínicas de Taguatinga, Planaltina, Paranoá, Gama, Lago Sul e Ceilândia; ambulatórios do hospitais regionais de Ceilândia e de Sobradinho, no Universitário de Brasília e no de Base. “Nós fornecemos fórmula infantil a todas as crianças filhos de mulheres com HIV. A criança nasce e já sai do hospital com a fórmula, porque a mãe não pode alimentá-la, por ser uma via de transmissão”, explica Beatriz Maciel. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O tratamento adequado, e no momento oportuno, tem possibilitado que 92% dos pacientes com HIV/Aids em tratamento no DF estejam atualmente com carga viral indetectável, reduzindo a chance de desenvolverem infecções oportunistas ou até mesmo de transmitirem para outra pessoa. Por isso, hoje em dia o tratamento também é sinônimo de prevenção. Mais informações podem ser acessadas aqui. *Com informações da Secretaria de Saúde
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