Abertas 7,5 mil vagas para educadores sociais voluntários para os anos letivos de 2025 e 2026
A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) publicou, nesta sexta-feira (27), a Portaria nº 1.762, que regulamenta a seleção dos educadores sociais voluntários (ESVs) para os anos letivos de 2025 e 2026. Ao todo, serão disponibilizadas 7,5 mil vagas, distribuídas entre as 14 coordenações regionais de ensino (CREs) da rede pública de ensino. As inscrições, que são gratuitas, estarão abertas de 6 a 17 de janeiro de 2025, exclusivamente por meio da página EducaDF. Educadores sociais voluntários atuam nas escolas da rede pública em atividades como alimentação, locomoção e higienização de estudantes com deficiência e ou Transtorno do Espectro Autista (TEA) | Foto: Felipe de Noronha/SEEDF Para facilitar o processo de inscrição, a SEEDF disponibilizou um manual completo no site para todas as etapas. A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, enfatizou a importância dos educadores sociais voluntários para a inclusão escolar. “Esses profissionais são essenciais para garantir que todos os estudantes, especialmente aqueles com deficiência, tenham acesso a um ambiente educacional que seja não só acessível, mas também estimulante. A contribuição desses voluntários é decisiva para o desenvolvimento das crianças e jovens, reforçando o compromisso da secretaria com uma educação pública de qualidade para todos”, afirmou. Os educadores sociais voluntários terão como funções apoiar nas escolas regulares em tarefas como alimentação, locomoção e higienização de estudantes com deficiência ou transtornos, incluindo o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Eles também participarão de atividades pedagógicas e auxiliarão nos momentos de refeição no contraturno das escolas de tempo integral. Seleção e inscrição Para participar da seleção, o candidato deve ter pelo menos 18 anos e atender a um dos seguintes critérios: → Possuir experiência comprovada como educador social voluntário; → Estar cursando licenciatura ou bacharelado em áreas relacionadas ao programa; → Ter concluído o ensino fundamental; → Ser indígena com proficiência em português e na língua indígena. A inscrição exige a apresentação de documentos como identificação oficial com foto, certidões negativas criminais das justiças Federal e Distrital, certidão negativa da Justiça Eleitoral, comprovante de residência e de escolaridade, além do termo de ciência exigido pelo edital. Candidatos com experiência também devem apresentar comprovação. Durante o preenchimento, é necessário optar por uma regional de ensino e até duas unidades escolares, para os turnos matutino ou vespertino, além de informar a disponibilidade para atuar em mais de um turno. A classificação será baseada na análise curricular, conforme critérios detalhados no Anexo II do edital. Os candidatos com maior pontuação serão selecionados, de acordo com o número de vagas disponíveis. Após a seleção, os aprovados deverão assinar o Termo de Adesão e Compromisso e abrir uma conta poupança vinculada ao Banco de Brasília (BRB). Os voluntários desempenharão suas funções com uma carga horária de quatro horas diárias ininterruptas por turno. Formação Em cumprimento à Lei nº 3.506, de 20 de dezembro de 2004, a formação dos ESVs será obrigatória e acontecerá entre os dias 3 e 7 de fevereiro de 2025, com carga horária de 30 horas. A capacitação será oferecida pela Unidade-Escola de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (Eape) e incluirá conteúdos sobre educação especial, tecnologia assistiva, socialização de estudantes com deficiência e transtornos, além de visitas a instituições de apoio aos estudantes com necessidades especiais. Distribuição de vagas por regional de ensino: → Brazlândia: 371 vagas → Ceilândia: 1.174 vagas → Gama: 417 vagas → Guará: 294 vagas → Núcleo Bandeirante: 423 vagas → Paranoá: 386 vagas → Planaltina: 838 vagas → Plano Piloto: 901 vagas → Recanto das Emas: 370 vagas → Samambaia: 546 vagas → Santa Maria: 304 vagas → São Sebastião: 300 vagas → Sobradinho: 407 vagas → Taguatinga: 769 vagas *Com informações da SEEDF
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Educadores sociais promovem convivência e fortalecimento de vínculos comunitários no DF
Em 19 de setembro é comemorado o Dia Nacional do Educador Social, data instituída pelo Congresso Nacional em homenagem ao nascimento do educador pernambucano Paulo Freire. No Distrito Federal, o cargo foi criado em 2009 por meio de concurso público realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF). O educador social é responsável por organizar atividades para diferentes faixas etárias, promovendo a troca de cultura e experiências. Essas atividades visam fortalecer o sentimento de pertencimento e identidade dos participantes e reforçar os laços familiares. Nos Centros de Convivência (Cecons), o trabalho é realizado por meio de oficinas e encontros coletivos, planejados conforme a idade e os interesses dos participantes. Além disso, educadores sociais de organizações da sociedade civil também atuam em parceria com a Sedes para oferecer esses serviços. Há 109 educadores sociais distribuídos nos 16 Centros de Convivência do DF e nas áreas de gestão da secretaria, alcançando 1.800 famílias atendidas pelas unidades | Fotos: Flávio Anastácio/Sedes Os participantes chegam aos Cecons encaminhados pelos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), onde são identificadas as necessidades e potenciais beneficiários das atividades desenvolvidas. “É um cargo fundamental para estimular a socialização e a convivência, tanto no contexto familiar quanto na comunidade, criando um ambiente acolhedor e inclusivo”, destaca a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. Ao todo, há 109 educadores sociais distribuídos nos 16 Centros de Convivência do DF e nas áreas de gestão da secretaria, alcançando 1.800 famílias atendidas pelas unidades. A entrada no cargo se dá por meio de concurso público, sendo um dos requisitos a apresentação de diploma, devidamente registrado, de conclusão de qualquer curso de graduação com licenciatura plena, emitido por uma instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério da Educação. Trajetória Os educadores sociais Ismael Barbosa, Daniele Nunes e Adriana Marques se orgulham do trabalho desenvolvido nos Cecons O cargo de educador social é marcado pelo empenho dos profissionais que contribuíram para a implementação do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) no Distrito Federal. Ismael Barbosa da Cunha é um dos pilares dessa trajetória. Educador social da Sedes desde 2009, ele se recorda de como o serviço era no início. “Desafiador. Quando cheguei, o trabalho não era conduzido como é hoje, de modo a atender aos objetivos do serviço de convivência. Embora os servidores recém-chegados, na época, tivessem experiência em licenciatura, faltavam referências para desempenhar a função. Ficamos em um limbo, tendo que pesquisar e evoluir até chegar ao entendimento do que é o trabalho hoje, 15 anos depois”, declara o servidor do Cecon Granja das Oliveiras. Ao longo desse período, o serviço de convivência passou por inúmeras mudanças: foi definido por meio da Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais em 2009, reordenado em 2013 e o seu caderno orientador foi atualizado em 2022. “A legislação foi fundamental para que compreendêssemos a essência do serviço, consolidando-o como é hoje”, afirma Adriana Marques, educadora social com 15 anos de experiência e atualmente na Diretoria do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (Dicon) da Sedes. “Assim, conseguimos perceber que o trabalho vai muito além da ideia equivocada de que o Cecon se destina apenas ao contraturno escolar”, completa. A educadora Daniele Nunes, do Cecon Brazlândia, se emociona ao lembrar como o trabalho influenciou sua trajetória desde 2009. “O serviço de convivência me trouxe segurança. Eu entrei nele acreditando que sabia tudo o que a faculdade (de Pedagogia) ensinava. No entanto, ao longo do tempo percebi que o aprendizado vinha por meio da prática e da convivência com o público do Cecon”, afirma. “A minha influência é sempre promover segurança, no sentido de falar para os conviventes não deixarem de sonhar, acreditando que é possível fazer a diferença no mundo”, finaliza. *Com informações da Sedes-DF
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