'Futuro Futuro' vence o Troféu Candango de melhor longa no 58º Festival de Brasília
O 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro chegou ao fim na noite deste sábado (20), após nove dias de programação intensa marcada pela celebração dos 60 anos da primeira Semana do Cinema Brasileiro, realizada em 1965. A edição de 2025 reuniu 80 filmes — entre curtas e longas — selecionados a partir de mais de 1,7 mil inscritos. Além do Cine Brasília, as exibições chegaram a Planaltina, Gama e Ceilândia, reafirmando o compromisso com a descentralização cultural e a acessibilidade, com sessões que incluíram audiodescrição, legendagem descritiva e Libras. Após nove dias de programação, acabou na noite deste sábado (20) o 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro | Fotos: Divulgação/Secec-DF O grande vencedor O Troféu Candango de melhor longa-metragem da Mostra Competitiva foi entregue a Futuro Futuro, de Davi Pretto. O filme se passa em um futuro próximo no qual a inteligência artificial e uma nova síndrome neurológica impactam a vida de um homem de 40 anos que perdeu a memória. A narrativa explora como os avanços tecnológicos alteram a percepção da realidade e a vida em sociedade. A produção também conquistou os prêmios de melhor roteiro e de melhor montagem, assinada por Bruno Carboni. A entrega do prêmio foi feita pelo coordenador de Audiovisual da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), Júnior Ribeiro, em nome do secretário Claudio Abrantes. “A entrega do Candango de melhor longa é um momento simbólico, porque representa o reconhecimento da força criativa do cinema brasileiro. O Festival de Brasília continua sendo um espaço de resistência e de projeção nacional e internacional da nossa produção audiovisual”, destacou Abrantes. A edição de 2025 reuniu 80 filmes selecionados a partir de mais de 1,7 mil inscritos Outros destaques A Mostra Competitiva premiou ainda Aqui Não Entra Luz, de Karol Maia, com Melhor Direção, e Quatro Meninas, de Karen Suzane, que recebeu o Prêmio Especial do Júri. Entre os intérpretes, Murilo Benício foi eleito Melhor Ator por Assalto à Brasileira, enquanto Dhara Lopes venceu como Melhor Atriz por Quatro Meninas. Nos prêmios técnicos, Corpo da Paz, de Torquato Joel, conquistou quatro troféus: edição de som, trilha sonora, direção de arte e fotografia. Na Mostra Brasília – Troféu Câmara Legislativa, o longa Maré Viva, Maré Morta, de Cláudia Daibert, foi o grande vencedor, levando o prêmio do júri oficial e o júri popular, além de categorias técnicas como edição de som. Entre os curtas, Rainha, de Raul de Lima, se destacou com os prêmios de melhor curta (júri oficial), montagem e trilha sonora. Premiações especiais Nas mostras paralelas, Uma Baleia Pode Ser Despedaçada Como uma Escola de Samba, de Marina Meliande e Felipe Bragança, venceu o prêmio da crítica internacional (Fipresci). O Prêmio de Temática Afirmativa foi para Adelina e a Felicidade Guerreira, de Milena Manfredini, enquanto Aqui Não Entra Luz recebeu o Prêmio Zózimo Bulbul de Melhor Longa. O Troféu Saruê, concedido pelo Correio Braziliense ao melhor “momento” do Festival, foi entregue ao cineasta José Eduardo Belmonte. O Prêmio Jean-Claude Bernardet do Júri Jovem UnB da Mostra Caleidoscópio foi para Atravessa Minha Carne, de Marcela Borela. O Prêmio Canal Brasil de Curtas ficou com Couraça, de Susan Kalik e Daniel Arcades. Já Sérgio Mamberti – Memórias do Brasil, de Evaldo Mocarzel, conquistou o Prêmio Marco Antônio Guimarães. Memória e renovação A edição também prestou homenagem a Fernanda Montenegro que, aos 95 anos, recebeu o Troféu Candango pelo conjunto da obra. A atriz, premiada na primeira edição do festival em 1965, enviou um vídeo emocionado de agradecimento. [LEIA_TAMBEM]Para a diretora do Festival, Sara Rocha, esta foi uma edição que conciliou tradição e inovação. “Celebrar os 60 anos do Festival de Brasília foi uma oportunidade de revisitar a nossa história e, ao mesmo tempo, apontar caminhos para o futuro. Tivemos uma programação diversa, com filmes potentes, debates e oficinas que reforçam o papel do festival como vitrine e espaço de formação para o cinema brasileiro”, afirmou. O festival encerrou-se com a exibição do longa A natureza das coisas invisíveis, dirigido por Rafaela Camelo. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF)
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Distrito Junino 2025 leva alegria da cultura nordestina a 250 mil pessoas à Esplanada dos Ministérios
O Distrito Junino 2025 terminou neste sábado (30) em clima de celebração, consolidando-se como o maior circuito junino do Centro-Oeste. A segunda noite de encerramento reuniu cerca de 150 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios, somando um público de aproximadamente 250 mil nos dois dias de festa. Com o forró comandando o tom da noite, shows empolgaram o público em uma celebração da cultura que faz parte das raízes de Brasília | Foto: Divulgação/Secec-DF O público foi recebido pelo Trio Asa Branca, que abriu a noite com muito arrasta-pé. Em seguida, subiram ao palco as quadrilhas Rasga o Fole, Si Bobiá a Gente Pimba, Sabugo de Milho, Arroxa o Nó e Pau Melado, campeãs de suas etapas e reconhecidas pela força cênica, originalidade e riqueza cultural. Forró dominou “O Distrito Junino não é apenas entretenimento: é um investimento estratégico que movimentou territórios criativos, gerou milhares de empregos e aproximou a cultura popular das comunidades em todas as regiões” Claudio Abrantes, secretário de Cultura e Economia Criativa A programação musical levou ao palco grandes nomes da música brasileira. Wesley Safadão comandou a multidão com sucessos que arrastam plateias em todo o país. Chambinho do Acordeon, intérprete de Luiz Gonzaga no cinema, empolgou o público ao reafirmar a força do forró tradicional. A dupla George Henrique & Rodrigo, por sua vez, encerrou a noite com hits do sertanejo. “O que vimos na Esplanada foi a consagração de uma política pública que veio para ficar no calendário cultural do DF”, avalia o secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Claudio Abrantes. “O Distrito Junino não é apenas entretenimento: é um investimento estratégico que movimentou territórios criativos, gerou milhares de empregos e aproximou a cultura popular das comunidades em todas as regiões.” Impacto cultural e econômico Ao longo de 41 dias de programação, o Distrito Junino 2025 promoveu 261 exibições de quadrilhas juninas, contemplando as três entidades que estruturam o movimento no Distrito Federal: a Federação de Quadrilhas Juninas do DF, a União Junina Brasiliense e a Liga Independente de Quadrilhas Juninas do DF e Entorno. [LEIA_TAMBEM]No total, 63 grupos culturais se apresentaram, reforçando a identidade nordestina no coração do Centro-Oeste. O público médio ultrapassou 110 mil pessoas por etapa, entre presença física e transmissões online, ampliando o alcance da festa e colocando o projeto entre os maiores eventos do gênero no Brasil. O impacto econômico e social também foi expressivo. O circuito possibilitou a criação de quatro mil empregos diretos, envolvendo desde organização e produção até quadrilheiros, artistas, comerciantes, artesãos, seguranças, brigadistas e prestadores de serviço. De forma complementar, mais de dois mil postos indiretos foram originados para ambulantes, costureiras, fornecedores de cenários, bordados e adereços, evidenciando o fortalecimento da economia criativa local. Mais do que uma festa O cuidado com os grupos também esteve presente: mais de 15 mil kits-lanche foram distribuídos aos dançarinos ao longo das apresentações. A programação ainda contou com 49 trios de forró e 13 artistas regionais, que animaram os intervalos das competições e garantiram que a música popular estivesse sempre presente como fio condutor da celebração. R$ 10 milhões Total investido no Distrito Junino deste ano O Distrito Junino 2025 mostrou que celebrar a tradição é também investir em identidade e desenvolvimento. Promovido pelo Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), e executado pelo Instituto Orgulho de Ser Nordestino por meio de edital de chamamento público, o circuito representou o maior investimento já realizado em festas juninas no DF, com R$ 10 milhões destinados ao fortalecimento da cultura popular. O circuito passou por Brazlândia, Riacho Fundo II, Taguatinga, Ceilândia, Paranoá, Sobradinho, Samambaia, Santa Maria e Planaltina de Goiás, em uma edição marcada pela descentralização cultural e pelo protagonismo das comunidades. Cada etapa reforçou o valor das quadrilhas como patrimônio imaterial do DF, ao mesmo tempo que promoveu a economia criativa em escala inédita. “As quadrilhas foram as verdadeiras protagonistas de uma festa que ficará marcada na memória da cidade e no coração de quem participou” Affonso Gomes, presidente do Instituto Orgulho de Ser Nordestino Para Affonso Gomes, presidente do Instituto Orgulho de Ser Nordestino, a edição consolidou um marco cultural e social no DF. “É uma alegria imensa ver nossa cultura viva chegar a tantas regiões do Distrito Federal”, comemora. “Foi emocionante acompanhar o envolvimento das comunidades em cada etapa”, relata. “Encerramos esta edição com celebração, integração e orgulho de ser nordestino. As quadrilhas foram as verdadeiras protagonistas de uma festa que ficará marcada na memória da cidade e no coração de quem participou.” Como legado, o Distrito Junino 2025 reafirma a cultura nordestina como um dos pilares da identidade brasiliense, aproximando a população de suas raízes e tornando-se referência nacional no calendário cultural. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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Distrito Junino reúne 100 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios
O Distrito Junino 2025 abriu sua celebração de encerramento em grande estilo nesta sexta-feira (29), reunindo cerca de 100 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios. O público foi brindado com uma noite de dança, tradição e música, marcada pelas apresentações de Filhos do Sol, Santo Afonso, Formiga da Roça e Sanfona Lascada, campeãs das etapas classificatórias que venceram pela riqueza cênica, criatividade dos enredos e qualidade técnica. Espetáculos musicais reuniram público numeroso | Foto: Divulgação/Secec-DF A festa começou com o Trio Toin do Forró, que aqueceu a plateia ao som do autêntico arrasta-pé. Na sequência, o carisma de Natanzinho Lima, um dos nomes mais proeminentes da nova geração da música brasileira, colocou o público para dançar. O encerramento da noite ficou por conta de Flávio José, ícone do forró tradicional, que emocionou milhares de pessoas com clássicos que atravessam gerações e seguem eternizados na memória afetiva nordestina. “Não estamos falando apenas de festa, mas de uma política pública robusta, que deu protagonismo às quadrilhas como patrimônio imaterial do nosso povo” Affonso Gomes, presidente do Instituto Orgulho de Ser Nordestino Para o secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Cláudio Abrantes, o resultado comprova a força da iniciativa como política pública: “O que vimos foi a Esplanada tomada pelo povo, celebrando suas raízes com orgulho. O Distrito Junino não é apenas entretenimento, mas um investimento estratégico que movimenta territórios criativos, gera empregos e garante que a nossa cultura popular e o DF estejam mais uma vez no topo dos grandes circuitos culturais do país”. Affonso Gomes, presidente do Instituto Orgulho de Ser Nordestino, entidade responsável pela execução do projeto, reforçou a dimensão histórica da noite: “Estamos encerrando o circuito mostrando por que ele já é reconhecido como o maior da história da nossa região. Não estamos falando apenas de festa, mas de uma política pública robusta, que deu protagonismo às quadrilhas como patrimônio imaterial do nosso povo. O que vimos hoje foi a consagração desse trabalho coletivo”. E a festa continua O encerramento segue neste sábado (30), com as quadrilhas Rasga o Fole, Si Bobiá a Gente Pimba, Sabugo de Milho, Arroxa o Nó e Pau Melado. Até agora, foram 261 apresentações de quadrilhas, realizadas ao longo de 41 dias de evento em diferentes regiões administrativas do DF e também, pela primeira vez, no Entorno. O esquenta ficará por conta do Trio Asa Branca, seguido pelos shows de Wesley Safadão, Chambinho do Acordeon — intérprete de Luiz Gonzaga no cinema — e da dupla George Henrique & Rodrigo. A festa abre os portões a partir das 18h deste sábado. Os ingressos, gratuitos, devem ser retirados na plataforma Sympla. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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