Placas de endereçamento do Guará são renovadas com investimento de R$ 3 milhões
As placas de endereçamento do Guará estão de cara nova e com mais informações para facilitar o tráfego de motoristas e pedestres. A renovação recebe investimento na ordem de R$ 3 milhões e é executada pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF). Todas as quadras da região administrativa serão atendidas com a mudança, levando mais mobilidade e segurança para os mais de 145 mil guaraenses. A mudança já contemplou 13 QIs do Guará: facilidade para todos encontrarem endereços residenciais e comerciais | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Já foram instaladas cerca de 1.800 novas sinalizações do total de 2.100. A mudança atende desde áreas residenciais e comerciais às avenidas e vias públicas. Nas últimas semanas, o serviço contemplou as QIs 1, 2, 3, 4, 5, 6, 9, 10, 12, 14, 16, 18 e 20. Segundo o administrador regional do Guará, Artur Nogueira, a substituição da sinalização antiga facilitará a circulação de todos, desde entregadores e motoristas de aplicativos à chegada de ambulâncias e viaturas policiais. “Era uma demanda antiga da comunidade, e nós conseguimos instalar em todo o Guará”, lembra. “Antes era muito difícil porque as placas eram todas apagadas e não tinha padrão” Informações precisas Com layout azul e maior dimensão em relação às placas antigas, as novas sinalizações informam a quadra, o conjunto e se o lote é par ou ímpar. A novidade foi elogiada pelo servidor público Adaelson Luiz da Silva, 54. Morador da cidade há mais de três décadas, ele revela que é comum que amigos e familiares se percam ao procurarem sua residência. Adaelson da Silva, morador há mais de 30 anos do Guará, elogia o serviço: “É uma placa com melhor visibilidade tanto para o motorista quanto para o pedestre. Isso ajuda bastante quem é de fora e quem é daqui” “Agora a placa está bem mais específica do que a anterior e maior também”, avalia. “É uma placa com melhor visibilidade tanto para o motorista quanto para o pedestre. Isso ajuda bastante quem é de fora e quem é daqui. As pessoas se perdem aqui por conta dessa divisão do Guará e Guará II. Às vezes, você está na QE 26, mas ali já é QI 25 e do lado já é QI 24. Então, as pessoas se confundem muito, mas agora vai ficar melhor.” Maria das Graças de Jesus: “A sinalização melhorou muito nossa segurança e está bem explicativa” A aposentada Maria das Graças de Jesus, 73, observa que as novas sinalizações são mais visíveis e valorizam a região. “[As placas] não eram tão explícitas, estavam enferrujadas”, aponta. “Agora a gente olha de longe e já está enxergando tudo. A sinalização melhorou muito nossa segurança e está bem explicativa, [tornando] muito mais fácil para indicar um endereço”. Renovação vertical Já a estudante Maria Eduarda Barros, 17, observa o benefício para quem não deseja buscar os endereços em aplicativos de celular: “É importante para nós, que andamos mais a pé e de bicicleta, porque será mais fácil de identificar [os locais] sem usar o Waze, mas só com as placas”. A chefe do Núcleo de Obras Civis do DER-DF, Laura Martins, explica que outras regiões administrativas também estão sendo atendidas com a renovação da sinalização vertical, como Paranoá e Gama. “Algumas RAs estavam com sinalização em falta, outras não tinham um endereçamento correto ou estavam com placas muito deterioradas, e o intuito das placas de endereçamento é o de facilitar o tráfego dos moradores para que não fiquem em dúvida de onde estão ou para onde vão”, defende. Participe O serviço de instalação de placas de endereçamento pode ser solicitado pela população via Ouvidoria, no site do Participa DF. É possível ainda demandar outros serviços, como podas de árvores, recapeamentos, recolhimento de inservíveis, além de registrar elogios, reclamações e questionamentos.
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Prazo para regularização de lotes do Jardim Botânico e de São Bartolomeu acaba dia 24
Moradores dos setores habitacionais do Jardim Botânico e de São Bartolomeu, contemplados no chamamento público de Venda Direta da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) têm até esta quarta-feira, 24 de abril, para apresentar a proposta de compra ou concessão do terreno junto à empresa. São 48 imóveis ao todo. O edital, com endereços, metragens e preços, está disponível para download no portal da Agência. Os valores dos terrenos variam de R$ 167.932,08 (462,24 m²) a R$ 746.996,55 (2.072,1 m²) e já preveem a dedução da infraestrutura feita pelos ocupantes, bem como a valorização decorrente desta implantação | Foto: Daniel Santos/Terracap Os valores dos terrenos variam de R$ 167.932,08 (462,24 m²) a R$ 746.996,55 (2.072,1 m²) e já preveem a dedução da infraestrutura feita pelos ocupantes, bem como a valorização decorrente desta implantação. Aderindo à esta oportunidade, a Terracap concede 25% de desconto no valor final de venda do imóvel para aqueles que optarem pelo pagamento à vista. Algumas instituições financeiras oferecem linhas de crédito específicas para financiar imóveis oriundos da regularização fundiária. Dessa forma, o interessado faz o empréstimo sobre o valor com o abatimento concedido pela Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal, que receberá o pagamento integral do imóvel por meio do financiamento concedido ao comprador. Mas os moradores também podem parcelar o financiamento dos terrenos pela Terracap, neste caso, o prazo máximo de pagamento junto à Agência é de 360 meses. Caso o morador perca o prazo do primeiro chamamento, a Terracap ainda dá outras duas oportunidades. Contudo, os imóveis que forem adquiridos por ocasião do segundo edital de chamamento farão jus, apenas, aos descontos de infraestrutura e valorização, além de ter a avaliação de mercado atualizada. Já aqueles contemplados em terceiro edital serão disponibilizados com o valor de mercado atualizado. Uma vez incluído em três editais e sem adesão do ocupante, o imóvel volta para o estoque da Terracap, podendo, a qualquer momento, ir à licitação pública. Neste caso, será licitado o valor da terra nua, pois não há indicativo legal de indenização nem cobrança pela edificação. Como entregar a proposta? A proposta de compra e a documentação exigida em edital podem ser apresentadas à Terracap de duas maneiras. Presencialmente, no edifício-sede da Terracap, localizado no Bloco “F”, Setor de Áreas Municipais (SAM) – atrás do anexo do Palácio do Buriti, das 7h às 19h; ou de forma remota, pelo site da Terracap. Para quem não quiser comparecer pessoalmente para efetuar a entrega, é preciso acessar o site da Terracap ou o aplicativo da Agência e procurar pelo menu “Serviços”. Ao encontrá-lo, deve seguir os seguintes os passos: clique em “ Regularização – Venda Direta”. Ao abrir a página “Terracap – Serviços online”, acesse a plataforma com os dados de login. Na página inicial, clique em “Regularize Venda Direta”. Selecione “Passo 1 – Criar Cadastro”. Após o cadastro criado, um novo passo será inserido: “Passo 2 – Criar proposta”. Neste momento, deverá ser feita a confirmação das informações inseridas e o upload dos documentos. Encaminhe-os. O processo de envio estará concluído. Mais informações podem ser obtidas por meio dos canais de atendimento da Terracap, no call center (61) 3350-2222, ou pelo atendimento remoto, por meio do chat online. É só acessar: www.terracap.df.gov.br. *Com informações da Terracap
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Tecnologia em favor da segurança no Distrito Federal
Com o objetivo de agilizar o atendimento a ocorrências na região do Sol Nascente, dois oficiais do 10º Batalhão de Polícia Militar de Ceilândia decidiram fazer um mapeamento dos endereços da cidade. Em pouco menos de uma semana, a dupla identificou 132 endereços por meio de uma funcionalidade do Google Maps, aplicativo de GPS (sistema de localização por satélite) para smartphones. O Sol Nascente/Pôr do Sol tornou-se a 32ª região administrativa oficial do DF em agosto de 2019, após o desmembramento de Ceilândia. Com cerca de 100 mil moradores, a localidade era formada por chácaras, que foram parceladas com o passar do tempo, criando diversos endereços. No entanto, muitos deles foram concebidos de maneira aleatória, sem seguir uma ordem definida. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Essa situação dificulta a locomoção de equipes de diversas corporações pelas ruas do Sol Nascente, e acaba por atrasar a chegada de viaturas que são chamadas para atender situações de emergência. Pensando nisso, os policiais C. Santos (Charles Santos) e Cunha (João Pedro Cunha) decidiram mapear o Sol Nascente durante o patrulhamento que realizam na cidade. Ambos estão lotados no 10º BPM, que atende Ceilândia Norte e Sol Nascente. Com os endereços agora visíveis por meio do dispositivo de georreferenciamento, o trabalho dos policiais já ficou mais eficiente, como constata o soldado C. Santos. “Eu mesmo já utilizei, outros companheiros já nos informaram também. A gente viu essa necessidade, fomos mapeando e nomeando, colocamos agora em ordem e ficou bem bacana”, avalia. Além da Polícia Militar, as marcações no GPS feitas pelos soldados, beneficiam também o Corpo de Bombeiros e o Samu, e em breve serão disponibilizadas para toda a comunidade. O administrador regional do Sol Nascente/Pôr do Sol, Cláudio Ferreira, elogiou a iniciativa dos policiais do 10º BPM: “Vem para contribuir e ajudar a atender as demandas da comunidade, que está em processo de regularização depois de uma expansão desordenada. Mais um braço para ajudar o poder público”. O gestor também relatou que o GDF já está trabalhando junto com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab) e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos para solucionar a questão dos endereços no Sol Nascente e no Pôr do Sol. * Com informações da Secretaria de Segurança Pública
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Andarilhos das mensagens
Dário Dantas, 72 anos, aposentado e ainda firme na profissão que abraçou há quase meio século, chegou ao DF no fim da década de 1960: “No começo, foi difícil” | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília Não tem jeito. Toda vez que chega alguém novo na agência dos Correios da Praça do Bicalho, em Taguatinga Norte, a piada é inevitável. “Ele é o carteiro que entregou os papiros do Mar Morto”, algum colega brinca. Não é por menos. Aos 72 anos e quase 50 de carreira, Dário Dantas é um dos profissionais da área mais antigos ainda em atividade no DF. E gosta do que faz, experiência tem de sobra. Aposentado desde 2000, nem pensa em guardar o uniforme. “Se a gente parar, trava”, ensina, com sabedoria. “Sem falar que é um dinheiro que complementa o salário do INSS”. E, numa cidade onde os nomes de endereços são atípicos, diferentemente de todas as outras regiões do país, com letras e siglas norteando residências, logradouros e localidades, Dário Dantas, mineiro de Paracatu, até que se adaptou em tempo hábil. Chegou ao DF no final dos anos 1960, tendo sido aprovado no concurso dos Correios em 1971. “No começo, foi difícil. Na minha cidade, como em muitas outras, os endereços têm nome de gente, lugares, nomes simples… Aqui, não. Estranhei um pouco, mas fui me acostumando”, conta o carteiro, que entrou na profissão 13 anos depois de ser inaugurada em Brasília a primeira agência dos Correios e Telégrafos. Em 1973, dois anos depois de Dário Dantas ser efetivado nos Correios do Cruzeiro Velho, a administração central da empresa pública foi definitivamente transferida para o Setor Bancário Norte (SBN). Bem ali, seis anos à frente, seria inaugurado o edifício-sede da ECT. Em 1978, foi promulgada a Lei Postal nº 6.538, que unificaria a legislação relativa aos Correios e Telégrafos. No ano seguinte, em 1979, foi criada a Escola Superior de Administração Postal (Esap). Em 1980, ali no Setor Comercial Sul, nascia o Museu Postal e Telegráfico da ECT. No espaço podem ser apreciados alguns documentos referentes à inauguração da cidade, como selos comemorativos. Prédio antigo dos Correios funcionou até 1973 no Cruzeiro Velho | Foto: Arquivo Público / Divulgação Erros e intimidades Originais, as localizações de Brasília eternizaram endereços como W3, L2, SQS, SQN, SHIS, SCS, SCN – que, como tantos outros, já estão incorporados à cultura da cidade, fixados no inconsciente dos moradores. Mesmo assim, essa familiaridade local não é suficiente para evitar confusões na vida dos carteiros. “O maior problema nosso aqui, até por essa diferença nos nomes, é que o pessoal escreve muito o endereço errado e, se errar uma letra, um número, já viu, atrapalha tudo”, explica Dário, com o respaldo de uma larga experiência no assunto. Lotado na agência da 508 Norte, Gilvanézio Santana, mais de 20 anos de Correios, comunga da opinião do colega de profissão Dário Dantas sobre os equívocos. No seu ofício, quando se trata do DF, um detalhe pode fazer enorme diferença. “Às vezes, a pessoa troca uma letra e a carta fica rodando, sem achar o destino, então vai do esforço do carteiro em decifrar o que está errado e conseguir encontrar o endereço certo, completar o serviço com qualidade e integridade”, diz. Trabalho intenso A jornada diária de um carteiro é puxada, sobretudo para um profissional na idade de Dário Dantas, com cinco décadas de estrada e muitos endereços percorridos. Num período do dia, o trabalho se resume a entregar as correspondências. No outro, é preciso fazer a triagem do que será distribuído pela cidade no dia seguinte. Experiente, Dário Dantas flana pelas ruas com a leveza de um beija-flor, conhece todos os macetes, sinais e esquinas de Taguatinga Norte, onde faz a entrega das suas missivas, indo da Comercial às residências da QNE 1, 2 e 6. Nessas longas caminhadas bairro adentro, é comum um motorista abordá-lo pedindo ajuda para encontrar alguma localidade específica. O carteiro não titubeia. “A gente anda muito, todo dia no mesmo lugar”, relata Dantas, que também já trabalhou em Taguatinga Sul e no Plano Piloto. “Só de Guará I e II foram 22 anos, então conheço bem os endereços, em alguns casos, ficando conhecido dos moradores que até nos chamam pelo nome.” Ah, sim, houve sinais do futuro que esses andarilhos das mensagens perceberam ao longo dos anos. O tempo não para e não parou só para eles, mas afetou diretamente a própria ferramenta em que trabalham diariamente. “Se brincar, a garotada de hoje nem sabe o que é selo”, arrisca Gilvanézio Santana. E Dário reforça: “Hoje entregamos mais correspondências registradas, as pessoas estão mais modernas, usam mais a internet. É raro ter carta, uma ou outra”.
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