Campanha transforma uniformes escolares em enxovais para bebês
A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) lançou a campanha Educação Vem do Berço, que une solidariedade, sustentabilidade e reintegração social. A proposta é simples: arrecadar uniformes de escolas particulares fora de uso e convertê-los em enxovais para bebês. Os kits serão entregues a mais de mil mães em situação de vulnerabilidade social atendidas pelo programa Nasce uma Estrela, também da pasta. As roupinhas são confeccionadas por mulheres privadas de liberdade assistidas pela Funap, capacitadas em corte e costura | Foto: Divulgação/Sejus-DF A ação incentiva a economia circular ao dar novo destino a peças que, muitas vezes, acabam esquecidas ou descartadas. Em parceria com a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap), os uniformes passam por descaracterização – com a remoção de logomarcas e outros elementos de identificação – e são transformados em peças infantis como blusas, pijamas, meias, luvas e shorts. A confecção é feita por mulheres privadas de liberdade assistidas pela Funap, capacitadas em corte e costura. Além de contribuir com o bem-estar das famílias beneficiadas, a atividade oferece às reeducandas oportunidades de aprendizado, trabalho e reconstrução de suas trajetórias. [LEIA_TAMBEM]As escolas particulares que aderirem à campanha receberão uma caixa personalizada para o recolhimento das doações. Instituições interessadas em participar podem entrar em contato com o programa Voluntariado em Ação, pelo WhatsApp (61) 98314-0520. Para a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, a iniciativa representa um ciclo de cuidado e transformação: “Educação Vem do Berço é mais do que uma campanha de arrecadação – é um movimento de reaproveitamento, generosidade e afeto. Acreditamos na força da economia circular, no poder da sustentabilidade e no impacto positivo que ações como essa têm na vida de tantas mães e bebês do DF”, afirma. Enxoval ainda mais completo Com a campanha, o kit enxoval entregue pelo programa Nasce uma Estrela será ampliado, passando a contar com um número maior de itens essenciais para o início da vida do recém-nascido. Atualmente, a bolsa-maternidade inclui roupas, fraldas e uma manta. Criado pela Sejus, o Nasce uma Estrela já atendeu mais de 1,2 mil mulheres em 12 edições, sempre no âmbito do programa GDF Mais Perto do Cidadão. A ação consiste em um curso de duas horas com orientações de especialistas sobre cuidados com o bebê, como aleitamento materno, prevenção de cólicas, segurança no sono e saúde emocional no pós-parto. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF)
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GDF garante enxoval a bebês de baixa renda
Stephanny e Romário foram ao banco de leite do Hmib para receber orientações sobre os cuidados com a amamentação e retirar um benefício garantido pelo GDF a bebês de família em situação de vulnerabilidade: a Bolsa Maternidade | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A gestação seguida da pandemia deixou Stephanny Viegas, de 33 anos, desempregada. Com três filhos em casa – dois do primeiro casamento e um do segundo -, é da renda do marido, Romário Cardoso, 30 anos, maitre em um restaurante da Asa Sul, que sobrevive a família. Em 7 de novembro, nasceu Laura, a quarta filha. Na semana seguinte, o casal esteve no banco de leite do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) para receber orientações sobre os cuidados com a amamentação da criança e retirar um benefício garantido pelo Governo do Distrito Federal (GDF) a bebês de família em situação de vulnerabilidade: a Bolsa Maternidade. Lançado pela Secretaria de Desenvolvimento Social em maio deste ano, o auxílio permanente é regulamentado pela Lei Nº 5.165/2013, que cria os benefícios eventuais no Distrito Federal, e garante um dos direitos básicos do ser humano: o de se vestir. Trata-se de um enxoval com 21 itens de primeira necessidade a recém-nascidos com roupinhas como macacões, calças, cueiros, luvas, meias, calças, manta, fraldas, pomada e lenços umedecidos. Até agora, 882 bolsas foram distribuídas no Distrito Federal. Outras 1,5 mil mamães já se inscreveram para receber o benefício quando o bebê nascer. [Olho texto=”A Bolsa Maternidade é voltada a famílias em situação de vulnerabilidade, com renda per capita inferior a meio salário mínimo, inscritas no programa Criança Feliz Brasiliense, ou em situação de rua.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”centro”] A Bolsa Maternidade é voltada a famílias em situação de vulnerabilidade, com renda per capita inferior a meio salário mínimo, inscritas no programa Criança Feliz Brasiliense, ou em situação de rua. Pode ser solicitada logo que a gravidez seja confirmada até 30 dias dias do nascimento – e retirada tão logo a mãe dê a luz – em alguma unidade de assistência social, como o Centro de Referência da Assistência Social (Cras). Só vale para quem reside no DF há pelo menos seis meses. “A Bolsa Maternidade leva dignidade à mãe, à família e ao bebê, pois garante que a criança tenha o que vestir e tenha como ser cuidada já nas suas primeiras semanas de vida”, afirma a secretária de Desenvolvimento Social Mayara Noronha. Junto com o enxoval, a família do recém-nascido pode solicitar o recebimento de um benefício eventual de R$ 200. Tanto o valor quanto a bolsa são por criança nascida e valem também para pais adotivos. Bancos de leite Desde junho de 2020 as entregas das bolsas têm sido feitas nos bancos de leite das maternidades públicas do Distrito Federal. A parceria entre as secretarias de Desenvolvimento Social e de Saúde foi firmada para que no ato de entrega do enxoval a mãe receba informações sobre os cuidados com o filho e a amamentação. “Não é simplesmente uma entrega, mas a orientação no cuidado com o bebê e com o aleitamento materno”, complementa a coordenadora do programa Criança Feliz Brasiliense, Fernanda Monteiro. Pai da Laura e marido da Stephanny, o maitre Romário ficou feliz com a ajuda que recebeu. “Nossa renda em casa caiu 50% na pandemia e agora somos nós dois e quatro filhos. Receber esse enxoval e a ajuda de R$ 200 nos ajuda bastante”, comemora.
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