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Obras de infraestrutura em Vicente Pires aumentam qualidade de vida e incentivam expansão comercial

Quando o professor Marcelo Lima, 33, se mudou para Vicente Pires há 18 anos com os pais, ainda nem era possível chamar o Setor de Chácaras de região administrativa. A oficialização veio com a publicação da lei nº 4.327, em maio de 2009, quando a área foi desmembrada de Taguatinga. “Quando cheguei aqui, não era uma cidade; Vicente Pires era uma zona praticamente rural, só tinha mato”, conta. Foram anos de espera para que a nova região administrativa, de fato, se tornasse uma cidade com infraestrutura básica. “Hoje nós temos vida própria, comércio, lojas, postos de gasolina, ônibus e unidades de saúde. Vejo um desenvolvimento na cidade não só econômico, mas social também”, avalia ele. Só na urbanização da região administrativa de Vicente Pires, GDF investiu R$ 420 milhões, desde 2019 | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília Desde 2019, este Governo do Distrito Federal (GDF) investiu cerca de R$ 500 milhões na cidade, sendo R$ 420 milhões apenas para a urbanização da região administrativa, resultando em 300 km de vias e calçadas pavimentadas, 185 km de redes de drenagem, 460 km de meios-fios e 13 lagoas de detenção. Além disso, estão em execução o calçamento da Avenida da Misericórdia, com investimento de R$ 58 milhões, e a finalização de mais uma bacia de contenção. Também foram entregues duas pontes na cidade – uma sobre o Córrego Vicente Pires, na DF-095, e outra sobre a Rua 4. Cada uma delas beneficia cerca de 20 mil motoristas diariamente. A ponte sobre o Córrego Vicente Pires DF-095, construída no trecho entre a DF-001/EPCT e a DF-087/EPVL, e a ponte que liga a Rua 4 à Avenida da Misericórdia foram inauguradas em 2021, com um investimento total de R$ 6,3 milhões. A urbanização de Vicente Pires é uma das ações e obras que a Agência Brasília vai mostrar na série de reportagens Esta é a Nossa História, que levará o cidadão a uma viagem pelo Distrito Federal para conhecer como os projetos do governo mudaram a realidade de pessoas e comunidades inteiras nestes últimos seis anos. Transformação A demora na consolidação da infraestrutura de Vicente Pires causou, por anos, empecilhos e estragos à população. A família do professor Marcelo Lima viu a casa ser inundada pelas águas das chuvas algumas vezes. Isso porque a Rua 3, onde eles vivem desde então, virava um rio durante o período de chuvas, lembra ele: “Antigamente, toda vez que chovia a rua alagava. Era aquele transtorno, com as casas sendo invadidas pela água”. Morador de Vicente Pires há 18 anos, o professor Marcelo Lima lembra que, antes desta gestão do GDF, a situação era caótica: “Em março de 2017, o condomínio onde moramos foi alagado e uma das casas afetadas foi a minha” Em uma das ocasiões, a família chegou a perder bens materiais e até a própria tranquilidade. “Em março de 2017, o condomínio onde moramos foi alagado e uma das casas afetadas foi a minha”, lembra o professor. “Na época, perdemos alguns móveis, e o nosso psicológico ficou bastante abalado. No começo, pensei até em sair. Mas hoje em dia não tenho mais esse problema. A qualidade de vida que tenho aqui não vou ter em nenhuma outra cidade”. “Quando assumimos o governo, Vicente Pires era uma cratera geral e generalizada. Hoje é uma cidade desejada pelos empresários porque está urbanizada, e isso quer dizer mais emprego e renda para todo mundo” José Humberto Pires de Araújo, secretário de Governo Mais do que a chegada do asfalto, Marcelo Lima celebra outras melhorias na região, como a instalação de uma unidade de pronto atendimento (UPA), situada na Rua 10, com investimento de R$ 7 milhões e capacidade para 4,5 mil procedimentos mensais, e a circulação do Zebrinha na área interna. “A cidade foi melhorando com o passar dos anos”, avalia o morador. “Temos uma UPA que foi um pedido da população. O transporte público chegou. Quando eu vim para cá, só havia uma linha de ônibus, e hoje são seis para circular pela cidade. O GDF tem olhado para gente e tem nos dado condições e fortalecimento.” Expansão comercial O programador Maurete Cerqueira centrou seu trabalho em Vicente Pires, onde mora desde 2008:  “Para mim, é uma felicidade estar na minha cidade, e o ato de trazer uma empresa para cá traz mais emprego e oportunidades” O secretário de Governo do DF, José Humberto Pires de Araújo, destaca que o investimento em urbanização refletiu na expansão comercial da cidade: “Quando assumimos o governo, Vicente Pires era uma cratera geral e generalizada. A cidade toda estava numa situação muito difícil. Hoje é a menina dos olhos dos investidores. Todas as atividades comerciais estão lá. Todas as grandes marcas estão lá. Todos os dias surgem novas empresas. É uma cidade desejada pelos empresários porque está urbanizada, e isso quer dizer mais emprego e renda para todo mundo”. O empresário e programador Maurete Alves Cerqueira, 40, mora em Vicente Pires desde 2008 e sempre quis transferir o negócio de tecnologia para mais perto de casa. “Tenho uma empresa desde 2007, e ela ficava no Guará”, relata. “Eu e meu sócio sempre tivemos essa vontade de trazer para cá, para ficar mais próximo de casa e dar mais conforto para quem trabalha com a gente. Só que era inviável, porque não dava para receber um cliente, porque a pessoa tinha que passar por uma lama e, talvez, estragar um carro, então inviabilizava”. Em 2023, com o fim das obras de pavimentação na Rua 3, ele finalmente levou a Garra Tecnologia para Vicente Pires, a poucos metros do condomínio onde vive. “Depois que aconteceram as obras, não temos mais esse problema. É possível chegar, estacionar e estar no horário”, afirma. “Para mim, é uma felicidade estar na minha cidade, e o ato de trazer uma empresa para cá traz mais emprego e oportunidades, além de prestigiar a própria cidade”.  

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Brasilienses comemoram os 50 anos da chegada do homem à Lua

Quando o homem chegou à Lua, em 20 de julho de 1969, o potiguar José Braz tinha 29 anos e não ficou nem um pouco impressionado com a aventura espacial. Achou mais interessante quando o presidente Juscelino Kubitschek e o então prefeito de Brasília, Israel Pinheiro, visitaram uma cantina do canteiro da obra em que ele trabalhava na quadra 108 Sul desde o começo dos anos 1960. Braz se espantou com a simplicidade das duas autoridades. Quem não era nascido nessa época, da qual ele guarda recordações nítidas, também poderá celebrar o cinquentenário da chegada à Lua, por meio de uma programação que o Planetário de Brasília montou especialmente para a ocasião. As imagens revividas por ele e por quem acompanhou a notícia, à época, fazem parte desse pacote comemorativo. Recordações como essas, marcadas de nostalgia e simbologia, são muito bem-vindas na semana em que se comemoram os 50 anos da grande aventura espacial que mexeu com milhares de pessoas no Brasil e no mundo. Aproveitando a data, o Planetário de Brasília está com programação especial para a garotada que for participar da colônia de férias desta semana. Isso porque o tema deste ano é focado justamente na corrida espacial que mexeu com o mudo da ciência e tecnologia. Além de filmes, os participantes vão frequentar oficinas temáticas sobre o satélite natural da Terra e fabricação de foguete. Um encontro lúdico e educativo. “A nossa função social, além de ser um espaço turístico, é ensinar as crianças e ao público em geral um pouco sobre o universo ou temas relacionados à astronomia, matemática, química, física”, pontua a gestora do espaço, Ana Carolina Nunes. “Todo ano realizamos duas colônias de férias com temas científicos, e o encontro deste ano será sobre os 50 anos do homem à Lua. Então as crianças vão aprender a fazer a Lua com bola de isopor e construir foguetes com garrafas pet para lançar até o espaço”, antecipa. O Planetário oferece uma programação especial , comemorativa ao cinquentenário da chegada do homem à Lua, para públicos de todas as idades /Foto: Renato Araújo/Agência Brasília Exposição Inspirada num projeto de conclusão do curso de museologia da UnB, a mostra O Túnel do Tempo da Evolução da Vida, um projeto da Universidade de Brasília com a FAP-DF (Fundo de Apoio à Pesquisa), é um convite para conhecer o processo de avanço do homem a partir de registros históricos que abrangem fósseis pré-históricos, passando por réplicas de foguetes, espaçonaves e acessórios de dinossauros. Faz parte da programação especial do Planetário de Brasília. “A ideia dessa exposição é despertar a curiosidade das crianças, o espírito de investigador e pesquisador; mostrar o papel de um paleontólogo e, a partir dessa área específica da ciência, fazer com que as crianças tenham interesses por outros campos, como a biologia, a geologia, a astronomia e por aí vai”, explica a museóloga Ana Carolina Valadares, idealizadora do projeto. Uma mostra permanente, organizada em parceria com a Agência Espacial Brasileira e situada na parte inferior do planetário, traz fotografias, réplicas de trajes de astronautas, dois túneis panorâmicos de vidro com monitores, além de maquetes de naves siderais. Repercussão “Muito legal o espaço; só vim quando era pequena e antes da reforma, e estou gostando muito, é bem-organizado e bonito”, avalia a servidora do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios Fernanda Araújo, que aproveitou as férias para levar o filho João e dois primos a um passeio pelas instalações do planetário. “Eles estavam só no celular, então decidi trazê-los aqui, estão adorando, ficaram encantados com um túnel que parece uma espaçonave”, conta. Aproveitando a hospitalidade de uma tia no Gama, a família Maciel partiu de Rondônia, para aterrissar no Planetário de Brasília durante uma tarde de turismo pela cidade. “Estávamos passando pelo local, coincidiu de assistir a um filme na cúpula, que é maravilhosa, e aproveitamos para conhecer o lugar, muito interessante”, comenta Timóteo Maciel, acompanhado da esposa e de um casal de filhos. “Tudo é novidade para gente aqui, desde o trânsito à arquitetura, e aprendemos muitas coisas sobre estrelas e o Zodíaco”, destaca. Lembranças Cinquenta anos depois da façanha interplanetária que marcou a chegada do homem à Lua, quem estava por aqui cultiva recordações. “O JK era simples demais, era como se fosse um de nós, ficava perguntando o tempo todo sobre as obras, saber tudo”, rememora o pioneiro José Braz, ex-funcionário da Novacap, hoje com 79 anos. “Muita gente não acreditou que eles chegaram lá. Eu acreditei, mas não me impressionei porque falavam sobre isso o tempo todo na televisão e no rádio. Se não foram até lá, a armação foi muito bem-feita”, avalia José Braz, sobre a chegada dos americanos à Lua. Cético, Braz viu tudo no conforto de sua sala de estar, na quadra 413 Sul. Um luxo para a época, já que poucas famílias  tinham aparelhos de TV em casa. O mesmo não aconteceu com Amado de Oliveira, que, na época com 22 anos, correu do trabalho até um lugar especial na Granja do Torto só para ver as imagens da chegada do americano Neil Armstrong à Lua. “Aproveitei para ver as duas coisas: a Lua e a namorada”, brinca.  “Aqui em Brasília as pessoas ficaram loucas com essa história, a cidade inteira empolgada com a chegada do homem à Lua; era como se fosse um jogo de final da seleção brasileira”, lembra o pioneiro, na época funcionário do antigo DEA – Departamento de Esgoto e Águas, hoje Caesb. Amado de Oliveira não se lembra direito onde ou quando, mas levou a esposa para ver um pedaço da Lua que os astronautas americanos trouxeram do espaço. “Acho que foi no Teatro Nacional, não lembro bem, mas muitas pessoas queriam ver de perto o pedaço da Lua, que era pequeno, mas era o pedaço da Lua”, recorda. Mas nada se compara à vinda à capital, em agosto de 1961, do cosmonauta russo Iuri Gagarin (1934-1968), o primeiro homem a fazer um voo pela órbita da Terra. A aventura espacial acontecera em abril de 1961 e o astronauta eternizou seu feito numa frase simples, mas antológica: “A Terra é azul”. Poucos dias depois, lá estava o militar russo sendo condecorado pelo presidente Jânio Quadros no Palácio do Planalto. É história viva.    

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