Cartão Prato Cheio completa cinco anos como política pública consolidada e terá valor reajustado para R$ 280
Cinco anos depois de ser criado para acolher a população durante a pandemia de covid-19, o Cartão Prato Cheio firmou-se como uma das principais políticas públicas instituídas por este Governo do Distrito Federal (GDF), com mais de 560 mil famílias beneficiadas desde 2020. Para comemorar a data, o governo anunciou que o valor pago passará de R$ 250 para R$ 280, a partir de setembro. Além disso, também aumentou o período de concessão de nove para 18 meses e ampliou o número de famílias atendidas de 100 para 130 mil, a partir de 1º de junho. O governador Ibaneis Rocha comemora o quinto aniversário do Prato Cheio: “Acho que a grande obra que nós fazemos é cuidar da vida das pessoas, é dar uma alimentação digna, é dar segurança alimentar e dar condições para que elas possam se desenvolver e desenvolver a vida de seus filhos” | Fotos: Renato Alves/Agência Brasília Foi o que anunciou o governador Ibaneis Rocha durante a comemoração do quinto aniversário do Prato Cheio, nesta quarta-feira (28), em Ceilândia, região administrativa com maior número de famílias contempladas: 14,8% do total do programa. “É uma alegria muito grande poder estar comemorando cinco anos desse projeto, que é exitoso e chega diretamente às famílias”, declarou o governador. “Isso nos alegra muito, porque uma cesta básica hoje custa em torno de R$ 80. Com R$ 250, cada família pode comprar três cestas básicas, pode garantir a alimentação dentro de casa, e nós tiramos essas pessoas que estavam em situação de insegurança alimentar porque não tinham antigamente as três refeições. Hoje, a gente garante essa alimentação com o Cartão Prato Cheio, por meio do DF Social e dos nossos restaurantes.” O chefe do Executivo reforçou que os programas sociais são uma marca importante de sua gestão, assim como a transformação da infraestrutura: “A gente tem a fama de ser tocador de obra, e eu gosto dessa fama, mas acho que a grande obra que nós fazemos é cuidar da vida das pessoas, é dar uma alimentação digna, é dar segurança alimentar e dar condições para que elas possam se desenvolver e desenvolver a vida de seus filhos. Para isso a gente está cuidando de creche, cuidando de escola, ampliando a rede hospitalar”. Ibaneis também anunciou novidades para a Saúde, ao detalhar que nos próximos dias o GDF vai assinar o contrato para construção de novas unidades de pronto atendimento (UPAs). Acolhimento Considerada a madrinha da assistência social no Distrito Federal, a primeira-dama Mayara Noronha Rocha destacou o impacto do programa para acolher as famílias em situação de vulnerabilidade: “Quando cheguei à Sedes [Secretaria de Desenvolvimento Social], havia 6 mil pessoas aguardando a entrega da cesta básica. Então, aquilo que era só um socorro emergencial se tornou a maior política pública de segurança alimentar de todo o país. Muitas mães, pela primeira vez, tiveram a oportunidade de chegar ao supermercado e escolher qual a marca do iogurte para o filho, se iria comer um peixe, se iria comer uma sardinha, se iria comer uma carne moída. Essa é a autonomia que o Cartão Prato Cheio trouxe”. Atualmente estão cadastradas 100 mil famílias, que recebem todo mês o benefício, totalizando aproximadamente 520 mil pessoas. Para o próximo mês, a previsão é que o número suba para 130 mil. O investimento total previsto para 2025 ultrapassa os R$ 300 milhões, beneficiando mais de 1,2 milhão de pessoas. Economia e agricultura familiar Para a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra, o investimento vai além da segurança alimentar: “Com esse cartão a gente fomenta também a economia e a agricultura familiar. Esse é o maior programa social que o Distrito Federal já teve, então é um investimento que transforma vidas, porque não tem como falar em assistência social, em desenvolvimento social e em autonomia sem matar a fome das pessoas”. Os beneficiários que já recebem o Cartão Prato Cheio (dentro do ciclo atual) terão automaticamente o ciclo ampliado. Após o prazo citado, quem ainda estiver em situação de insegurança alimentar e nutricional deverá passar por novo atendimento socioassistencial para análise quanto à permanência no programa. Nesse caso, a renovação não é automática. “O Cartão Prato Cheio é um programa que traz alívio imediato para as famílias em situação de vulnerabilidade, garantindo alimentação digna para quem mais precisa”, enfatizou a vice-governadora Celina Leão. “Ele sintetiza o cuidado da nossa gestão com as pessoas, com um olhar especial para as famílias que enfrentam diariamente o desafio de colocar comida na mesa. Nós seguimos trabalhando para que cada habitante do DF tenha acesso à comida todos os dias, com qualidade e na quantidade necessária.” Dinheiro no bolso, comida na mesa Em um contexto de desafios agravados pela pandemia de covid-19, o GDF criou o Cartão Prato Cheio, em 2020, para substituir as tradicionais cestas básicas por um cartão que traz dignidade e liberdade de escolha aos beneficiários. Carla Rodrigues, cuidadora de idosos, utiliza o cartão: “Tenho cinco filhos, e, atualmente sem trabalhar, é o que me ajuda a ter o que dar de comer para eles” O diferencial do Cartão Prato Cheio é o poder de escolha das famílias. As mães, maioria entre os beneficiários, têm autonomia para selecionar o que os filhos gostam de comer e fazem as compras do mês no mercado mais perto de casa. O cartão também viabilizou o aumento expressivo no número de famílias beneficiadas. Helen Matias, dona de casa: “Pego meu cartão e compro tudo o que precisa. Eu uso para garantir arroz, feijão e cuscuz. É uma ajuda e tanto” Para a cuidadora de idosos Carla Rodrigues, de 32 anos, o benefício permite mais tempo com os filhos. “Esse programa é uma mão na roda”, avaliou. “Tenho cinco filhos, e, atualmente sem trabalhar, é o que me ajuda a ter o que dar de comer para eles. Com esse benefício, sobra um dinheiro para eu pegar os meninos num domingo e passear de graça pela cidade [pelo programa Vai de Graça, instituído por este GDF para garantir transporte gratuito nos domingos e feriados], tomar um sorvete na Rodoviária ou no Conjunto Nacional”. A dona de casa Helen Matias, 24, fez questão de participar da comemoração de cinco anos do Prato Cheio. Para ela, a realidade é outra de quando vivia sem o benefício: “Eu tenho três filhos, e tinha época em que eu precisava ir à casa da minha mãe pegar alguma coisa ou até pedir dinheiro emprestado. Naquela época, às vezes faltava lanche para eles. Agora não preciso de mais nada disso, eu mesma pego meu cartão e compro tudo o que precisa. Eu uso para garantir arroz, feijão e cuscuz. É uma ajuda e tanto”. A diarista Cleidiane Rodrigues também utiliza o benefício para outras aquisições: “Eu consigo comprar algum eletrodoméstico de que estou precisando muito” Já para a diarista Clediane Rodrigues, 44, o Cartão Prato Cheio, além de garantir a comida da família, é uma ajuda para comprar outras coisas que faltam em casa: “Eu consigo comprar algum eletrodoméstico de que estou precisando muito”, disse. “O programa representa um futuro melhor para meus filhos. E eu não tenho vergonha de dizer que sou beneficiária, porque só eu sei o quanto isso me ajuda no início do mês”. Como participar A família que se encontra em situação de insegurança alimentar - ou seja, que tem dificuldade de adquirir, com regularidade, alimentos em quantidade e qualidade suficientes - pode estar apta a ingressar no programa, desde que atenda aos critérios estabelecidos pelo decreto nº 42.873/2021: 1 – Possuir renda familiar igual ou inferior a meio salário mínimo por pessoa da família; 2 – Estar em situação de insegurança alimentar; 3 – Estar inscrito no Cadastro Único para os programas sociais do governo federal ou no Sistema da Assistência Social da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF); 4 – Residir no Distrito Federal. Para saber se foi contemplado, o beneficiário deve acessar o site site GDF Social e aguardar para retirar o cartão no Banco de Brasília (BRB), conforme cronograma divulgado mensalmente. O BRB é responsável pela confecção do cartão. Para mais informações, acesse o site da Sedes-DF.
Ler mais...
Programa Cartão Prato Cheio vai além da segurança alimentar e nutricional
O Programa Cartão Prato Cheio fez aniversário de quatro anos no último dia 18. Desde a sua implementação durante a pandemia do coronavírus, em 2020, o auxílio já atendeu mais de 500 mil pessoas no Distrito Federal, garantindo cada vez mais segurança alimentar e nutricional das famílias. “O benefício vai muito além da concessão do crédito das parcelas. Na verdade, é um programa que abrange vários eixos — desde a verdura colhida no pé, para a entrega da cesta verde, até orientações de como os beneficiários podem consumir melhor os alimentos” Ana Paula Marra, secretária de Desenvolvimento Social Entenda como o programa social gerido pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) vai além de um crédito alimentar: O auxílio é pago em um ciclo de nove parcelas mensais de R$ 250 às famílias em situação de insegurança alimentar. Os beneficiários recebem um cartão em seu nome para utilizar em estabelecimentos que comercializam gêneros alimentícios. “O benefício vai muito além da concessão do crédito das parcelas. Na verdade, é um programa que abrange vários eixos — desde a verdura colhida no pé, para a entrega da cesta verde, até orientações de como os beneficiários podem consumir melhor os alimentos”, destaca a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. O Prato Cheio contempla eixos como incentivo a hábitos alimentares saudáveis, valorização da agricultura familiar, fomento à economia local e autonomia de compra. Tudo isso voltado para a essência do programa: a garantia da segurança alimentar e nutricional ao público em situação de vulnerabilidade social. Arte: Sedes-DF Educação alimentar No caso do estímulo a hábitos saudáveis, a Secretaria de Desenvolvimento Social promove, mensalmente, ações de educação alimentar nos 16 restaurantes comunitários do DF, onde nutricionistas esclarecem dúvidas e orientam a população. Além disso, os beneficiários recebem mensalmente informativos via WhatsApp com alertas e dicas de como aproveitar melhor o auxílio alimentar. Neste mês, foram lançados dois guias práticos em comemoração aos quatro anos do programa: “Dicas para aproveitar melhor o Cartão Prato Cheio” e “Receitas práticas e saudáveis”. A Sedes também oferta uma cesta verde contendo 13 kg de frutas, verduras e legumes. Esse benefício complementa o Cartão Prato Cheio, sendo entregue por empresas transportadoras parceiras. Nos últimos quatro anos, foram doadas 391.784 cestas verdes. Desde a sua implementação durante a pandemia do coronavírus, em 2020, o auxílio já atendeu mais de 500 mil pessoas no Distrito Federal, garantindo cada vez mais segurança alimentar e nutricional das famílias | Foto: Flávio Anastácio/Sedes-DF Agricultura familiar Os itens da cesta são produzidos por cooperativas de agricultura familiar do Distrito Federal, que, em parceria com a secretaria, realizam o plantio, colheita e armazenamento dos alimentos vegetais que chegarão à mesa dos beneficiários. Essa iniciativa visa promover a sustentabilidade ambiental e apoiar os pequenos produtores rurais. Fomento à economia local O programa Cartão Prato Cheio desempenhou um papel crucial no fomento à economia local, sobretudo durante a pandemia da covid-19, quando muitos comerciantes fecharam as portas no início da pandemia. Diante desse cenário, a oferta do cartão com crédito mensal de R$ 250 — antes eram entregues cestas de alimentos — deu mais autonomia às famílias. “Algumas pessoas têm restrições alimentares graves, ou alta seletividade alimentar. Esse foi um ponto crucial pensado durante a implementação do auxílio, no sentido de as mães chefes de família, a maioria entre os beneficiários, terem poder de escolha durante as compras de casa”, explica Ana Paula Marra. Ao todo, 564.284 famílias já foram beneficiadas pelo Cartão Prato Cheio, algumas delas em mais de um ciclo. Para ter acesso ao programa, o titular deverá buscar atendimento socioassistencial na sua unidade de referência. No caso dos centros de referência de assistência social (Cras), é necessário realizar agendamento pelo site ou ligar no telefone 156. Durante o atendimento, é realizada uma avaliação da situação de insegurança alimentar e nutricional da família, bem como a verificação dos critérios de elegibilidade do programa. → Saiba tudo sobre o Programa Cartão Prato Cheio. → Confira o endereço da unidade mais próxima de você. *Com informações da Sedes
Ler mais...