Dia Nacional do Cerrado ganha programação na UnDF
O coletivo do curso de gestão ambiental da Universidade do Distrito Federal Professor Jorge Amaury Maia Nunes (UnDF) promove, nesta quinta-feira (11), uma programação com palestras, oficinas e relatos de vida em comemoração ao Dia Nacional do Cerrado. As atividades serão realizadas no auditório do Campus Norte, a partir das 8h15. O Cerrado ocupa 22% do território nacional, estando presente no DF e em 11 estados | Foto: Arquivo/Agência Brasília Com o tema “Cerrado: o coração do Brasil e o bioma mais diverso do planeta. Vamos debater o seu futuro?”, especialistas, docentes, estudantes e toda a comunidade acadêmica vão se reunir para refletir sobre a importância do Cerrado e propor caminhos de preservação e desenvolvimento sustentável. “O Dia do Cerrado na UnDF é um momento para unir ciência, cultura e comunidade com ações concretas e em defesa desse bioma tão espetacular e importante para o futuro de nosso povo e da nossa biodiversidade”, resume o pró-reitor de Desenvolvimento Regional e Sustentável da UnDF, Guilherme Baroni. O Cerrado é casa 837 Número de espécies de aves do Cerrado catalogadas; dessas, 29 são endêmicas Com árvores tortuosas, vegetação rasteira, solos ácidos e clima tropical sazonal, o Cerrado, também chamado de savana brasileira, ocupa cerca de 22% do território nacional, estando presente em 11 estados e no Distrito Federal. O bioma é abrigo de uma imensa diversidade de espécies de plantas e animais nativos. Ao se pensar em sua fauna, o lobo-guará costuma ser a primeira referência, mas o Cerrado apresenta números muito mais expressivos: são cerca de 837 espécies de aves (29 endêmicas), 185 espécies de répteis (24 endêmicas), 194 espécies de mamíferos (19 endêmicas) e 150 espécies de anfíbios (45 endêmicas). A flora também se destaca pela riqueza, tornando o Cerrado a savana mais biodiversa do mundo. Estima-se a existência de 12 mil espécies de plantas catalogadas, das quais mais de 4 mil são endêmicas. Esse elevado percentual de espécies exclusivas faz com que o bioma seja classificado como um hotspot de biodiversidade. Mesmo com tamanha relevância ecológica e socioambiental, o bioma enfrenta grave ameaça de destruição pela ação humana. Cerrado em risco Entre as principais causas da degradação acelerada do Cerrado está a expansão do agronegócio. As atividades agropecuárias, cada vez mais favorecidas pelo avanço da tecnologia, promovem a remoção da vegetação nativa para a criação de gado e o plantio de monoculturas, como soja e milho. Esse processo, conduzido de forma desordenada e para enriquecimento das elites agropecuárias, ultrapassa todos os limites naturais, comprometendo o bioma como todo. [LEIA_TAMBEM]Por apresentar um clima sazonal, com chuvas concentradas no verão e estiagem no inverno, o solo ácido do Cerrado se torna um verdadeiro barril de pólvora durante os períodos de seca, quando as queimadas ficam recorrentes. O fogo, quando ocorre no início das águas, exerce um papel benéfico e faz parte do ciclo de renovação da vegetação local. Quando natural, é de pequena escala e causa pouco prejuízo ao bioma. Já os incêndios são causados por intervenções humanas, desde o descarte incorreto de uma simples bituca de cigarro, da queima de resíduos sólidos ou pela prática criminosa de “limpeza” do solo para o plantio de culturas agrícolas por agentes do setor agropecuário. Em junho deste ano, a UnDF lançou o edital Hackathon EcoTech, que premiou os três melhores projetos acadêmicos com o tema “Incêndios florestais: prevenção e controle”. A equipe EcoFênix venceu a seleção com a solução tecnológica “Boitatá”, que consiste em um sistema de monitoramento e controle de incêndios no DF, utilizando imagens de satélite e análise por inteligência artificial para identificar focos de queimadas e medir seu grau de intensidade. Veja a programação de quinta-feira. *Com informações da UnDF
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Mais de 40 denúncias envolvendo fauna silvestre foram feitas em 2023
O Instituto Brasília Ambiental recebeu 44 denúncias envolvendo a fauna silvestre do Distrito Federal em 2023. No ano passado, foram 167. O órgão dispõe de sistemas informatizados para cessar o avanço dos crimes ambientais no âmbito do DF. A fiscalização ativa também ocorre por meio do monitoramento nas redes sociais. “A gente faz o acompanhamento nas redes sociais para que as pessoas parem de estimular esse tipo de atitude, com postagens e compartilhamentos. Recebemos também denúncias pela ouvidoria. A gente analisa o endereço, as coordenadas geográficas, o perfil do suspeito, quando possível, para verificar se consta algo no nosso sistema”, detalhou o chefe da Assessoria de Inteligência e Planejamento da Fiscalização Ambiental do Brasília Ambiental, Marcos Ozeki. “Se não tiver nada no nosso sistema, fazemos a fiscalização in loco. Caso seja constatado que aquele animal foi adquirido de forma irregular, são feitos a autuação e o recolhimento do animal”, finalizou. Denúncias podem ser feitas pelas redes sociais ou pela ouvidoria | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental De acordo com Ozeki, os animais mais comuns nas fiscalizações são os passeriformes, psitacídeos e os quelônios. O ideal é que esses animais sejam destinados para os locais de onde vieram: a natureza. Na maioria das vezes, isso não é possível, por motivos de fragilidade da saúde do animal ou pelo fato de os bichos estarem acostumados com a presença humana. Os animais resgatados são encaminhados para o Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Os animais apreendidos podem ser encaminhados para outras instituições caso necessitem de reabilitação, como o Zoológico de Brasília e a clínica particular Anclivepa, que tem convênio com o Ibama para tais atendimentos. Caso o animal esteja apto para soltura, os agentes ambientais do Ibama realizam o manejo e a destinação desses animais para a natureza. Polícia Militar Ambiental [Olho texto=”“Se não tiver nada no nosso sistema, fazemos a fiscalização in loco. Caso seja constatado que aquele animal foi adquirido de forma irregular, é feita a autuação e o recolhimento do animal”” assinatura=”Marcos Ozeki, chefe da Assessoria de Inteligência e Planejamento da Fiscalização Ambiental do Brasília Ambiental” esquerda_direita_centro=”direita”] Cabe também ao Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) atuar na segurança e resgate da fauna silvestre do DF. A população pode acionar os militares por meio do 190 para quaisquer emergências envolvendo animais silvestres. “Mudanças climáticas que refletem na temperatura e na umidade relativa do ar ocasionam a movimentação de fauna para se alimentar, se acasalar ou se abrigar. Com isso, os riscos de acidentes aumentam. Nós usamos viaturas, cambão, puçá, gaiolas, luvas e vários outros itens para fazer esse resgate, manejo e soltura. Se estiver ferido, a gente leva para o Cetas, Zoológico ou Anclivepa”, detalhou. De 1º de janeiro deste ano até o dia 9 de maio, o BPMA registrou 610 ocorrências envolvendo captura, busca, recolhimento e remoção de animais. Foram 706 resgates de fauna silvestre no DF somente neste período, sendo que, desse total, 151 eram saruês. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A captura e a criação de animais silvestres sem autorização configura crime ambiental, conforme previsto na Lei nº 9.605, de 1998. A fauna silvestre deve ser mantida em seu habitat natural e livre da domesticação do homem. Cabe ao Governo do Distrito Federal (GDF) promover a proteção da fauna e da flora sob seu território e fiscalizar para que a legislação seja cumprida. De acordo com relatório divulgado, em 2021, pela World Wide Fund for Nature (WWF) — organização dedicada à conservação da vida — o tráfico de espécies silvestres pode movimentar, a nível mundial, até US$ 23 bilhões por ano.
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Mais de três décadas dedicadas a zelar pelo meio ambiente
[Numeralha titulo_grande=”1.371″ texto=”animais foram resgatados entre janeiro e maio deste ano” esquerda_direita_centro=”direita”] O Distrito Federal dispõe de um batalhão específico para fiscalização e proteção da fauna e flora e também para o combate de crimes de pesca ilegal, desmatamento e queimadas – o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), da Polícia Militar do DF (PMDF). No próximo dia 10, o BPMA completa 33 anos de criação. Nesse período, tem inovado no formato de atuação e proteção do bioma local. Policiamento no Lago Paranoá é uma das ações empreendidas pelo BPMA | Fotos: Divulgação/PMDF “Somente neste ano, entre janeiro e maio, foram resgatados 1.371 animais pelos policiais, a maioria de manejo de fauna, ou seja, animais resgatados e devolvidos à vida silvestre”, relata o comandante do BPMA, tenente-coronel Fábio Pereira. “Nesse total, também estão incluídos o tráfico e a criação irregular de animais silvestres. Atendemos, ainda, ocorrências de parcelamento irregular do solo, crimes contra a fauna e flora e maus-tratos de animais.” Os animais resgatados são encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), caso estejam em condições saudáveis. Se precisarem de algum tipo de atendimento veterinário, são levados para o Zoológico de Brasília. Os resgates foram realizados por meio de solicitações e têm ocorrido com frequência, por conta do aumento da área urbana. Já as apreensões resultam de ações de combate a crimes, normalmente tráfico interestadual e criação irregular de animais silvestres. “É importante que, caso o cidadão se depare com um animal silvestre em casa ou em qualquer outra área urbana, entre em contato conosco por meio de nossos canais de atendimento, para que possamos resguardar a vida humana e do animal”, orienta o comandante do BPMA. As denúncias sobre crimes ambientais, maus-tratos a animais ou resgates devem ser feitas por meio do telefone 190, da Polícia Militar. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Operações O BPMA empreende operações sistemáticas para proteção da fauna e flora no DF, além de atuar nas áreas de proteção permanente (APPs) e unidades de conservação, em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio). [Olho texto=”Rondas no Lago Paranoá são intensificadas durante os fins de semana, quando o movimento é maior” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Fazemos barreiras em rodovias, com apoio de outras unidades policiais, como o Batalhão de Policiamento de Trânsito [BPTran], para coibir o tráfico de animais”, explica o tenente-coronel Fábio. “Também atuamos em feiras livres, por meio da Operação Asa Livre, para coibir o comércio ilegal de animais silvestres, em sua maioria aves. Alertamos a população para não fomentar esse tipo de prática, ou seja, não comprar esses animais nesse formato irregular”. Batalhão também atua na fiscalização contra desmatamentos Outra ação realizada pelo BPMA é a Operação Draga, para coibir a retirada ilegal de areia lavada do fundo de rios. Esse material é comumente utilizado na construção civil. Segurança A segurança no Lago Paranoá – abrangendo tanto as residências localizadas na orla quanto o espelho d’água, imediações e os próprios banhistas – é feita pelo BPMA. Aos finais de semana, as rondas ostensivas são intensificadas, pois o número de banhistas é maior. O objetivo, informa o comandante, é evitar acidentes e garantir a segurança dos banhistas. “Nas abordagens realizadas dentro do Lago, quando há confirmação de ingestão de bebida alcoólica pelo piloto, acionamos a Marinha, pois essa é uma infração prevista na lei de segurança do tráfego aquaviário”, pontua. “Eles são os responsáveis pelas autuações e cobrança por documentos de embarcações e autorização para pilotar.” Os policiais também atuam para evitar atropelamentos e coibir a pesca irregular. O policiamento lacustre é feito em pontos como Parque Asa Delta, Península dos Ministros, Pontão do Lago Sul, Prainha, Deck Sul, Deck Norte e Ermida Dom Bosco. Educação ambiental Também se destaca, entre as ações ambientais empreendidas, o Programa Educacional Lobo Guará, que tem o objetivo de utilizar a educação para prevenção de crimes. O programa possui três frentes: Saber Cerrado – em que são feitas orientações aos visitantes do Parque Nacional de Brasília e também palestras a grupos pré-agendados e de escolas –, o Teatro Lobo Guará – que faz apresentações em escolas públicas e particulares – e o curso de Guardiões Ambientais. Assista ao vídeo: “A maior parte de nossas atividades está suspensa devido à pandemia, mas temos feito ações pontuais e ações educativas, adotando todas as medidas de segurança sanitária”, informa o coordenador do programa, subtenente Leandro Lima. “Nesta semana, estivemos junto à Embrapa em uma blitz educativa em comemoração ao aniversário de 40 anos da instituição.” Pessoas ou entidades interessadas em solicitar palestras virtuais podem fazê-lo enviando o pedido pelo e-mail loboguara.pmdf@gmail.com. Na mensagem devem ser informados dia, horário e público da palestra e telefone para contato. *Com informações da Secretaria de Segurança Pública
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GDF busca parceria para administrar a Prainha Norte
O aplicador de películas Ricardo Bento da Silva, 40 anos, já perdeu as contas dos anos que frequenta com a família e os amigos a Prainha Norte, no Setor de Mansões do Lago Norte. Às margens do Lago Paranoá, a área de lazer reúne mais de duas mil pessoas nos fins de semana vindas de todos os cantos do Distrito Federal. Atraente, o espaço oferece lazer gratuito à população, mas requer ordenamento e constantes investimentos, principalmente na preservação ambiental. O projeto consiste no cercamento de uma parte da prainha e no controle do acesso, mas sem cobrança de ingresso. A medida dará mais segurança aos frequentadores | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Foi pensando nisso que o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Projetos Especiais, publicou nesta quarta-feira (19), no Diário Oficial do DF (DODF), um chamamento público para concessão do espaço à iniciativa privada. O prazo de apresentação de projetos é de 30 dias, a contar da data de publicação. A proposta de Parceria Público-Privada (PPP) é que a vencedora do contrato explore a área comercial e, em troca, garanta investimentos e a preservação ambiental do local, que inclui a fauna e a água do lago. No entanto, o governo não vai permitir cobrança de ingresso. A Prainha Norte fica na Estrada Parque Paranoá (EPPR), DF-005, próximo à MI 6 do Lago Norte. “Tem cinco quiosques com um banheiro em cada, uma quadra de vôlei que precisa ser recuperada e um campo de futebol sem traves. Há dois banheiros para uso coletivo, porém constantemente depredados pela população, o que dificulta a manutenção e o uso diário”, lembra o administrador regional do Lago Norte, Marcelo Ferreira. [Olho texto=”“Trazer investimentos para a Prainha é trazer também segurança, tanto para quem frequenta quanto para os recursos naturais”” assinatura=”Marcelo Ferreira, administrador regional do Lago Norte” esquerda_direita_centro=”direita”] Durante toda a semana, segundo Ferreira, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) faz a limpeza do espaço. Além do serviço, a depredação dos equipamentos públicos e a necessidade de manutenção constante produzem custos para o GDF. O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) foi um dos demandantes da proposta à Secretaria de Projetos Especiais, já que atualmente os frequentadores usam o acostamento da via para estacionar os carros. Segurança e lazer O projeto consiste no cercamento de uma parte da prainha e no controle do acesso, mas sem cobrança de ingresso. A medida dará mais segurança aos frequentadores e impedirá um dos grandes problemas que é a invasão do espaço pelos carros com som alto, churrascos e fogueiras à beira do lago. “Trazer investimentos para a Prainha é trazer também segurança, tanto para quem frequenta quanto para os recursos naturais”, ressalta o administrador regional do Lago Norte, Marcelo Ferreira. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A concessionária terá direito à exploração dos cinco quiosques com serviço de bar e restaurante e propor outros investimentos. “O estudo deve apresentar rentabilidade sem prejuízo à população que frequenta a Prainha Norte”, garante o secretário de Projetos Especiais Roberto Vanderlei de Andrade. Ricardo Bento mora no Núcleo Rural Córrego Jerivá, a menos de 1 quilômetro da Prainha. Como está sempre se divertindo por lá, aposta que investimentos privados vão trazer benfeitorias e deixar as pessoas mais à vontade em frequentar. “Lá é muito bom, mas os banheiros estão sempre estragados, faltam algumas coisas. Com segurança, tanto pra gente quanto para os carros, aposto que tudo será diferente”, conclui.
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JBB proíbe a entrada de animais domésticos
O Jardim Botânico de Brasília (JBB) proíbe a entrada de animais domésticos. Essa norma foi adotada pelo JBB para proteger a fauna nativa. E o JBB tem competência exclusiva para tomar essa decisão. Isso porque as Zonas de Amortecimento de Unidades de Conservação têm finalidade de educação ambiental, pesquisa científica e lazer, desde que não perturbe a vida de animais silvestres. Além disso, o JBB é responsável por uma Estação Ecológica de 4,5 mil hectares, contígua à área de visitação. A proibição, baseada em pareceres técnicos, é necessária para evitar o dano ambiental causado pelos dejetos não recolhidos adequadamente | Fotografia: Divulgação/JBB A decisão de não receber animais de estimação tem respaldo jurídico. Em 2019, desembargadores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) julgaram improcedente a ação popular ajuizada por alguns cidadãos contra o Governo do Distrito Federal e o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) com o objetivo de anular ato administrativo que proibiu a entrada de animais de estimação em parques ecológicos, sem prévia consulta à população diretamente interessada ou apresentação de justificativa ambiental. Ao analisarem o recurso, os desembargadores apontaram a existência de um conflito entre o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e o interesse dos frequentadores dos parques de acessá-los acompanhados dos animais domésticos. A proibição, baseada em pareceres técnicos, constituiu medida necessária e adequada à proteção da fauna nativa, destinada a evitar o dano ambiental causado pelos dejetos não recolhidos adequadamente. Os desembargadores observaram que, devido às peculiaridades dos parques, que têm status de unidade de conservação, os cuidados para sua preservação devem ser maiores. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A diretora executiva do JBB, Aline De Pieri, entende o interesse dos visitantes em trazer os animais de estimação para ambientes ao ar livre, porém ela acredita ser necessário diferenciar parques urbanos de áreas protegidas, que têm uma finalidade, exclusivamente, de conservação da natureza. “Quando permitimos a entrada de animais domésticos em espaços ecológicos, inibimos e interferimos na dinâmica da fauna silvestre além de afetarmos negativamente o meio ambiente. O JBB não controla o fluxo de animais silvestres na área de visitação e a presença de animais domésticos pode ser nociva para ambos”, explicou. Transmissão de doenças A decisão de não permitir a entrada de animais domésticos no JBB não visa apenas proteger a fauna nativa, mas também os pets. Isso por que o contato entre animais domésticos e silvestres pode resultar em ataques e transmissão de doenças como sarna, cinomose, raiva e parvovirose. Os cuidados com animais domésticos, especialmente em regiões rurais ou próximas às unidades de conservação, são essenciais para a saúde e a qualidade de vida tanto dos pets quanto dos animais silvestres nativos. Embora domesticados, cães e gatos são predadores naturais e, mesmo que não estejam com fome, caçam por instinto ou brincadeira. *Com informações do JBB
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Brasília Ambiental começa combate aos incêndios florestais
A seca inevitavelmente se aproxima e o Instituto Brasília Ambiental já toma providências para que ela cause o menor dano possível para a fauna e a flora do Distrito Federal. A primeira ação preparar edital para a contratação temporária de brigadistas florestais, supervisor de brigada e chefe de esquadrão. Eles vão atuar nas unidades de conservação e parques, administrados pelo órgão. A segunda é criar a Diretoria de Prevenção de Combate aos Incêndios Florestais, dentro da Superintendência de Unidades de Conservação, Biodiversidade e Água do Instituto. Essa área será conduzido pelo biólogo Pedro Paulo de Melo Cardoso, que anteriormente atuava no Jardim Botânico de Brasília (JBB). Foto: Agência Brasília/Arquivo Ao todo serão contratados 148 brigadistas florestais combatentes. Eles vão atuar de junho a novembro deste ano, período de emergência ambiental no DF. A previsão é que a publicação do edital ocorra até o início de junho. O superintendente de administração geral do órgão, Ricardo Roriz, explica que a seleção será feita por meio de avaliação curricular. Este ano, excepcionalmente, não terão testes de aptidão física e de utilização de ferramentas agrícolas (thufa), porque causariam aglomeração. “Abrimos mão em virtude da necessidade do distanciamento social, causada pela pandemia que estamos vivendo. Os candidatos a brigadistas assinarão uma declaração de que têm aptidão, que conseguem manusear ferramentas agrícolas, e a partir do currículo faremos a seleção”, esclarece Roriz. Segundo o superintendente, estão correndo também no Instituto, tanto por compensação ambiental como por orçamento próprio do órgão, processos paralelos para aquisição de ferramentas e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para uso por esses contratados. Foto: Agência Brasília/Arquivo Com relação aos veículos para deslocamentos, eles utilizarão os do próprio órgão. Entre salários, ferramentas e EPIs serão alocadas recursos em torno de R$ 3 milhões. Roriz ressalta que as duas medidas tomadas são ações para evitar e combater os grandes incêndios possíveis de ocorrer nesta época, e que trazem prejuízo ao meio ambiente local. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Depois que o edital for publicado, a expectativa é que em 15 dias os brigadistas já estejam selecionados, empossados, e sendo encaminhados às dez bases, estrategicamente localizadas, para que eles possam se deslocar a tempo em atendimento aos locais de queimadas. * Com informações do Brasília Ambiental
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Elefanta Bela ganhará novo recinto e acompanhante
Bela fica retida no cambiamento enquanto a obra transcorre | Foto: Renato Araújo / Agência Brasília “Eu falei bem assim com a minha mãe: ‘Agora que ela perdeu o namorado, vai ser bom ganhar outro e fazer muitos elefantinhos bebês pra gente visitar’.” Quem fala é Maria Rita (foto abaixo), de apenas seis anos, referindo-se à novidade a caminho no Zoológico de Brasília, mais precisamente no próximo mês. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Trata-se da obra de adequação do recinto que hospeda a elefanta Bela há mais de 24 anos, iniciada pelo Governo do Distrito Federal nesta segunda-feira (16). Mas não é uma simples obra de reparo: o objetivo do trabalho é reunir dois elefantes, Bela e Chocolate, que estão em áreas separadas do zoológico devido a dificuldades estruturais. Com a reformulação, a equipe espera que, ao juntar os animais no mesmo local, eles se adaptem e se reproduzam dentro do programa de conservação do zoo. O recinto antes tinha a barreira em formato de fosso, o que gerava risco de queda do animal. A equipe agora o transforma em semi-fosso rampado, com redução de espaço, eliminando-se o risco de queda. Também será colocada uma barreira mais alta e segura para que Chocolate seja acolhido sem ameaças à sua integridade física. De acordo com o analista de Planejamento de Gestão Urbana do Zoológico de Brasília, Saulo Figueiredo, a modificação do formato do recinto quase que elimina o risco de acidente. “O fosso antigo, que era muito acentuado, será retirado e substituído por um fosso suave. Também será criado um platô na parte central do recinto, onde o elefante ficará mais visível para o público e terá um espaço maior para transitar”, explica o arquiteto. Fosso é aberto na nova morada para Bela e Chocolate | Foto: Renato Araújo / Agência Brasília A obra foi antecedida de diversos estudos da equipe de engenharia e biólogos do zoo, que apontaram as necessidades do local. Por exemplo, de acordo com os especialistas, o elefante necessita de um tanque de lama. Por isso serão implementados dois – um que ficará exposto aos visitantes e outro chamado de “refúgio”, feito para que o animal possa se recolher quando estiver estressado. A obra começou nesta segunda-feira (16) e tem previsão de finalização para os próximos 30 dias. O valor é estimado em 250 e 300 mil reais. Também serão arrumados os abrigos, chamados de cambiamento, para melhorar a estrutura de acomodação, bem como será construído um brete, que é a área para treinamento do animal. Com essa estrutura, os cuidadores e biólogos terão acesso ao animal com segurança, de modo a evitar qualquer tipo de estresse ao elefante. Perda de integrante A elefanta Bela tinha a companhia do elefante Babu, que morreu no ano passado. O diretor de mamíferos do Zoológico de Brasília, Filipe Reis, conta que após a perda do amigo a equipe viu a necessidade de colocar o Chocolate para conviverem juntos. “Tínhamos o desejo de fazer isso a muito tempo, mas devido a segurança dos animais não conseguíamos. Pois o Chocolate é mais alto que o Babu e, por ele ter vindo de circo, ele tem algumas habilidades desenvolvidas que o outro não tinha. Então, com essa obra, a gente garante a segurança para fazer a aproximação da Belinha com o Chocolate”, afirma. “Elefantinhos bebês” a caminho: Maria Rita Araújo festeja o novo romance da elefanta Bela | Foto: Renato Araújo / Agência Brasília Ainda de acordo com o biólogo, os mamíferos já se reconhecem, pois sentem a presença um do outro, mesmo que distantes. “São indivíduos que já se conhecem. Não é legal para essa espécie viver sozinha. Eles sentem os cheiros um do outro, isso vai facilitar quando colocarmos juntos. Estamos fazendo de tudo para seu bem-estar”, finaliza Filipe. Segurança durante os trabalhos Durante as obras Bela fica dentro de um abrigo (cambiamento). Ela está acomodada na área interna do recinto, sob monitoramento, e Chocolate está em seu recinto antigo. Neste período Bela também recebe alimentação especial, pois vai se movimentar menos. Além disso os biólogos colocam “enriquecimentos”, que são atrativos para que ela tenha o que fazer lá dentro, de maneira a não ficar entediada.
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Site Eu Amo o Cerrado vai mostrar as riquezas da região
O Brasília Ambiental ofereceu um café da manhã para servidores e colaboradores para comemorar o lançamento do site Eu Amo o Cerrado (http://www.euamocerrado.com.br/#/). Claro que o cardápio foi preparado com iguarias do nosso bioma, como suco de mangaba e biscoito de baru. Partindo da premissa que “só cuida quem ama e só ama quem conhece”, a página dá a oportunidade ao usuário de conhecer as espécies de aves, mamíferos, árvores, frutos e peixes presentes no Cerrado. E ainda informa sobre as unidades de conservação e as trilhas realizadas no Distrito Federal. “É fundamental que a população conheça e cuide do nosso bioma para a sua preservação. O site vai abrir o Cerrado para o mundo, além de ajudar na transparência da informação e mostrar o que estamos fazendo”, comentou o chefe da Educação Ambiental do Instituto, Marcus Paredes. O projeto Eu Amo o Cerrado tem a finalidade de informar e conscientizar a população sobre a importância do nosso bioma, que abriga milhares de espécies vegetais e animais no Distrito Federal, várias em risco de extinção. E foi pensado e produzido pela Educação Ambiental do órgão, com recursos da Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP/DF). No evento desta segunda-feira, participaram – e o apoiaram – integrantes da Associação dos Servidores do Brasília Ambiental (Asibram) e da Associação dos Auditores Fiscais de Controle Ambiental do Distrito Federal (Aficam). * Com informações do Brasília Ambiental
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