Dia Mundial do Vitiligo promove conscientização e combate o preconceito
A data de 25 de junho é internacionalmente conhecido como o Dia Mundial do Vitiligo, uma iniciativa para promover a importância do diagnóstico precoce, do tratamento e, principalmente, da redução do estigma social. O vitiligo é uma doença autoimune, com determinantes genéticos e não é contagioso. Os profissionais de saúde destacam que o maior desafio para os pacientes é enfrentar o preconceito, que pode desencadear complicações na saúde mental. “O encaminhamento psicológico é importante porque, muitas vezes, são enfrentadas situações sociais difíceis”, explica a dermatologista Ana Carolina Igreja, referência técnica distrital da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) para a área. O Hospital Regional da Asa Norte é referência em dermatologia na rede pública e oferece tratamento com equipamento de fototerapia | Foto: Breno Esaki/Arquivo Agência Saúde A médica destaca, ainda, que já há formas de promover a repigmentação das manchas: “Existem várias opções de tratamento – cremes, medicamentos orais, laser – que visam estacionar a evolução da doença e repigmentar as áreas afetadas”. O Hospital Regional da Asa Norte (Hran) aplica sessões de fototerapia, técnica que utiliza lâmpadas ultravioletas até três vezes por semana e pode ser combinada com medicações. A SES-DF conta com 27 médicos dermatologistas, além de 12 profissionais residentes. A atuação ocorre nos hospitais e centros especializados. Porém, o acolhimento aos pacientes com vitiligo é bem mais amplo: as 164 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) contam com médicos e enfermeiros capacitados para identificar os casos suspeitos de vitiligo e, dependendo da necessidade, fazer o encaminhamento. A data comemorativa foi escolhida por ser o dia em que o cantor Michael Jackson morreu. Por ter sido paciente da doença, o astro pop chamou a atenção global para o vitiligo. Sintomas iniciais A Secretaria de Saúde conta com 27 médicos dermatologistas, além de 12 profissionais residentes [LEIA_TAMBEM]O vitiligo costuma aparecer de forma repentina, como uma mancha branca. “Não é só uma despigmentação de leve, não é uma mancha um pouco mais clara, é uma mancha branca como uma folha em branco”, explica o dermatologista Pedro Zancanaro, do Hran. Outro indicativo é que há a possibilidade de a mancha ser simétrica. “Pode aparecer, por exemplo, numa mão e depois na outra mão, aparecer uma mancha em uma perna e depois de forma semelhante aparecer também na outra perna”, detalha. A causa de despigmentação é que o sistema imunológico do próprio paciente ataca os melanócitos, células que produzem o pigmento melanina. Com a redução ou ausência dessas células, a pele fica sem melanina e perde sua coloração natural. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Hran inaugura fototerapia no ambulatório de dermatologia
O tratamento, que inclui exposição a lâmpadas de luz ultravioleta, será oferecido duas vezes por semana | Foto: Breno Esaki / SES O Hospital Regional da Asa Norte (Hran) inaugurou, nesta sexta-feira (7), dois equipamentos de fototerapia de última geração, utilizados no ambulatório de dermatologia para tratamento com lâmpadas de luz ultravioleta. A unidade é a primeira da Secretaria de Saúde (SES) a oferecer esse tipo de atendimento à população do Distrito Federal. A luz ultravioleta atua sobre doenças inflamatórias da pele. É uma opção terapêutica para várias dermatoses, como a psoríase, o vitiligo, o linfoma cutâneo de células T e dermatite atópica, entre outras. É recomendada por vários especialistas por ser um procedimento com resultados rápidos, nada invasivo e que permite o uso conjunto com outros medicamentos. A novidade foi recebida pelo vice-governador, Paco Britto, juntamente com o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Raimundo Carreiro, que elogiaram o trabalho dos gestores e da equipe de saúde à frente do ambulatório. “O Hran é excelência em várias especialidades no Brasil, e a equipe que está aqui ama o que faz”, destacou Paco Britto. “Agradeço a todos vocês que prestam esse trabalho lindo à população, especialmente agora, com esses equipamentos tão desejados pelos profissionais e pacientes.” Também o secretário de Saúde reafirmou a excelência e o empenho da equipe do hospital nos atendimentos aos pacientes com problemas dermatológicos. “Fico emocionado com profissionais desse gabarito, e agradeço em nome da população pelo serviço que fazem aqui”, ressaltou. Oportunidade Alguns pacientes esperaram durante anos a oportunidade de passar pela fototerapia na rede pública, como o pequeno Artur. Desde os três anos, ele lida contra o vitiligo. Assim que as máquinas chegaram ao Hran, ele foi um dos primeiros atendidos. “Foi muito importante a vinda desses equipamentos para o Hran, porque havia uma defasagem na rede pública”, valoriza o pai do menino, Claudinei Felinto. “Com a fototerapia, o Artur teve uma reação muito boa e o resultado do tratamento está aparecendo mais rápido, tanto que as manchas na pele dele já estão desaparecendo”. Como funciona No ambulatório, o tratamento será oferecido duas vezes por semana, com um total de 30 atendimentos semanais. Os pacientes utilizam a cabine e o painel com a luz ultravioleta. Ficam alguns minutos expostos a essas lâmpadas. A luz faz com que a doença possa ser controlada controle, pois auxilia a diminuir o processo de inflamação da pele. Ao ser associado a outros medicamentos sistêmicos, alguns biológicos, o tratamento obtém o rápido controle das dermatoses com doses menores dos medicamentos. Ao mesmo tempo, é possível atingir um resultado de melhora da pele mais rápido quando a técnica é utilizada em associação. “É um tipo de tratamento que pode ser oferecido a pacientes de várias faixas etárias; e, com a fototerapia auxiliando, é possível dar doses menores dos medicamentos, o que é melhor para o organismo da pessoa e acaba tendo uma resposta mais rápida”, informa o dermatologista Eugênio Reis, que integra a rede do ambulatório do Hran. “É um tratamento reconhecido no mundo inteiro.” O Hospital Regional da Asa Norte é referência em dermatologia na rede pública de saúde do DF. Atualmente, a unidade tem dez dermatologistas que fazem atendimentos diversos, com destaque para psoríase, acne e doenças infectocontagiosas, como a leishmaniose. Semanalmente, são atendidos cerca de 500 pacientes. * Com informações da SES
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Percentual de partos normais no Hospital de Samambaia supera meta da OMS
Hospital Regional de Samambaia registra alto índice de partos normais. Foto: Breno Esaki/Secretaria de Saúde O Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Regional de Samambaia (HRSam) realizou, nos primeiros nove meses e meio deste ano, 3.277 partos, uma média de 364 por mês. Houve baixo percentual de mortalidade – 9,2 óbitos fetais a cada grupo de mil nascidos vivos, melhor do que o ideal estabelecido pelo Ministério da Saúde, que é de dez. Do total de partos, 2.190 foram normais e 1.087 cesarianas. “O atendimento é ótimo. Nota dez para todos os profissionais”, relatou Lídia Ferreira, 34 anos, sobre o acolhimento e acompanhamento que recebeu no HRSam, onde teve o pequeno Ravi com 41 semanas. “Amei tudo. O cuidado da equipe, a alimentação e o ambiente do hospital. Não tenho do que reclamar”, elogiou a mãe. Lídia, assim como milhares de mulheres, faz parte de uma extensa lista de pacientes bem atendidas pelo setor de Ginecologia e Obstetrícia do hospital. “Mantemos o índice de mortalidade abaixo da expectativa e, ainda, deixamos o percentual de partos normais acima do estipulado”, informou a ginecologista obstetra e gerente de Assistência Cirúrgica do HRSam, Aline Magalhães. Segundo ela, “o indicador de partos normais chegou a 83% nos seis primeiros meses de 2019, sendo que a Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza uma taxa de 70%”, relatou Aline Magalhães. Uma das pacientes que teve parto normal, recentemente, na unidade, foi Raquel Sousa, 21 anos, mãe da pequena Katrina. Nascida em uma manhã fria, a bebê foi bem recebida pela equipe de saúde do HRSam, segundo a jovem mãe. “Ela foi muito bem tratada e eu também me senti bem cuidada. Achei muito bom todo o acompanhamento que fizeram”, relatou. Outra que teve parto normal e elogiou o acolhimento da equipe foi a dona de casa Paula do Espírito Santo, 27 anos. Assim que chegou ao hospital, ela conta que foi prontamente recebida. “O atendimento foi rápido desde a portaria. Não esperei muito e me trataram bem”, lembrou a mãe, que teve Bernardo com 38 semanas. Fototerapia Os cuidados com Bernardo foram mais excepcionais em relação aos demais bebês. A equipe detectou, pouco depois do parto, uma icterícia (coloração amarela na pele), causada pela substância bilirrubina, criada quando os glóbulos vermelhos se rompem. “Por isso, foi necessário submetê-lo a uma fototerapia, colocando-o em um aparelho que emite raios ultravioletas sobre a pele. Cuidaram muito bem dele”, ressaltou a mãe. De acordo com a gerente de Assistência Cirúrgica, os raios ultravioletas estimulam a absorção da bilirrubina até atingir os níveis normais, evitando que a substância cause atraso de desenvolvimento por impregnação no cérebro. Assim, a alta de Bernardo precisou ser adiada até a solução do problema. “Em caso de uma concentração maior desse composto, o bebê precisa da fototerapia por um tempo mais prolongado”, explicou Aline. Projeto Para o futuro, com o objetivo de melhorar ainda mais o serviço à população, a gerente de Assistência Cirúrgica do HRSam informou que a equipe planeja realizar um projeto-piloto na Maternidade da unidade. A ideia é orientar os pacientes sobre os atendimentos no local. “A classificação de casos, entre graves e mais simples, não é de entendimento geral. Muitas vezes, uma paciente que espera há mais tempo não tem a mesma urgência do que alguém que entra de imediato e está com quadro grave. Nosso objetivo é orientar sobre isso”, esclareceu Aline Magalhães. Outra finalidade é explicar à população sobre que casos são de atendimento hospitalar e quais devem ser acolhidos pelas unidades básicas de saúde (UBS). “Queremos identificar as pessoas já nas UBS, fazer um agendamento e trazer um quantitativo para ser orientado sobre o funcionamento”, informou a gerente. *Com informações da Secretaria de Saúde
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