Mais de 80% da comunidade escolar aprova adesão do CEF Telebrasília ao programa de escolas cívico-militares
Pais, alunos, professores e servidores do Centro de Ensino Fundamental (CEF) Telebrasília aprovaram a adesão do colégio ao modelo de escolas cívico-militares. Em audiência pública realizada no sábado (11), 80,5% dos participantes votaram a favor da gestão compartilhada e 17,9% foram contra a adesão. Houve 1,6% de votos nulos. A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) segue realizando audiências públicas conforme determina a Portaria Conjunta nº 22/2020, que regulamenta a implantação das escolas cívico-militares no DF. A norma estabelece que a adesão de novas unidades só ocorre após aprovação da comunidade escolar, em processo de debate e votação, em consonância com a Lei de Gestão Democrática da rede pública de ensino. Para uma escola aderir à gestão compartilhada é preciso haver debate e votação com a comunidade escolar envolvida | Fotos: Divulgação: SSP-DF Segundo o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, o modelo tem como objetivo fortalecer o ambiente escolar e promover uma cultura de paz. “A nossa intenção não é implementar o militarismo. O que queremos, e fomos cobrados pelas próprias famílias dos alunos, é que a escola volte a ser um local de paz. Os pais querem deixar os filhos nas escolas com segurança. Cabe esclarecer que a parte pedagógica continua sob responsabilidade da Secretaria de Educação. O que implementamos é a parte disciplinar, organizada pela PMDF e pelo CBMDF. Os professores também precisam de tranquilidade para realizar seu trabalho da melhor forma”, afirmou. Expansão do programa A SSP-DF avalia uma série de critérios para a escolha das unidades que podem aderir ao modelo. Entre eles estão o índice de vulnerabilidade escolar, que considera o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da região e o mapa da violência, que aponta a ocorrência de crimes dentro e no entorno das escolas. “O programa é uma forma de apoio a escolas que enfrentam maiores desafios. A própria comunidade, em muitos casos, nos procura pedindo a implantação" Sandro Avelar, secretário de Segurança Pública “O programa é uma forma de apoio a escolas que enfrentam maiores desafios. A própria comunidade, em muitos casos, nos procura pedindo a implantação. A partir daí, fazemos a verificação técnica antes de iniciar o processo de audiência pública”, explicou Sandro Avelar. Com quase sete anos de execução no DF, o programa apresenta resultados positivos. Dados do último Ideb mostram que, entre as dez escolas públicas com melhor desempenho, três são cívico-militares e outras três são colégios militares, reforçando a contribuição do modelo para o avanço educacional e para o aumento da sensação de segurança. O subsecretário de Escolas de Gestão Compartilhada da SSP-DF, Alexandre Ferro, destacou que a ampliação é resultado direto da aprovação das famílias e do engajamento da comunidade escolar. “O projeto está em expansão e deve alcançar 50 escolas, diante da grande procura dos pais e da boa avaliação dos professores. Essa integração entre educação e disciplina tem mostrado resultados concretos”, afirmou. Apoio de militares da reserva O Governo do Distrito Federal prevê atingir a meta de 50 escolas cívico-militares A expansão também é viabilizada pela contratação de policiais e bombeiros militares da reserva, o que permite aumentar o número de escolas atendidas sem impactar o efetivo ativo das corporações. Esses profissionais recebem capacitação específica e atuam nas áreas de apoio à gestão e disciplina. “Esses militares têm vasta experiência e estão aptos a iniciar o trabalho o mais breve possível. Com eles, conseguimos ampliar a atuação sem onerar o efetivo em atividade”, completou Alexandre Ferro. O Governo do Distrito Federal prevê atingir a meta de 50 escolas cívico-militares, ampliando o número inicialmente previsto no plano de governo, que era de 40 unidades. *Com informações da SSP-DF
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Segundo dia de Confedisp é marcado por integralidade de setores
O segundo dia da I Conferência Distrital de Segurança Pública (Confedisp) foi marcado por palestras nas áreas de segurança participativa, gestão compartilhada nas escolas, direitos humanos e qualidade de vida no trabalho. O evento destaca a importância de revisar políticas, promover soluções inovadoras e integrar esforços para uma segurança pública mais eficiente. Durante a conferência, serão definidas as diretrizes que nortearão as ações de segurança no DF nos próximos anos, com base nas discussões e demandas da população. “A participação popular é o ponto focal desse encontro. A participação é e deve ser de todos. Não é possível se falar em integralidade sem essa união entre sociedade civil, comunidade, imprensa e entes da segurança pública. A diminuição dos índices de criminalidade vistos, por exemplo, em relação à Região Administrativa do Riacho Fundo são um exemplo claro desses nossos primeiros passos. Essa mudança de mentalidade, inclusiva e participativa que propõe ações efetivas da comunidade em conjunto com a expertise das forças de segurança podemos chegar mais longe”, afirmou o secretário executivo de Segurança Pública do DF, Alexandre Patury. Durante a conferência, serão definidas as diretrizes que nortearão as ações de segurança no DF nos próximos anos | Fotos: Rodrigo de Castro/SSP-DF O papel da imprensa também foi tema do encontro, que demonstrou a importância da contribuição da imprensa na distribuição da informação correta. “Certamente, a disseminação de uma informação bem apurada e concisa gera segurança para os cidadãos. Esse equilíbrio da informação, sem distorções, priorizando as informações de utilidade pública com a divulgação de serviços de como e onde denunciar são uma forma concreta de integração. A imprensa é, sim, o vínculo articulado que une Estado e comunidade”, disse a jornalista Samanta Sallum. Ferramentas Brasília é pioneira na utilização das estratégias de prevenção de crimes por meio do design ambiental, CPTED, traduzido do inglês – Crime Prevention Through Environmental Design – que consiste em uma metodologia redutora da criminalidade e do medo de crime, através do design de edifícios, paisagismo e ambientes externos. “Nós naturalmente defendemos um território quando nos sentimos como sendo nosso. Esse é um exemplo de territorialidade e também uma ferramenta que altera o ambiente para melhorar a segurança de uma região. Essa e diversas outras ferramentas foram implementadas ao longo deste ano e como retorno temos números criminais sendo reduzidos em diversas regiões administrativas do DF”, afirmou a chefe da assessoria de Políticas Públicas e Segurança Cidadã da SSP-DF, major Danielle Alcântara. Gestão compartilhada nas escolas A secretária de Educação do Distrito Federal, Hélvia Paranaguá participou do painel Escola Mais Segura, Gestão Compartilhada e Segurança nas Escolas e destacou o papel da parceria entre as áreas de educação e segurança. “Professores e estudantes precisam de um ambiente seguro e tranquilo para ensinar e aprender. Por isso, ampliamos ações e informações que fortalecem esse objetivo, como a gestão compartilhada nas escolas. Essa união entre educação e segurança pública tem gerado resultados significativos, garantindo ambientes mais propícios para o aprendizado e o desenvolvimento de nossos estudantes”, declarou. Hélvia Paranaguá destacou a importância da colaboração entre escola, família e forças de segurança para a formação integral dos estudantes A secretária destacou, ainda, a colaboração entre escola, família e forças de segurança para a formação integral dos estudantes: “Hoje, a escola vai além do ensino acadêmico. Estamos assumindo também a responsabilidade de formar as crianças em valores como ética, cidadania e integridade. A presença da Polícia Militar nas escolas é parte desse esforço para trazer tranquilidade e segurança, que são essenciais para o aprendizado. Estamos avançando e vamos continuar avançando, porque é isso que a comunidade espera de nós.” Cidadão mais seguro Na segunda parte do evento, temas como a gestão estratégica de criminalidade no DF e desaparecidos foram discutidos. Sobre o desaparecimento de pessoas, a SSP-DF tem um painel recém-inaugurado que possibilita saber, em tempo real, a situação do registro dos desaparecimentos, por região administrativa e por idade da pessoa. “Falar dos números mostra a eficiência da Polícia Civil do DF no registro da ocorrência”, afirmou o subsecretário de Integração de Políticas em Segurança Pública da SSP, Jasiel Fernandes. “Mas nem todos sabem o que pode definir um desaparecimento. Na verdade, o alerta deve ser ligado assim que a mínima mudança da rotina for notada. Hoje temos 97% de taxa de localização devido ao aperfeiçoamento dos protocolos de busca imediata, que rapidamente em seguida do registro da ocorrência, difunde a informação aos demais entes públicos que de alguma forma podem contribuir com a diminuição do tempo de desaparecimento”, defendeu Jasiel. O evento foi finalizado com o tema qualidade de vida no trabalho e impactos sociais na Segurança Pública. “Para ser entregue um DF mais seguro, há que se incluir qualidade de vida no trabalho na segurança pública. Não é possível exigir produtividade se minha equipe não está saudável”, definiu o subsecretário de Ensino e Gestão de Pessoas, Marcos Leôncio Ribeiro. *Com informações da SSP-DF
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