Valor bruto da produção agropecuária do DF teve aumento de 13,46% em 2022
A Emater-DF publicou o relatório do Valor Bruto da Produção (VBP) Agropecuária do Distrito Federal de 2022. O VBP ultrapassou os R$ 5,1 bilhões no último ano, crescendo 13,46% em relação a 2021, quando o valor chegou a R$ 4,5 bilhões. Grãos lideram a lista das cadeias produtivas do DF com o maior VBP, que chegou a R$ 2 bilhões | Foto: Divulgação/Emater O VBP é uma forma mais simplificada de medir, em moeda corrente, o valor da produção de um país, estado ou região. O cálculo multiplica o total da produção pelo preço médio praticado na região. Grãos, descritos como grandes culturas no relatório, lideram a lista das cadeias produtivas do DF com o maior VBP, que chegou a R$ 2 bilhões. Em seguida vem a cadeia da pecuária, com R$ 1,4 bilhão e, logo depois, a olericultura com quase R$ 1,3 bilhão. Dentro da olericultura, o destaque vai para a produção de tomate, que lidera as principais olerícolas com o VBP de R$ 194 milhões. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O VBP é um dos indicadores conjunturais utilizados pela Emater-DF para acompanhar o desempenho da produção agropecuária no Distrito Federal. Ele também foi um dos indicadores considerados na hora de calcular o Balanço Social da Emater-DF, que apontou que a cada R$ 1 investido na empresa R$ 6,43 voltam para a sociedade. Outro relatório usado pela empresa é o Relatório de Informações Agropecuárias (RIA) do DF, que também já tem a versão 2022 disponível para consulta. Serviço ? VBP 2022 ? RIA 2022 ? Balanço Social *Com informações da Emater
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DF registra alta de 11,4% na previsão da safra de grãos para 2022
[Olho texto=”Estimativa de produção do DF, de 4.857 kg por hectare, ultrapassa o previsto para a média nacional, de 3.695 kg produzidos em área equivalente” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A previsão da safra de grãos 21/22, no Distrito Federal, aponta que a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas deve ter crescimento de 11,4%, em comparação à safra 20/21, com o cultivo de 838,3 mil toneladas de grãos. A campanha da safra passada resultou em 752,3 mil toneladas. Também houve aumento de 3,7% na área a ser colhida com as culturas no DF, que passou de 166,4 mil para 172,6 mil hectares. Os dados são do 7º Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), elaborado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com análise do início da safra, de setembro do ano passado até a última semana de março deste ano. O resultado oficial da produção, com a consequência da colheita, será divulgado em agosto, quando a safra chega ao fim. Cláudio Malinski, do Núcleo Rural Jardim, comemora os bons resultados no cultivo: “Consegui atingir a expectativa para primeira colheita e, agora, espero a mesma coisa para segunda, que será de milho, entre julho e agosto” | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Com a escalada da produção de grãos e da dimensão da área em que as culturas são desenvolvidas, cresceu em 7,4% a produtividade da capital federal. Na safra 20/21, foram produzidos 4.521 kg de grãos por hectare. Neste ano, a previsão é que sejam colhidos 4.857 kg por hectare. A estimativa está, inclusive, acima do previsto para a média nacional, já que o Brasil deve produzir 3.695 kg por hectare. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A soja e o milho correspondem a mais de 80% das plantações de grãos no Distrito Federal, com 130 mil hectares, de acordo com o relatório da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) divulgado no ano passado. A projeção para a safra deste ano aponta que o milho deve ter acréscimo de 18,3% na produção, com 433,1 mil toneladas, além de crescimento de 2% na área da colheita e 15,9% na produtividade. Já para a soja, é esperada alta de 7,3% no cultivo, atingindo 313,2 mil toneladas, e expansão de 7,3% na área, enquanto o rendimento deve ser o mesmo da safra anterior. Há ainda, no DF, o plantio de feijão – dos tipos preto, caupi e cores –, sorgo e trigo. Políticas públicas [Olho texto=”“Os agricultores contam com assistência de qualidade, que dá a orientação certa para eles saberem o que estão fazendo, além do financiamento para colocarem a mão na massa” ” assinatura=”Luciano Mendes da Silva, secretário-executivo de Agricultura” esquerda_direita_centro=”direita”] As colheitas dos grãos, desde a semeadura até o transporte ao consumidor final, recebem o apoio do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Emater e da Secretaria de Agricultura (Seagri). As duas entidades atuam juntas com políticas públicas que ajudam todo o setor agrícola da capital, para que os produtores alcancem melhor rendimento na colheita. Apenas para os produtores de grãos, em 2021, foram cerca de 29 projetos com R$ 4.647.014 em empréstimos, envolvendo custeio, financiamento de tratores, implementos e implantação de sistemas fotovoltaicos associados. Já em relação a todo o setor agrícola, no mesmo ano, as duas entidades reformaram 10 km de canais de irrigação e promoveram a recomposição vegetal e o reflorestamento de 48 hectares do DF com 48,9 mil plantas. Houve ainda, no ano passado, a regularização fundiária de 4.057,81 hectares e a manutenção de 1.246 km de estradas rurais. O secretário-executivo de Agricultura, Luciano Mendes da Silva, afirma que o apoio aos produtores tem como objetivo ampliar o lucro e a qualidade das plantações. “Os agricultores contam com assistência de qualidade, que dá a orientação certa para eles saberem o que estão fazendo, além do financiamento para colocarem a mão na massa”, explica. “Outras coisas também vêm a reboque, como o transporte de insumos e produção, para dentro e fora da propriedade. Isso requer estradas e pontes boas, suporte que, felizmente, conseguimos dar aos agricultores. Todas as nossas ações são para diminuir o custo de produção e fazer com que eles tenham uma rentabilidade maior naquilo que estão explorando.” [Olho texto=”Chuvas de setembro e outubro do ano passado favoreceram a produção no DF ” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Segundo o extensionista rural da Emater Gilmar Batistella, engenheiro agrônomo, o apoio é fundamental para o sucesso das colheitas. “A Emater ajuda o produtor a se regularizar para acessar os créditos, seja ele de grande, médio ou pequeno porte”, informa. “As documentações da propriedade, como licenciamento ambiental e fundiário, precisam estar comprovadas e reguladas – caso contrário, ele não consegue financiar a safra”, explica. Em relação à colheita deste ano, Batistella enfatiza que os produtores aproveitaram a constância das chuvas entre setembro e outubro do ano passado, preparando-se para uma possível seca nos próximos meses. “Não houve nenhuma praga ou outro problema que prejudicasse as plantações e nem o trabalho nas fazendas, ou seja, a produtividade do agricultor teve um cenário muito positivo”, aponta. Devido às chuvas de outubro, o engenheiro agrônomo Cláudio Malinski, que cultiva soja, feijão e sorgo no Núcleo Rural Jardim, conseguiu colher cerca de 70 sacos de soja em cada um dos 84 hectares de sua propriedade. “A produtividade foi bem alta; consegui atingir a expectativa para primeira colheita e, agora, espero a mesma coisa para segunda, que será de milho, entre julho e agosto”, conta o produtor, responsável técnico da Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal. “Se houver boas chuvas, será muito bom, porque o milho produz bem, deve variar entre 70 e 80 sacos por hectare. Tem que ser agora entre abril e maio, para ajudar no cultivo. Mas, se tiver chuva, deve cair para 60 sacos por hectare.”
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Brasília tem alta diversidade agropecuária
Plantio de pitaia, fruta exótica e com grande valorização no mercado | Foto: Divulgação/Emater-DF Com cerca de 70% do território classificado como área rural, o Distrito Federal tem aumentado cada vez mais sua capacidade de produção e mostrado que tem vocação agrícola. São 156,8 mil hectares que produzem grãos, hortaliças e frutas. No cerrado, também tem criação de búfalos, cabras, peixes e animais exóticos. Neste aniversário de 61 anos de Brasília, a Emater-DF publica um infográfico com a produção agropecuária de cada região onde a empresa atua (veja ao final desta reportagem). [Olho texto=”“A maior parte da nossa área rural é composta de pequenas propriedades, muitas delas caracterizadas por utilizar mão de obra familiar”” assinatura=”Kleiton Rodrigues Aquiles, gerente da Emater no Gama” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Com 15 escritórios espalhados pelas áreas rurais do DF, a Emater presta serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural a pouco mais de 13 mil produtores na capital. Esse acompanhamento aos produtores rurais, em especial aos pequenos, são uma das razões para o desenvolvimento da agropecuária na capital. Distante 50 km do centro da capital do país, Brazlândia é o polo produtor de morango e goiaba. Ceilândia, uma das maiores regiões administrativas de Brasília e com grande diversidade de pessoas de várias partes do Brasil, também tem variedade quando o assunto é produção. Além de hortaliças diversas, é lá que está uma das maiores criadoras de búfalos da capital. Também tem produtores de faisões e agroindústria de comidas japonesas. O Gama, que também concentra parte de produtores do Recanto das Emas e Santa Maria, é hoje o maior produtor de alface na região. O forte são hortaliças folhosas, mas também tem bovinocultura de corte e leite, avicultura caipira e industrial, piscicultura, fruticultura e grandes culturas, como milho, soja e feijão. “A maior parte da nossa área rural é composta de pequenas propriedades, muitas delas caracterizadas por utilizar mão de obra familiar”, ressalta o gerente do escritório da empresa no Gama, Kleiton Rodrigues Aquiles. No PAD-DF, o cultivo fica concentrado na soja, milho, feijão, trigo e leite. No Jardim, a região se divide entre áreas muito grandes de produção com pequenas glebas de produtores familiares, o que promove diversidade de produtos agrícolas. No Paranoá, cerca de 70 produtores têm certificação orgânica. O núcleo rural do Pipiripau, que fica em Planaltina, foi pioneiro no cultivo de hortaliças em estufa. “Os produtores são muito conscientes no uso dos recursos naturais, principalmente devido à escassez de água e ao Projeto Produtor de Água da Bacia do Pipiripau”, afirma o gerente local, Geraldo Magela. Em Tabatinga, o núcleo rural é composto por três fazendas originárias: Boa Vista, Várzeas e Barra Alta. “Essas fazendas foram as primeiras a serem regularizadas. Uma peculiaridade da região é a alta demanda por regularização e crédito rural”, conta o gerente da Emater na região, Alessandro da Silva. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Todo o trabalho de assistência técnica e extensão rural desenvolvido pela Emater-DF junto ao produtor leva benefícios ao campo. Nos últimos anos, a empresa tem se empenhado em criar alternativas para atender cada vez mais os assentamentos, fazer a inclusão das mulheres no processo produtivo e criar possibilidades de intercâmbios técnicos, com troca de experiências e aprendizado. A Emater-DF Empresa pública que atua na promoção do desenvolvimento rural sustentável e da segurança alimentar, prestando assistência técnica e extensão rural a mais de 18 mil produtores do DF e Entorno. Por ano, realiza cerca de 150 mil atendimentos, por meio de ações como oficinas, cursos, visitas técnicas, dias de campo e reuniões técnicas. Saiba mais Com produção maior que Brazlândia e Ceilândia juntas, Gama se consolida no cultivo de alface Recuperação de estradas melhora escoamento e reduz perdas nas áreas rurais Põe na Cesta diminui impactos da pandemia junto ao produtor rural *Com informações da Emater-DF
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Rio Preto ganha barragem
Obra permite a retomada do crescimento da economia da região, grande produtora de grãos e hortaliças | Fotos: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília Após quatro anos de espera, a comunidade do Núcleo Rural do Rio Preto, em Planaltina, pode comemorar o fim de um grande problema: a falta de água. Nesta quarta-feira (25), o GDF entregou as obras concluídas da barragem do Rio Imbiruçu, que vai abastecer dezenas de famílias da região, responsáveis pela produção de hortaliças e grãos comercializados em todo o Distrito Federal. A reforma levou menos de 45 dias e foi bastante comemorada por 19 famílias que moram em chácaras na região. Sem água, não há produção agrícola que sobreviva – o que reforça a importância da obra. As plantações ficam sem irrigação e os homens e mulheres do campo, sem trabalho. Ou seja, todo um ciclo de produção é prejudicado. Mas isso mudou e transformou a vida de produtores rurais, como Antônio Moraes e Francisco Júnior. “Agora, a gente pode plantar mais à vontade”, comemora Antônio. “Era muito difícil, porque a gente tinha que puxar água do córrego para cá, e isso era muito caro também. Agora está bem tranquilo e bom para todos daqui.” [Olho texto=”“Foram quatro anos de espera, mas que valeram a pena. Tendo água, a gente confia e pode pensar em produzir mais” ” assinatura=”Francisco Júnior, produtor rural ” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O produtor de hortaliças Francisco Júnior também ficou satisfeito. “A barragem é de grande utilidade”, afirma. “Tivemos o rompimento lá atrás, em 2016, e a água diminuiu bastante, desde então. Diminuímos a produção, e muitas pessoas precisaram sair daqui, porque não tinham como produzir e foram trabalhar em outras áreas. Foram quatro anos de espera, mas que valeram a pena. Tendo água, a gente confia e pode pensar em produzir mais”. Solução definitiva [Olho texto=”“Tudo que o governo local puder fazer pela agricultura, será feito” ” assinatura=”Paco Britto, vice-governador” esquerda_direita_centro=”direita”] Durante a inauguração da barragem, o vice-governador Paco Britto reforçou a importância da obra. “É uma solução definitiva para os produtores rurais desta região”, disse. “A barragem leva abundância de água a uma população que necessita tanto dela para produzir hortaliças – uma produção não só para todo o DF, mas também fora dele. Tudo que o governo local puder fazer pela agricultura, será feito”, assegurou. “O canal veio para ajudar aqueles que não tinham água, ou seja, os pequenos produtores da região”, resume o secretário de Agricultura, Candido Teles. “Muitas famílias que saíram daqui retornaram e agora estão produzindo de novo. Para nós, isso não tem preço.” Também em tom de agradecimento, o presidente da Cooperativa de Agricultura Familiar Mista do DF (Coopermista), Ivan Engler, declarou: “Só quem sabe o que é passar sede na vida sabe como é difícil ter um litro de água e não saber se dá para o pé de alface, para a galinha ou se toma banho. Então, nós agradecemos o esforço que o governo fez para concluir esta obra”. União de esforços O sorriso e a esperança vistos em Antônio e Francisco, compartilhados com tantas outras famílias, é resultado de um trabalho feito a muitas mãos. A obra na barragem do Imbiruçu contou com a união de forças entre a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e a Secretaria de Agricultura (Seagri). “Essa entrega de hoje é uma reivindicação antiga”, pontuou Candido Teles. “É uma obra do governo e de todos. Essa integração do governo Ibaneis é que faz toda a diferença. Eu ouvi dizer que essa obra só precisava de vontade para sair do papel. Os produtores esperaram, esperaram e não acontecia. A vontade chegou, e agora ela [a barragem] foi entregue.” [Olho texto=”“Eu ouvi dizer que essa obra só precisava de vontade para sair do papel. Os produtores esperaram, esperaram e não acontecia. A vontade chegou, e agora a barragem foi entregue” ” assinatura=”Candido Teles, secretário de Agricultura” esquerda_direita_centro=”centro”] A Novacap e o DER executaram a obra, compartilhando máquinas como pá mecânica, retroescavadeira e caminhões. Ajudaram também com o trabalho de topografia, necessário para a barragem. A Seagri e a Emater, por sua vez, conduziram os serviços a partir do conhecimento técnico de seus servidores. “As pessoas podem imaginar que é uma coisa de pequeno vulto, mas é isso que dá condições para os produtores nos darem condições de comer lá na cidade”, resumiu o diretor-geral do DER, Fauzi Nacfur Júnior. “É uma obra de extrema importância e mostra a integração deste governo.” [Olho texto=”“As pessoas podem imaginar que é uma coisa de pequeno vulto, mas é isso que dá condições para os produtores nos darem condições de comer lá na cidade” ” assinatura=”Fauzi Nacfur Júnior, diretor-geral do DER” esquerda_direita_centro=”centro”] Por sua vez, o secretário executivo de Agricultura, Luciano Mendes, reforçou a eficácia de um trabalho conduzido por meio de parceria: “A união destas instituições permitiu reconstruir a barragem e colocá-la à disposição dos produtores. Agora, eles podem utilizar esse volume de água acumulado no período da chuva para irrigar as lavouras, no período da seca ”.
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