Plano mais inclusivo para migrantes, imigrantes, apátridas e refugiados
A 29ª oficina do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot), a lei que guiará o desenvolvimento do DF nos próximos dez anos, terá como tema os migrantes, imigrantes, apátridas e refugiados. Se você faz parte ou defende os direitos dessa parcela da população, esta é a hora de trazer suas sugestões sobre o segmento para a elaboração de um Plano Diretor mais inclusivo. [Olho texto=”“O Pdot pode agir nessa questão, propondo estratégias no âmbito da política habitacional que contemplem a população que chega ao DF com alguma particularidade ou priorização”” assinatura=”Mário Pacheco, coordenador de Planejamento e Sustentabilidade Urbana” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O evento ocorrerá no dia 12, terça-feira, às 19h, na sede da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), localizada no Edifício Number One, no Setor Comercial Norte (SCN), Quadra 2, 18º andar. Dando um panorama da situação, o coordenador de Planejamento e Sustentabilidade Urbana, Mario Pacheco, explica que essa comunidade costuma chegar ao novo território sem laços ou conexões sociais, dificultando sua fixação e o início de uma nova vida. Nesse sentido, ele destaca: “O Pdot pode agir nessa questão, propondo estratégias no âmbito da política habitacional que contemplem a população que chega ao DF com alguma particularidade ou priorização”. Já o diretor da Associação dos Indígenas Warao Coromoto (Asiwc/DF), Gilberto Portes, observa que, muitas vezes, essas pessoas não acessam os serviços públicos e também não têm emprego estável. “Visando garantir segurança a médio e longo prazo para essa população, é fundamental que planejemos o território com a participação efetiva dela”, enfatiza o representante da comunidade de indígenas de refugiados da Venezuela. Para Portes, a oficina do Pdot voltada a esse segmento é uma iniciativa extremamente importante, capaz de incluir essas pessoas no espaço de vivência do DF. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Dinâmica A oficina terá um formato diferente do habitual. Em vez de dividir a população em grupos, contará com a participação de especialistas para discutir um tema escolhido pelos representantes do segmento e relacionado ao Plano Diretor. Após isso, haverá uma rodada de debates. Quem pode participar? Podem participar das oficinas todos os moradores do Distrito Federal, de diferentes faixas etárias, gêneros e níveis socioeconômicos, interessados em discutir o planejamento urbano e o futuro da região. Para isso, basta comparecer nas datas e locais marcados. Ao todo, serão 54 oficinas organizadas pela Seduh neste ano. Enquanto 18 desses eventos públicos serão voltados para segmentos da sociedade, os outros 36 serão sobre as regiões administrativas (RAs) do Distrito Federal. Confira o calendário completo. Mais informações podem ser acessadas no site www.pdot.seduh.df.gov.br. Serviço Migrantes, imigrantes, apátridas e refugiados – Data: dia 12 (terça-feira) – Horário: às 19h – Local: Sede da Seduh, no Edifício Number One, Setor Comercial Norte (SCN), Quadra 1, 18º andar – Acesso virtual: pelo YouTube, no canal Conexão Seduh. *Com informações da Seduh-DF
Ler mais...
Inclusão de imigrantes e refugiados leva São Sebastião ao Vale do Silício
Responsável por mapear, identificar problemas e propor políticas públicas de melhoria da qualidade de vida de estrangeiros e refugiados residentes em São Sebastião, o programa ImigraSS levou a região administrativa ao Vale do Silício. De 5 a 11 de novembro, uma comitiva de nove servidores do Governo do Distrito Federal (GDF) faz uma imersão no polo onde estão as principais empresas e startups de tecnologia do mundo, nos Estados Unidos. [Olho texto=”“Levamos representantes de todas as categorias do prêmio para que eles possam aprender durante esta semana de imersão e trazer esses ensinamentos para serem aplicados aqui no Distrito Federal”” assinatura=”Rose Rainha, diretora técnica do Sebrae-DF” esquerda_direita_centro=”direita”] A viagem – que tem status de missão com palestras e visitas técnicas, e não se designa como um passeio – é a gratificação do Prêmio Cidade Empreendedora, onde o ImigraSS levou o 1º lugar geral e o 1º lugar na categoria Inclusão Produtiva. A ação foi elaborada e desenvolvida pela Administração Regional de São Sebastião. “Levamos representantes de todas as categorias do prêmio para que eles possam aprender durante esta semana de imersão e trazer esses ensinamentos para serem aplicados aqui no Distrito Federal”, afirma a diretora técnica do Sebrae-DF, Rose Rainha. Gerente de Estratégia e Políticas Públicas da instituição, Jorge Adriano Soares da Silva destaca o potencial humano e a estrutura oferecida por Brasília. “Nós temos bons empreendedores e todas as demais condições de fazer Brasília se tornar um polo de empreendedorismo e inovação”. A ideia de traçar um perfil das pessoas que deixaram seus países e fixaram residência em São Sebastião surgiu logo no começo da gestão, em 2019. Recém-empossado no cargo, o então administrador Alan Valim pediu à equipe um relatório com os principais desafios dos 100 primeiros dias de governo e o que a administração regional poderia fazer para resolvê-los. A Administração Regional de São Sebastião foi a primeira do DF a emitir autorização para empreendedores de rua estrangeiros, situação até então impossibilitada | Foto: Arquivo Agência Brasília Uma das principais questões apontadas pelo documento foi a grande quantidade de imigrantes e refugiados venezuelanos vivendo na cidade – o que, em segundo momento, se mostrou bem maior com a presença também de pessoas de outras nacionalidades, como haitianos, nigerianos e colombianos. Iniciou-se ali um trabalho de campo com visitas às entidades que faziam esse acolhimento e em busca de tratativas para proporcionar o mínimo de dignidade a esses cidadãos – além de entender os impactos que isso traria a rede de serviços públicos de São Sebastião. “Importante ressaltar a alta vulnerabilidade dessas pessoas que estavam sem documentos, recursos financeiros, família, amigos, vestuário e, longe de suas pátrias, ainda enfrentam a barreira do idioma e de outras problemas inerentes às suas situações de imigrante e/ou refugiado”, explica o ex-administrador Valim. Tratativas foram realizadas com a Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), Ministério dos Direitos Humanos, Sesc, Senai, Universidade de Brasília (UnB), Associação Comercial de São Sebastião, Embaixada da Venezuela, Cáritas e Associação de Pastores. A partir daí foram instituídas políticas públicas de inclusão desses estrangeiros com a disponibilização de vagas de emprego, cursos profissionalizantes, aulas de português, cestas básicas e convênio com a embaixada para acolhimento e emissão de documentos. Já a Administração Regional de São Sebastião foi a primeira do DF a emitir autorização para empreendedores de rua estrangeiros, situação até então impossibilitada. “Esse é mais um reconhecimento do trabalho social desenvolvido pela Administração Regional de São Sebastião”, diz o administrador regional Ataliba Rodrigues.
Ler mais...
Oficina orienta famílias venezuelanas sobre benefícios sociais
Servidores do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) Diversidade realizaram nesta terça-feira (21) uma oficina com 14 famílias venezuelanas acolhidas para orientar sobre direitos e benefícios sociais. Os migrantes estão acolhidos pelo projeto Brasil sem Fronteiras, promovido pela Agência da ONU para Refugiados (Acnur) em parceria com a organização da sociedade civil (OSC) Aldeias Infantis SOS Brasil. Os servidores da Sedes responsáveis pela oficina são capacitados para atendimento ao público imigrante, inclusive em outras línguas | Fotos: Renato Raphael/Sedes “Nós orientamos e tiramos dúvidas das famílias sobre os benefícios federais e distritais, para que eles compreendam como funciona a política no Distrito Federal. Explicamos, por exemplo, as diferenças entre os benefícios socioassistenciais e a importância de ter o Cadastro Único”, explica a psicóloga dos Creas Diversidade Danielle Bernardes Magalhães. [Olho texto=”“Por meio dessa equipe, as famílias têm acesso a informações essenciais. Além disso, são profissionais extremamente capacitados e preparados para o atendimento a esse público”” assinatura=”Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social” esquerda_direita_centro=”direita”] Os servidores responsáveis pela oficina fazem parte da equipe de Apoio Especializado a Imigrantes, Refugiados e Apátridas da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) e são capacitados para fazer o atendimento desse público, inclusive em outras línguas. “Como a instituição recebe, pelo projeto de interiorização do governo federal, essas pessoas que vêm de Roraima, pediram que fizéssemos uma orientação sobre os benefícios socioassistenciais. Sabemos que, quando os três meses passarem e eles saírem dessa situação de acolhimento, vão para qualquer região do DF e vão se deparar com serviços que nem sempre poderão recebê-los no idioma deles. Com essas orientações, eles estarão mais preparados para essa inserção social e para participar dos serviços”, pontua a servidora. A OSC convidou a Sedes como parte das atividades da Semana dos Refugiados, criada pela instituição em alusão ao Dia Mundial do Refugiado, comemorado na segunda-feira (20). “O Creas tem suma importância para as famílias. Por meio dessa equipe, as famílias têm acesso a informações essenciais. Além disso, são profissionais extremamente capacitados e preparados para o atendimento a esse público”, enfatiza a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Abrigo temporário Acnur e Aldeias Infantis SOS Brasil cooperam desde julho de 2018 por meio do abrigamento temporário em unidades residenciais, nos centros de acolhimento da Aldeais Infantis SOS Brasil para pessoas refugiadas e migrantes da Venezuela dentro desta modalidade de interiorização. Atualmente, a Aldeias Infantis SOS Brasil atende, em parceria com a Acnur, 48 pessoas na instituição, todas de famílias venezuelanas que migraram para o Brasil fugindo da crise econômica no país vizinho. A unidade atende, em média, 60 pessoas por um período de três meses de acolhimento. “Mas nós avaliamos as necessidades de cada família. Tem família que não consegue emprego, tem casos de saúde, às vezes, é preciso um tempo maior”, pondera Samantha Freitas. *Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social do DF
Ler mais...
Curso de português ajuda estrangeiros na busca de trabalho
[Olho texto=”Por meio de parcerias, Administração Regional de São Sebastião investe na orientação e ajuda aos imigrantes venezuelanos” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A cultura e a riqueza atraíram o colombiano Carlos Andes Trivino, 44 anos, ao Brasil. Na bagagem, noções limitadas de português e a vontade de aprender mais sobre o país. Sem documentação legal, em 2018, ele se “aportou” em Brasília, onde trabalha como motoboy autônomo. Com o apoio da Administração Regional de São Sebastião, registrou-se como microempreendedor individual (MEI) e também aprendeu a falar, ler e escrever nosso idioma. Cursos de português já formaram duas turmas , e uma terceira conclui nesta semana os estudos | Foto: Divulgação/Ascom São Sebastião Isso porque o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da administração regional, tem criado parcerias e promovido cursos do idioma nacional como suporte a estrangeiros, migrantes e refugiados que buscam trabalho. São Sebastião é a região com maior comunidade venezuelana do DF, tanto urbana quanto indígena. O administrador da cidade, Alan Valin, estima em torno de mil indivíduos. “Buscar melhores condições de vida aos migrantes é uma prioridade da nossa gestão, implementando políticas públicas de formação profissional e na busca de emprego e renda”, afirma o gestor. “Além do curso de português, fomos pioneiros na emissão de licenças para ambulantes.” Nesta quarta-feira (3), forma-se a terceira turma do curso de português promovido pela administração, agora em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat). A primeira, com 11 índios da Venezuela, contou com o suporte da Cáritas e da Universidade de Brasília (UnB), enquanto a segunda, com 12 venezuelanos urbanos, foi coordenada pela Organização não Governamental (ONG) Vila Internacional. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Gerente de Desenvolvimento Econômico da Administração Regional de São Sebastião, Izaurina Rodrigues conta que a necessidade de ensinar português a estrangeiros foi detectada a partir da constatação de que a falta de fluência no idioma cria uma barreira na conquista de um trabalho. “Percebemos que essa dificuldade de comunicação surgia desde a montagem de um currículo até as entrevistas de emprego, daí criamos mais um suporte a esse grupo”, explica. O colombiano Carlos Trivino diz que o curso o ajudou a melhorar a sua capacidade de interação, tanto profissional quanto nas relações interpessoais. “Me comunico melhor nos trabalhos que realizo e tenho feito mais amizades”, relata. “É uma abertura de portas e oportunidades que está facilitando a minha vida”.
Ler mais...