Programa Ginástica nas Quadras atende mais de 12 mil pessoas em 14 regiões administrativas
Com mais de três décadas de existência, o Programa Ginástica nas Quadras (PGinQ) consolidou-se como uma importante política pública de promoção da saúde e da qualidade de vida. A iniciativa atende mais de 12 mil pessoas em 14 regiões administrativas do Distrito Federal, oferecendo aulas regulares e gratuitas de atividades físicas ao ar livre. Com participação majoritária de mulheres adultas e idosas, o projeto destaca-se como um espaço de acolhimento e cuidado. O gerente de Desporto da Secretaria de Educação do DF (SEEDF), Ricardo Costa, destaca o papel feminino na construção e sustentação do programa. Segundo ele, a maioria dos participantes é do gênero feminino e encontram nas atividades uma oportunidade de cuidar da saúde física e emocional, além de criar vínculos afetivos e sociais. A iniciativa atende mais de 12 mil pessoas em 14 regiões administrativas do Distrito Federal, oferecendo aulas regulares e gratuitas de atividades físicas ao ar livre | Foto: André Amendoeira/SEEDF “Muitas alunas relatam melhora da disposição, fortalecimento de vínculos afetivos e superação de quadros de depressão, ansiedade e isolamento social, demonstrando o potencial transformador da atividade física regular como política pública”, afirmou Ricardo, que atuou no programa por 17 anos como professor. Qualidade de vida Além da prática corporal, o programa fortalece laços de amizade, especialmente entre participantes da terceira idade [LEIA_TAMBEM] A importância do Ginástica nas Quadras vai além da prática corporal. As atividades desenvolvidas nos espaços públicos das comunidades contribuem diretamente para a saúde integral dos participantes. Ao incentivar o exercício físico e a convivência social, o programa promove a melhoria da qualidade de vida, a prevenção de doenças e o fortalecimento dos vínculos comunitários, criando ambientes mais saudáveis e solidários. A iniciativa é coordenada pelas coordenações regionais de ensino (CREs), com apoio da Secretaria de Educação, que garante os meios pedagógicos e logísticos necessários à continuidade das ações nos polos. *Com informações da Secretaria de Educação
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Seleção Brasileira no DF alimenta sonho de alunos do Centro Olímpico do Gama
Menos de 100 metros separam o campo sintético do Centro Olímpico e Paralímpico (COP) do Gama do Bezerrão, estádio que, no último fim de semana, recebeu treinos da Seleção Brasileira. Estar tão perto fisicamente dos atletas fez parecer menor a distância entre as 452 crianças que praticam futebol no COP e o sonho de um dia vestir a Amarelinha. O Centro Olímpico e Paralímpico (COP) do Gama é o local onde 452 crianças praticam futebol na região administrativa. Vizinho do Estádio Bezerrão, o COP é onde eles treinam com o sonho de um dia vestirem a Amarelinha | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília “Isso dá uma inspiração a mais, você saber que os seus ídolos estão jogando do seu lado, praticamente, respirando o mesmo ar que você está respirando. Dá um ânimo a mais para continuar seguindo seu sonho”, descreve Samuel Chrysthopher, 15 anos. “Meu sonho sempre foi estar perto da Seleção Brasileira”, emenda Paolo Ribeiro, 11. “Foi aniversário do Gama e é um presente muito grande eles virem aqui”, celebra Johny Menezes, 10. João Arthur Ferreira, 12, foi além e conseguiu até um autógrafo do meia Bruno Guimarães. “É muito bom ter essa sensação que vários jogadores, ídolos, treinaram aqui do nosso lado, na cidade onde eu moro. É muito bom ter essa oportunidade”, avalia o garoto, fã de Vinicius Júnior. Já Kennedy Alves, 14, lembra os jogadores nascidos em Brasília que defenderam as cores verde e amarela, e exalta a estrutura do COP do Gama. “Tem muito pessoal que veio daqui, como o Endrick, já vi professores também contando histórias de pessoas que saíram do COP, começaram treinando aqui. E eu vejo um potencial muito grande nos alunos”. “É muito bom ter essa sensação que vários jogadores, ídolos, treinaram aqui do nosso lado, na cidade onde eu moro”, avalia João Arthur Ferreira, que conseguiu até um autógrafo do meia Bruno Guimarães Comandada por Dorival Júnior, a Seleção Brasileira fez dois treinos no Bezerrão antes da partida contra o Peru, válida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, a ser disputada nesta terça-feira (15), na Arena BRB Mané Garrincha. “Essa experiência não apenas inspira nossos jovens atletas, mas também demonstra que, com dedicação e esforço, eles podem alcançar grandes conquistas. Por meio dos COPs, estamos investindo no futuro do esporte e no desenvolvimento dos nossos talentos locais, e ver essas crianças utilizando os nossos programas e espaços é um passo importante nessa jornada”, destaca o secretário de Esporte e Lazer, Renato Junqueira. “Meu filho é apaixonado por futebol. Ele está aqui há dois anos no Centro Olímpico. Então, é muito bom incentivar o esporte, sempre bom ter o esporte na vida de uma criança, a disciplina, a técnica…”, afirma Fabiana Praia COP Atualmente, 2.841 estudantes estão matriculados no COP do Gama, que oferece 20 modalidades. O espaço tem localização estratégica: bem no centro da região administrativa e vizinho de muro do estádio. “A equipe técnica bem pronta, preparada, avisa aos alunos: ‘Olha, está ali [o Bezerrão]. Se você tem um sonho, vai correr atrás’. O esporte é vida, o esporte mobiliza, o esporte é educação, o esporte é tudo. Então, essas crianças têm esse estímulo”, enfatiza o diretor da unidade, André Brayner. A inspiração também vem dos professores. Pedro Telles, que ministra as aulas de futebol, recorda que, na juventude, vendia amendoim no Bezerrão e teve a vida transformada pelo esporte. Hoje, quer possibilitar o mesmo a seus alunos: “Nossas crianças precisam muito estar envolvidas em algum esporte, e nada melhor do que o futebol, que é a paixão nacional. Isso ajuda em tudo, no desenvolvimento, no crescimento, na educação, na disciplina e, o mais importante, na saúde”. Pais e responsáveis reforçam os ganhos vindos do esporte. “Os meninos aprendem a gostar cada vez mais de uma atividade física, aprender as regras das modalidades e assim eles vão seguindo até, quem sabe, ser um atleta de ponta”, diz a servidora pública Fabíola Melo, madrinha de um aluno. “Meu filho é apaixonado por futebol. Ele está aqui há dois anos no Centro Olímpico. Então, é muito bom incentivar o esporte, sempre bom ter o esporte na vida de uma criança, a disciplina, a técnica… Ele é apaixonado pelo Centro Olímpico e eu faço questão de acompanhar”, completa Fabiana Praia, mãe de outro estudante. Mãe de duas crianças, a dona de casa Kelian Nascimento afirma que o COP é “um lugar completo, acolhedor”, que atende tanto o mais velho, que pratica futebol, quanto o menor. Ao falar sobre a proximidade dos treinos da Seleção Brasileira, ela se emociona: “Uma grande honra ver meu filho treinando aqui perto e, vendo por esse lado, ainda aumenta mais esse desejo [de ser jogador profissional], ele vê que é possível. E é muito gratificante. É a realização de um sonho, tanto do meu filho quanto meu”.
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Ex-aluna da Educação de Jovens e Adultos escreve autobiografia aos 87 anos
Persistência e força de vontade nunca faltaram na trajetória de vida de Maria de Lourdes Cortes. Mineira de Carmo do Parnaíba, ela veio para Brasília quando se casou, aos 22 anos, construiu uma família de dez filhos e dedicou a vida a proporcionar a eles a chance de estudar. No entanto, para ela, essa oportunidade só veio mais tarde, aos 70 anos, com a Educação de Jovens e Adultos (EJA), via Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEE). Maria de Lourdes com alguns dos filhos e netos no Centro de Ensino Fundamental 4 do Guará: “Eu sempre fiz de tudo para que meus filhos estudassem, porque o conhecimento é a única coisa que ninguém consegue tirar de você, é um presente só seu” | Fotos: Jotta Casttro/SEE Maria de Lourdes sempre gostou de estudar, mas na infância, quando morava na roça, seu pai não permitiu que ela fosse à escola. Com isso, o sonho só pôde ser realizado muitos anos depois, com os filhos já criados. “Eu sempre fiz de tudo para que meus filhos estudassem, porque o conhecimento é a única coisa que ninguém consegue tirar de você, é um presente só seu”, conta. “Para quem tem um sonho, eu aconselho ter fé e jamais desistir” Maria de Lourdes Cortes Para buscar conhecimento e com o intuito de incentivar um neto que estava pensando em interromper os estudos, Maria de Lourdes, aos 70 anos, resolveu retomar seu projeto de vida. Os dois se matricularam no programa de EJA do Centro de Ensino Fundamental 4 do Guará, onde seus dez filhos estudaram. Lá ela se destacou ao fazer o que mais amava: estudar. Biografia Assim que completou o ciclo de alfabetização, Maria de Lourdes aproveitou para escrever um livro sobre sua história “Eu não podia ir à escola, mas eu sempre corria atrás de conhecimento”, lembra. “Tentava aprender sobre as palavras e contas de matemática.” O sonho de Maria era ser diretora escolar e escritora – inspirada na poetisa Cora Coralina. “Para quem tem um sonho, eu aconselho ter fé e jamais desistir”, incentiva. O retorno aos estudos, em 2007, trouxe muita esperança e expectativas para Maria – mas, por um problema na visão, ela precisou interromper a trajetória na escola. No entanto, conseguiu completar o primeiro segmento da EJA, que corresponde aos anos iniciais do ensino fundamental; e, já alfabetizada, começou a colocar em prática a escrita da sua biografia. Nesse processo, Maria recebeu a contribuição dos filhos e netos e conseguiu lançar o livro Lição de Vida, com uma tarde de autógrafos, aos 87 anos, para a grande família, que hoje, além dos dez filhos, é formada por 23 netos, 25 bisnetos e um trineto. “Minha avó é minha grande inspiração”, exalta a neta Cinthia Corte. “Hoje eu sou professora e sinto muito orgulho dela”. Educação de Jovens e Adultos A EJA é uma modalidade de ensino voltada para pessoas que não tiveram a oportunidade de concluir os estudos na idade regular ou que desejam retomar o aprendizado em uma fase mais avançada da vida. A SEE oferece apoio pedagógico aos professores e investe em programas e projetos que visam melhorar a qualidade da educação oferecida na EJA. Atualmente, mais de 25 mil estudantes fazem parte do programa nas 14 coordenações regionais de ensino do DF. *Com informações da Secretaria de Educação do DF
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