Programa de interação acadêmica busca parceria com faculdades de medicina
O Programa de Interação Acadêmica Multiportas da Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) está em busca de parceria com faculdades de medicina. A cooperação técnica na área de saúde tem como intuito promover a colaboração entre DPDF e instituições de ensino superior, favorecendo o intercâmbio de experiências para o desenvolvimento de soluções em questões de interesse comum. Arte: DPDF O objetivo é que as faculdades de medicina contribuam diretamente com os projetos sociais da DPDF, com foco no atendimento à população vulnerável. Além disso, as universidades terão um papel importante em questões mais complexas relacionadas à saúde, inclusive no âmbito das demandas judiciais. A iniciativa também abrange a educação em direitos na área da saúde, promovendo a troca de conhecimento e gerando benefícios tanto para profissionais quanto para os acadêmicos e a sociedade. “Integrar o conhecimento médico aos serviços jurídicos não apenas fortalece o caráter multidisciplinar das ações, mas também gera um importante ambiente de aprendizado prático para os universitários” Celestino Chupel, defensor público-geral As faculdades serão convidadas para o programa a partir de outubro deste ano pela Escola de Assistência Jurídica (Easjur) da DPDF. As instituições interessadas em participar do projeto podem entrar em contato com a Easjur pelo telefone (61) 2196-4409, pelo WhatsApp (61) 99359-0022 ou presencialmente, em dias úteis, das 8h às 18h, na sede da escola, localizada no Setor Comercial Norte (SCN), Quadra 1, Edifício Rossi Esplanada Business, Loja 01, próximo ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran). O encontro para discutir detalhes sobre a parceria será realizado de forma online em 24 de outubro, a partir das 10h30. Para o defensor público-geral, Celestino Chupel, a ampliação do Programa de Interação Acadêmica para o curso de medicina representa um avanço estratégico e relevante. “Integrar o conhecimento médico aos serviços jurídicos não apenas fortalece o caráter multidisciplinar das ações, mas também gera um importante ambiente de aprendizado prático para os universitários, que terão a oportunidade de vivenciar os desafios relacionados à saúde pública e ao direito à saúde, enquanto desenvolvem um senso de cidadania e compromisso social”, explicou. Defensor público e diretor da Easjur, Evenin Ávila explica que a colaboração interdisciplinar oferecerá uma excelente oportunidade de conhecimento para os professores e universitários, além de incentivar a desjudicialização de demandas. “A atuação integrada ampliará o alcance dos atendimentos nos projetos sociais da DPDF e oferecerá suporte especializado em casos judicializados, aproximando a instituição das faculdades para a colaboração mútua em processos de saúde pública”, afirmou. Sobre o programa O Programa de Interação Acadêmica da DPDF tem como intuito promover o contato direto entre universitários de diversas áreas e a prática jurídica e social. Por meio da iniciativa, estudantes de diversos cursos de graduação têm a oportunidade de participar de atividades multidisciplinares que os preparam para enfrentar os desafios profissionais, ao mesmo tempo em que auxiliam a comunidade vulnerável a ter acesso a serviços essenciais. Além do aprendizado técnico, o programa incentiva a formação de um senso crítico e humanitário, promovendo a integração de diferentes áreas do conhecimento para a resolução de problemas complexos, como questões de direitos humanos, saúde, educação e violência doméstica. O intuito é fortalecer a capacidade de atuação da DPDF e ampliar a oferta de serviços públicos, contribuindo para a formação de profissionais mais conscientes de seu papel social. *Com informações da Defensoria Pública do Distrito Federal
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Banco de Leite Humano do HRT se reúne com delegações internacionais
O Banco de Leite Humano (BLH) do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) recebeu, nessa quarta-feira (4), a visita das delegações do Paraguai, da Guatemala e de Cabo Verde. O objetivo foi oferecer informações e esclarecimentos aos países sobre o funcionamento da unidade, considerada referência na coleta, no processamento e na distribuição de leite materno, tanto em âmbito distrital quanto nacional. Para a coordenadora do BLH do HRT, Maria das Graças Cruz Rodrigues, a visita é um reconhecimento pelo trabalho da unidade e da rede de bancos de leite como um todo. “Estamos colaborando para melhorar a saúde de muitas crianças País afora. É uma grande responsabilidade para os nossos BLH, tendo em vista que somos parâmetro e precisamos manter a qualidade do processamento, do trabalho e da assistência à amamentação”, avaliou. O objetivo do encontro foi oferecer às delegações informações e esclarecimentos aos países sobre o funcionamento da unidade, considerada referência na coleta, no processamento e na distribuição de leite materno, tanto em âmbito distrital quanto nacional | Foto: Divulgação/ETR Em uma solenidade realizada nesta semana em Brasília, os três países foram inscritos na Certificação Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de BHL. Global, o programa parte de uma avaliação de ações desenvolvidas pelas unidades integrantes que assegurem a qualidade do leite, dos processos e dos serviços. Outra abordagem é um sistema de troca de orientações sobre oportunidades de melhorias direcionadas aos diferentes níveis de gestão. Brasília sedia a certificação por ser a primeira Unidade Federativa a participar do programa da Fiocruz, com todos os seus bancos auditados, e por ser a única autossuficiente de leite materno. Diante desse histórico, as delegações irão passar por diversos postos e BLH da capital federal. Na visita ao BLH do HRT, por exemplo, os representantes puderam compreender melhor o papel do banco e como o apoio é realizado nos outros pontos da cidade. Brasília sedia a certificação por ter todos os seus bancos de leite humano auditados e por ser a capital brasileira autossuficiente no alimento | Foto: Breno Esaki/Arquivo Agência Saúde-DF Referência Por ser o primeiro banco de leite do Distrito Federal e o quarto do Brasil, o BLH do HRT é frequentemente indicado pela Fiocruz para treinamentos e orientações. Além de coletar, realizar o controle de qualidade, pasteurizar e distribuir o alimento a recém-nascidos em internação neonatal, a unidade também orienta famílias no manejo da amamentação – um procedimento comum a todos os outros bancos de leite e postos de coleta da capital. Apenas em agosto deste ano, o BLH do HRT coletou cerca de 250 litros de leite humano, beneficiando mais de 240 crianças. No mesmo período, foram 2 mil atendimentos e 300 visitas domiciliares realizados. Desde o mês de janeiro e até agosto deste ano, essa unidade coletou cerca de 2 mil litros de leite, dando assistência a 2 mil bebês e totalizando mais de 14 mil atendimentos.
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Indígenas conhecem práticas agroecológicas no Instituto Horta Girassol
Por meio de uma articulação entre a Emater-DF e as secretarias de Desenvolvimento Social (Sedes) e de Agricultura (Seagri), um grupo de indígenas das comunidades Guajajara e Kariri-Xocó, ambas do Setor Noroeste, conheceu o Instituto Horta Girassol, em São Sebastião, que é considerada maior horta urbana do DF. A ação ocorreu visando o intercâmbio de conhecimento envolvendo o cultivo agroecológico e sua produção, com objetivo de mostrar ao grupo práticas que podem ser aplicadas em suas comunidades. Existem hoje no Distrito Federal, segundo dados do Creas Diversidade, mais de 10 mil indígenas de 37 etnias. Considerada a maior horta urbana do DF, o Girassol recebeu o grupo de indígenas das comunidades Guajajara e Kariri-Xocó para um intercâmbio de conhecimentos envolvendo o cultivo agroecológico | Foto: Divulgação/Emater-DF A coordenadora do Instituto Horta Girassol, Hosana Alves do Nascimento, liderou a visita guiada ao espaço na quarta-feira (15) e contou aos indígenas o caminho percorrido com erros e acertos desde a criação da horta urbana, em 2005. Durante esse período, a produtora familiar tem recebido a assistência técnica da Emater-DF tanto em relação aos cultivos, como para a documentação e acesso ao crédito rural. “Essa troca de conhecimento, de vivências nos cuidados com a terra é muito rica, pois não foi fácil chegar até aqui. Foi e é preciso muita força de vontade. Tive que buscar conhecimento junto à Emater-DF e em várias capacitações e cursos que já realizei para adquirir o aprendizado que garante os resultados que temos hoje”, avaliou Hozana. [Olho texto=”“Nosso objetivo é mostrar aos indígenas outras possibilidades de cultivo e de práticas agroecológicas. Apesar deles serem historicamente os guardiões da terra, sempre há espaço para novos aprendizados que podem garantir mais produtividade e renda”” assinatura=”Iran Dias, extensionista da Emater-DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os extensionistas da Emater-DF Lídia Ferreira Jardim e Iran Dourado Dias acompanharam a visita e falaram ao grupo sobre o cultivo agroecológico de hortaliças e frutíferas, como o consórcio e rotação de culturas, uso de cobertura morta, adubação orgânica e controle alternativo de pragas. “Nosso objetivo é mostrar aos indígenas outras possibilidades de cultivo e de práticas agroecológicas. Apesar deles serem historicamente os guardiões da terra, sempre há espaço para novos aprendizados que podem garantir mais produtividade e renda”, disse Iran Dias. O pajé da comunidade Kariri-Xocó, Ururaí de Krodí Selé, disse que levará para a sua comunidade algumas práticas adotadas pela Horta Girassol, como o uso de cobertura morta e a rotação de cultura. “Foi muito importante para nós conhecer um jeito novo de cuidar da terra e da produção. Lá, limpamos a terra. Então, saber que pode cortar o mato e deixar na terra que vai dar mais nutriente pro solo é o jeito de fazer a integração das plantações, plantando várias espécies juntas, como uma bananeira com a mandioca e o quiabo. Já plantamos tudo isso, mas de um jeito diferente. Aprendemos como vocês plantam e ensinamos como plantamos. Nessa integração, todos nós vamos crescendo”, falou o pajé. Segurança Alimentar e Nutricional Em parceria, Sedes, Seagri e Emater-DF estão trabalhando na construção do Projeto para a Promoção da Segurança Alimentar e Nutricional das Comunidades Indígenas do Distrito Federal. Para a assistente social do Creas da Diversidade Sexual, Religiosa e Racial da Sedes, Mirella Martins Oliveira, permitir que os indígenas experimentem uma troca de experiências é importante para a existência deles e fortalece a segurança alimentar. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Estamos criando possibilidades de existência e de criação de atividades agrícolas que promovem a segurança alimentar e nutricional, além da geração de renda. No entanto, é preciso que cada ator saiba qual é o papel de cada um e essa troca só gera frutos com o trabalho e persistência de todos”, afirmou Mirella, que acompanhou a atividade. Além de comunidades indígenas, os povos de terreiro, que são remanescentes de quilombos e têm o modo de vida baseado na ancestralidade, serão inseridos no Projeto para a Promoção da Segurança Alimentar e Nutricional e nas ações que promovam o intercâmbio de conhecimento e experiência com o cultivo agroecológico. *Com informações da Emater-DF
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