Domingo de dor, segunda-feira de choque: como descobri que tive um AVC aos 22 anos
Eu tinha 22 anos. Era um domingo quando tudo começou com uma dor de cabeça fora do normal e a visão escurecendo aos poucos, uma sensação que jamais havia experimentado. Pensei que fosse apenas uma enxaqueca. Dormi mal e, na manhã seguinte, acordei com o lado esquerdo dormente, o olho avermelhado e a fala enrolada. Tentei seguir o dia normalmente, fui para o trabalho e, ao tentar conversar, percebi que a língua não obedecia. As palavras saíam confusas. Procurei socorro imediatamente. O diagnóstico veio rápido: Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico, algo que jamais imaginaria viver tão jovem. Hoje, com o corpo reabilitado e a memória reconstruída pouco a pouco, entendo o quanto é importante reconhecer os sinais e agir rápido | Foto: Alberto Ruy/IgesDF Nos dias seguintes, o impacto real apareceu. Perdi parte da memória, lembrava quem eu era, mas não o que havia vivido naquele período. Era como se pedaços da minha história tivessem sido apagados. Também perdi a fluência em idiomas que dominava, algo que os médicos explicaram ser possível devido à região do cérebro afetada. Fiquei com paralisia no lado esquerdo do rosto e no braço por cerca de seis meses. A fisioterapia, os exercícios diários e o apoio da família foram essenciais para a recuperação. Hoje, com o corpo reabilitado e a memória reconstruída pouco a pouco, entendo o quanto é importante reconhecer os sinais e agir rápido. Casos de AVC em jovens crescem no mundo O Dia Mundial de Combate ao AVC, celebrado nesta quarta-feira (29), reforça a importância da prevenção e do diagnóstico rápido dessa condição que continua entre as principais causas de morte e incapacidade no mundo. A campanha global deste ano traz o lema “Cada minuto conta”, destacando a urgência de reconhecer os sinais precoces e agir imediatamente diante de qualquer suspeita. “Hábitos de vida pouco saudáveis e condições ambientais contribuem para esse aumento. Por isso, a prevenção e o diagnóstico rápido são fundamentais” Letícia Rebello, coordenadora do programa AVC no Quadrado Segundo a neurologista Letícia Rebello, referência nacional em AVC e coordenadora do programa AVC no Quadrado, da Secretaria de Saúde (SES-DF), o aumento de casos entre jovens está relacionado principalmente ao estilo de vida e à prevenção tardia. “O que antes representava fatores de risco típicos de idosos, como hipertensão e diabetes, está aparecendo cada vez mais cedo”, pontua a médica. “Hábitos de vida pouco saudáveis e condições ambientais contribuem para esse aumento. Por isso, a prevenção e o diagnóstico rápido são fundamentais.” Nos últimos anos, o número de AVCs entre pessoas mais jovens tem aumentado de forma preocupante. Um estudo publicado pela revista científica The Lancet Neurology, em outubro de 2024, apontou um crescimento global de 14,8% nos casos de AVC em pessoas com menos de 70 anos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a World Stroke Organization (WSO) alertam que o AVC já está entre as principais causas de morte e incapacidade em adultos entre 15 e 49 anos, com impacto crescente em países em desenvolvimento. O alerta é global, mas também está cada vez mais próximo de nós. No Brasil, dados da Rede Brasil AVC indicam que cerca de 18% dos casos registrados ocorrem em pessoas de 18 a 45 anos, um índice alto para uma faixa etária que tradicionalmente não se via em risco. A neurologista da SES-DF ressalta que o programa AVC no Quadrado ajuda a garantir que cada vez mais pessoas tenham acesso rápido ao diagnóstico e tratamento. “Além disso, o programa vem para organizar o atendimento intra-hospitalar para tratar mais pacientes, no menor tempo possível”, aponta. “Uma vez que o tempo é um grande inimigo do AVC, quanto mais cedo for o atendimento, e mais rápido o tratamento, maiores as chances de recuperação e menores as sequelas”. Tipos de AVC “Ser jovem não protege ninguém do AVC. A rotina sedentária, o estresse e os hábitos alimentares também têm peso importante” Carlos Uribe, neurologista do IgesDF O AVC acontece quando o fluxo de sangue para o cérebro é interrompido ou comprometido, causando a morte de células nervosas na região afetada. Existem dois tipos principais: o AVC isquêmico, como o que tive, que ocorre quando um vaso sanguíneo é obstruído, e o AVC hemorrágico, causado pela ruptura de um vaso cerebral. Cada tipo apresenta riscos e sequelas diferentes, mas ambos exigem atenção imediata: quanto mais rápido o diagnóstico e o tratamento, maiores as chances de recuperação. Para o neurologista Carlos Uribe, do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), é urgente desfazer a ideia de que o AVC é uma doença exclusiva da terceira idade. “Ser jovem não protege ninguém do AVC”, observa. A rotina sedentária, o estresse e os hábitos alimentares também têm peso importante”. [LEIA_TAMBEM]Veja abaixo os principais sintomas de AVC listados pelo médico. ⇒ Dormência ou fraqueza em um lado do corpo; ⇒ Boca torta; ⇒ Dificuldade para falar ou compreender; ⇒ Perda de visão, escurecimento ou visão dupla; ⇒ Tontura, perda de equilíbrio ou confusão mental; ⇒ Dor de cabeça súbita, intensa ou diferente do habitual. Por que meu alerta importa Eu vivi o que parecia improvável. Passei por meses de reabilitação, reaprendendo a movimentar o corpo e reorganizar a mente. Tive medo, dúvidas e, por um tempo, senti que havia perdido parte de quem eu era. Mas hoje, depois de 20 anos, ao contar minha história, quero que outros reconheçam os sinais e ajam rápido. O meu AVC foi um divisor de águas. Hoje, com saúde e gratidão, transformo aquele episódio em propósito: alertar outros jovens para que reconheçam os sinais e não hesitem em buscar ajuda. Porque o AVC não tem idade, e, às vezes, o primeiro sintoma é acreditar que ele nunca vai acontecer com você.
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Estudo do GDF aponta que um em cada quatro moradores do DF é criança ou adolescente e orienta políticas públicas
O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) lançou, nesta segunda-feira (13), o estudo Retratos do Distrito Federal: Crianças e Adolescentes, primeiro volume da série Retratos do Distrito Federal, que trará análises temáticas sobre diferentes segmentos da população com base na Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios Ampliada (Pdad-A 2024). Neste primeiro levantamento, os dados indicam que um em cada quatro moradores do Distrito Federal é criança ou adolescente, o que corresponde a 713,8 mil pessoas com até 18 anos, ou 23,9% da população total. Do total, 60,8% são crianças de até 11 anos e 39,12% são jovens de 12 a 18 anos. Estudo do IPEDF aponta que um em cada quatro moradores do Distrito Federal é criança ou adolescente | Foto: Divulgação/IPEDF Entre os principais resultados, o estudo aponta que 56,3% das crianças e adolescentes do DF são negras e 50,9% são do sexo masculino. Além disso, 59,2% das crianças de até 11 anos e 94% dos jovens de 12 a 18 anos têm acesso à internet. [LEIA_TAMBEM]A diretora de Estudos e Políticas Sociais do IPEDF, Marcela Machado, destaca o objetivo da série. “A ideia é que cada edição da série Retratos Sociais do DF traga um olhar específico para subsidiar gestores e tomadores de decisão na formulação e no aprimoramento de políticas públicas”, afirma. O estudo completo está disponível no site do IPEDF. As próximas edições da série abordarão os perfis de pessoas idosas, mulheres, raça/cor, população LGBTQIA+ e pessoas com deficiência. *Com informações do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF)
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Juventude do DF amplia presença no mercado de trabalho e aumenta rendimento médio em 2024
A juventude do Distrito Federal consolidou avanços importantes no mercado de trabalho em 2024. De acordo com o Boletim Juventude e Mercado de Trabalho, elaborado pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a taxa de desemprego entre jovens de 15 a 29 anos foi de 28,7%. O recuo foi acompanhado por uma maior inserção produtiva: 69,3% dos jovens estavam ativos no mercado, seja trabalhando ou procurando emprego, índice superior ao de 2023 (67,9%). O estudo revela também um fortalecimento do trabalho assalariado entre os jovens. Em 2024, 81,3% das inserções foram nessa modalidade, um aumento de mais de dois pontos percentuais em relação ao ano anterior. A maior parte desse grupo estava vinculada ao setor privado com carteira assinada (51,8%), enquanto 11,7% atuavam como estagiários ou aprendizes. A participação de jovens no setor público ficou em 6,9%. O nível de ocupação juvenil registrou crescimento de 3,3% em relação a 2023, com destaque para os jovens de 18 a 24 anos, que tiveram aumento de 5,6%. Os setores de serviços e comércio foram os principais motores desse resultado, empregando juntos mais de 91% dos jovens ocupados no DF. O setor de serviços concentrou 68,4% dos postos, enquanto o comércio e reparação somaram 23,4%. O estudo revela também um fortalecimento do trabalho assalariado entre os jovens | Foto: Divulgação/IPEDF Além da expansão no número de ocupados, o rendimento dos jovens com idade entre 18 a 24 anos apresentou melhora, alcançando R$ 2.483 (1,5%), enquanto a remuneração média do segmento entre 25 a 29 anos se manteve relativamente estável em R$ 3.201. Isto reduziu a diferença entre estes dois grupos da juventude. O rendimento médio por hora passou a R$ 14,50, e no caso dos mais jovens chegou a R$ 11,71. Outro dado relevante é o crescimento da formalização. Entre 2023 e 2024, aumentou em 7,8% o número de jovens com carteira assinada no setor privado, enquanto caiu 7,3% o contingente sem registro. A participação de estagiários e aprendizes também avançou 17,6%, ampliando oportunidades de qualificação profissional. [LEIA_TAMBEM]“Em um plano geral, a juventude do DF foi beneficiada pelas melhorias econômicas do país e regionais em 2024, aumentando presença na força de trabalho ocupada e absorvendo parcela importante do emprego regulamentado. Ou seja, estamos assistindo um processo de renovação do conjunto dos trabalhadores da região. Este movimento vem também acompanhado por demandas não atendidas e novos desafios para a política pública – relacionados a superação de outras discriminações como de gênero, a busca pela valorização do trabalho e, principalmente pela redução da jornada de trabalho, que permita aos jovens buscarem qualificação.”, explica a técnica e economista do Dieese, Lucia Garcia. O boletim destaca ainda a diversidade de trajetórias entre os jovens. Quase metade da população de 15 a 29 anos (45,8%) estudava em 2024, enquanto 49,4% trabalhavam e 19,8% buscavam emprego. Cerca de 14,2% conciliavam trabalho e estudo, reforçando a tendência de inserção precoce e busca por qualificação. *Com informações do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF)
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Especialista alerta sobre riscos de consumo excessivo de energético entre jovens
O consumo frequente de bebidas energéticas entre adolescentes e jovens adultos tem acendido um sinal de alerta para profissionais da saúde. De acordo com a Referência Técnica Distrital (RTD) em Cardiologia da Secretaria de Saúde (SES-DF), Rosana Costa Oliveira, o excesso dessas bebidas pode trazer sérios prejuízos ao coração e à saúde mental. “As pessoas bebem energético para aumentar o ânimo e a energia, muitas vezes no dia a dia, inclusive no trabalho. Porém, o consumo excessivo desses produtos eleva a incidência de ansiedade, depressão, arritmias (especialmente fibrilação atrial), insônia, tremores, entre outros problemas”, afirma a cardiologista. A ingestão máxima de cafeína, uma das principais substâncias presentes em energéticos, recomendada para adolescentes é de até 100 mg diários — menos do que uma lata comum de energético | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde DF Estudos recentes publicados no Journal of Addiction Medicine, veículo oficial da Sociedade Americana de Medicina da Dependência, mostram que um terço dos adolescentes norte-americanos consome bebidas energéticas com alto teor de cafeína. As pesquisas também associam o consumo desses produtos ao aumento do uso de álcool, tabaco e maconha, além do costume de misturar energético com bebidas alcoólicas e mascarar seus efeitos. O consumo de energéticos, contudo, não ocorre apenas em situações de lazer. Para Oliveira, o motivo está no estilo de vida atual, que exige altos níveis de produtividade. "Muitos jovens já começam o dia com energético. Eles acordam desanimados e recorrem a essas bebidas para conseguir produzir. Outros não sabem dos riscos e tomam como se fosse refrigerante, durante as refeições, sem perceber as consequências." [LEIA_TAMBEM]Além dos efeitos no coração, a médica destaca que essas bebidas também impactam diretamente no funcionamento do cérebro. “Inicialmente, a pessoa fica em estado de alerta, mais animada e disposta. Depois, porém, surgem irritação, ansiedade e insônia. Quando o efeito passa, é comum o indivíduo sentir cansaço extremo e dificuldade de concentração”, explica. Cafeína em excesso: um risco silencioso A cafeína é uma das principais substâncias presentes nas bebidas energéticas. Seu efeito estimulante começa poucos minutos após o consumo. A Sociedade Brasileira de Cardiologia adverte que a ingestão máxima recomendada para adultos é de 400 mg por dia (cerca de quatro xícaras de café coado). Para adolescentes, o limite é ainda menor: até 100 mg diários — menos do que uma lata comum de energético, que contém aproximadamente 160 mg. “Hoje, com o uso excessivo de celulares, redes sociais e jogos, muitos jovens não dormem bem. Isso cria um ciclo vicioso: eles recorrem ao energético para se manterem acordados, sem perceber que estão comprometendo ainda mais a saúde”, pontua a especialista da SES-DF. Regulamentação e alerta aos consumidores A Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas (Abir) reforça que os energéticos seguem regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os rótulos contêm avisos sobre o consumo, especialmente para crianças, gestantes e pessoas com problemas de saúde, além da proibição de uso combinado com álcool. Apesar disso, a prática ainda é comum, impulsionada pela desinformação. A SES-DF alerta que, em caso de sintomas como palpitações, insônia, tremores ou ansiedade após o consumo de bebidas energéticas, é fundamental buscar avaliação médica. *Com informações da SES-DF
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Jovens de 15 a 19 anos têm até sábado (14) para se vacinar contra HPV
Termina neste sábado (14) o prazo para que jovens de 15 a 19 anos recebam a dose única da vacina contra o Papilomavírus Humano (HPV). Desde março, a Secretaria de Saúde (SES-DF) adotou a estratégia de ampliar o público-alvo do imunizante, com o objetivo de aumentar a cobertura e incluir quem perdeu a oportunidade de tomar a vacina quando mais novo. Após essa data, a vacina volta a ser oferecida exclusivamente para crianças e jovens de 9 a 14 anos. Jovens de 15 a 19 anos podem receber a dose única da vacina contra o HPV até o próximo sábado (14); após essa data, a vacina volta a ser oferecida somente para a faixa etária de 9 a 14 anos | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF O secretário de Saúde, Juracy Lacerda, ressalta a importância de aproveitar a ampliação: “É crucial que jovens de 15 a 19 anos aproveitem essa oportunidade para se vacinar contra o HPV. A vacina é uma proteção importante não apenas contra o câncer de colo de útero, mas também contra outras doenças graves relacionadas ao vírus. Temos um prazo limitado e queremos garantir que todos tenham acesso a essa imunização”. [LEIA_TAMBEM]A gerente da Rede de Frio Central da SES-DF, Tereza Luiza Pereira, também destaca o esforço da rede para ampliar a proteção: “Essa ampliação é de extrema importância para resgatar os adolescentes que por algum motivo tenham perdido a oportunidade de se vacinar na idade recomendada, conferindo assim a proteção contra HPV que é tão importante". No DF, mais de 100 pontos de vacinação oferecem o imunizante. Para se vacinar, basta comparecer com o documento de identidade e cartão de vacinação. Para conferir os locais, acesse este link. Papilomavírus Humano O HPV é um vírus capaz de infectar tanto a pele quanto a mucosa oral, genital e anal. Embora a principal forma de transmissão da infecção sexualmente transmissível (IST) seja por via sexual, com penetração desprotegida, o contágio também pode ocorrer pelo contato direto entre os órgãos genitais, mesmo sem penetração. Dados do Ministério da Saúde (MS) apontam que o câncer de colo de útero — uma das enfermidades causadas pelo vírus — mata por volta de 7 mil mulheres por ano no país, sendo mais de 17 mil diagnósticos anuais. Ele pode provocar ainda verrugas genitais e outros tipos de cânceres, como no pênis e na laringe. *Com informações da SES-DF
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Psicóloga da rede pública de saúde alerta sobre atenção dos pais com redes sociais
O recente falecimento de uma criança de oito anos após participar de um desafio viral nas redes sociais reacendeu um alerta urgente sobre os perigos escondidos no universo digital. A tragédia comoveu o país e levantou discussões sobre os limites e cuidados necessários do acesso de crianças e adolescentes a redes sociais e plataformas na internet. Psicóloga da infância da SES-DF alerta: mundo digital pode confundir até mesmo os adultos | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde “Separar o que é real do que é falso, o que é seguro do que é perigoso, exige maturidade – algo que ainda está sendo construído nessas faixas etárias” Fernanda Jota, psicóloga da infância da Secretaria de Saúde A psicóloga da infância Fernanda Jota, da Secretaria de Saúde (SES-DF), lembra que a supervisão dos pais e o diálogo aberto são fundamentais para a proteção de crianças e adolescentes no ambiente digital. “É essencial que os pais orientem seus filhos sobre conteúdos perigosos, violentos ou que causem qualquer tipo de desconforto”, aponta. “Converse com seu filho sobre o que ele vê na internet. Ensine-o a refletir sobre o conteúdo consumido e a adotar uma postura crítica e de dúvida. É importante que ele saiba que pode procurar você sempre que se sentir inseguro ou incomodado.” Fernanda destaca que o mundo digital pode confundir até mesmo os adultos, e isso se intensifica para crianças e adolescentes, que ainda estão em fase de desenvolvimento cognitivo e emocional. “Separar o que é real do que é falso, o que é seguro do que é perigoso, exige maturidade – algo que ainda está sendo construído nessas faixas etárias”, alerta. Tecnologia a favor da segurança A especialista recomenda o aplicativo gratuito Family Link, da Google. Com essa ferramenta, os pais podem monitorar o uso do celular dos filhos, controlar o tempo de tela e autorizar ou bloquear downloads de aplicativos. A plataforma também impede a navegação anônima, o que contribui para evitar o acesso a conteúdos impróprios, como pornografia. O Tempo de Uso, da Apple, oferece serviço semelhante. “Quando você entrega um celular a uma criança, ele precisa vir com regras claras e com uma configuração que permita o acompanhamento do que está sendo acessado”, pontua a psicóloga. “O Family Link permite essa supervisão com responsabilidade e respeito à privacidade. Seu filho precisa entender que você está presente para protegê-lo e não apenas para vigiá-lo. Quando há conexão, o adolescente compreende que o limite é uma forma de cuidado.” Recomendações A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda que adolescentes usem telas por, no máximo, duas horas por dia, e que crianças menores tenham o uso ainda mais limitado. O ideal é que os pais estejam atentos não apenas ao tempo de exposição, mas principalmente à qualidade do conteúdo acessado. A SBP também orienta que os pais acompanhem as tendências virais e conheçam os aplicativos mais populares entre os jovens, para que possam conversar de maneira mais próxima e atualizada com seus filhos. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Programa Incentiva DF será lançado nesta quarta (9) para o público de 15 a 18 anos
A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF) promove, nesta quarta (9), às 11h, no Museu Nacional da República, o lançamento do programa Incentiva DF. O evento reunirá jovens de 15 a 18 anos que participam das atividades desenvolvidas nos centros de convivência (Cecons) do Distrito Federal desde dezembro de 2024. Programa oferece bolsa de R$ 200 para jovens de 15 a 18 anos inscritos no Cadastro Único, desde que cumpram os critérios de frequência e participação nas atividades | Foto: Divulgação/Sedes-DF A programação incluirá apresentações de dança da Companhia ArteVida, representando a oficina de dança do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da Casa Azul Felipe Augusto. Também será exibido um vídeo institucional sobre o programa estrelado pelos jovens beneficiários. O Incentiva DF oferece uma bolsa social mensal de R$ 200 para jovens de 15 a 18 anos incompletos, inscritos no Cadastro Único, que atendam aos critérios de permanência, como frequência e participação nas atividades. Atualmente, o programa conta com 650 participantes, contemplando cada grupo de jovens por um período de 12 meses. O programa visa a desenvolver a autonomia social dos jovens, estimular projetos de vida e fortalecer a convivência familiar e comunitária. Além disso, apoia a permanência na escola, cria oportunidades de inserção no mercado de trabalho, promove a convivência pacífica, dialoga sobre direitos e promove ações voltadas ao direito à cidadania. A medida faz parte do Plano DF Social e é vinculada ao Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), sendo executada pelos Cecons e por organizações da sociedade civil (OSCs) parceiras. Programa Incentiva DF / lançamento Data: quarta-feira (9) Horário: 11h Local: Museu Nacional da República. *Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social
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Conexão Aprendiz: Um espaço de troca e crescimento para os jovens do IgesDF
O programa Conexão Aprendiz, idealizado e acompanhado pelo Núcleo de Cultura, Desenvolvimento e Comunicação Interna (NUCDC) vinculado à Gerência de Desenvolvimento Humano (GEDEH) e à Gerência Geral de Pessoas (GGPES) do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), iniciou sua jornada nesta segunda-feira (17), no Teatro Ary Barroso do Sesc 504 Sul. A proposta é criar um ambiente acolhedor e interativo, voltado para o fortalecimento das competências emocionais e profissionais dos jovens aprendizes. Durante os encontros presenciais, realizados em formato de conversas, os participantes são convidados a compartilhar suas experiências dentro da instituição e discutir temas pertinentes ao seu momento de vida, além de abordar o processo de melhoria contínua em suas jornadas profissionais. A proposta é criar um ambiente acolhedor e interativo, voltado para o fortalecimento das competências emocionais e profissionais dos jovens aprendizes | Fotos: Divulgação/IgesDF “O Conexão Aprendiz é uma excelente oportunidade para os jovens do IgesDF fortalecerem seu sentido de pertencimento e desenvolvimento profissional. A ideia é fomentar um espaço onde eles possam aprender uns com os outros, refletir sobre desafios comuns e crescer juntos”, afirma a chefe do NUCDC, Maraline Sales. A abertura do programa reuniu jovens de todas as unidades do Instituto em atividades dinâmicas e interativas. A primeira dinâmica promoveu a integração entre os participantes por meio de entrevistas e apresentações individuais, permitindo que compartilhassem suas habilidades e talentos, como cantar, falar idiomas e tocar instrumentos musicais. Uma das atividades mais impactantes foi a dinâmica do balão, os participantes inicialmente se concentraram em estourar os balões dos colegas, buscando um prêmio individual. No entanto, a verdadeira lição era perceber que, se todos tivessem se dedicado a proteger seus próprios balões e colaborado entre si, todos poderiam ter saído vencedores. Essa experiência trouxe uma reflexão sobre a relação “ganha-ganha”, onde, ao invés de competir, a colaboração mútua poderia ter levado todos ao sucesso. “Muitas vezes, em busca do sucesso pessoal, acabamos ignorando o potencial de crescimento coletivo, esquecendo que quando todos ganham, todos se beneficiam”, explicou Maraline. O jovem aprendiz do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), Iago Vieira, reforçou essa reflexão: “O Conexão Aprendiz, além de promover a integração, nos ensinou que a cooperação é fundamental para o sucesso de todos”. A abertura do programa reuniu jovens de todas as unidades do instituto em atividades dinâmicas e interativas Os jovens participantes refletiram sobre como o programa impactou suas perspectivas. A jovem aprendiz do setor de Engenharia Clínica, Ana Beatriz, destacou: “Achei o projeto de hoje incrível, superando todas as minhas expectativas. As dinâmicas foram muito bem elaboradas e nos proporcionaram reflexões valiosas, para o ambiente de trabalho e para a vida. Foi um momento de troca e aprendizado, onde nos identificamos com muitas situações e tivemos a oportunidade de expressar”. A jovem aprendiz do Núcleo de Cultura, Ana Luísa Freitas, complementou: “Foi algo bem acolhedor e descontraído. Confesso que eu estava com uma certa expectativa e acabou que no fim foi algo extremamente diferente e muito bacana. Me senti muito acolhida e compreendida, gostei demais! Espero, de verdade, que possa haver mais momentos como esse” Em tom de descontração, Iago Vieira enfatizou o formato dinâmico do encontro: “Foi simplesmente memorável! Normalmente, esses eventos são cansativos, mas esse foi diferente. O que mais me marcou foi a troca de ideias entre os jovens aprendizes. Ter um ambiente onde podemos conversar abertamente e aprender uns com os outros é algo incrível. A troca de ideias foi fantástica, e o conteúdo sobre psicologia foi extremamente relevante para a nossa vida pessoal e profissional”. Futuro O Conexão Aprendiz tem o potencial de gerar mudanças significativas na trajetória desses jovens. Ao combinar reflexão, dinâmicas práticas e compartilhamento de experiências, o programa se alinha à proposta de melhoria contínua da instituição, oferecendo um espaço de crescimento e desenvolvimento para todos os envolvidos. O IgesDF, comprometido com a qualidade dos serviços prestados à saúde pública do Distrito Federal, investe constantemente em iniciativas que promovem o desenvolvimento humano e profissional de seus colaboradores. O Conexão Aprendiz reflete esse compromisso, criando um ambiente que fomenta a troca constante de saberes, fortalecendo tanto o desenvolvimento pessoal quanto as competências profissionais. “Através do Conexão Aprendiz, conseguimos proporcionar um ambiente onde o aprendizado não é apenas sobre competências técnicas, mas também sobre a importância da colaboração, do autoconhecimento e da empatia. Esse é o verdadeiro caminho para o desenvolvimento contínuo”, conclui Maraline. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
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Adolescentes de Samambaia terão acesso a cursos profissionalizantes gratuitos
Pensando em transformar potenciais humanos em conquistas, 300 adolescentes de Samambaia, entre 14 e 18 anos incompletos, vão receber da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) formação e capacitação em cursos profissionalizantes nas áreas de administração, varejo e comércio, alimentação, monitoria e recreação. Os termos do projeto Novo Caminhar, Novas Oportunidades, da Sejus, em parceria com a organização da sociedade civil (OSC) Casa Azul, foram publicados no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta terça-feira (18). Projeto investe na reinserção de jovens no mercado; conforme estudos do IPEDF, brasilienses entre 15 e 29 anos tiveram dificuldades para trabalhar durante a pandemia | Foto: Divulgação/Sejus-DF O objetivo principal é contribuir para que 30% dos adolescentes em situação de vulnerabilidade sejam inseridos no mercado de trabalho. Para tanto, serão investidos R$ 970 mil, advindos do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente (FDCA/DF), dentro do prazo de vigência de 13 meses, vigorando desde o dia 14 deste mês e com término previsto para 14 de abril de 2026. O valor também será aplicado na manutenção dos espaços de atendimento da Casa Azul e na aquisição de bens de consumo e permanentes, para que se oferte tanto um espaço adequado e salubre aos educandos quanto materiais necessários para execução das atividades. Todas essas iniciativas pretendem, juntas, assegurar a promoção, proteção, garantia e defesa dos direitos humanos da criança e do adolescente. Preenchendo lacunas De acordo com dados do Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF/Codeplan) apresentados no plano de trabalho da ação, brasilienses entre 15 e 29 anos enfrentaram dificuldades para ingressar no mercado profissional durante a pandemia. O desemprego total entre maio de 2020 e abril de 2021 foi de 35,2%. “Precisamos olhar para a juventude como protagonista da transformação social que desejamos” Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania Esse cenário se estendeu após a pandemia, refletindo, principalmente, uma lacuna no aprendizado e na promoção de oportunidades igualitárias para jovens de baixa renda. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), adolescentes que perderam emprego ou aulas escolares durante a pandemia do coronavírus correm o risco de carregar um “efeito cicatriz” em suas vidas profissionais. “Os adolescentes são parte essencial da construção de uma sociedade mais justa e inovadora”, analisa a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. “Investir na educação e capacitação de jovens é garantir que tenham oportunidades reais de crescimento, por isso priorizamos que cursos profissionalizantes sejam ofertados para esse público. Precisamos olhar para a juventude como protagonista da transformação social que desejamos.” *Com informações da Sejus-DF
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Abertas inscrições para cursos gratuitos de tecnologia e empreendedorismo
Estão abertas as inscrições para o projeto Oficina do Jovem Empreendedor, que oferecerá cursos gratuitos nas áreas de informática, vendas online, tráfego pago, videomaker, empreendedorismo e marketing digital. Voltada para jovens a partir de 14 anos, a iniciativa tem o apoio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-DF) e é fruto de uma parceria com o Instituto Sociocultural Humanidade Diversificada e Unida. Aulas começam na segunda-feira (3/2) | Foto: Divulgação/Secti-DF Os interessados podem se inscrever pelo site do projeto. A primeira fase, em 3 de fevereiro, contemplará Santa Maria e Arapoanga. Já na segunda, em abril, será a vez dos participantes do Itapoã e Paranoá. Cada turma terá 30 alunos por turno, e as aulas ocorrerão simultaneamente em duas cidades durante cada fase. As aulas serão presenciais e ministradas nos turnos matutino, vespertino e noturno, oferecendo flexibilidade para atender às diferentes rotinas dos participantes. Criado com o objetivo de incentivar o desenvolvimento de negócios inovadores e a formação de mão de obra qualificada para atender às necessidades do mercado de trabalho, o projeto tem a expectativa de abranger 1.800 jovens ao longo dos quatro meses de duração do projeto. *Com informações da Secti-DF
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