Estudantes conscientizam motoristas em blitzes educativas contra incêndios no DF
Brazlândia e Lago Oeste foram palco, nesta sexta-feira (4), de blitzes educativas que encerraram a temporada de ações de prevenção aos incêndios florestais no Distrito Federal. As mobilizações ocorreram na manhã das 8h às 12h, em dois pontos estratégicos: no trecho em frente ao Incra 06, em Brazlândia, e na DF-001, no Lago Oeste. Estudantes da rede pública ajudaram a conscientizar motoristas para a prevenção de queimadas | Fotos: Divulgação/Sema-DF As atividades foram coordenadas pela Secretaria de Meio Ambiente do DF (Sema-DF) e reuniram diversos órgãos parceiros do Sistema de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais, como PRF, DER, CBMDF, SLU, Ibama, BPMA, Instituto Brasília Ambiental e ICMBio. A meta foi reforçar o alerta sobre os riscos e prejuízos causados pelas queimadas irregulares, especialmente as provocadas por lixo ou restos de poda. Durante a blitz, os motoristas foram abordados e guiados pelas equipes do DER-DF e da Polícia Rodoviária Federal para os servidores dos órgãos ambientais e estudantes, que distribuíram materiais informativos e dialogaram com condutores e passageiros sobre atitudes responsáveis para evitar o fogo nesta época do ano. Estudantes da rede pública e representantes de órgãos do GDF, como a Secretaria do Meio Ambiente e o Serviço de Limpeza Urbana, participaram das ações nesta sexta Um momento que chamou atenção foi a participação de estudantes da Escola Professor Carlos Mota, do Lago Oeste. Com muita animação, as crianças exibiram cartazes coloridos, entregaram panfletos de conscientização e interagiram com os motoristas. Muitos condutores se surpreenderam ao serem abordados por pequenos defensores do meio ambiente, o que tornou a experiência mais impactante e reflexiva. “Essas blitzes educativas aproximaram o poder público da comunidade. Levar informação e sensibilizar as pessoas são estratégias fundamentais para evitar incêndios que ameaçam vidas, o meio ambiente e o patrimônio coletivo”, ressaltou o secretário de Meio Ambiente do DF, Gutemberg Gomes. Para a organização, a presença dos estudantes foi essencial para criar um elo direto com a população. “Grande parte desses jovens vive em áreas rurais e acaba multiplicando o cuidado ambiental em casa e na vizinhança”, destacou a coordenadora do PPCIF, Carolina Schubart. Estudantes da Escola Professor Carlos Mota, do Lago Oeste, mostraram cartazes e conversaram com motoristas para os cuidados com o meio ambiente “A prevenção é o primeiro passo para combater os incêndios. E ela só é eficaz com a participação de todos. Por isso, envolver órgãos públicos e a comunidade faz toda a diferença", reforçou a governadora em exercício do DF, Celina Leão. [LEIA_TAMBEM]As blitzes educativas ajudaram a proteger áreas sensíveis, como a Floresta Nacional e o Parque Nacional de Brasília, frequentemente ameaçados durante o período de seca. "Essa parceria entre os órgãos e a comunidade é essencial, já que as queimadas estão diretamente relacionadas à conscientização ambiental, uma responsabilidade de todos. O SLU atua constantemente nas ruas, orientando a população sobre o descarte correto de resíduos e alertando, principalmente, para os riscos da queima de lixo doméstico, que além de ser um crime ambiental, contribui significativamente para o aumento das queimadas", disse o diretor-presidente do SLU, Luiz Felipe Carvalho. A queima de resíduos, que é proibida por lei, pode ocasionar incêndios florestais, afetando a fauna, a flora, o solo e o ar. O sargento Lopes, do Corpo de Bombeiros Militar reforça que a queima ilegal de resíduos pode prejudicar a saúde pública. “A queima do lixo libera fumaça tóxica, e o nosso papel aqui é conscientizar, prevenir e proteger”, ressalta. Mesmo com o fim desta etapa de blitzes, as ações de conscientização continuam ao longo do ano, com o compromisso de preservar o Cerrado, a fauna silvestre e as comunidades mais vulneráveis. *Com informações da Sema e do SLU
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Protagonismo feminino no campo: 9,4 mil mulheres cultivam alimentos e fortalecem a agricultura familiar no DF
No coração do Lago Oeste, a produtora rural Maria do Carmo Souza Pereira, 70, colhe diretamente do solo alimentos saudáveis e de qualidade que abastecem a mesa dos brasilienses. Conhecida como Irmã Carmen, ela cultiva e destina às famílias em situação de vulnerabilidade social produtos colhidos sem o uso de agrotóxicos ou fertilizantes. Maria do Carmo distribui parte de sua produção a famílias em situação de vulnerabilidade: “Mesmo com os desafios, as agricultoras seguem em frente, garantindo alimentos saudáveis para a população” | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “As mulheres são guerreiras. Só a gente sabe lidar com o alimento, embalar, conversar com o freguês. Temos um papel fundamental nessa produção” Maria do Carmo Souza Pereira, produtora rural Assim como ela, 9,4 mil mulheres são cadastradas na Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), consolidando a presença feminina nas atividades rurais. Esse número representa 41,6% do total de 18 mil propriedades rurais atendidas pela empresa. A mão de obra feminina, de acordo com Maria do Carmo, tem o seu diferencial: “As mulheres são guerreiras. Só a gente sabe lidar com o alimento, embalar, conversar com o freguês. Temos um papel fundamental nessa produção”. Apoio do governo Sem o uso de produtos químicos, ela produz mais de 20 variedades em sua propriedade de dez hectares no Assentamento Chapadinha. Colhe abacate, banana, limão, mandioca e pimentão. Parte da produção é adquirida por meio de iniciativas governamentais, como os programas Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), de Aquisição de Alimentos (PAA) e de Aquisição da Produção da Agricultura (Papa), garantindo acesso a alimentos saudáveis para a população e fortalecendo a economia rural. Horta de Maria do Carmo tem produção diversificada Para a extensionista rural Clarissa Campos Ferreira, a participação feminina no campo vai além do plantio. “São mulheres que gerenciam suas produções, acessam créditos rurais e fazem parte de programas públicos”, pontua. “Elas enfrentam jornadas duplas e às vezes até triplas, mas mantêm a produção de alimentos saudáveis e sustentáveis”. 5,7 mil Número de caixas com produtos orgânicos produzidas por Maria do Carmo Pereira em 2024 O trabalho de Maria do Carmo reflete essa realidade. Cearense, ela chegou ao assentamento há quase 20 anos e enfrentou dificuldades, mas encontrou na agricultura um caminho para prosperar. “Eu fui acolhida pela comunidade, não tinha onde morar quando cheguei”, lembra. “O que me restou foi trabalhar na roça, que era o que eu sabia fazer”. No ano passado, Maria do Carmo produziu aproximadamente 5,7 mil caixas de hortifrúti. Segundo Clarissa, um dos maiores desafios da produção orgânica é a mão de obra, já que o cultivo exige mais dedicação. “O Assentamento Chapadinha é uma região propícia para essa produção porque tem um terreno plano, acesso à água e está próximo ao centro do DF, facilitando o escoamento”, aponta. “Mesmo com os desafios, as agricultoras seguem em frente, garantindo alimentos saudáveis para a população”. Impacto social Além de gerar renda para os pequenos produtores, os programas governamentais garantem alimentos saudáveis para crianças e famílias em situação de vulnerabilidade. Para Maria do Carmo, participar dessas iniciativas é motivo de orgulho. “É uma honra muito grande saber que aquelas crianças da cidade comem o que eu planto”, afirma. “Meus filhos já comeram muito na escola, e hoje eu posso contribuir com a alimentação de outras crianças, levando um alimento saudável, sem veneno.” O empenho de produtoras como Maria do Carmo fortalece o setor agrícola do DF, que movimentou aproximadamente R$ 6 bilhões em valor bruto em 2023, consolidando esse segmento como uma prática rentável e essencial para a economia e a segurança alimentar da população.
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Queijaria do Lago Oeste recebe certificado de registro
A Queijaria Rancharia recebeu o certificado de registro sanitário da Diretoria de Inspeção de Produtos de Origem Animal e Vegetal (Dipova), da Secretaria de Agricultura (Seagri-DF). Com o suporte da Emater-DF em diversas etapas do processo de produção e regularização, a agroindústria já pode comercializar seus produtos fora da propriedade. A especialidade da queijaria é a fabricação de queijos com leite A2A2, produzidos a partir de leite de vacas que possuem uma variante genética específica na produção de proteínas, particularmente a beta-caseína A2. O que torna esses queijos diferenciados é a melhor facilidade de digestão para aqueles com sensibilidade à proteína A1 do leite. O registro foi concedido no último mês, durante uma das reuniões com representantes do GDF e produtores de queijo para discutir demandas do setor. O que torna esses queijos diferenciados é a melhor facilidade de digestão para aqueles com sensibilidade à proteína A1 do leite | Foto: Arquivo pessoal O produtor Maurício Bittencourt conta que desde 1984 a família aposta na seleção genética do rebanho. Inicialmente, os queijos produzidos eram apenas para consumo da família e amigos, mas, em 2018, os familiares pensaram em se especializar e passaram a participar de treinamentos, a estudar a legislação e a comprar alguns equipamentos para fabricação de queijos. Maurício acredita que o incentivo e a persistência da Emater-DF foram importantes para a criação da queijaria. “Eu teria desistido se não fosse a insistência e persistência dos técnicos da Emater-DF. Os zootecnistas Isabella Belo e Frederico Neves, por exemplo, foram essenciais para não desistir da atividade. Contribuíram para eu conseguir a elaboração da planta da agroindústria, para acessar recursos para construção da estrutura da queijaria, além dos profissionais da área de agroindústria, como o Fábio, que auxiliaram a cumprir as exigências da Secretaria de Agricultura para o registro”, diz Maurício. Desde 2022, a Emater-DF conta com uma equipe especializada em agroindústria, formada por uma equipe multidisciplinar. Trabalhos como orientação para o registro, adequação de equipamentos e estruturas necessárias para agroindústria, elaboração de plantas-baixas e de rótulos nutricionais para os produtos, bem como a elaboração de um manual de boas práticas e a capacitação de mão de obra, são algumas das muitas atividades da equipe. Desde 2022, a Emater-DF conta com uma equipe especializada em agroindústria, formada por uma equipe multidisciplinar | Foto: Divulgação/Emater-DF Segundo o extensionista Paulo Alvares, o conhecimento da equipe em relação à legislação e trâmites foi importante para o andamento do processo: “A Emater-DF auxiliou na elaboração da planta-baixa da agroindústria, na juntada dos documentos necessários e no lançamento no sistema para o registro. O conhecimento da legislação e trabalho conjunto com a Dipova também foram importantes”. Políticas públicas de incentivo Entre as ações do governo para incentivo à cadeia produtiva do leite e queijo está a publicação da portaria nº 196, da Secretaria de Agricultura, que estabelece normas suplementares para o registro provisório de fábricas de laticínios, em especial queijarias artesanais. Segundo o secretário de Agricultura, Rafael Bueno, “essa iniciativa é fundamental como forma de apoio às pequenas agroindústrias que querem agregar valor ao leite, um produto tão importante na alimentação humana e gerador de tantos empregos e tanta riqueza na área rural”. Para ele, a portaria, aliada a uma ação conjunta com a Emater-DF, oferece suporte para que o produtor se regularize. “É um caminho certo para colocar rapidamente o produtor em situação regular, garantindo também ao consumidor alimentos com segurança, qualidade e em conformidade com a legislação”, diz. “Essa iniciativa, somada a outras implementadas, reforça o trabalho de promover o desenvolvimento socioeconômico da região”, reforça o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. “Acredito que o trabalho da comissão estabelecida pelo GDF para estudos e definição de ações de fomento, apoio e incentivo à cadeia produtiva do queijo também fortalecerá o segmento.” Atualmente, existem aproximadamente 190 produtores de queijo no DF, entre agroindústrias formais e informais. O Valor Bruto de Produção da cadeia movimentou R$39,9 milhões em 2023. *Com informações da Emater-DF
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Encontro dos Angoleiros do Sertão celebra cultura capoeirista com programação no Lago Oeste
O Distrito Federal sedia, entre 30 de janeiro e 2 de fevereiro, o 4º Encontro dos Angoleiros do Sertão. A etapa brasiliense ocorre no Núcleo Rural Lago Oeste, área de Sobradinho conhecida pela beleza natural e pelo potencial turístico. Gratuita, a programação conta com oficinas, bate-papos e rodas de capoeira e de samba. A iniciativa é fomentada pelo GDF, por meio da Secretaria de Turismo (Setur-DF). O evento é voltado a praticantes de capoeira, turistas e pessoas interessadas na cultura afro-brasileira. “O encontro celebra as atividades ligadas à capoeira que são feitas no Brasil e em outros países por meio do grupo dos Angoleiros do Sertão. Teremos capoeiristas de outros estados e também de outros países que estarão aqui para ministrar palestras, oficinas e rodas de capoeira”, explica o contramestre Minhoca, como é conhecido o organizador da etapa do DF e representante do grupo dos Angoleiros do Sertão. O encontro reunirá capoeiristas de todo o Brasil e do exterior no Lago Oeste | Foto: Divulgação/Ricardo Franco A programação começa na quinta-feira (30), às 12h, com a recepção dos convidados com um show musical no Espaço Nave. A partir das 17h, terão início a roda de capoeira e um bate-papo sobre o tema na sede do encontro, na Chácara Espaço do Cerrado, R.16, onde os participantes poderão ficar acampados. Na sexta-feira (31), as atividades começam às 9h e seguem até as 18h, com oficinas e rodas de capoeira de Angola. No sábado (1º)/2, o evento segue para a Feira Asproeste para a exibição de uma roda de capoeira de Angola e samba rural das 9h às 12h. No período da tarde, das 17h às 21h, as rodas e oficinas retornam à chácara. No domingo (2), voltam a ocorrer oficinas e rodas a partir das 9h, com encerramento do encontro às 13h. Incentivo ao turismo A parte musical também será contemplada no evento A escolha pelo Lago Oeste como cenário do encontro teve como objetivo apresentar um outro lado do Distrito Federal, muitas vezes lembrado pelo turismo cívico. Segundo o organizador, o encontro pretende divulgar a região do Lago Oeste, ao descentralizar a programação. “É um evento rico e diversos com pessoas de várias partes do mundo, então é uma forma de mais gente conhecer Brasília para além do poder. O Lago Oeste é uma região turística com várias cachoeiras e produções”, comenta o contramestre Minhoca. O secretário de Turismo, Cristiano Araújo, reforça o papel turístico do evento: “A cultura é uma ferramenta importante para o turismo. Esse encontro destaca não apenas a riqueza cultural da capoeira de Angola, mas também o potencial turístico e ecológico do Núcleo Rural Lago Oeste. É uma oportunidade única para fortalecer nossos laços culturais e promover o Distrito Federal como um destino de experiências autênticas e significativas”. O Lago Oeste integra o projeto Coleção Rotas Brasília lançado pela Setur. 4º Encontro dos Angoleiros do Sertão – Etapa DF Quinta (30) Espaço Nave 12h: Recepção dos convidados 12h30: Atração musical Chácara Espaço do Cerrado 17h: Roda de capoeira 18h30: Bate-papo Sexta (31) Chácara Espaço do Cerrado 9h: Oficina de capoeira de Angola 10h: Oficina de capoeira de Angola 11h: Roda de capoeira de Angola 15h: Oficina de capoeira de Angola 16h: Oficina de samba rural 18h: Bate-papo Sábado (1º/2) Feira Asproeste 9h às 12h: Roda de capoeira de Angola e samba rural Chácara Espaço do Cerrado 17h: Oficina de capoeira de Angola 18h: Roda de capoeira de Angola 21h: Samba rural Domingo (2/2) Chácara Espaço do Cerrado 9h: Oficina de capoeira de Angola 10h: Roda de capoeira de Angola 11h: Samba rural 13h: Encerramento.
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Mutirão do GDF Presente recupera 70 km de estradas de terra no Lago Oeste
De março a setembro deste ano, uma ação do GDF Presente beneficiou os cerca de 12 mil moradores do Lago Oeste, em Sobradinho II. Os polos Norte e Rural, em parceria com a comunidade local, e apoio da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), da Secretaria de Agricultura (Seagri-DF) e da Administração Regional de Sobradinho II, trabalharam na manutenção e ajustes de aproximadamente 70 quilômetros de vias de terra da região, que tem 1.275 chácaras e é um polo de produção agrícola. O trabalho realizado no Lago Oeste incluiu patrolamento, abertura das saídas de água e limpeza, entre outros serviços, beneficiando 12 mil moradores da região | Foto: Divulgação/Segov Nesta sexta-feira (27), os secretários de Governo do DF, José Humberto Pires de Araújo, de Agricultura, Rafael Bueno, e o presidente da Empresa de Regularização Rural (ETR), Cândido Teles, estiveram no Lago Oeste para verificar o resultado da ação do governo. O secretário José Humberto lembrou que recebeu uma comissão de moradores solicitando que o governo melhorasse as vias da região, o deputado Rafael Prudente reforçou o pedido e o governador Ibaneis Rocha determinou a ação. “Chamei o secretário de Agricultura, Rafael, o presidente da ETR, o GDF Presente, os coordenadores dos polos, e colocamos toda a equipe aqui à disposição para que fosse feita essa melhoria. Ninguém faz nada sozinho, isso aqui é uma parceria de sucesso, a união do governo com a comunidade”, disse. Mutirão do GDF Presente atendeu a demandas da comunidade da região “Aqui foi um trabalho a várias mãos, um trabalho de governo, onde foi a Secretaria de Agricultura, o Polo Rural da Secretaria de Governo, foi Administração Regional, foi toda a estrutura mobilizada para estar aqui hoje com essa entrega para os moradores, mostrando que o governo é um só, com um objetivo: levar qualidade de vida ao produtor rural do Distrito Federal, como é determinação do governador Ibaneis”, pontuou Rafael Bueno. Ao longo dos meses, a benfeitoria para assegurar melhor trafegabilidade e segurança aos usuários contou com caminhões e equipes dos órgãos do GDF que fizeram mutirões também aos sábados. O trabalho realizado incluiu patrolamento, abertura das saídas de água, construção de peitos de pombo – ondulações para controlar o escoamento de águas pluviais e diminuir o impacto nas estradas -, limpeza, espalhamento de material e compactação. A brita usada em 19 ruas, quase nove mil toneladas, foi comprada e cedida pela comunidade local. “Esse trabalho veio deixar as nossas ruas num estado muito bom, isso aí é bom para a economia das pessoas, a poeira diminui. Então, é o bem-estar geral”, destaca o presidente da Asproeste, Antônio Farias Vera “Realmente a nossa situação estava bem crítica antes dessa ajuda do governo. Toda a equipe da Novacap, do Polo Rural, da Seagri, foi um trabalho conjunto e a comunidade colaborou com o custo material”, falou Antônio Farias Vera, presidente da Associação de Produtores do Lago Oeste (Asproeste). “Nós temos mais ou menos uns 70 quilômetros de terra e com o tempo de chuva, há uma deterioração muito grande da pavimentação. Então esse trabalho veio deixar as nossas ruas num estado muito bom, isso aí é bom para a economia das pessoas, a poeira diminui. Então, é o bem-estar geral, esse serviço é uma coisa muito especial”. Djalma Nunes, morador da região há 34 anos e criador de aves, reconhece a importância da ação. “Teve uma audiência pública lá na Câmara Legislativa, em que o Lago Oeste foi citado como exemplo que deve ser seguido para outras áreas rurais”, disse. O deputado distrital Pepa compartilhou que o planejamento da ação começou no final de 2020, quando ele era coordenador do GDF Presente naquela região. “Eu lembro que enquanto servidor lá na Segov, fui um dos primeiros a coordenar aqui. Quero ressaltar que o DER fez todos os cálculos de quanto de expurgo precisava para colocar aqui. Todo esse planejamento começou no final de 2020 para 2021, todo o trabalho sendo feito, todas as mãos envolvidas”, afirmou. *Com informações da Segov
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Operação policial prende suspeito de provocar incêndio de grande proporção no Lago Oeste
Nesta quarta-feira (18), a Coordenação Especial de Proteção ao Meio Ambiente, à Ordem Urbanística e ao Animal (Cepema), por meio da Delegacia de Combate à Ocupação Irregular do Solo e aos Crimes contra a Ordem Urbanística e o Meio Ambiente (Dema), deflagrou a Operação Curupira com o objetivo de cumprir dois mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva em desfavor de um homem de 50 anos, investigado pela prática dos crimes de incêndio e de dano ambiental na região do Lago Oeste, fato ocorrido no dia 12 de agosto. Equipe da Dema identificou suspeito de provocar incêndio de grande proporção no Lago Oeste, que atingiu áreas de proteção ambiental | Foto: Divulgação/PCDF Segundo as investigações, o suspeito provocou uma grande queimada em sua propriedade e o fogo se alastrou por uma região situada no interior de duas áreas de proteção ambiental: APA do Cafuringa e APA do Planalto Central. As chamas atingiram cerca de 10 propriedades e foram registradas nove ocorrências policiais. De posse dessas informações, equipe da Dema realizou diversas diligências e conseguiu localizar indícios de autoria que recaem sobre o suspeito. O incêndio foi de grande proporção e o Instituto de Criminalística já realizou perícia no local a fim de quantificar a área queimada. Além disso, segundo apontou a investigação, o suspeito teria ameaçado com um facão servidores do ICMBio que foram ao local para tentar apagar as chamas. Com base nos elementos de investigação colhidos, foi possível indiciar o suspeito nos crimes de incêndio e de dano ambiental e, caso condenado, poderá cumprir uma pena de até 13 anos de prisão. Após as formalidades legais, o suspeito foi recolhido ao cárcere da Polícia Civil e agora permanece à disposição da Justiça. De acordo com o secretário-chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, os suspeitos serão investigados e, comprovada a ação, serão punidos com todo o rigor da lei. *Com informações da PCDF
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Brincadeiras e atividades lúdicas ensinam crianças sobre os riscos dos incêndios florestais para o Cerrado
Em meio a uma seca histórica que assola o Distrito Federal, o Centro Educacional Carlos Motta, localizado no Lago Oeste, se transformou, nesta segunda-feira (9), em um espaço de aprendizado e conscientização sobre a importância do Cerrado. Ao todo, 700 alunos, da educação infantil ao ensino fundamental, participaram das atividades educativas que alertam sobre o perigo dos incêndios florestais para a preservação da fauna e flora do bioma. O evento contou com a participação de servidores da Secretaria do Meio Ambiente (Sema-DF), além de agentes do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), do Instituto Brasília Ambiental, do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Ao todo, 700 alunos, da educação infantil ao ensino fundamental, participaram das atividades educativas que alertam sobre o perigo dos incêndios florestais para a preservação da fauna e flora do bioma | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Segundo a coordenadora do Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PPCIF) da Sema, Carolina Schubart, o objetivo é educar os estudantes desde cedo sobre os riscos, as consequências e a importância da prevenção dos incêndios florestais. “A ideia foi trabalhar essa temática desde o primeiro ano, com as crianças menores, até o 9º ano, trazendo essa conscientização sobre a importância de não se colocar fogo em lixo, em resto de poda, não queimar qualquer tipo de área, porque uma fagulha pode ocasionar um incêndio de grande proporção”, explicou. Outra proposta da ação educativa é disseminar o aprendizado de sala de aula no dia a dia das famílias dos estudantes. “A criança é o nosso maior multiplicador de conhecimento. Ela leva esse aprendizado para casa e consegue replicar não só para a família, mas também para o grupo de amigos”, acrescentou. Para o coordenador pedagógico, Rodrigo Cosmo, a preservação do Cerrado deve ser um tema recorrente nas salas de aula. “Nossa escola está localizada em um ponto estratégico. É uma escola do campo e a única que faz fronteira com o Parque Nacional de Brasília, uma área muito sensível do ponto de vista ecológico. É aqui onde ocorre, por exemplo, a captação de água que abastece a bacia da barragem de Santa Maria, que por sua vez leva água para diversas regiões do Plano Piloto”, explica Cosmo. Júlia Beatriz levará para casa o que aprendeu na escola: “Eu acho muito importante essa preocupação com o Cerrado, porque a maior parte da água do Brasil vem daqui” A estudante Júlia Beatriz, de 15 anos, pretende levar os ensinamentos para dentro de casa. “Eu acho muito importante essa preocupação com o Cerrado, porque a maior parte da água do Brasil vem daqui. Hoje eu aprendi muita coisa e eu gosto bastante dessa escola porque eles têm a preocupação de ensinar conteúdos que não servem apenas para a sala de aula, mas para levarmos por toda a vida”.
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Semana do Cerrado: Ação educativa no Lago Oeste conscientiza 700 crianças sobre incêndios florestais
Nesta segunda-feira (9), o Centro Educacional Carlos Motta, no Lago Oeste, será palco de uma grande ação educativa em comemoração à Semana do Cerrado. Cerca de 700 crianças, do 1º ao 9º ano, participarão de atividades voltadas à conscientização sobre os incêndios florestais, um tema de extrema relevância para a preservação do bioma. Arte: Sema-DF A ação, que ocorrerá das 8h às 17h, conta com a colaboração de importantes instituições como a Secretaria do Meio Ambiente e Proteção Animal (Sema-DF), o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), o Instituto Brasília Ambiental, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O principal objetivo do evento é conscientizar os estudantes sobre os riscos e as consequências dos incêndios florestais, além de enfatizar a importância da prevenção. Para isso, serão realizadas diversas atividades simultâneas, incluindo contação de histórias, jogos interativos, exposições com animais do Cerrado, demonstrações de veículos e equipamentos de combate a incêndios, vídeos educativos, e um painel de pintura onde os alunos poderão expressar o que aprenderam. O secretário do Meio Ambiente do DF, Gutemberg Gomes, destaca a importância da iniciativa. “É fundamental que desde cedo as crianças compreendam os impactos dos incêndios florestais e a necessidade de preservar o Cerrado. Este tipo de ação não só educa, mas também engaja a comunidade na prevenção desses desastres”, comentou. A coordenadora do Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PPCIF), Carol Schubart, também ressalta o papel transformador da atividade. “Aprendendo sobre a prevenção de incêndios, as crianças se tornam verdadeiros multiplicadores de conhecimento. Muitos deles vivem em áreas rurais e podem levar essas lições para suas famílias e comunidades, contribuindo diretamente para a proteção do Cerrado”, destacou. Além de proporcionar um dia de diversão e aprendizado, a ação conjunta entre os diversos órgãos visa multiplicar o conhecimento. Os estudantes, muitos deles residentes na área rural, tornam-se agentes multiplicadores, levando as lições aprendidas para suas famílias e comunidades, promovendo a conscientização e a prevenção dos incêndios florestais no Lago Oeste. A participação das crianças do CED Carlos Motta é crucial para despertar a consciência ambiental e o cuidado com o Cerrado, um dos biomas mais importantes e ameaçados do Brasil. A iniciativa também destaca a atuação do Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PPCIF), coordenado pela Sema e composto por uma série de instituições comprometidas com a proteção do meio ambiente e a segurança das comunidades.
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Campanha promove regularização de captação de água subterrânea no Lago Oeste
A Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa), em parceria com a Associação dos Produtores do Núcleo Rural Lago Oeste (Asproeste) e a Emater-DF, promoveu uma importante campanha de outorga in loco para os usuários de recursos hídricos do Lago Oeste. Para isso, a agência mobilizou cerca de 25 colaboradores para cada dia de evento, durante o fim de semana. Durante a ação, que ocorreu na sexta (16) e sábado (17), a Adasa atendeu cerca de 130 moradores do Lago Oeste. Foram 108 requerimentos entregues, com os mais diversos casos (nova outorga, renovação, transferência) | Foto: Divulgação/Adasa A campanha, promovida pela Superintendência de Recursos Hídricos (SRH) da Adasa, ofereceu uma oportunidade única para que os moradores regularizassem a situação de suas captações de água subterrânea, incluindo cisternas e poços tubulares. Com a outorga, os usuários garantem o uso sustentável e legalizado dos recursos hídricos, contribuindo para a preservação ambiental e o bem-estar de toda a comunidade. A equipe do Programa Adasa na Escola também se fez presente no local com ações educativas e a presença da mascote Gotita. A campanha de outorga in loco para os usuários de recursos hídricos do Lago Oeste foi feita em parceria com a Associação dos Produtores do Núcleo Rural Lago Oeste (Asproeste) e a Emater-DF Segundo a representante da Rua Dezoito, Janete Balzano, essas iniciativas são muito importantes, uma vez que há certa dificuldade de acesso à tecnologia para muitos moradores. “Qualquer ação de governo in loco, para conversar com a comunidade, é muito boa. Muitas pessoas daqui não conseguem lidar com a tecnologia. Então, essa relação frente a frente, de poder dizer qual é o seu problema para uma pessoa, estabelecendo um diálogo, é muito relevante. Deveria acontecer sempre que possível, pelo menos quatro vezes ao ano”, sugeriu Balzano. Para a dentista, Sônia Assunta Faturetto, a iniciativa facilitou a resolução de burocracias. “Quando vi o comunicado no grupo de WhatsApp da comunidade, onde os moradores estavam informando que a Adasa viria ao Asproeste para facilitar a atualização dos nossos documentos, fiquei muito contente. Meu registro é de 2013, renovado em 2019 com validade prorrogada por mais cinco anos, ou seja, estava prestes a vencer agora em dezembro. Para mim, essa oportunidade foi excelente. Vim diretamente para cá e consegui resolver tudo”, comemora a moradora. Flávio Vidiri, morador da região, elogiou a iniciativa de atendimento ao público promovida pela Adasa. “Os técnicos, altamente capacitados, realizaram um trabalho admirável para a regularização dos poços e cisternas da área com o objetivo, após análise dos dados informados e o preenchimento do respectivo requerimento de outorga, regularizar o uso da água de cada chácara cadastrada. Além disso, a Asproeste em parceria com uma empresa especializada em análise da água, possibilitou que os moradores levassem um frasco de água do poço ou cisterna para análise, com um preço bem inferior do que normalmente é praticado”, enalteceu. Durante a ação, que ocorreu na sexta (16) e sábado (17), Adasa atendeu cerca de 130 moradores do Lago Oeste. Foram 108 requerimentos entregues, com os mais diversos casos (nova outorga, renovação, transferência). Os demais foram apenas conferir sua situação e já estavam regulares. Com o sucesso da campanha, a Adasa pretende realizar a ação de outorga in loco em outros locais do DF. *Com informações da Adasa
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Cafeicultoras se unem para fortalecer cadeia produtiva do grão no DF
Seja para iniciar o dia com o pé direito, seja para acompanhar um lanche da tarde, o café está presente na mesa de milhares de brasileiros diariamente. No Distrito Federal, o grão é desenvolvido por mais de 100 agricultores especializados em uma área de aproximadamente 400 hectares. Com o objetivo de expandir o alcance do produto local e, assim, conquistar o mercado nacional e internacional, foi criada a primeira organização brasiliense de produtores do ramo – a Associação de Empreendedores de Café do Lago Oeste (Elo Rural). Produtores de café do DF contam com assistência da Emater, do plantio à colheita | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília Fundada em janeiro deste ano, a associação já conta com 26 membros e recebe acompanhamento técnico do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater), que oferece apoio integral aos agricultores do plantio à colheita. Todos os cargos de liderança da associação são ocupados por mulheres, e há associados de todo o Centro-Oeste. Produção local “O pequeno produtor só cresce quando está junto. Queremos colocar o Distrito Federal no mapa mundial de cafés especiais.” Lívia Tèobalddo, presidente da Associação Elo Rural “O pequeno produtor só cresce quando está junto”, ressalta a presidente da Elo Rural, a cafeicultora Lívia Tèobalddo. “Não temos como galgar mercado se não for por meio da união. Nós nascemos de um atrevimento. Duas pequenas produtoras começaram um grupo de WhatsApp para reunir outros produtores e distribuir melhor o conhecimento sobre a cadeia produtiva de café. Um foi chamando o outro até que apareceram mais produtores e especialistas no ramo, surgindo a necessidade de institucionalizar esse movimento. Queremos colocar o Distrito Federal no mapa mundial de cafés especiais.” No final de junho, houve uma reunião entre a Elo Rural e a Emater sobre medidas e projetos para expansão do ramo cafeicultor. As produtoras apresentaram amostras dos cafés produzidos por associados, promoveram rodadas de degustação e entregaram um documento com demandas do setor à diretoria da empresa pública. Incentivo Na lista há a criação de um programa de incentivo à produção de café, o restabelecimento do programa Brasília Qualidade no Campo, a promoção de cursos de capacitação para produtores e colaboradores, apoio com crédito rural e mais. Os cafés desenvolvidos pela associação estão expostos para venda na Florada Café, na 216 Norte. “A qualidade do café local se deve à aplicação de pesquisas e tecnologias na produção, como estudo do solo e do clima, seleção de variedades produzidas e seleção de grãos, que garantem, também, uma produção rentável” Bruno Caetano, técnico da Emater Lívia entrou para o ramo cafeicultor em 2023, quando o pai precisou se afastar da gestão da chácara da família por problemas de saúde. “Eu não tinha experiência nenhuma, era da área jurídica, mas assumi o desafio e, pesquisando, percebi que o melhor seria o plantio agroflorestal” , lembra. “Descobri a Rota da Fruticultura e escolhi começar com o açaí. Depois, pensei em plantar o café entre as fileiras e iniciei o preparo da terra”. O plantio do grão deve começar em dezembro, com 4 mil mudas dos tipos arara e catuaí-amarelo. O açaí já foi plantado e, assim como o café, deve ser colhido daqui a três anos. O café plantado no DF é o arábica, que possui menos cafeína e, segundo apreciadores, é mais doce do que outros tipos. “Esse tipo de café tem um gosto mais suave e se desenvolve muito bem em altitudes elevadas, acima de 800 metros, que é o caso de praticamente todo o DF”, explica, explica o técnico da Emater Bruno Caetano. “Também prefere temperaturas mais amenas, em que consegue ter uma maturação melhor e de mais qualidade”. Os cuidados com o grão implementados desde a nutrição do solo ao armazenamento dos produtos resultam em cafés especiais com maior valor agregado, ensina Bruno: “A qualidade do café local se deve à aplicação de pesquisas e tecnologias na produção, como estudo do solo e do clima, seleção de variedades produzidas e seleção de grãos, que garantem, também, uma produção rentável, se aplicados corretamente”. Ainda segundo o técnico, a Emater oferece desde orientações individuais, com técnicas sobre adubação e irrigação, palestras e imersões e a emissão do Certificado de Agricultor Familiar (CAF). “Também levamos os produtores mais novos para conhecerem o trabalho dos mais antigos daqui do Lago Oeste para que pudessem ver quais são os desafios e as dificuldades do plantio e da mão de obra, além das vantagens do café”, relata. Qualidade e sabor diferenciados Alguns dos cafés desenvolvidos por associados foram analisados por K.J. Yeung, avaliador sensorial de café reconhecido internacionalmente. As pontuações recebidas foram de 82 a 86,6, em uma escala padronizada de 1 a 100. A vice-presidente da Elo Rural, Flávia Penido, obteve a pontuação mais alta. Maria José Rodrigues Ferreira começou a plantar café há dez anos: “Para mim, era a extensão do meu jardim; agora é minha lavoura” A relação de Flávia com o cultivo de café – o catuaí-vermelho – começou em 2022, quando ela assumiu o manejo das plantações de uma chácara adquirida pela irmã no Lago Oeste. A propriedade conta com meio hectare de agrofloresta, composta por cafeeiros, abacateiros e amoreiras, entre outras plantas. “É minha primeira experiência com o manejo do café”, conta. “Estou aqui desde 2022 e em janeiro de 2023 fiquei desempregada, me dando a possibilidade de entrar de cabeça na produção.” Na mesma época, ela passou a ser atendida pela Emater. Além do grão torrado e moído, a vice-presidente da Elo Rural comercializa a casca do café, que é desidratada com mucilagem e polpa após o grão ser retirado. “Nós utilizávamos a casca como adubo, até que, no ano passado, descobri a possibilidade do chá”, afirma. “A casca tem menos cafeína do que o café, mas tem propriedades medicinais que ajudam na redução de diabetes, colesterol e alguns tipos de câncer, além de ser boa para a pele”, conta ela, que participa de uma pesquisa junto à Universidade de Brasília sobre subprodutos do café. Já a diretora financeira da Elo Rural, a produtora rural Maria José Rodrigues Ferreira, decidiu plantar café há cerca de uma década. Atualmente, ela cultiva o arábica do tipo catuaí-vermelho. “Meu marido é mineiro, e eu brincava dizendo que nós tínhamos que ter café plantado por causa disso”, lembra . “Um dia, passei em um lugar e comprei dois pés de café. Plantei e cuidei como se fossem meus filhos. Eles cresceram bem, produziram muitos grãos. Então, decidi plantar mais e mais, até que comecei a comercializar também. Hoje tenho 1.500 pés”. Maria José afirma que a união dos produtores e a criação da Elo Rural mudaram a forma de lidar com o cultivo do grão. “Para mim, era a extensão do meu jardim; agora é minha lavoura”, resume. “Vejo que pode me render muitas coisas, e estou estudando para entender cada vez mais desse mundo”. Os grãos são comercializados na própria chácara, no Lago Oeste, por cerca de R$ 100 o quilo.
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