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Fêmea de lobo-guará é devolvida à natureza após passar por tratamento no Hospital da Fauna Silvestre

Uma lobo-guará fêmea foi devolvida à natureza nesta sexta-feira (21), após passar por tratamento contra uma doença bacteriana no Hospital e Centro de Reabilitação da Fauna Silvestre do Distrito Federal (Hfaus). O animal foi resgatado em Luziânia (GO) com sinais de apatia e fraqueza e ficou sob cuidados do equipamento público, que é vinculado ao Instituto Brasília Ambiental, por um mês. A soltura ocorreu na Área de Proteção Ambiental (APA) Cafuringa, em Brazlândia. Depois de passar por tratamento no Hfaus contra doença bacteriana, lobo-guará fêmea foi devolvida à natureza nesta sexta (21) | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília Durante a internação, a equipe técnica do Hfaus promoveu uma série de exames para entender o quadro clínico da fêmea, que não conseguia se manter em pé e precisou ser alimentada por sonda. Foram feitos testes de sangue e de fezes, ultrassom, raio-x e avaliações cardiológicas, além de análises para enfermidades infectocontagiosas. Os resultados apontaram para erliquiose, um tipo de hemoparasitose comum em animais silvestres e domésticos, causada por bactérias que infectam as células sanguíneas e podem provocar apatia, perda de peso e dificuldade de locomoção. Segundo o coordenador do Hfaus, o biólogo Thiago Marques de Lima, os procedimentos começaram imediatamente após o diagnóstico, com medicação, plano alimentar prescrito por especialista e acompanhamento diário. “É uma dieta feita para atender tudo o que a fêmea necessita de vitamina, proteína, fibra e tudo mais. Monitoramos diariamente para saber se ela estava se alimentando corretamente”, esclareceu. A fêmea respondeu rápido ao tratamento e, em um mês, foi liberada para soltura em área preservada. “Fazemos análises de sangue e fezes periodicamente. Quando todos os parâmetros se estabilizam e o comportamento retorna ao padrão natural, já que é um animal que tem comportamento mais arredio e agressivo, podemos afirmar com certeza que está pronto para voltar para a natureza”, observou o coordenador. Durante a internação, o animal passou por testes de sangue e de fezes, ultrassom, raio-x e avaliações cardiológicas, além de análises para enfermidades infectocontagiosas Soltura A lobo-guará foi encaminhada ao Centro de Triagem de Animais Silvestres do Distrito Federal (Cetas-DF) do Ibama, que determinou a data e o local da soltura. A partir de agora, será monitorada por meio de um colar GPS e por um sistema de armadilhas fotográficas presente nas áreas de preservação do DF. A supervisão mostrará a adaptação ao habitat natural, com informações sobre predação e área de circulação. O colar utilizado é adequado ao porte da fêmea e programado para se abrir automaticamente após seis meses de uso. O chefe do Cetas-DF, Júlio César Montanha, ressalta que a estratégia é fundamental para compreender melhor a espécie e assegurar que esteja exercendo seu papel ecológico. “Os dados do monitoramento são importantes para conservação da espécie e manutenção do Cerrado como um todo, já que o lobo-guará é extremamente importante para controle de outros animais. O retorno à natureza mostra o quanto as instituições estão trabalhando para que o Cerrado continue vivo”, afirmou. De fevereiro, mês de abertura do hospital, a dezembro de 2024, foram atendidos 1.953 animais (61% aves, 37% mamíferos e 2% répteis) Segundo o superintendente de Natureza, Conservação da Biodiversidade e Água do Brasília Ambiental, Marcos João da Cunha, o ponto escolhido para a soltura da fêmea integra uma rede de monitoramento mantida pelo órgão há mais de uma década. O controle inclui outras áreas de preservação, como a APA Gama–Cabeça de Veado e o Parque Distrital dos Pequizeiros, e conta com cerca de 30 câmeras. Os dispositivos são móveis e fixos e estão posicionados para registrar movimentações de bichos devolvidos à natureza e solicitações específicas da população, como ocorre quando moradores relatam suspeita de onças ou outros animais de grande porte nas propriedades rurais. “As câmeras nos ajudam a entender o cenário real e agir de forma adequada, sempre priorizando a segurança dos animais e da população”, salientou. “O projeto virou um programa oficial do órgão, envolvendo várias superintendências. Nossa meta, a partir do próximo ano, é ampliar a rede com mais equipamentos, mais parceiros e mais alcance, incluindo o monitoramento de novas espécies”, comentou Cunha. Pioneirismo [LEIA_TAMBEM]O Hospital e Centro de Reabilitação de Fauna Silvestre, vinculado ao Instituto Brasília Ambiental e gerido pela Sociedade Paulista de Medicina Veterinária (SPMV), é o primeiro do país a oferecer um atendimento integrado com objetivo de devolver os bichos à natureza após o tratamento. A equipe multidisciplinar, formada por veterinários, biólogos e outros profissionais, cuida da saúde física, nutricional, comportamental e psicológica dos animais, com foco na reabilitação. De fevereiro, mês de abertura do hospital, a dezembro de 2024, foram atendidos 1.953 animais (61% aves, 37% mamíferos e 2% répteis). As cidades com maior quantidade de resgates e encaminhamentos ao Hfaus foram Plano Piloto, Lago Sul, Taguatinga, Candangolândia e Lago Norte. As espécies mais recorrentes foram saruê, periquito-de-encontro-amarelo, sagui-de-tufos-pretos e coruja-buraqueira. Setembro e outubro foram os meses com maior quantidade de animais atendidos, com 675 e 1.002, respectivamente. A principal causa de entrada foi cuidados neonatais (assistência a filhotes e jovens) e lesões ou fraturas. Além disso, entre 888 pacientes atendidos no hospital e encaminhados ao Cetas-DF, 407 retornaram à natureza no período avaliado. Neste ano, o Hfaus já recebeu 2.274 animais (64% aves, 33% mamíferos e 3% répteis), com maior quantidade de resgates no Plano Piloto, Taguatinga, Candangolândia, Sobradinho e Lago Norte. A lista de espécies mais frequentes segue a mesma do ano anterior: saruê, periquito-de-encontro-amarelo, sagui-de-tufos-pretos e coruja-buraqueira. O mesmo vale para as principais causas de entrada: cuidados neonatais (assistência a filhotes e jovens) e lesões ou fraturas. Os meses de setembro e outubro tiveram maior quantidade de animais atendidos, com 363 e 521, respectivamente. A partir de agora, a fêmea será monitorada por meio de um colar GPS e por um sistema de armadilhas fotográficas presente nas áreas de preservação do DF Da ordem carnívora, 19 indivíduos foram atendidos em 2024, dos quais oito evoluíram a óbito e 11 receberam alta. Destes, cinco eram lobos-guará: três receberam alta e dois faleceram. Em 2025, o número subiu para 22 atendimentos da mesma ordem: seis animais vieram a óbito, quatro permanecem internados e 12 já receberam alta. Houve a entrada de sete lobos-guará — quatro ainda internados, um com alta e dois óbitos. A estrutura do Hfaus foi pensada para respeitar o comportamento natural das espécies, com divisão de grupos (mamíferos, répteis e aves) e alas que evitam o estresse causado pela proximidade entre presas e predadores. Em caso de avistamento ou resgate de animal silvestre, a orientação é nunca intervir diretamente. O ideal é acionar os órgãos ambientais pelo 190 (BPMA) ou 193 do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF).

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Plenarinha de Samambaia celebra o Cerrado com o tema ‘Natureza e saúde de mãos dadas’

A Coordenação Regional de Ensino de Samambaia promoveu, nesta terça-feira (19), a edição 2025 da Plenarinha, encontro anual que reúne crianças de 3 a 5 anos da rede pública para compartilhar experiências sobre meio ambiente e saúde. Realizado no Centro Olímpico (CO) Rei Pelé, o evento teve como tema “Natureza e saúde de mãos dadas: o Cerrado em cena” e marcou a 13ª edição da iniciativa. Ambiente da Plenarinha foi todo voltado ao meio ambiente do Cerrado | Foto: André Amendoeira/SEEDF Uma novidade desta edição foi a criação da mascote para o evento — o lobo-guará Lobito —, definida por meio de votação entre as instituições. Um painel na entrada do centro olímpico apresenta a personagem a quem chega. “Esse recurso facilita a aproximação delas com o tema, tornando a experiência mais envolvente”, avaliou a chefe da Unidade de Educação Básica (Unieb) da CRE Samambaia, Mariana dos Santos. Trabalhos O tema da Plenarinha em Samambaia também foi escolhido por meio de votação, garantindo a participação de escolas, creches e, sobretudo, das próprias crianças. A temática vencedora, com foco na preservação do Cerrado, ajudou a orientar atividades e projetos pedagógicos nas instituições de educação infantil durante todo o primeiro semestre. Neste ano, foram reunidas 24 creches conveniadas e 20 escolas da rede pública. Segundo a coordenadora de Educação Infantil da Unidade de Educação Básica da CRE Samambaia, Juliana Lucena, a participação contemplou diferentes etapas da educação, desde as crianças do maternal até os alunos do primeiro e segundo período.  “As creches costumam trazer os pequenos a partir dos três anos, enquanto as escolas participam com turmas entre quatro e cinco anos; isso garante que todo o público da educação infantil esteja representado”, ressaltou a coordenadora. [LEIA_TAMBEM]O encontro consolidou-se também como espaço aberto à comunidade. Além das crianças e profissionais da educação, participaram familiares dos alunos, que puderam acompanhar de perto os trabalhos realizados ao longo do semestre. “Esperamos mais de mil pessoas entre público e participantes, pois a cada 15 ou 20 minutos chega um ônibus com um novo grupo de estudantes vindo de toda a educação infantil da regional”, explicou Juliana.  Durante a Plenarinha, foram expostos desenhos, pinturas e produções elaboradas pelos estudantes ao longo dos últimos meses. As apresentações valorizaram o protagonismo das crianças, evidenciando a importância de dar voz às opiniões e percepções delas sobre o meio ambiente e os cuidados necessários com a saúde e a natureza. Túnel interativo Um dos destaques foi a instalação “Túnel Salve o Cerrado”, que, desde a Plenarinha do ano passado, faz sucesso com o público.  A proposta é oferecer uma experiência imersiva na qual os pequenos assumem o papel de guardiões da natureza. Dentro do espaço, eles identificam problemas como lixo, queimadas e desmatamento, recolhendo “cartinhas” que representam esses impactos. No final, depositam os resíduos em uma lixeira e realizam um gesto simbólico de restauração: plantar uma árvore típica do Cerrado. Além do túnel, os estandes interativos possibilitaram que as crianças manipulassem objetos, experimentassem jogos e participassem de práticas ligadas ao cuidado com o meio ambiente. Cada espaço foi pensado para estimular o envolvimento ativo, permitindo que os alunos percebessem a relevância de suas ações no cuidado com a saúde e a preservação da natureza. *Com informações da Secretaria de Educação

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Mascote do Zoológico de Brasília celebra 2 anos de vida

Nesta quinta-feira (22), o Zoológico de Brasília comemora o segundo aniversário da mascote Atena, uma lobo-guará que tem encantado visitantes com sua história de superação. Para celebrar a data, ela ganhou um bolo especial preparado pela equipe da Coordenação de Alimentação e Nutrição Animal da instituição, com ingredientes do jeitinho que ela gosta: ração, frango, carne e frutas. Nesta quinta (22), Atena ganhou um bolo feito de ração, frango, carne e frutas em comemoração ao seu aniversário de 2 anos Filha dos lobos-guará Zangado e Amanda, Atena foi a única sobrevivente da ninhada – o que já demonstrava, desde cedo, sua força. “Celebrar mais um ano de vida da Atena, nossa mascote, é motivo de grande alegria. Sua presença reafirma nosso compromisso com a conservação e a preservação das espécies, entre elas a do lobo-guará”, destaca Wallison Couto, diretor-presidente da Fundação Jardim Zoológico de Brasília (FJZB). Homenagem à aniversariante A lobo-guará também foi homenageada na exposição Brasília em Foto Atena também foi homenageada neste mês na quarta edição da exposição Brasília em Foto, promovida pela Secretaria-Executiva de Valorização e Qualidade de Vida, da Secretaria de Economia (Seec-DF). A imagem escolhida foi feita pelo servidor Caio Cavalcante, da Assessoria de Comunicação do Zoológico de Brasília, e mostra a mascote ainda filhote. O lobo-guará Espécie símbolo do Cerrado brasileiro, o Chrysocyon brachyurus é o maior canídeo selvagem da América do Sul – e infelizmente, está ameaçado de extinção, principalmente pela perda de habitat causada pelo desmatamento. Seu nome – guará – vem do tupi-guarani e significa vermelho. Quando adulto, o animal chega a cerca de 90 cm de altura e pesa entre 20 e 30 kg. De hábitos solitários e noturnos, o lobo-guará tem o olfato extremamente apurado, audição excelente - graças às orelhas grandes - e pernas longas, adaptadas para caminhar pelas paisagens abertas do Cerrado. *Com informações do Zoológico de Brasília

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Zoo comemora o nascimento de dois lobos-guará

O Zoológico de Brasília celebrou a chegada de dois filhotes de lobo-guará, nascidos em 24 de junho deste ano. Os novos residentes, filhos do casal Mônica e Zangado, estão se mostrando fortes e saudáveis, explorando seu ambiente com curiosidade. Este é o terceiro nascimento registrado pela fundação em pouco mais de um ano, destacando o sucesso contínuo dos esforços pela conservação da espécie. Este é o terceiro nascimento registrado pelo Zoo em pouco mais de um ano | Fotos: Divulgação/ Zoológico de Brasília O lobo-guará, atualmente classificado como vulnerável, enfrenta graves ameaças, como desmatamento, doenças transmitidas por animais domésticos, atropelamentos e conflitos com atividades rurais. Como o maior canídeo da América do Sul, sua conservação é crucial para manter o equilíbrio ecológico da região. “O Zoológico de Brasília está tendo sucesso na reprodução de várias espécies ameaçadas, como é o caso do lobo-guará. Esses animais contribuem para os projetos de conservação, pesquisa e educação ambiental da fundação, que são os nossos pilares”, comentou o diretor-presidente do zoo, Wallison Couto. O lobo-guará é o maior canídeo da América do Sul, e sua conservação é crucial para manter o equilíbrio ecológico da região Para ajudar a proteger essa espécie ameaçada, o Zoológico de Brasília está envolvido no Plano Nacional para Conservação dos Canídeos Ameaçados e participa do programa de conservação do lobo-guará, coordenado pela Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (Azab) e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Os filhotes estão sob os cuidados de uma equipe multidisciplinar que monitora seu peso, comportamento e bem-estar diariamente, assim como os dados da mãe. Em breve, os visitantes terão a oportunidade de ver os filhotes de perto e acompanhar seu desenvolvimento. *Com informações do Zoológico de Brasília

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Projeto para monitorar grandes mamíferos mapeou 32 espécies no DF desde 2014

O Cerrado é um dos biomas mais ricos em biodiversidade do país. Em mamíferos, por exemplo, das 650 espécies presentes no Brasil, 194 têm ocorrência por aqui, o que nos deixa atrás apenas da Amazônia e da Mata Atlântica. O  Projeto de Monitoramento de Médios e Grandes Mamíferos Silvestres, iniciativa do Instituto Brasília Ambiental, tem, entre outras coisas, o objetivo de mapear e entender o comportamento dos animais | Fotos: Reprodução de monitoramento do Brasília Ambiental Preservar essas espécies é uma tarefa árdua que depende, entre outras coisas, de mapear e entender o comportamento dos animais. Foi com esse intuito que nasceu o Projeto de Monitoramento de Médios e Grandes Mamíferos Silvestres, iniciativa do Instituto Brasília Ambiental, que completa 10 anos em 2024. Tudo teve início com relatos da presença de uma onça-pintada na Estação Ecológica de Águas Emendadas, em Planaltina. O Brasília Ambiental, então, começou o monitoramento e, em 9 de outubro de 2014, fez o primeiro registro oficial da espécie nos limites do Distrito Federal. Animais como tamanduá-bandeira, anta e lobo-guará, flagrados por meio de armadilhas fotográficas, estão entre dez espécies vulneráveis à extinção Desde então, outras 32 espécies, sendo dez vulneráveis à extinção, como tamanduá-bandeira, anta e lobo-guará, foram flagradas por meio de armadilhas fotográficas. Inicialmente restrito à Estação Ecológica de Águas Emendadas, o projeto foi levado também a outras duas unidades de conservação, o Parque Ecológico dos Pequizeiros e a Área de Proteção Ambiental de Cafuringa, graças a uma parceria com a ONG Jaguaracambé, firmada em fevereiro deste ano. “A gente entende que esse é um estudo que deve ser contínuo ao longo do tempo e que ele deve perdurar até a gente conseguir entender a distribuição das espécies no território do DF, bem como identificar os caminhos que elas percorrem entre as unidades de conservação, porque elas não ficam restritas só a um lugar”, afirma Marina Motta, servidora da Gerência de Fauna do Brasília Ambiental e responsável pelo projeto. Marina explica, ainda, que as armadilhas fotográficas contam com bateria e sensor de movimento que faz com que elas capturem uma imagem toda vez que um animal passar pela frente. Hoje, são cerca de 20 espalhadas pelo DF. Os materiais são recolhidos mensalmente. Além de ajudar a fomentar as políticas do Brasília Ambiental, os dados têm servido de base para pesquisas acadêmicas sobre a fauna do Cerrado. “A armadilha fotográfica comprova que a vida existe. A partir daí, a gente vê qual atitude deve tomar para que ela possa se proliferar”, aponta o presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer. “Esses animais são vulneráveis demais. Eles sofrem muito com atropelamentos, com a caça predatória, e isso nos preocupa muito. Por isso a importância desse trabalho de monitoramento”, acrescenta. Os mamíferos têm papel chave na manutenção do equilíbrio da biodiversidade. Enquanto os carnívoros controlam a densidade de suas presas, os herbívoros agem sobre a flora, no consumo de frutas e consequente dispersão de sementes.

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Lobo-guará é devolvido ao Cerrado após atendimento em hospital especializado

O Instituto Brasília Ambiental realizou, na quinta-feira (27), a reintegração de um lobo-guará à natureza. O animal estava internado no Hospital e Centro de Reabilitação de Fauna Silvestre (Hfaus), instituição administrada pela autarquia ambiental, em convênio com a Sociedade Paulista de Medicina Veterinária (SPMV). A internação aconteceu no dia 14 de maio, em decorrência de uma lesão na região craniana, próximo à orelha esquerda. Depois de tratamento no Hfaus, o lobo-guará foi solto na região do Instituto Teosófico de Brasília, em Brazlândia | Fotos: Divulgação/Brasília Ambiental A soltura foi realizada no mesmo dia de sua alta, após receber uma marcação, na orelha direita, para ser reconhecido e monitorado pelas armadilhas fotográficas instaladas em locais estratégicos na região do Instituto Teosófico de Brasília, em Brazlândia. Esse foi o local escolhido pelo Brasília Ambiental, juntamente com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), para seu retorno ao Cerrado. “Esse trabalho de devolução do lobo-guará realizado por nós, em parceria com o Ibama, reforça o nosso papel de defender o meio ambiente, pelo fato de ser um animal ameaçado de extinção. Parabenizo, também, toda a equipe do Hfaus pelo atendimento prestado durante todo o período em que o animal esteve naquela instituição, sendo cuidado“, disse o presidente do Instituto Brasília Ambiental, Rôney Nemer, que acompanhou a soltura do animal na reserva ecológica. De espécie ameaçada de extinção, o animal recebeu tratamento no Hospital e Centro de Reabilitação de Fauna Silvestre por mais de 40 dias | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental O lobo-guará devolvido ao Cerrado é um macho adulto que foi encontrado no Lago Oeste. Durante os 44 dias de internação, os profissionais do Hfaus prezaram por mantê-lo o mais isolado possível, acessando-o apenas para alimentação e assepsia da ferida. Tudo isso para não acostumá-lo com a presença humana e aumentar as chances de sucesso no seu retorno ao ambiente natural. “É muito emocionante conseguirmos recuperar e soltar um animal deste, que é um símbolo não só para o Cerrado brasileiro como também para a fauna como um todo. Ele é um excelente dispersor de sementes. Apesar da cicatriz que ficou da ferida, ainda é muito saudável e vai poder perpetuar a espécie”, afirma Clara Costa, chefe substituta do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), do Ibama. *Com informações do Brasília Ambiental  

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Junho romântico: Casais do Zoo aumentam chances de reprodução em cativeiro

No Brasil, junho é considerado o mês mais romântico do ano. Se engana quem pensa que os animais assistidos pelo Zoológico de Brasília ficariam de fora das celebrações do Dia dos Namorados. Por lá, as expectativas são grandes em torno da reprodução de espécies consideradas ameaçadas de extinção. Recinto novo, mais privacidade e até mesmo alimentação adaptada estimulam o clima de romance entre Dudu e Anita (cervos-do-Pantanal), Macau e Saráe (ariranhas) e Zangado e Mônica (lobos-guará). “Como instituição, nós temos uma grande responsabilidade. Um dos nossos desafios é a conservação de espécies ameaçadas de extinção, que dependem dos nossos esforços em cativeiro. Então, é uma grande satisfação participar de programas nacionais e internacionais de reprodução. O nosso objetivo é ver esses animais se reproduzindo para mostrar que estamos no caminho certo”, defendeu o diretor de Mamíferos da instituição, Leandro de Souza Drigo. A reprodução em cativeiro exige estudo sobre o comportamento dos animais e cooperação entre várias instituições dentro e fora do país | Foto: Matheus H. Souza/ Agência Brasília A reprodução em cativeiro exige estudo sobre o comportamento dos animais e cooperação entre várias instituições dentro e fora do país para formar o par perfeito da vida silvestre. Chamados de studbook keepers, especialistas emitem recomendações de pareamento levando em consideração dados genéticos dos indivíduos. Após a formação dos pares e as devidas transferências de animais entre zoológicos e instituições, a equipe técnica entra em ação para estimular o clima de romance. O recinto onde os animais vão habitar deve passar pelo processo de ambientação. Isso quer dizer que técnicas serão implementadas para que o espaço fique o mais semelhante possível ao habitat natural da espécie. Depois, pontos de fuga são criados dentro do próprio recinto para que o animal tenha a liberdade de escolha entre querer ou não ser visto pelo público. A alimentação também é adaptada para os períodos reprodutivos de cada indivíduo. “Quando temos ocorrências de reprodução em cativeiro, significa que o animal está bem, que ele está em um ambiente em condições bem próximas ao habitat natural” Leandro de Souza Drigo, diretor de Mamíferos do Zoológico “A dieta desses animais é muito importante. Eles precisam de uma alimentação equilibrada, que supra as necessidades. Para isso, nós temos um setor específico com zootecnistas que elaboram o planejamento de todos os animais do plantel”, explicou Leandro. “Quando temos ocorrências de reprodução em cativeiro, significa que o animal está bem, que ele está em um ambiente em condições bem próximas ao habitat natural, e isso é um excelente sinal para nós”, concluiu. A Agência Brasília selecionou três casais emblemáticos que contam com esforços de especialistas para que ocorram reproduções. Dudu e Anita – Cervos-do-Pantanal Anita veio para Brasília da Bahia, em 2021 | Foto: Caio Cavalcante/Zoológico de Brasília Dudu chegou ao Zoo de Brasília em fevereiro de 2021 por recomendação do programa de conservação da Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (Azab) após ter sido resgatado órfão com apenas dois meses de idade em uma fazenda na cidade de Lucas do Rio Verde, Mato Grosso. Trata-se de um território que sofre forte pressão do desmatamento devido ao crescimento da agricultura e da pecuária, cenário comum nas principais áreas remanescentes em que a espécie ainda existe. Já Anita veio com a missão exclusiva de parear com o Dudu. Ela chegou ao Zoo de Brasília com 1 ano de idade, em outubro de 2021, vinda do Parque Vida Cerrado, na Bahia, também por recomendação da Azab. A idade reprodutiva dessa espécie começa por volta dos 4 anos de idade. Quando a equipe técnica observa que Anita está no cio, são realizadas algumas modificações na rotina do casal. “Ela só tem 24 horas de cio, então a gente permite que eles fiquem soltos e juntos durante a noite porque a cópula ocorre justamente no período noturno. É uma reprodução lenta porque só ocorre duas vezes por ano. A gente espera que, no segundo semestre, ocorra uma cópula”, detalhou Leandro de Souza Drigo. A fragmentação de habitat, em consequência do desmatamento e a transmissão de doenças trazidas pelo gado doméstico estão entre as principais ameaças à população de cervos-do-Pantanal, o que a torna uma espécie ameaçada de extinção pelo Instituto Chico Mendes (ICMBio) e pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). Macau e Saráe – Ariranhas Entre 1975 e 1997, nasceram 58 filhotes de ariranha no Zoo de Brasília | Foto: Caio Cavalcante/Zoológico de Brasília Esses dois têm um valor simbólico ainda mais especial para o Zoo de Brasília. Isso porque a instituição é referência mundial na reprodução de ariranhas. Entre 1975 e 1997, nasceram 58 filhotes da espécie na instituição. Com Macau e Saráe na ativa, a expectativa é que o Zoo continue sendo considerado o mais bem-sucedido no mundo nessa área. Diretamente da Alemanha, o Zoo de Dortmund enviou um exemplar para Brasília com uma única tarefa: reproduzir. Macau chegou ao Brasil em novembro de 2019 por recomendação do programa internacional para a conservação da espécie. Primeiro, ele foi pareado com a ariranha Sí, que faleceu em maio de 2020. Para não ficar sozinho, outra recomendação foi emitida por especialistas e, meses depois, Macau deu boas-vindas a Saráe, diretamente do Aquário de São Paulo. Hoje, os dois habitam um dos melhores recintos para a espécie do país. “Além da qualificação da equipe técnica, talvez o sucesso com tantas reproduções esteja relacionado ao recinto que eles habitam, que foi muito bem planejado. O ambiente é totalmente propício para uma cópula. A ariranha precisa de água porque é um mamífero semiaquático, precisa de terra para cavar e fazer abrigos, além de troncos e tocas”, afirmou Leandro. “O recinto das ariranhas está passando por uma reforma atualmente para ficar ainda melhor. Nós estamos aumentando a profundidade do tanque e colocando um filtro para que a água tenha mais qualidade. O espaço é totalmente propício para cópulas”, disse. O último cio da Saráe foi em 14 de março deste ano e durou de sete a dez dias. A expectativa é que no próximo momento reprodutivo cheguem os filhotes do casal. Macau e Saráe são um dos casais mais bem condicionados do Zoo. Por meio de treinamentos semanais, eles aprendem a colaborar com a equipe técnica para realizar exames e tomar medicamentos, por exemplo. “Eles são muito responsivos. A gente consegue acessar a pata, fazer ultrassom e coleta de sangue sem precisar de anestesia. Tudo isso graças ao treinamento que fazemos com eles”, revelou Leandro. A ariranha é um animal classificado como ameaçado de extinção de acordo com a lista vermelha do Ministério do Meio Ambiente, que registra as espécies de fauna e flora em perigo de extinção no Brasil. A espécie desapareceu da Mata Atlântica e conta apenas com uma população no Cerrado, que habita a região do médio Rio Araguaia. Esta população enfrenta ameaças pela poluição e destruição do habitat. “O meu amor por todos os animais daqui é incondicional. Mas o meu xodó são o Dudu e a Saráe” Francisco Pereira Cardoso, cuidador de animais Para quem trabalha há mais de sete anos com ariranhas no Zoo de Brasília, as expectativas estão altas para que o casal tenha uma reprodução bem-sucedida. “O meu amor por todos os animais daqui é incondicional. Mas o meu xodó são o Dudu e a Saráe. Eles são muito dóceis e retribuem todo o carinho conosco. Eu fico muito feliz quando vejo que há a possibilidade de reprodução nos cervos e nas ariranhas. Estou esperando filhotes, serei vovô”, comemorou o cuidador de animais Francisco Pereira Cardoso. Zangado e Mônica – Lobos-guará Mônica chegou a Brasília em 2015 e já é mãe de Atena | Foto: Caio Cavalcante/Zoológico de Brasília Zangado chegou ao Zoo de Brasília em 2021 ainda filhote, quando foi resgatado órfão perto do município de Cáceres, no Mato Grosso, em uma região de queimada. Após receber todos os cuidados iniciais pela equipe técnica do Zoo, foi emitida a recomendação para parear com Mônica, loba que nasceu no Zoo de Brasília em 2015. “Essa espécie, normalmente, vive solitária na natureza. Mas como no período reprodutivo eles se encontram, nós juntamos os dois no mesmo recinto para que passem o tempo necessário juntos. Tudo indica que essa nossa iniciativa tenha dado certo, porque estamos observando uma alteração de comportamento na Mônica e ganho de peso, o que indica que talvez esteja prenha”, revelou Leandro. Essa seria a segunda ninhada no casal, que deu à luz à pequena Atena, nascida em 2023 e eleita mascote da instituição.

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Atena, a mascote do Zoológico, celebra seu primeiro aniversário

Nesta quarta-feira (22), o Zoológico de Brasília comemora o primeiro ano de vida de Atena, um exemplar de lobo-guará. Desde sua chegada ao zoo, ela tem encantado visitantes e funcionários com sua personalidade e uma inspiradora história de superação. Um ano após chegar ao zoo, Atena vai ganhar, no domingo, um presente especial para comemorar o aniversário junto ao público | Foto: Divulgação/Jardim Zoológico de Brasília A lobinha veio ao mundo em 22 de maio de 2023, filha de Zangado e Amanda, uma fêmea do plantel da fundação que, infelizmente, não sobreviveu ao parto. A mascote foi a única sobrevivente de sua ninhada, demonstrando desde cedo sua força. Para marcar esse momento especial, o Zoológico de Brasília convida o público a participar de uma ação de enriquecimento ambiental, domingo (26), às 10h. Será uma oportunidade para celebrar a vida da mascote e para refletir sobre sua importância na conservação da espécie. Durante o evento, os visitantes poderão acompanhar a performance de Atena, que vai receber uma caixa de presentes contendo os alimentos de que mais gosta. A ação faz parte das atividades de enriquecimento ambiental desenvolvidas pela equipe do zoo para promover o bem-estar físico e mental dos animais.   *Com informações do Zoológico de Brasília

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Ex-funcionário do Zoo relembra trajetória: ‘Construí os primeiros recintos’

Próximo de completar 100 anos de idade, o sergipano Gilberto Rollemberg Figueiredo lembra das primeiras tábuas que carregou para construir o recinto que abrigava a fêmea de elefante-asiático Nely, primeiro animal do Zoológico de Brasília. O aposentado fez parte das primeiras turmas de funcionários da fundação, criada em 1957. Gilberto com a esposa e um colega ao lado da elefanta Nely | Foto: Divulgação/Fundação Zoológico de Brasília Hoje, com as mãos calejadas de uma vida inteira dedicada ao trabalho, Gilberto se orgulha em dizer que era chefe de compra do Zoológico e ergueu os recintos dos primeiros animais: Nely, um lobo-guará e uma anta. “Era tudo de madeira naquela época, improvisado. Mas fazíamos bem-feito. Minha casa era próxima ao recinto da anta. Nós não só trabalhávamos no zoológico, como morávamos lá. Meus filhos foram criados todos lá dentro, e aquilo faz parte da minha vida”, conta Gilberto. O sergipano estava morando no Rio de Janeiro quando veio para a prometida capital federal trabalhar no zoológico. Em Brasília, Gilberto casou-se e teve dois filhos. “A cidade não existia ainda. Não havia nada. Eu e a minha turma fomos os pioneiros”, conta. Dedicação Além dos primeiros recintos, na época chamados de “jaulas”, Gilberto também plantou as primeiras mudas de árvores do Jardim Zoológico. O ex-funcionário guarda o quadro que ganhou de presente de colega artista mostrando o recinto da anta, que ele mesmo construiu, e o escritório do ex-funcionário no zoológico “Fiquei no Zoológico por sete anos. Fiz um pouco de tudo e gosto de lembrar dos anos que passei com esses meus colegas funcionários do Zoo. Éramos todos bons amigos. Acho que apenas eu e um outro colega estamos vivos. Todos já partiram”, lamenta Gilberto. E as histórias da turma são muitas. Ele e os colegas criavam solto um quati, apelidado de “Megatério”. Apaixonado pelos tratadores, o animal não fugia. “O Megatério era bem esperto. Aparecia para fazer graça com a gente. Subia no nosso ombro e roubava cigarros dos bolsos da camisa ou da calça”, relembra Gilberto. Saudade Apesar do carinho pelo Zoológico, Gilberto está há mais de dez anos sem visitar o local. Com a locomoção comprometida, ele conta que ficou mais difícil sair de casa, mas que um dos desejos é ainda poder passear pelo parque. “Sei que está tudo muito diferente, mudado. As coisas evoluem muito e se modernizam. Com certeza, está muito diferente de tudo que fizemos lá nos primeiros anos”, relata. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Em 1958, Gilberto ganhou um quadro com uma pintura que mostra o recinto da anta, que ele mesmo construiu, e o escritório do ex-funcionário no zoológico. A imagem, ele faz questão de guardar com muito carinho pendurada na parede da casa onde mora, em Taguatinga. Animais antigos A famosa elefanta Nely morreu em 1992, provavelmente por causa da idade avançada. Estima-se que ela tinha cerca de 60 anos. A morte dela coincidiu com uma visita oficial do ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, a Brasília. Comovido pela tristeza em que os brasilienses ficaram com a morte da elefanta, Mandela presenteou o DF com um casal de elefantes. Babu e Belinha chegaram ao zoo em 1995. O macho morreu em janeiro de 2018. Hoje, quem faz companhia a Belinha, 27, é Chocolate, 30, resgatado de um circo em 2008. De acordo com os registros do zoológico, não há animais da época de Nely. Os bichos mais antigos são a hipopótamo Bárbara, que chegou em 1983, e uma arara-azul, de 1999. *Com informações do Zoológico de Brasília

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Filhote de lobo-guará já pode ser visitada no Zoológico

Visitantes do Zoológico de Brasília já podem conhecer a filhote de lobo-guará chamada Atena. Ela nasceu em 22 de maio e estava em período de adaptação, recebendo cuidados neonatais. A espécie é típica do Cerrado e está ameaçada de extinção. Por não se reproduzir em qualquer ambiente, o nascimento do filhote foi muito comemorado pela equipe do Zoológico. A lobinha Atena teve o nome escolhido pela população, por meio de uma enquete | Foto: Divulgação/Fundação Jardim Zoológico de Brasília “O lobo-guará está em extinção pela perda de habitat natural em decorrência da expansão de áreas agrícolas e urbanas. Então, o nascimento de um filhote é sempre uma vitória para nós e para a conservação das espécies”, explicou Lúcia Magalhães, superintendente de conservação e pesquisa do Zoológico de Brasília. A filhote está em um recinto reservado com muita ambientação e espaço para tomar sol. Ela tem uma alimentação balanceada, acompanhada por especialistas, e passa por exames para checar a saúde, tamanho e peso. Votação Em julho, a Fundação Jardim Zoológico de Brasília fez uma votação para decidir o nome da lobinha. A enquete teve mais 5 mil votos e o nome escolhido pelo público foi Atena. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Horário de funcionamento O Zoológico funciona de terça-feira a domingo, das 8h30 às 17h. Os ingressos custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). Nas terças, quartas e quintas-feiras que não sejam feriados, adultos e crianças acima de 12 anos pagam meia. Aquelas com até 5 anos são isentas, bem como pessoas com deficiência e acompanhantes, em todos os dias. De sexta-feira a domingo, pagam meia: crianças de 6 a 12 anos, estudantes (com carteira estudantil vigente), beneficiários de programas sociais do governo (mediante apresentação de carteira do benefício e documento de identidade oficial) e acompanhantes, professores (com carteira funcional) e idosos (quem tem mais de 60 anos). *Com informações da Fundação Jardim Zoológico de Brasília

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