Laqueadura: Veja como acessar o serviço na rede pública do DF
Mulheres com mais de 21 anos, que tenham pelo menos dois filhos vivos e capacidade civil plena podem realizar a esterilização cirúrgica tubária, mais conhecida como laqueadura. O planejamento reprodutivo seguro e voluntário é um direito humano e uma atribuição essencial dos serviços de saúde. No Distrito Federal, o processo de solicitação do procedimento se inicia na Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência da pessoa interessada. A Secretaria de Saúde (SES-DF) oferece orientação e atendimento multidisciplinar, com profissionais de medicina, enfermagem, psicologia e serviço social. A laqueadura é um procedimento cirúrgico que tem como objetivo evitar a gestação | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília A laqueadura é uma intervenção cirúrgica realizada nas trompas para impedir o encontro do óvulo com o espermatozoide, prevenindo, assim, a gravidez. A Lei do Planejamento Familiar (14.443/2022), em vigor desde março de 2023, trouxe novas diretrizes para a realização do procedimento, garantindo às mulheres maior autonomia sobre seus corpos. Agora, não é mais necessário o consentimento do cônjuge para a realização da cirurgia. O Sistema Único de Saúde (SUS) também oferece gratuitamente outros métodos contraceptivos, como a vasectomia, além de opções não definitivas Além de reduzir a idade mínima para 21 anos, a nova lei também determinou que a manifestação da vontade de realizar o procedimento deve ocorrer, no mínimo, 60 dias antes da cirurgia. Durante esse período, a solicitante tem acesso ao serviço de regulação da fecundidade e a um acompanhamento especializado por uma equipe multidisciplinar. É possível optar pela laqueadura durante o parto ou no pós-parto imediato. Para isso, a gestante deve manifestar sua vontade à equipe de saúde da UBS que acompanha o processo. Em 2024, a SES-DF realizou mais de 2,4 mil procedimentos no DF, sendo 2,1 mil durante o parto. No mesmo ano, foram registrados 31.754 nascimentos de bebês cujas mães residem na capital. Entre 2018 e 2024, houve um aumento de 442% no número de laqueaduras. Arte: Divulgação/SES-DF Orientações Para informar profissionais de saúde e usuárias sobre os novos critérios e procedimentos para o acesso à laqueadura tubária na rede pública, a SES-DF desenvolveu um infográfico com informações detalhadas. O material orienta sobre os direitos das gestantes e apresenta diretrizes para garantir um atendimento de qualidade, respeitando os princípios da equidade e dignidade. Confira aqui. “Nosso objetivo com o infográfico é democratizar o acesso à informação e qualificar o atendimento, proporcionando clareza sobre o processo de solicitação e realização da laqueadura. Essa iniciativa está alinhada à política de saúde pública do DF, que busca oferecer alternativas adequadas e de qualidade para o planejamento familiar”, destaca Mariana Mota, gerente de Serviço Social da SES-DF. Laqueadura A laqueadura é um procedimento cirúrgico que dura entre 40 minutos e uma hora, com o objetivo de evitar a gestação. Também pode ser indicada para mulheres cuja gravidez represente risco à saúde. Arte: Divulgação/SES-DF Existe a possibilidade de reversão do procedimento por meio de técnicas de reprodução assistida. No entanto, o sucesso da cirurgia depende de fatores como a preservação das tubas e a condição de saúde das trompas. No DF, 11 unidades hospitalares realizam a laqueadura como cirurgia eletiva: Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) Hospital Universitário de Brasília (HUB) Hospitais Regionais da Asa Norte (Hran), Ceilândia (HRC), Taguatinga (HRT), Samambaia (HRSam), Santa Maria (HRSM), Gama (HRG), Planaltina (HRP), Sobradinho (HRS) e Região Leste (HRL). Para a laqueadura pós-parto, todas as 12 maternidades do DF estão habilitadas a realizar o procedimento, além dos hospitais listados e do Hospital Regional de Planaltina (HRPL). Métodos contraceptivos O Sistema Único de Saúde (SUS) também oferece gratuitamente outros métodos contraceptivos, como a vasectomia, além de opções não definitivas (reversíveis), como camisinha, diafragma e espermicida. Também estão disponíveis métodos de longa duração, como o dispositivo intrauterino (DIU) e contraceptivos hormonais orais e injetáveis. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Rede pública de saúde do DF oferece vasectomia, opção segura de planejamento familiar
A escolha de não ter mais filhos é uma decisão que transforma vidas e reforça a autonomia no planejamento familiar. Para muitos homens no Distrito Federal, essa transformação se concretizou em 2024, quando 612 vasectomias foram realizadas na rede pública de saúde. O procedimento, que combina segurança, eficácia e acessibilidade, é oferecido gratuitamente na rede pública de saúde, por meio de atendimento inicial nas unidades básicas de saúde (UBSs). O urologista Álvaro Canuto, referência técnica distrital na área, da Secretaria de Saúde (SES-DF), enfatiza a importância da vasectomia no planejamento familiar. “É uma solução segura e eficaz, permitindo ao casal interromper o uso de outros métodos contraceptivos, sendo menos invasiva que a laqueadura tubária”, destaca. Uma das vantagens da vasectomia é que ela é um método menos invasivo do que opções femininas, como a laqueadura tubária | Foto: Divulgação/Agência Saúde-DF O advogado Raphael Souza, pai de três crianças, foi um dos pacientes que optaram pela vasectomia em 2024. “Minha esposa e eu decidimos que não queríamos mais filhos e o procedimento para ela seria mais invasivo. Fiz a cirurgia no Hospital Regional de Samambaia e, em 19 dias, estava quase totalmente recuperado. Recomendo pela simplicidade e eficácia”, relata. Para a vasectomia é feita anestesia local e não há necessidade de internação. O procedimento consiste na interrupção do fluxo de espermatozoides para a uretra, impedindo a gravidez. “Os riscos são mínimos, como sangramento ou infecções. Quando ocorrem, evoluem favoravelmente, na maioria dos casos, se detectados e tratados adequadamente”, explica Canuto. Arte: Divulgação/Agência Saúde-DF Mitos sobre a vasectomia Apesar de ser um método seguro, a vasectomia ainda enfrenta resistência devido a mitos, especialmente no que se refere aos impactos na vida sexual. Muitos homens temem que o procedimento afete a libido ou cause disfunção erétil. “A cirurgia não interfere na produção hormonal nem no desempenho sexual, pois apenas interrompe o transporte dos espermatozoides”, esclarece Álvaro Canuto. Após a cirurgia, o paciente só é considerado estéril e pode suspender outros métodos contraceptivos após realizar um espermograma, exame que confirma a ausência de espermatozoides no sêmen. O exame deve ser feito entre 60 e 90 dias após o procedimento. Em casos de arrependimento, a reversão é possível, mas o sucesso depende de alguns fatores, como o tempo decorrido desde a vasectomia. Álvaro Canuto explica que não há método contraceptivo 100% eficaz, entretanto, a vasectomia é uma das técnicas que apresentam menores taxas de falha. Acesso ao procedimento Para ser elegível à vasectomia, o homem deve ter 21 anos ou mais, ou pelo menos dois filhos vivos, conforme a Lei nº 14.443/2022, que regulamenta o Planejamento Familiar. Além disso, é necessário manifestar a vontade por escrito, com assinatura de termo de consentimento 60 dias antes da cirurgia. Os interessados devem procurar a UBS de referência, onde serão orientados por uma equipe multidisciplinar e, após triagem inicial, encaminhados a um dos hospitais regionais capacitados, como o da Asa Norte (Hran), de Ceilândia (HRC), do Gama (HRG), da Região Leste (HRL), de Sobradinho (HRS), Santa Maria (HRSM) e de Taguatinga (HRT). *Com informações da Secretaria de Saúde
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GDF promove conscientização sobre gravidez na adolescência
Para disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas acerca de gravidez na adolescência, a Secretaria de Saúde (SES-DF), durante todo este mês, distribuirá cartazes de sensibilização em diversos equipamentos de saúde e escolas particulares e públicas. A assistência, porém, se estende ao longo de todo o ano e envolve o trabalho de equipes multiprofissionais. Em 2024, foram registrados mais de 2,3 mil partos de menores de 18 anos no Distrito Federal | Foto: Mariana Raphael/Arquivo Agência Saúde A SES-DF conta com uma rede de 176 unidades básicas de saúde (UBSs) que funciona como porta de entrada para consultas ginecológicas. Além do atendimento clínico, as equipes – compostas por enfermeiras, assistentes sociais, nutricionistas, psicólogos e outros profissionais da área – proporcionam um acolhimento integral, acompanhando tanto os aspectos físicos quanto os emocionais do paciente. “Trata-se de um ciclo de vida de desenvolvimento social, emocional e intelectual, para o qual o jovem pode se preparar para lidar apenas na fase adulta” Elizabeth Maulaz, assistente social da Secretaria de Saúde Os jovens contam ainda com diversos métodos contraceptivos, oferecidos gratuitamente pelas unidades da pasta. A primeira linha de escolha para os adolescentes são os chamados Métodos Anticoncepcionais Reversíveis de Longa Duração (Larc), projetados para oferecer prevenção à gravidez por um longo período, sem a necessidade de intervenções frequentes, como o dispositivo intrauterino (DIU), por exemplo. Números altos A gravidez na adolescência é uma preocupação crescente, e a informação é a chave para reduzir os índices, segundo a assistente social Elizabeth Maulaz, da SES-DF. “Queremos conscientizar a sociedade sobre o tema”, afirma. “Trata-se de um ciclo de vida de desenvolvimento social, emocional e intelectual, para o qual o jovem pode se preparar para lidar apenas na fase adulta”. Contudo, dados do InfoSaúde mostraram que, em 2024, foram mais de 2,3 mil partos de menores de 18 anos no Distrito Federal. No âmbito nacional, o Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos 2025 (Sinasc) aponta quase 2,6 milhões de partos realizados em 2023 no país. Desses, 303 mil foram de adolescentes grávidas, sendo 13,9 mil em jovens de 10 a 14 anos e quase 290 mil em jovens de 15 a 19 anos. De acordo com a lei brasileira, a relação sexual com adolescentes menores de 14 anos é considerada crime, tipificado como estupro de vulnerável – bem como o casamento infantil ou qualquer relacionamento envolvendo práticas sexuais com adolescentes dessa faixa etária. Informação e desafios Ginecologista e obstetra do Adolescentro, Cecília Vianna assegura que, no local, o assunto é abordado tanto no consultório quanto em rodas de bate-papo: “Promovemos o diálogo em todas as oportunidades, essencial para a compreensão dos riscos associados à gravidez não planejada. A adolescência é um período ainda de imaturidade, instabilidade econômica, onde a jovem está se descobrindo”. Para a gerente do Adolescentro, Bibiana Coelho Monteiro, o tema vai além de uma questão de saúde e precisa ser discutido abertamente. “É necessário ampliar o debate, levando o tópico para as escolas, para dentro das casas e todos os espaços da comunidade em que os adolescentes estão inseridos”, avalia. Segundo a gestora, a falta de informação sobre o uso de métodos contraceptivos e planejamento reprodutivo ainda são desafios na prevenção da gravidez não planejada de adolescentes. Quando ela ocorre, os riscos de morte da mãe e do bebê se elevam, além de comprometer a vida escolar, gerando impactos sociais e afetivos. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Cartilha informa sobre métodos contraceptivos
Com o objetivo de manter a população bem-informada acerca dos vários métodos contraceptivos disponíveis na rede pública de saúde, os servidores da Unidade Básica de Saúde (UBS) nº 1 de Planaltina criaram uma cartilha com informações sobre o tema. O material foi elaborado pela médica residente de Medicina da Família e Comunidade Ana Verônica de Sá Resende, com supervisão das médicas Ilze Kaippert e Rebeca de Sousa Carvalho. “O acesso a essa informação, da disponibilidade dos métodos contraceptivos existentes, garante os direitos reprodutivos e sexuais de cada um, independentemente de etnia, identidade de gênero, orientação sexual, credo ou classe social”, explica Ana Verônica. Prevenção Métodos anticoncepcionais ou contraceptivos são formas de evitar uma gravidez indesejada ou não planejada. Existem dois tipos de métodos: reversíveis ou definitivos. Os reversíveis dependem do comportamento da pessoa ou de mecanismos de barreira, dispositivos intrauterinos, hormonais e de emergência. Já os definitivos compreendem esterilização cirúrgica, como laqueadura tubária ou vasectomia. A eficácia de um método contraceptivo pode ser medida pelo chamado Índice de Pearl. Esse indicativo apresenta uma taxa calculada pelo número de mulheres que engravidaram usando o método indicado na tabela durante um ano, dentro de um grupo de 100 pessoas. “Os resultados da implementação da cartilha poderão ser percebidos longitudinalmente, com o engajamento dos próprios profissionais de saúde da unidade e seu compromisso de utilizá-la enquanto instrumento informativo e com a adesão dos próprios usuários, que poderão compartilhá-la em grupos de whatsapp, entre família e amigos”, avalia Ana Verônica. Acesse aqui a cartilha. * Com informações da Secretaria de Saúde (SES)
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