Orquestra Sinfônica de Portugal leva mais de 400 estudantes a concerto no Teatro Nacional
A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) promoveu, nessa terça-feira (5), um grande encontro entre 440 estudantes da rede pública de ensino e a Orquestra Sinfônica Amazing, de Portugal, na Sala Martins Pena, no Teatro Nacional Claudio Santoro. Os alunos de Ceilândia, Planaltina, Paranoá, Taguatinga e Samambaia participaram de dinâmicas sobre a diferença entre notas musicais e a quantidade de cordas nos instrumentos da orquestra comandadas pelo maestro e violinista Eliseu Silva. O músico português também entreteve a plateia com histórias sobre os compositores das músicas tocadas. Os alunos subiram ao palco e puderam se apresentar sob a regência do português Eliseu Silva | Fotos: Felipe de Noronha/SEEDF No repertório, foram executadas canções de Arthur Napoleão, pioneiro da música clássica no Brasil cujo centenário do falecimento é lembrado em 2025, e de Claudio Santoro, renomado maestro e compositor que dá nome ao Teatro Nacional. Com o intuito de aproximar os estudantes do mundo dos concertos, Eliseu chamou alguns indivíduos para subir ao palco. O aluno do Centro de Ensino Médio Escola Industrial de Taguatinga (Cemeit), Kauan Alves, de 15 anos, foi um dos escolhidos e chegou a reger a orquestra. “Mesmo sendo de escola pública, a gente consegue ter acesso a diversas culturas. Foi uma vivência única para mim, que nunca tinha visto algo assim antes”, confessou o estudante. Kauan Alves nunca havia assistido a um concerto: "Temos a ideia de que música clássica é para pessoas mais velhas, mas, na verdade, é para todas as idades" Ele ainda reafirmou a importância da iniciativa. “Temos a ideia de que música clássica é para pessoas mais velhas, mas, na verdade, é para todas as idades”, disse Kauan Alves. “Antigamente, nem todos tinham acesso ao Teatro Nacional, mas hoje, desde crianças do ensino fundamental até adolescentes do ensino médio estiveram presentes”, completou. Imersão musical Uma das organizadoras do evento, Mariana Gopfert, representante da Gerência de Educação Infantil e Ensino Fundamental em Tempo Integral, ressaltou a relevância de promover atividades como esta. “A proposta desse projeto é justamente aproximar os estudantes da cultura, já que a escola em tempo integral tem um desses objetivos, que é fazer uma formação integral dos discentes, oferecendo contato com a cultura e a arte, gerando um desenvolvimento pleno e múltiplo do indivíduo.” Depois da aula, Eliseu Silva deu autógrafos para as crianças A servidora da Secretaria de Educação ainda destacou a presença de crianças que se apresentaram com a orquestra. “Isso é muito significativo, principalmente para os nossos estudantes, pois eles veem crianças tocando instrumentos. Só de ter esse contato, já é um grande pontapé para ampliar o horizonte de escolhas.” Durante a apresentação, o maestro ensinou aos meninos o nome dos instrumentos violino, viola d’arco, violoncelo e contrabaixo. Embora já tenha visto uma orquestra tocar durante uma visita escolar, o aluno do terceiro ano, Wellington de França, 18, mostrou entusiasmo com o concerto ao esperar pelo início da apresentação. Wellignton de França: "Adoro música. Ela transforma vidas, inclusive a minha" “Minhas expectativas estão altas, pois adoro música. Ela transforma vidas, incluindo a minha”, afirma. Admirador do violino, o jovem disse que irá compartilhar a experiência sensorial e educativa com a mãe quando chegar em casa. [LEIA_TAMBEM]Ao final da apresentação, Eliseu Silva distribuiu autógrafos para os estudantes e falou sobre os benefícios de iniciativas como essa. “A música é uma excelente maneira, se não uma das melhores maneiras, de educar o espírito e o caráter”, contou o músico. “O fato de os estudantes terem contato com músicas feitas de forma inteligente, com emoções profundas, acaba também por desenvolver emoções mais repensadas e maduras, especialmente numa época e geração em que tudo é muito descartável.” O maestro também elogiou a participação dos jovens. “Eles foram impressionantes. A maneira como estiveram aqui durante uma hora, atentos e com vontade de participar, é absolutamente notável.” *Com informações da Secretaria de Educação
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Espetáculo aproxima estudantes da rede pública de ensino da música de concerto
O Museu Nacional da República será palco, nesta quarta-feira (11), de um concerto didático voltado a estudantes do ensino médio da rede pública do Distrito Federal. O evento integra o projeto Concerto das Escolas, que reúne obras exigidas nas provas do Programa de Avaliação Seriada (PAS), processo seletivo de ingresso na Universidade de Brasília (UnB). A apresentação será realizada pela Orquestra Filarmônica de Brasília. Poderão participar os alunos previamente inscritos nas escolas e também aqueles que comparecerem no dia do evento, mediante apresentação da carteirinha estudantil que comprove o vínculo com a rede pública. Apresentação da Orquestra Filarmônica de Brasília, nesta quarta-feira (11), no Museu Nacional da República, tem como público-alvo estudantes do ensino médio da rede pública de ensino | Foto: Divulgação/OFB Idealizado pela Associação dos Amigos das Artes de Brasília (Amabra) e realizado por meio de termo de fomento com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), o projeto une arte e educação em duas sessões gratuitas: às 9h30 e às 14h30. A expectativa é receber 450 estudantes em cada turno. “O Concerto das Escolas é um exemplo concreto de como a cultura pode dialogar diretamente com a educação e transformar realidades. Ao levar a música clássica para dentro do universo dos estudantes da rede pública, especialmente com foco no PAS da UnB, a Orquestra Filarmônica de Brasília mostra que arte, inclusão e excelência caminham juntas. É uma honra para a Secretaria de Cultura e Economia Criativa incentivar e apoiar mais esta ação que desperta sensibilidade, amplia repertórios e abre portas para o futuro desses jovens”, destaca o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes. “A importância desse projeto é movimentar o mercado de trabalho da música de concerto, oportunizando emprego e renda para esses músicos que estão fora do mercado. Além disso, incentiva a criação de novas plateias ao democratizar a música de concerto, promovendo a educação artística com temas fundamentais que sempre caem na prova do PAS. Quem for ao concerto vai presenciar algo belo e totalmente diferenciado”, complementa o diretor-presidente da Amabra, Doner Cavalcante. [LEIA_TAMBEM]Aula musical O espetáculo será apresentado pela Orquestra Filarmônica de Brasília, que é conduzida pelo maestro Thiago Francis. O programa inclui as seguintes composições clássicas: Pequena Fuga em Sol Menor, de J.S. Bach; Batuque, de Alberto Nepomuceno; a ária Habanera, da ópera Carmen, de Georges Bizet; e o Concerto para Violoncelo em Dó Maior – 1º movimento, de Joseph Haydn, com solo de Calebe Alves. “Mais do que apresentar um repertório, queremos despertar o interesse dos estudantes pela música clássica e criar um momento de encantamento. Essa vivência contribui para o aprendizado, amplia o repertório cultural e mostra que a música orquestral pode ser acessível e transformadora”, destaca o maestro Thiago Francis. Além da performance musical, os alunos terão acesso a explicações sobre os compositores, o contexto histórico das obras e suas principais características musicais. Também haverá momentos de interação, com espaço para perguntas ao grupo de músicos — tornando a preparação para o PAS mais rica, dinâmica e atrativa. Serviço Concerto das Escolas → Data: quarta-feira (11) → Local: Museu Nacional da República → Horários: 9h30 e 14h30 → Informações: (61) 99695-1332.
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Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional apresenta concerto didático para estudantes da rede pública
Musicalização e aprendizagem marcaram a tarde de cerca de cerca de 400 estudantes de escolas públicas de Sobradinho, Brazlândia e Planaltina nesta quarta-feira (30). Eles tiveram a oportunidade de mergulhar no universo da música clássica ao assistir a um concerto didático da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, sob a regência do maestro Cláudio Cohen. A apresentação foi realizada na Sala Martins Pena. A ação é uma parceria entre as secretarias de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF) e de Educação (SEEDF), com o objetivo de aproximar os estudantes da arte sinfônica e ampliar o acesso à cultura. O projeto Concerto Didático aposta na música clássica para o trabalho de formação de plateia | Foto: Divulgação/Secec-DF [LEIA_TAMBEM]O secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes, explicou que o programa foi pensado para formação de plateia entre estudantes da rede pública. “O maestro, em um primeiro momento, apresenta todos os instrumentos, como é a composição da Orquestra, o corpo sinfônico. Depois, ele faz a ‘afinação’ da plateia – que é explicar como os estudantes devem se portar em qualquer concerto. Então, se dá o concerto propriamente dito, com obras eruditas, populares e até pop, nas quais os jovens se identificam. Além da importância do impacto da musicalização na vida dos estudantes, eles têm a oportunidade de conhecer um teatro. É uma oportunidade única”, destaca Abrantes. O maestro Cláudio Cohen ressaltou a importância do projeto Concertos Didáticos, que aproxima os estudantes da música erudita de forma acessível e interativa. “Nosso objetivo é garantir acessibilidade às crianças, permitindo que conheçam a orquestra não apenas como espectadoras de um concerto tradicional, mas entendendo cada instrumento e família instrumental. Elas têm a oportunidade de ouvir obras clássicas e populares e conectar-se com essa manifestação artística que é a música de concerto”, explicou Cohen. *Com informações da Secec-DF
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Estudantes vivenciam experiência musical com a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional
Musicalização e aprendizagem marcaram a manhã de cerca de 400 estudantes de escolas públicas de Brazlândia, Ceilândia, Taguatinga, Guará e Sobradinho nesta quinta-feira (6). Eles tiveram a oportunidade de mergulhar no universo da música clássica ao assistir a um concerto didático da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, sob a regência do maestro Cláudio Cohen. A apresentação foi realizada na Sala Martins Pena, reinaugurada em dezembro de 2024. Estudantes da rede pública do DF mergulharam no universo da música clássica ao assistir a um concerto didático da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional | Foto: Mary Leal/SEEDF A ação é uma parceria entre as secretarias de Educação (SEEDF) e de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF) e a própria Orquestra, com o objetivo de aproximar os alunos da arte sinfônica e ampliar o acesso à cultura. Além dos músicos, o evento contou com a presença da subsecretária de Educação Inclusiva e Integral da SEEDF, Vera Lúcia Barros, e do secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes. “Essa experiência é uma oportunidade de transformação para os nossos estudantes. Estarmos aqui, no nosso Teatro Nacional, é algo que precisamos agradecer muito ao governador Ibaneis Rocha, pois foi graças a ele que esse espaço voltou a acolher projetos tão importantes como este”, destacou Vera. “A música e a arte permitem que nossos alunos sonhem e realizem esses sonhos. Já tivemos estudantes que assistiram a concertos e, anos depois, tornaram-se musicistas.” A gestora também destacou a continuidade da parceria entre a Orquestra Sinfônica e rede pública de ensino. “Uma vez por mês, a Orquestra abre o convite para a participação das nossas escolas, permitindo que os alunos conheçam os instrumentos, a música erudita e todo o universo da iniciação musical. Isso fortalece o trabalho que já realizamos dentro da grade curricular da educação em tempo integral”, finalizou. Durante a apresentação da Orquestra, eles ouviram um repertório com clássicos de Beethoven e trilhas sonoras famosas do cinema “Estamos muito felizes em receber os alunos da rede pública do Distrito Federal no Teatro Nacional Cláudio Santoro. Ele não é apenas a casa de grandes espetáculos dos músicos e dos artistas em geral, mas também a casa de todo o público do DF e do Brasil. Receber as crianças no teatro não é apenas uma medida de formação de público, mas também uma forma de inspirar as crianças a buscarem a proximidade com as artes e com a música”, apontou o subsecretário do Patrimônio Cultural da Secec-DF, Felipe Ramon. Conhecendo a orquestra Antes do espetáculo, os estudantes tiveram a oportunidade de conhecer os sons dos instrumentos de cordas, madeiras, metais e percussão, entre eles violinos, violas, contrabaixos, harpa, flautas, oboés, trompetes e pratos. Já durante a apresentação, eles ouviram um repertório com clássicos de Beethoven, além de trilhas sonoras do cinema, como Star Wars, de John Williams, e música brasileira, com Aquarela do Brasil e sucessos de Luiz Gonzaga. Uma experiência única para o aluno da Escola Classe (EC) 12 de Taguatinga Arthur Miguel de Souza, de 9 anos, que visitou o teatro pela primeira vez. “Achei maravilhoso porque é grande e bonito, e esta é minha primeira vez aqui. O instrumento de que mais gostei foi o bombo, porque ele faz um som muito legal. Adorei”, contou Miguel. O estudante Arthur Miguel de Souza foi ao teatro pela primeira vez: “Achei maravilhoso porque é grande e bonito” Concerto didático O maestro e regente da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, Cláudio Cohen, ressaltou a importância do projeto Concertos Didáticos, que busca aproximar os estudantes da música erudita de forma acessível e interativa. “Nosso objetivo é garantir acessibilidade às crianças, permitindo que conheçam a Orquestra não apenas como espectadoras de um concerto tradicional, mas entendendo cada instrumento e família instrumental. Elas têm a oportunidade de ouvir obras clássicas e populares, além de se conectarem com essa manifestação artística que é a música de concerto”, explicou Cohen. O regente também destacou o impacto da reabertura do Teatro Nacional para a formação cultural dos alunos e da comunidade. “Nossa orquestra é pública, pertence à população do Distrito Federal e deve estar acessível a todos. Muitas dessas crianças, especialmente as mais novas, nem sabiam que o Teatro Nacional existia, pois ficou fechado por 11 anos. Hoje, elas estão entrando pela primeira vez na Sala Martins Pena e tendo essa experiência única”, finalizou. *Com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)
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Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional recebe maestro mexicano para concerto
Em celebração aos 190 anos de relações diplomáticas entre Brasil e México (Año Dual Brasil – México), a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro apresenta o Concerto Mexicano, nesta quinta-feira (27), às 20h, no Teatro Plínio Marcos (Eixo Cultural Ibero-americano). O programa terá peças do país latino e contará com a participação do maestro mexicano Miguel Salmon del Real. O secretário de Cultura e Economia Criativa, Cláudio Abrantes, destaca que o evento celebra a relação amistosa entre os países. “O concerto é uma maneira simbólica de selar as boas relações entre Brasil e México. Temos muitas semelhanças na cultura, e, inclusive, na música. Esse é o momento de celebrá-las”. Além de reger a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, o mexicano Miguel Salmon del Real lançará o livro ‘O Canto Eterno da Grande Música’ | Foto: Divulgação/Secec Além da música, o evento inclui o lançamento do livro do maestro mexicano, O canto eterno da grande música, um compêndio de 21 artigos inicialmente publicados em jornais que promete guiar os leitores por uma jornada profunda pelos caminhos da música e da cultura. Na ocasião, a obra será apresentada pela embaixadora do México no Brasil, Laura Esquivel. Maestro convidado Além de maestro, Miguel Salmon del Real é compositor, musicólogo e pesquisador, com títulos acadêmicos profissionais do México, Itália e Países Baixos. Ele também fez cursos de aperfeiçoamento em direção de orquestra na Suíça, na França e no México. Atual diretor titular da Orquestra Sinfônica Sinaloa de las Artes, Salmon já dirigiu 42 orquestras em 13 países, 20 coros e 11 conjuntos, além de 232 solistas provenientes de 28 nacionalidades. Estreou mais de uma centena de obras compostas no século XXI por 78 compositores mexicanos e concretizou o resgate de obras históricas, tais como o segundo concerto para violino de Julián Carrillo e a segunda ópera de Ricardo Castro, La Leyenda de Rudel, entre outras. Programa Sensemayá – Silvestre Revueltas (1937) Redes – Silvestre Revueltas (1937) (intervalo) Onda Latina – Arturo Pantaleón (2012) Cubanerías – Luis Pastor (2003) Danzon nº 2 – Arturo Márquez (2009) Serviço Concerto Mexicano Data: quinta (27) Horário: 20h Local: Teatro Plínio Marcos (Eixo Cultural Ibero-americano) *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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Orquestra Sinfônica faz apresentação para alunos da rede pública
O Teatro Plínio Marcos, antiga Funarte, foi palco para a apresentação da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro para 250 alunos da rede pública | Foto: Tony Oliveira / Agência Brasília Uma manhã única para 250 alunos dos 6 aos 18 anos nesta terça-feira (11), com música de qualidade para os mais ‘atentos’ ouvidos. Dentro do projeto Concertos Didáticos, a meninada acompanhou uma apresentação da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro. E pôde conhecer um pouco mais sobre instrumentos, a afinação e apreciar a música clássica com um tom de ‘brasilidade’. O concerto foi no Teatro Plínio Marcos, antiga Funarte. Os espectadores eram alunos das escolas Classe Santa Helena (Sobradinho), Parque 113/114 Sul, do Centro de Ensino Fundamental 316 (Santa Maria) e do Centro de Ensino Médio Escola Industrial de Taguatinga – o Cemeit. Um público animado que vibrou com clássicos como Asa Branca, de Luiz Gonzaga, e a trilha sonora do premiado filme Star Wars. Eles se somam agora aos mais de 5 mil estudantes da rede pública que já acompanharam uma apresentação da orquestra desde 2019, em uma parceria das secretarias de Cultura e Educação. Para Tiago Nascimento, que pela primeira vez assistiu a uma apresentação do gênero, “os instrumentos pareciam de ouro” “Nosso objetivo é estimular a criança a desenvolver outras habilidades fora da sala de aula. E são momentos emocionantes para a maioria deles”, aponta a coordenadora de ações culturais da Educação Integral, Ilane Nogueira. “Pararam os concertos devido à pandemia, mas voltamos com força total. E já conseguimos alcançar escolas de todas as regiões administrativas”, completa ela, logo depois de ajudar professores a acomodarem a plateia. Em sintonia com o público Giovana Castelo Branco, praticante de flauta doce, disse que admirou muito a harmonia dos músicos da orquestra e que as músicas do concerto são lindas Meninos como o pequeno Tiago Nascimento, 8 anos, morador da região da Rota do Cavalo e aluno do Santa Helena. Olhos atentos e a empolgação ao reconhecer a canção do Sítio do Picapau Amarelo eram notórios. “Foi minha primeira vez e achei muito legal. Os instrumentos pareciam de ouro”, arriscou ele, que curte canções de ninar. Ou Giovana Castelo Branco, 13, moradora de Santa Maria e praticante de flauta doce. “Amei a apresentação, nota dez. E admiro muito a harmonia deles, as músicas são lindas”, disse. Geisilainy Abreu, que já havia visto uma apresentação semelhante, sentenciou: “Tive a oportunidade de conhecer a orquestra quando era do tamanho desses meninos de 5 ou 6 anos. E hoje tive esse sentimento de nostalgia” Os mais velhos também se encantaram. A jovem Geisilainy Abreu, aluna do 3º ano do ensino médio do Cemeit, contou ter revivido uma emoção que já havia sentido. “Tive a oportunidade de conhecer a orquestra quando era do tamanho desses meninos de 5 ou 6 anos. E hoje tive esse sentimento de nostalgia”, confessou. “Ainda quero aprender o violino e acho muito bacana ter um conjunto como esse em nosso ‘quadradinho’”, emendou, referindo-se ao Distrito Federal. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para o maestro Claudio Cohen, titular da sinfônica, é impactante poder ensinar um pouco de música ao público infantojuvenil e, ao mesmo tempo, perceber a reação dele. “Eles ficam impactados com a força sonora da orquestra, se divertem. Nossa flautista até recebeu um desenho de uma aluna como homenagem”, ri. “Para nós, é um trabalho missionário poder tocar para tantos estudantes aqui da capital”, finaliza. Apresentação no Dia das Crianças Neste feriado do Dia das Crianças, quarta-feira (12), vem mais apresentação por aí. Em homenagem à data, o concerto começa às 10h30, o acesso é gratuito e por ordem de chegada, no mesmo local.
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Rainhas da música erudita do Distrito Federal
Até meados do século 20, o universo da música clássica era, no Brasil e no mundo, majoritariamente formado por homens. Uma realidade que vem mudando nos últimos tempos. Contudo, nessa questão, Brasília sempre foi vanguarda. Para comemorar o Dia Internacional da Mulher, Cine Brasília terá apresentação nesta terça-feira, às 20h, com obras clássicas de Beethoven e George Bizet | Fotos: Paulo H.Carvalho/Agência Brasília Na Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS), por exemplo, são 21 mulheres integrantes em um corpo formado por mais de 80 musicistas – uma delas na função de spalla, músico-líder da filarmônica, segundo posto mais importante depois do maestro, desde 2016 ocupado por Lilian Raiol. Antes dela, o cargo já era de outra mulher, a violinista Kathia Pinheiro. Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, será feita uma apresentação especial com obras clássicas de Beethoven e George Bizet – o autor da ópera Carmen -, às 20h desta terça-feira (8), no Cine Brasília. Na sequência, será exibido o filme Dulcina, de Glória Teixeira, que narra trajetória da atriz carioca Dulcina de Moraes, incentivadora das artes cênicas no DF, fundadora de importante escola de teatro na cidade. [Olho texto=”“Buscamos sempre valorizar o talento de cada candidato de forma isenta, independentemente de raça, cor ou sexo. Tendo em vista a característica histórica de dedicação e disciplina das mulheres, elas vêm conquistando cada vez mais vagas nos concursos na nossa instituição”, diz o maestro da OSTNCS, Cláudio Cohen” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] “Hoje é muito reduzida a participação das mulheres nas orquestras, se chegar a 25% já é uma quantidade considerável. Como spalla, então, é raríssimo, são poucas no Brasil”, comenta Lilian Raiol, 41 anos. “Que bom que nossa orquestra tem esse histórico, fico muito feliz.” E a musicista fala com conhecimento de causa. Em Brasília, a partir dos anos 1990, começou a funcionar a Orquestra de Senhoritas, composta somente por mulheres e liderado pela pianista Dora Galesso, falecida em 2018. Já a flautista francesa Odete Ernest Dias foi uma das musicistas pioneiras da capital, tendo sido peça-chave na fundação do Clube do Choro de Brasília e da OSTNCS, entre os anos 1977 e 1980. No cenário internacional, o maestro da OSTNCS, Cláudio Cohen, conta que, no início da década de 1980, orquestras tradicionais, como as filarmônicas de Berlim e de Viena, não permitiam a presença de mulheres em suas fileiras. Em 1982, a clarinetista alemã Sabine Mayer, para ser aprovada num teste com isenção de julgamento, apresentou-se atrás de uma cortina. Passou na prova de fogo, mas encontrou resistência de seus pares fraques, sendo barrada numa votação de músicos da Orquestra de Berlim por 73 votos contra 4. “Hoje a Orquestra de Berlim já conta com um número maior de mulheres, mas ainda em uma porcentagem muito baixa em relação aos homens, e a Orquestra Filarmônica de Viena só começou a admitir mulheres em fevereiro de 1997: dos seus 126 integrantes, menos de 10 são mulheres”, constata o maestro, que tem outra visão sobre o tema. [Olho texto=”“As coisas que eu mais gosto de tocar são a nossa música para outras culturas e povos. Sinto-me como uma embaixadora da nossa música toda vez que tenho essa oportunidade”, afirma a violinista Lilian Raiol” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Participei das bancas e organização dos últimos três concursos da OSTNCS – em 2000, 2005 e 2016. Buscamos sempre valorizar o talento de cada candidato de forma isenta, independentemente de raça, cor ou sexo. Tendo em vista a característica histórica de dedicação e disciplina das mulheres, elas vêm conquistando cada vez mais vagas nos concursos na nossa instituição”, relata o maestro. Na mais recente formação, dos 25 músicos contratados, nove eram mulheres. Na OSTNCS desde 2005, Lilian Raiol é um exemplo clássico de talento, dedicação e resiliência. Nascida no Amapá, filha de pais paraenses, desde os cinco anos ela vive na capital. A música cruzou seu caminho graças à relação intimista da família com essa arte. “Vim de uma família musical, sobretudo por parte de pai, que desde pequena sempre me ensinou a cantar”, conta. “Meu contato com música clássica se deu quando passei a estudar na Escola de Música de Brasília (EMB). Comecei do zero, fiz teoria, flauta doce e, quando era para escolher o instrumento que me dedicaria, sempre quis tocar violino.” [Olho texto=”“Ninguém entende por que não fui para os Estados Unidos, mas nunca quis sair de Brasília, sempre quis ficar aqui, perto da minha família, trabalhar na orquestra da minha cidade. Eu amo essa cidade, foi uma opção de vida da qual não me arrependo”, afirma a harpista Cristina Carvalho” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] O primeiro violino que ela viu foi na orquestra de uma igreja da 611 Sul. Amor à primeira vista, garante. “Costumo dizer que foi o violino que me escolheu”, brinca. Até chegar à condição de spalla da OSTNCS, muitos caminhos foram trilhados, e um deles a levou até Pequim, na China, em 2002, acompanhando o pai, de serviço no país oriental. Foram dois anos de aprendizado e imersão na música tradicional local. “Uma fase rica, que adicionou muito ao meu conhecimento musical, não tinha conhecimento da música chinesa antes de ir para lá. Fora isso, tive oportunidade de ver muitas apresentações marcantes”, conta. Entre suas preferências musicais clássicas, ela não esconde o fascínio pelos brasileiros Villa-Lobos, César Guerra-Peixe e Camargo Guarnieri. “As coisas que mais gosto de tocar são a nossa música para outras culturas e povos. É algo que me arrepia. Sinto-me como uma embaixadora da nossa música toda vez que tenho essa oportunidade”, orgulha-se. Som dos anjos Filha do maestro Emílio de César, a harpista da OSTNCS, Cristina Carvalho, 48 anos, carrega a música clássica no sangue. Aos 6 anos, já tirava os primeiros sons do piano, que aprendeu a tocar com mãe, na Alemanha, onde o pai fazia curso de regente. A opção pela harpa, o instrumento tocado pelos anjos, arcanjos e querubins, é um mistério que nem ela explica. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Não sei se foi por causa de um filme ou se do nada, resolvi que queria aprender harpa, só sei que, aos 11 anos, comecei a tocar”, lembra. “Na época nem tinha professora de harpa em Brasília, tive sorte de ter chegado alguém do Rio de Janeiro e entrei como aluna extra, já que a turma já estava completa.” Com os cursos de piano e harpa no currículo, aos 14 anos, Cristina Carvalho entrou para a OSTNCS como música substituta, cobrindo temporadas da filarmônica, até ser aprovada em concurso em 2000. Passou a integrar o quadro como a única harpista do grupo. Um feito único, raro e a realização de um sonho. Priorizou Brasília, abrindo mão de uma bolsa para estudar música em Indiana, nos Estados Unidos. “Ninguém entende por que não fui para os Estados Unidos, mas nunca quis sair de Brasília, sempre quis ficar aqui, perto da minha família, trabalhar na orquestra da minha cidade”, explica. “Amo esta cidade, não tem o que falar, foi uma opção de vida da qual não me arrependo”. A paulista Renata Menezes, 48 anos, veio para Brasília em 2000, ao ser aprovada em concurso para a OSTNCS Do rádio à OSTNCS Era um aparelho de rádio que ficava na cozinha e tocava, diariamente, música erudita. Por meio daquela pequena caixa que emitia ondas sonoras, vindas de São Paulo, diretamente para o litoral de Santos, a pequena Renata Menezes ia assimilando um estilo musical que, mal sabia, ficaria atrelado para o resto da vida à sua carreira profissional. “Minha relação com a música se iniciou por influência do meu pai, que era clarinetista, saxofonista e tocava música popular, choros com big band em festas noturnas, bailes”, reporta hoje a clarinetista da OSTNCS. “Apesar de tocar na área de música popular, ele sempre amou música erudita. Tenho há anos um rádio retrô na cozinha que me remete à infância, a essas lembranças”, resgata, com nostalgia, a musicista. A escolha pelo instrumento popularizado por artistas como Benny Goodman, Kenny G e, veja só, o cineasta Woody Allen, resvala em limitações didáticas e financeiras. “Foi falta de opção de professor; o primeiro instrumento que quis tocar foi o violino, mas não tinha quem ensinasse na época, em Santos”, desfia. “Tentei flauta transversal, não deu muito certo. Quis estudar oboé, fagote, e meu pai disse que eram instrumentos muito caros e que não teria como comprar. Foi então que, por último, escolhi a clarineta, pois já tinha em casa disponível, acabou dando certo”, continua. Hoje, com 48 anos, bacharel em clarineta pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e licenciada pelo UniCeub, ela colhe os frutos dessas experiências sensoriais, que culminou com sua vinda para Brasília, em 2000, ao ser aprovada em concurso. “São 22 anos em Brasília, e, para mim, fazer parte da OSTNCS é motivo de muito orgulho. Meu sonho sempre foi tocar em orquestra sinfônica. Estudei muito, abdiquei de muita coisa para chegar aonde cheguei e não me arrependo, venci!”, diz, orgulhosa. “Fazer parte de uma orquestra não é algo fácil. Embora ainda sejamos minoria, isso também é mais um motivo de orgulho que tenho”.
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Orquestra Sinfônica exalta Wagner nesta terça-feira (6)
O violinista Marcos Barbosa participou da gravação de “Idílio de Siegfried’, peça intimista de Richard Wagner | Foto: Divulgação/Secec O Canal do YouTube da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS) apresenta, às 20h desta terça-feira (6), a peça de Richard Wagner Idílio de Siegfried (1870). A obra foi gravada em março no Foyer da Sala Villa-Lobos, do teatro regido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). “Trata-se de uma peça independente e autônoma, que se tornou uma das páginas mais célebres da música orquestral de Wagner”, explica o regente da Sinfônica, Claudio Cohen. “É raro ouvir um Wagner tão terno, tão intimista e tão pouco afeito a trágicos arroubos melodramáticos como o que se vê no Idílio. Trata-se de uma suave e amorosa contemplação”, completa. Para o maestro, o foyer “é um ambiente de rara beleza e adequado para a performance destes repertórios de música de câmara”. O violinista Marcos Bastos executa o primeiro violino nessa performance. “No geral, a peça tem uma atmosfera muito intimista, até pela história da composição dela, que foi concebida como um presente para a esposa do autor alemão, Cosima, no nascimento do filho Siegfried”, conta. Ele ensina que isso se reflete bem na parte dos sopros e do quinteto de cordas, especialmente na parte do 1º violino, que, segundo o solista, carrega a maior parte dos temas melódicos dessa peça. “São frases melódicas longas, que exigem muito da capacidade de sustentação do som e muito do fôlego do instrumentista de cordas, por assim dizer. Foi um desafio extremamente prazeroso e um presente, já que fizemos essa gravação no dia do meu aniversário, em 18 de fevereiro”, diz o músico, na OSTNCS desde novembro de 2017. Abril ainda terá como atrações a Petite Symphonie, de Charles Gounod, composta em 1885 para uma formação de nove músicos de sopros – uma flauta, dois oboés, duas clarinetas, duas trompas e dois fagotes, dividida em quatro movimentos, com duração aproximada de 20 minutos, a Serenata Opus 22 para orquestra de cordas de Antonin Dvo?ák e um concerto para trompa e orquestra do brasileiro Fernando Morais, que estudou na Hartt School-CT, nos Estados Unidos [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “As serenatas, os divertimentos e músicas noturnas do século 18 sempre tiveram, mesmo quando festivas, algo de um tom doméstico ou intimista. De fato, sua destinação eram as festividades ou o recreio da aristocracia ou das famílias abastadas. Assim, era natural que tivessem um ar de música ligeira, ainda que, dentre elas, despontem obras-primas”, contextualiza Cohen. Programação: Canal do YouTube 6/4: Richard Wagner – Idílio de Siegfried (Foyer da Sala Villa-Lobos, fevereiro de 2021) 13/4: Fernando Morais – Concerto para Trompa e Orquestra (Sala Villa-Lobos, outubro de 2012) Maestro Christian Lindberg Solista Luiz Garcia 20/4: Charles Gounod – Petite Symphonie (Foyer, fevereiro de 2021) 27/4: Antonin Dvo?ák – Serenata para Cordas Opus 22 (Foyer da Sala Villa-Lobos, fevereiro de 2021) *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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Concerto celebra 160 anos do nascimento de Gustav Mahler
Além do concerto sinfônico, o público poderá conferir uma exposição de artes plásticas em homenagem a Mahler, com obras que contam a vida do compositor e regente. Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília A Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS) realiza seu segundo concerto de fevereiro nesta terça-feira (11), no Cine Brasília. A apresentação sob a regência do maestro Cláudio Cohen, com entrada franca, celebra os 160 anos de nascimento de um dos um dos maiores compositores e maestros do período romântico da música erudita, Gustav Mahler (1860 -1911). Em parceria com a Embaixada da Áustria, o foyer do Cine receberá exposição em homenagem ao músico. Considerado um dos ícones do romantismo do século XIX, o regente e compositor checo-austríaco de origem judaica ficou mundialmente conhecido por seu estilo sombrio e suas obras que remetem a clima de suspense e desventuras. Também conceituado como regente, ele se destacou por usar combinações de instrumentos e timbres que pudessem expressar suas intenções de forma criativa, original e profunda. De acordo com o regente da Sinfônica, Cláudio Cohen, a escolha do repertório celebra, além dos 160 anos do nascimento do compositor, o modo revolucionário com que suas criações se consolidaram dentro do cenário da música erudita mundial. “Escolhemos homenagear Gustav Mahler principalmente pelos novos paradigmas que suas sinfonias trouxeram ao século XX”, reforça. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”] Sinfonia Para este concerto, a orquestra optou pela 5a Sinfonia. Aclamada pela crítica mundial, a obra se divide entre o mais trágico e o mais alegre dos mundos. Escrita entre 1901 e 1902, a atração promete instigar o público com notas que percorrem diversos estados e atmosferas. Na primeira parte da sinfonia, o público se depara com uma marcha fúnebre ao som de trompetes, o que proporciona atmosfera de desolação e agonia. Já no segundo momento, sob um frenético alegro, o clima muda completamente; mas onde parece triunfar o otimismo, ressurgem novamente a angústia e a escuridão. No terceiro movimento, o espectador pode finalmente notar a contradição do gênero proposto por Mahler, já que o ato salta para um cenário mais alegre da vida. Além do concerto sinfônico, o público poderá conferir, no Foyer do Cine Brasília, exposição de artes plásticas em homenagem a Mahler, com obras que contam a vida do compositor e regente. Serviço: 160 anos de nascimento de Gustav Mahler e Exposição de arte Gustav Mahler 11/02 – 5ª Sinfonia, de Gustav Mahler; Regência: Cláudio Cohen. Entrada franca. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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Orquestra Sinfônica se apresenta nesta terça-feira (19)
A Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro revisita o romantismo no concerto desta terça-feira (19), no Cine Brasília, apresentando três de seus maiores expoentes: Borondin, Smetana e Strauss. O espetáculo com entrada franca sob a regência do maestro Cláudio Cohen é o último no local antes do 52º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, que começa na sexta-feira (22). De Aleksandr Borodin (1833-1887), a Orquestra executará a Sinfonia nº 2 em Si Menor. Borodin nasceu em S. Petersburgo e integrou o grupo dos cinco (ao lado de Mily Balakirev, César Cui, Modest Mussorgsky e Nikolai Rimsky-Korsakov). “Já falamos aqui várias vezes deles. Esses autores estavam empenhados em trazer à música clássica uma nota genuinamente russa”, explica o maestro Cláudio Cohen. Borodin, químico profissional, tinha uma formação musical limitada, dizendo-se mesmo músico de fim de semana. Segundo o regente da orquestra, a Segunda Sinfonia é, juntamente com a ópera Príncipe Igor (que inclui as famosas Danças Polovetsianas), uma das obras-primas do compositor russo. A composição dessa sinfonia teria começado em 1869 e concluída em 1876, estreando em 1877 com pouco sucesso. Audiências posteriores, contudo, transformaram-na não somente numa das mais populares obras de Borodin, mas a mais interpretada e conhecida obra do Grupo. Bed?ich Smetana Outro autor da noite é o checo Bed?ich Smetana (1824-1884) com a Abertura da Ópera a Noiva Vendida. Trata-se de uma ópera cômica, sendo a segunda das oito obras do gênero escritas pelo autor. Representada em três atos, estreou em Praga em 1870. Teve boa aceitação do público e passou a ser a única ópera de Smetana que, desde então, permanece no repertório lírico fora da República Checa. O alemão Richard Strauss (1864-1949), associado ao período neoclássico, é o terceiro compositor da apresentação. A peça escolhida é Concerto para Oboé e Orquestra. Sobre essa obra, composta no final da vida do autor, pode-se dizer que é um regresso ao estilo romântico de sua juventude. Strauss teria recebido a encomenda de compor um concerto para oboé de um soldado dos Estados Unidos que o havia visitado na Alemanha depois da Segunda Guerra. Esse militar, John de Lancie, era oboísta da Orquestra de Pitsburgo. A princípio, Strauss desconsiderou a solicitação, mas depois mudou de ideia, e o concerto de estreia foi realizado em 1946 em Zurique. Lancie mais tarde se tornou o primeiro oboé da Orquestra da Filadélfia por 30 anos. No concerto desta terça, ao oboé, a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro terá o solista Moisés Pena. Natural de Belém do Pará, o componente da sinfônica completa 20 anos de carreira este ano e vê na oportunidade de tocar a peça do compositor alemão uma comemoração: “Estou muito feliz. É das obras mais belas de Strauss e uma das mais importantes do repertório de oboé, celebrada em todo o mundo. Aproveito para convidar o público para desfrutar conosco deste momento raro”, disse. Serviço Bed?ich Smetana, Abertura da Ópera a Noiva Vendida (5 min) Richard Strauss, Concerto para Oboé e Orquestra (20 min) – Solista Moisés Pena Alexander Borodin, Sinfonia nº 2 em Si Menor (28 min) – Regência: Cláudio Cohen Entrada franca Acesso por ordem de chegada até lotação do espaço. Os portões são abertos às 19h15 para idosos e pessoas com deficiência e às 19h30 para o público em geral. Cine Brasília, Entrequadra Sul 106/107 Dúvidas e informações: 2017-4030. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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