Evento celebra um ano da incorporação de medicamento no SUS para tratamento de fibrose cística
A fibrose cística é uma doença genética grave, caracterizada pela produção de muco espesso e que afeta o funcionamento de diversos órgãos – em especial, o pulmão. Crianças diagnosticadas com a doença encontram atendimento no Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB), que oferece cuidado multidisciplinar, acesso a exames e às medicações necessárias para que o paciente tenha qualidade de vida. Na quarta-feira (30), o HCB promoveu evento que marcou um ano desde a inclusão da principal medicação para tratamento da doença, no Sistema Único de Saúde (SUS). “Um dia, aparece o medicamento na sua vida e aquele bimotor transforma-se num jatinho; você vai para qualquer lugar tão rápido quanto qualquer avião e até se esquece dos perrengues que já passou voando”, afirma Humberto de Medeiros, ao lado de Marina Ferreira, pais de Ana Beatriz de Medeiros, que tomou o medicamento | Fotos: Jonathan Cantarelle/Agência Saúde-DF O medicamento é indicado para crianças, a partir dos 6 anos de idade, com uma alteração genética específica entre as que causam a fibrose cística. Formado pela união de três moléculas (elexacaftor, tezacaftor e ivacaftor), ele atua em nível celular. “A mutação cria uma proteína, chamada canal de cloro, defeituosa. Essa proteína é como uma porta que não se abre ou que não existe, não regula a passagem do cloro; o medicamento age como se fosse um marceneiro, que conserta a porta e ela passa a abrir. Ele é um modulador da proteína”, explica a médica coordenadora do serviço de pneumologia do HCB, Luciana Monte. A cerimônia contou com a presença da referência técnica distrital de pediatria da Secretaria da Saúde do Distrito Federal (SES-DF), Juliana Queiroz; do representante do Registro Brasileiro de Fibrose Cística (REBRAFC), Luiz Vicente da Silva Filho; e do presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Ricardo Corrêa, além da diretora executiva do HCB, Valdenize Tiziani. A diretora executiva do Instituto Unidos Pela Vida, Verônica Stasiak, e a representante do Grupo Brasileiro de Estudos de Fibrose Cística (GBEFC), Elenara Procianoy, participaram virtualmente. Também chamada de muscoviscidose, a fibrose cística tem sintomas como sinusite crônica, pneumonia e produção de suor salgado, além de levar a quadros de desnutrição e diabetes. Como o medicamento melhora a função do canal de cloro, traz qualidade de vida ao paciente: com o muco hidratado, sintomas clínicos – como a tosse crônica, as infecções e a função pulmonar – ficam próximos ao que se considera normal; também há melhora nutricional e alguns países relatam melhora da fertilidade em pacientes adultos. Monte também relata que “os pacientes que usam o medicamento têm saído das listas de transplante pulmonar e têm menos necessidade de oxigênio”. Hospital da Criança de Brasília promoveu evento para celebrar um ano da incorporação de medicamento no SUS que traz qualidade de vida para os pacientes com a doença rara Durante o evento, a pneumologista apresentou dados do próprio HCB que confirmam esses resultados internacionais. 91,9% dos pacientes do Hospital que fazem uso do medicamento apresentaram redução dos sintomas; três crianças, que tinham indicação de transplante de pulmão saíram dessa indicação. Também houve melhora no uso de ventilação: os pacientes que utilizavam oxigênio contínuo 24h não precisam mais desse apoio para respirar (uma criança segue com a ventilação, mas apenas durante o sono). “Os pacientes que usam o medicamento têm saído das listas de transplante pulmonar e têm menos necessidade de oxigênio", Luciana Monte, médica coordenadora do serviço de pneumologia do HCB Os bons resultados, no entanto, não são sinônimo de uma cura; sem a medicação, todos os sintomas retornam. “O paciente vai se sentir ótimo, mas isso não significa que ele está curado. É como a hipertensão: uma doença grave, mas que tem controle com a medicação”, compara Monte. O presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Ricardo Corrêa, considera a medicação uma revolução: “Temos experiência com a população adulta de fibrose cística e observamos uma revolução absurda na evolução dos pacientes, vida plena – com saúde, autonomia, participação na vida social”. Segundo a diretora executiva do HCB, Valdenize Tiziani, a luta até a incorporação do medicamento se alinha ao compromisso do Hospital em oferecer atendimento de excelência aos pacientes, de forma integrada com a rede pública de saúde. “O Distrito Federal tem o melhor programa de triagem neonatal, conduzido pelos colegas do Hospital de Apoio, e essa é uma grande diferença: desde o início do Hospital, recebemos as crianças dentro de um programa. Imediatamente, realizamos os testes confirmatórios para que possamos ter o diagnóstico fechado e o tratamento da criança”, relata. Conquista para os pacientes O medicamento foi incorporado ao SUS por meio da portaria SECTICS/MS Nº 47, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde. A decisão foi publicada em 2023, mas estabelecia março/2024 como prazo final para que as áreas técnicas efetivassem a oferta da medicação. [LEIA_TAMBEM]“A incorporação foi graças a associações de pacientes, em especial a Unidos pela Vida; à comunidade científica, principalmente o Grupo de Estudos em Fibrose Cística e a Sociedade Brasileira de Pneumologia”, relata Luciana Monte. A pneumologista do HCB ressalta, ainda, a importância do Registro Brasileiro de Fibrose Cística (REBRAFC). Ricardo Corrêa, representante do REBRAFC, explica que o Registro reúne dados desde 2009. “Temos dados mais confiáveis e precisos sobre a situação do diagnóstico e tratamento das pessoas que têm fibrose cística. Isso ajuda muito o Ministério da Saúde a se planejar para entender qual vai ser o impacto orçamentário, por exemplo, da introdução de uma nova tecnologia de saúde, um tratamento novo para esses pacientes”, explica Corrêa. A visão dos pacientes sobre o medicamento também foi apresentada durante o evento. Marina Ferreira e Humberto de Medeiros são pais de Ana Beatriz de Medeiros, nove anos, e separam o tratamento da filha em três fases. A primeira, antes do diagnóstico, foi comparada às dificuldades de voo enfrentadas por um avião teco-teco; quando o diagnóstico foi confirmado e a família começou a ser acompanhada pela equipe multidisciplinar do HCB, a experiência evoluiu para um bimotor, que tinha mais recursos para voar. “Um dia, aparece o medicamento na sua vida e aquele bimotor transforma-se num jatinho; você vai para qualquer lugar tão rápido quanto qualquer avião e até se esquece dos perrengues que já passou voando”, compara Humberto. “O medicamento salvou a minha vida e a da minha irmã, que também tem fibrose”, afirmou Kamylle Nascimento Já a jovem Kamylle Nascimento, 17 anos, emocionou os participantes do evento ao relatar como o medicamento a retirou de uma rotina constante de hospitalizações. “Comecei a tomar o medicamento na minha penúltima internação. Antes dele, eu não tinha qualidade de vida, não tinha sonhos, não tinha nada. Graças ao SUS, consegui o remédio e, agora, tenho sonhos. Eu fui para a escola; saio com minhas amigas, com meus familiares, estou até namorando”. A paciente do HCB garante: “O medicamento salvou a minha vida e a da minha irmã, que também tem fibrose”. Durante o evento, os participantes expressaram a importância de expandir o uso do medicamento (que, nos Estados Unidos, já é receitado a crianças a partir de dois anos de idade) e de buscar outros moduladores da proteína que causa a fibrose cística. “É sempre importante celebrar as conquistas e a vida, reconhecer que muito foi feito até chegarmos a esse momento. Também temos que saber que a estrada é bastante longa e não vamos parar até que todos tenham tudo que há de melhor para viver – reconhecendo e respeitando, claro, todas as questões necessárias de avaliação e de regulação”, diz a diretora executiva do Instituto Unidos Pela Vida, Verônica Stasiak. *Com informações do HCB
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GDF inicia busca ativa para vacinar recém-nascidos contra doenças respiratórias
Governo do Distrito Federal · GDF INICIA BUSCA ATIVA PARA VACINAR RECÉM-NASCIDOS CONTRA DOENÇAS RESPIRATÓRIAS A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) iniciou busca ativa para vacinar crianças com o nirsevimabe, medicamento que protege recém-nascidos contra infecções respiratórias graves. O público-alvo do medicamento são recém-nascidos prematuros, entre 32 semanas e 36 semanas e 6 dias, nascidos a partir de 1º de outubro de 2024. O secretário de Saúde do DF, Juracy Cavalcante, disse que a busca ativa será realizada pelos agentes comunitários de cada região, mas a população também deve procurar os postos e levar os bebês prematuros para receber o medicamento. “Fizemos um levantamento das crianças elegíveis e iniciamos a busca ativa dos pacientes para ampliar a aplicação e diminuir as internações. O objetivo é reduzir a gravidade desses pacientes”, explicou o secretário. Pacientes recém-nascidos internados na rede pública que atenderem ao critério de elegibilidade, receberão o nirsevimabe durante a internação hospitalar | Foto: Arquivo/Agência Saúde-DF O Distrito Federal é a primeira unidade da Federação a adquirir o medicamento que protege contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), principal responsável por casos de bronquiolite e pneumonia nos primeiros meses de vida. Desde abril, o nirsevimabe está sendo aplicado como medida preventiva para reduzir complicações e internações de infecções respiratórias em bebês – o que tem impacto direto na ocupação de leitos de UTI neonatal. [LEIA_TAMBEM] Pacientes recém-nascidos internados na rede pública que atenderem ao critério de elegibilidade, receberão o nirsevimabe durante a internação hospitalar, mediante prescrição médica padronizada. Já os bebês que não receberam o imunizante antes da alta hospitalar e estão dentro do público-alvo, deverão procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência, portando a caderneta de vacinação da criança. Na UBS, será realizada a avaliação clínica e dos critérios de prescrição do imunizante. Os responsáveis legais deverão receber a receita médica padronizada e assinar o termo de consentimento. Em seguida, deverão procurar o local de aplicação de referência da sua residência portando prescrição médica padronizada; termo de consentimento devidamente assinado, caderneta de vacinação da criança ou relatório médico que comprove a indicação clínica para o imunizante. Nirsevimabe e palivizumabe O nirsevimabe é um anticorpo de ação prolongada, que oferece proteção imediata | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF Aprovado pela Anvisa em outubro de 2023 e incorporado ao SUS em fevereiro deste ano, o nirsevimabe é um anticorpo de ação prolongada, que oferece proteção imediata, sem necessidade de ativação do sistema imunológico. O medicamento é especialmente eficaz para prematuros e crianças com menos de dois anos com comorbidades. O palivizumabe continua sendo utilizado para os grupos de risco nascidos com menos de 32 semanas, como crianças com cardiopatias congênitas e displasias pulmonares. O nirsevimabe vai ampliar a estratégia de proteção, de forma complementar e integrada ao protocolo vigente. Protocolo de aplicação Palivizumabe - Bebês prematuros com idade gestacional até 32 semanas Nirsevimabe - Bebês prematuros entre 32 semanas e 36 semanas e 6 dias, nascidos a partir de 1º de outubro de 2024 *Com informações da Secretaria de Saúde
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Tratamento de casos leves e moderados de covid-19 é ofertado em unidades básicas de saúde
Pacientes adultos agora contam com acesso ampliado e facilitado à medicação para o tratamento de casos leves e moderados de covid-19. Os remédios já eram oferecidos pelas farmácias dos hospitais e da Atenção Ambulatorial Especializada – policlínicas, Farmácia Escola do Hospital Universitário de Brasília e Centro Especializado em Doenças Infecciosas – da rede pública de saúde distrital. Agora, 14 unidades básicas de saúde (UBSs) dispõem do produto. A lista está disponível no site da Secretaria de Saúde (SES-DF). Pacientes adultos agora contam com acesso ampliado e facilitado à medicação para o tratamento de casos leves e moderados de covid-19 | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF A associação dos fármacos Nirmatrelvir e Ritonavir (NMV/r) é indicada para pacientes que não necessitam de oxigênio suplementar, mas que apresentam risco aumentado de progressão para doença grave. É o caso de imunossuprimidos – a partir de 18 anos – ou indivíduos com 65 anos ou mais. A administração deve ser feita até o quinto dia do início dos sintomas. Para a retirada do medicamento, o usuário deve apresentar a prescrição juntamente com o documento de identificação e o Cartão Nacional de Saúde O preenchimento de formulário específico e o laudo de exame positivo ou a ficha de notificação do caso de covid-19 no e-SUS não são mais necessários. Assim, a prescrição do NMV/r passou a ser realizada em receituário comum, em duas vias. “A dispensação facilitada é muito positiva. Afinal, a covid-19 continua a fazer vítimas. Precisamos empregar todas as alternativas de proteção e tratamento que dispomos”, explica a referência técnica distrital (RTD) colaboradora em infectologia, Clarisse Lisboa. Para a retirada do medicamento, o usuário deve apresentar a prescrição juntamente com o documento de identificação e o Cartão Nacional de Saúde. Cuidado contínuo De acordo com o último Boletim Epidemiológico, a semana atual apresenta 205 novos casos da doença em relação à semana anterior. A média de idade do total de casos confirmados é de 39 anos e a de óbitos é de 68 anos. A maior letalidade por faixa etária está no grupo de 80 ou mais, bem como a maior taxa de mortalidade. A vacina contra covid-19 compõe o Calendário de Vacinação para idosos com 60 anos ou mais – a cada seis meses. Para os grupos especiais, composto por pessoas com maior vulnerabilidade ou condição que aumenta o risco para as formas graves da doença, é indicada uma dose anual ou a cada seis meses, dependendo do grupo pertencente. Dúvidas adicionais podem ser tiradas com as equipes dos locais de vacinação. Indicação médica O NMV/r não deve ser utilizado por indivíduos sem a devida avaliação médica. Os médicos devem se atentar para os critérios de indicação, contraindicação e ajuste de dose, bem como suas principais interações medicamentosas. O remédio é de uso individual e exclusivo ao paciente que passou por avaliação médica e que recebeu a prescrição. *Com informações da SES-DF
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Crianças recebem prevenção contra infecções respiratórias
Luniere com a pequena Emily: “Comemoro a oportunidade de a minha filha ter sido contemplada com esse medicamento” | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília Emily tem apenas quatro meses e já é uma vencedora. Portadora de síndrome de Down, a menina ficou 11 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por causa de uma doença crônica que enfraquece o músculo do coração a ponto de ele perder a capacidade de bombear regularmente o sangue. “Uma criança cardiopata é mais suscetível a infecções; por isso, eu comemoro a oportunidade de a minha filha ter sido contemplada com esse medicamento”, ressalta a pedagoga Luniere Alves Carvalho de Castro, 37 anos, mãe de Emily. A menina foi uma das crianças que receberam, nesta terça-feira (23), o Palivizumabe, um imunobiológico que previne as infecções respiratórias agudas no primeiro ano de vida, bem como as complicações, na infância, causadas pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR). [Olho texto=”“Essa é uma das ações que estão ajudando a reduzir a mortalidade infantil no Distrito Federal”” assinatura=”Miriam Santos, coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno do DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O início da aplicação do remédio no Hospital Regional do Guará (HRGu) faz parte da expansão de unidades autorizadas pela Secretaria de Saúde (SES). A ação começou no ano passado e foi considerada fundamental para melhorar o acesso da comunidade ao serviço. “Essa é uma das ações que estão ajudando a reduzir a mortalidade infantil no Distrito Federal”, atesta a médica Miriam Santos, coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno do DF. O medicamento custa mais de R$ 3,5 mil, mas desde 2013 passou a ser oferecido pela rede pública. Em 2020, foram reorganizados os polos de aplicação para que a população tivesse mais acesso a esse recurso. A medicação passou a ser oferecidas em sete desses pontos (veja quadro). Arte: Agência Brasília Acesso [Olho texto=”“De 50% a 80% das crianças são acometidas pelo VSR no primeiro ano de vida”” assinatura=”Emmanuelle de Sousa Neas Pedroso, pediatra e pneumologista do HRGu” esquerda_direita_centro=”direita”] “Essa medicação é oferecida pelo SUS e também está disponível nos serviços privados desde 2018”, informa Miriam Santos. “Com a reorganização dos serviços de saúde no DF, aumentou o acesso da população a esses serviços”. No total, 3.402 crianças receberam o medicamento de 2014 a 2020. “De 50 a 80% das crianças são acometidas pelo vírus [VSR] no primeiro ano de vida”, relata a pneumologista e pediatra Emmanuelle de Sousa Neas Pedroso, responsável pela autorização e prescrição do medicamento no HRGu. As crianças que receberam a medicação nessa unidade hospitalar tiveram o agendamento confirmado por telefone ou pelo whatsapp e foram atendidas no horário marcado. “Eu nem conhecia esse remédio, mas me explicaram direitinho para que serve; me senti feliz de ver que minha filha está sendo muito bem-acompanhada”, disse a dona de casa Maria Iris Silva de Oliveira, 48 anos, mãe de Anna Lis, de um ano, que sofre de cardiopatia. Maria Iris, com a filha Anna Lis: “Eu nem conhecia esse remédio, mas me explicaram direitinho para que serve” Moradora da Candangolândia, Laryssa Nunes Ferreira, 24 anos, também comemora a medida. Mãe de Enzo, de 2 anos, e Miguel, de 9 meses – que nasceu com 38 semanas e apresenta cardiopatia – foi a primeira a entrar na sala de aplicação do medicamento. “Vai ajudar muito a prevenir doenças respiratórias no Miguel. No próximo mês, estarei aqui novamente, porque são cinco doses”, enfatizou a dona de casa. Laryssa: . “Vai ajudar muito a prevenir doenças respiratórias no Miguel” Sazonalidade O VSR aparece sazonalmente nos estados da região Centro-Oeste. Os meses de março a julho são considerados os de maior circulação do vírus no DF. Nesse período, as crianças de risco estão mais propensas a contrair o vírus por causa da ausência de anticorpos específicos, da baixa imunidade e da existência de diferentes sorotipos. O encaminhamento de quem precisa receber o medicamento é feito pelo próprio médico da criança. É ele que faz o preenchimento dos formulários dentro dos critérios, e as famílias procuram os locais de aplicação. “As crianças que necessitam de autorização, como os cardiopatas e pneumopatas, precisam ir ao HCB [Hospital da Criança de Brasília] com os documentos para solicitar o serviço”, orienta Miriam Santos. Locais de aplicação/endereços Hospital da Criança de Brasília José de Alencar: Área Especial (AENW) 03, Lote A, Setor de Habitações Coletivas (SHCN), Noroeste. Hospital Regional do Guará: QI O6, Lote C s/nº, Área Especial, Guará. Hospital Regional de Ceilândia: QNM 27, Área Especial, Ambulatório II, Sala 15, Ceilândia. Hospital Regional do Gama: Área Especial nº1, Setor Central, Gama. Hospital Regional de Taguatinga: Setor C Norte, Área Especial 24, Taguatinga. Hospital Regional de Planaltina: WL 4, Área Especial, Setor Hospitalar de Planaltina. Hospital do Paranoá: Área Especial, Quadra 2, Conjunto K, Lote 1, Paranoá
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Policlínica de Taguatinga passa a ofertar Enoxaparina
A unidade de saúde de Taguatinga passa a ofertar o remédio, mediante confirmação de diagnóstico | Foto: Divulgação/Agência Saúde Pacientes que precisam de Enoxaparina contam com mais um posto de dispensação do medicamento: além do Hospital de Base e da Policlínica de Planaltina, agora a Policlínica de Taguatinga também oferta esse produto. A medida foi adotada pela Secretaria de Saúde (SES) para aumentar o acesso ao remédio, um anticoagulante que, indicado para evitar a trombose venosa e pulmonar, passou a ser utilizado também na profilaxia para pacientes diagnosticados com a Covid-19. “O objetivo também é evitar aglomeração da população em um único ponto de distribuição – no caso, o [Hospital de] Base, que tem maior procura – , como medida de prevenção ao contágio do coronavírus”, esclarece a gerente da Assistência Farmacêutica Especializada da SES, Julia Moreira de Souza Dantas. A SES oferta a medicação nos casos de infecção por coronavírus de localização não identificada, diagnóstico por Covid-19 confirmado por exame laboratorial e diagnóstico clínico ou epidemiológico da doença quando a confirmação laboratorial é inconclusiva ou não está disponível. Além disso, o medicamento também é indicado para pacientes com episódio de exposição a alguma doença transmissível não especificada. Todos os casos são avaliados pelo médico que prescreve a receita, para que a pessoa possa ter acesso ao remédio. No Distrito Federal, cerca de 600 pacientes são atendidos com essa medicação. A Enoxaparina é dispensada nas apresentações de 40mg, 60mg e 80mg. Para retirar o medicamento, confira a lista de documentos necessários e acesse o formulário a ser preenchido. * Com informações da SES
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Saúde adquire 5,5 milhões de comprimidos para tratar diabetes
Já armazenado no galpão de medicamentos da Secretaria de Saúde, o Glicazida 60mg começa a ser distribuído na quinta-feira (26), nas unidades básicas de saúde (UBS) de todo o DF | Foto: Breno Esaki / SES Em falta desde agosto do ano passado nos depósitos centrais da Secretaria de Saúde (SES), o medicamento Gliclazida 60mg, necessário para o tratamento da diabetes, finalmente chegou. A primeira remessa, com aproximadamente 5,5 milhões de comprimidos, já se encontra disponível na secretaria. Mais entregas serão feitas ao longo dos meses, para abastecer a rede pública de saúde até o próximo ano. Os remédios foram armazenados no galpão da pasta que abastece toda a rede de Atenção Básica de Saúde do Distrito Federal. A partir desta quinta-feira (26), as unidades básicas de saúde (UBS) de todo o DF começam a receber o Gliclazida 60mg para, então, dispensarem à população. “Os processos da secretaria têm evoluído muito, no sentido de garantir dignidade aos pacientes, incluindo os diabéticos, e esse medicamento supre toda a rede de Atenção Básica para as cerca de 600 equipes de Saúde da Família do DF”, destacou o secretário de Saúde, Francisco Araújo, durante inspeção feita no galpão para da SES. “Faremos sempre essas visitas, para que seja assegurado o abastecimento e, assim, a secretaria garanta saúde de qualidade na Atenção Básica.” O secretário também lembrou que outras medidas já têm sido adotadas para reforçar os atendimentos e serviços ofertados. “Nos próximos dias, estaremos consistindo mais de 100 equipes de saúde que não estavam completas em regiões como Ceilândia, que ganharão novos médicos”, disse. “O fortalecimento da Atenção Básica, porta de entrada dos usuários na rede pública, é a grande solução para o sistema de saúde do DF”. Abastecimento A subsecretária de Logística da Secretaria de Saúde, Mariana Rodrigues, explica que novos pedidos têm sido feitos para abastecer o estoque de medicamentos voltados a diabéticos e demais pacientes com doenças crônicas. “A ideia é que, em vez de entregar medicamentos para eles utilizarem ao longo de um mês, seja entregue o suficiente para dois a três meses”, relatou. “Para isso, precisamos ter o estoque bem abastecido. Estamos fazendo novos pedidos e recebendo mais material, para que os pacientes não precisem retornar às unidades com tanta frequência.” Além disso, a SES também aprovou uma circular para prorrogar a validade das receitas médicas, como a da Gliclazida, para até 240 dias. “Nesse período, os usuários não precisam voltar no médico para renovar a prescrição”, explicou a subsecretária. Os pacientes diabéticos que necessitam da Gliclazida 60mg devem buscar o remédio na UBS mais próxima de suas residências. Eles precisam levar uma prescrição médica válida, o cartão de Saúde e um documento de identidade. Fitas glicêmicas Nesta semana também chegaram ao estoque da Atenção Básica de Saúde 2.746.350 unidades de fitas glicêmicas para uso domiciliar de pacientes diabéticos. Os insumos já estão disponíveis nas UBS para a população. “Com as fitas, mais a Gliclazida, abastecemos a rede para esses pacientes terem a assistência adequada. Já estamos também com um novo processo em andamento, para que, até o fim deste ano, continuemos as compras sem interrupções”, informou a diretora de Logística da SES, Manuela Leite. * Com informações da SES
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